domingo, 27 de janeiro de 2008

Convivência é uma M...

Estou escrevendo num horário alternativo de novo. (Para quem ainda não sabe, prefiro a noite.) São 3h da tarde. Mas é que estou me prevenindo. Hoje vou dar uma festa na Help (foi por isso que fui lá outro dia. Fui checar o local...). É de aniversário atrasado. Quem nasce no Natal, precisa improvisar. E, desde o ano passado, tenho feito assim: uma festa um mês depois junto com uma amiga. O quorum é bem mais garantido e assim, me sinto mais amada. Bom, como pretendo estar impossibilitada de fazer qualquer coisa quando chegar, à noite, deixo logo escrita a minha filosofia barata do dia. Vamos lá:

Mudar a rotina tem me revelado coisas surpreendentes. Na verdade, minha mudança de rotina trata-se apenas de ficar mais em casa, agora que não trabalho todos os dias fora. Enfim, tenho descoberto coisas estranhas como: o gosto musical terrível de meus vizinhos; o real conceito de morar numa vila e ouvir crianças brincando; atender diversas ligações de engano; e voltar a ver Sessão da Tarde e a escutar a musiquinha do Vídeo Show.

Hoje foi mais um dia em que um segredo se revelou. Lua, a cadela lady, bebe água do vaso sanitário! Assim, na maior cara de pau. Estava ela lá comigo enquanto eu assistia a um filme, quando se levantou, foi até o banheiro e começou a beber. Ficou lá um tempão, sem cerimônia.

Fiquei com nojinho. Depois me lembrei que ela é um cachorro. Mas depois me lembrei que várias vezes durante à noite faço xixi e não dou descarga. É. Feio admitir, mas é verdade. Tenho problema com xixi à noite. Faço vários. E como sei que logo virá outro e que eles vêm de pouquinho em pouquinho, acabo acumulando xixis no vaso.

Meu Deus! Será que a Lua já bebeu meu xixi? (cocô, eu sempre dou descarga. Juro). Começo a duvidar da inteligência da Lua. E quando se começa a duvidar... Comecei a pensar se será mesmo o Rex quem derruba o lixo volta e meia e come os papéis higiênicos do cesto do banheiro.

Até hoje, sempre que chego em casa e encontro o lixo revirado ou papéis espalhados pela casa, brigo com ele e deixo o pobre de castigo. Será que tenho sido injusta até aqui? Vou pensar num esquema de vigilância para tentar pegar o real infrator no flagra.

Mas a confiança foi quebrada. Perdi a admiração. Estou decepcionada com a minha cachorra. O que comprova o quanto a convivência faz mal a seres que se amam e se admiram. É só ficar muito tempo junto para irem aparecendo os podres.

Eu já era contra à gente que se gosta, se ver muito. Morar junto, então, é o maior dos riscos. Estou firme e forte na minha crença. Não dá certo. Entendo e incentivo casais que moram em casas separadas ou que permaneçam eternos namorados. Têm muito mais chance de sucesso.

O meu caso, como eu já disse, não é dos piores já que meu respectivo trabalha de domingo a domingo e nos vemos pouco. Já a minha relação com a Lua está bem abalada. Não sei se temos chances de reconciliação. Vou estudar propostas para voltar a trabalhar bem longe de casa. Talvez, seja a nossa única salvação