sábado, 12 de dezembro de 2009

Quem tem Filho tem pressa

A frase (título) acima me veio rapidamente à cabeça quando me peguei escolhendo entre ir ao banheiro, almoçar ou dormir, enquanto meu filhote cochilava entre uma mamada e outra. Ser mãe é fazer escolhas.

Ou não ter mais escolha. Eu não posso mais fazer um curso de roteiro em Nova York ou Cuba. Recebi um desses folhetos na rua e me interessei. Parecia um curso bacana, num lugar legal. Várias vezes pensei e tive vontade de levar essa experiência adiante e não fui por medo, preguiça, falta de grana ou circunstâncias. Agora eu simplesmente não posso mais. Fiquei um dia inteiro pensando a respeito olhando volta e meia para o tal folheto em cima da mesa da sala.

Nesta madrugada, o tema viagens que se tornaram impossíveis veio de novo à tona. Eu não posso mais pirar em Barcelona. Ou conhecer os milhões de bares de Salamanca. Fiquei com vontade depois de ver episódios do programa "Vai pra Onde" do Bruno DeLuca. Nunca fui pra Barcelona sozinha e sempre achei que um dia voltaria. Ficou mais difícil.

Em suma, é isso: pela primeira vez na vida, eu realmente sinto que agora há coisas que eu não vou mais poder fazer. Simples assim. Não adianta brigar com os pais; ficar na dúvida se abandona o namorado por uns tempos; e nem cogitar a hipótese de se distanciar do marido momentaneamente. O que me impede é muito maior que qualquer conflito passado. É um ser presente. E lindo. Com uma carinha tão fofa que vale todo e qualquer sacrifício.

Para os que ficaram sem notícias, Antonio Pedro está ótimo, em casa, cheio de saúde e me dando mais alegrias do que todas que tive na vida até aqui.



ps: queria só deixar uma observação que achei interessantíssima, lida no jornal e escrita pelo Zuenir Ventura: o telegrama é o avô do Twitter. O contexto muito bom é o seguinte: mais uma vez cria-se uma polêmica de que uma ferramenta surgiu para ajudar a piorar a escrita dos mortais, já que o máximo no miniblog são 140 caracteres. E Zuenir lembra bem que o telegrama esteve aí anos e anos e nem por isso, as pessoas ficaram mais burras.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Mãe do Antonio Pedro

Antonio Pedro Maia Matos nasceu dia 09 de novembro de 2009. Quanto nove, não? Se eu fosse ligada em numerologia já tinha ido ver o que o nº 9 significa. Mas nos últimos 9 dias (olha só!), a única coisa em que estou ligada 24h é nele: um bebezinho de 48 cm e 2,700kg. Lindo.

Todo mundo diz, mas é uma dessas coisas que só se consegue sentir quando acontece com você. Ser mãe é uma espécie de perda de identidade. Da antiga identidade. Há nove dias que não sou mais a Adriana e sim a mãe do Antonio Pedro. É assim que se referem a mim e como me conhecem na UTI da Perinatal. A maioria das enfermeiras, outras mães, médicos... nem sabem o meu nome. E eu só me toquei disso hoje. Porque até eu me refiro a mim mesma assim. Todos os dias quando ligo de manhã pra saber como ele passou a noite é como "oi, é a mãe do Antonio Pedro, queria saber...".

Minha rotina de mãe está diferente da comum, mas é tão intensa quanto. Diria que mais até. Cada dia que ele passa bem é um tantinho de angustia a menos no coração. Cada movimento, cada bocejo, cada ml a mais de leite que ele toma é uma alegria. Festejar um cocô é coisa que só mãe e, talvez, pai podem entender. Passar horas a fio sentado numa cadeira desconfortável sem nem pensar em tédio ou dor na coluna também é algo só possível por quem sente todo o amor do mundo por aquela coisinha ali (na outra barriga). É assim que chamamos a incubadora.

Ainda não levei meu filho pra casa, mas todas as dúvidas que eu sentia na gravidez, todas as questões, todo o medo de não ter sentido o tal click ainda sumiram. Me sinto mais mãe do que qualquer outro título. E não há a menor dúvida de que ele é a coisa mais importante da minha vida.

Em breve, mostro ele aqui.

ass: mãe do Antonio Pedro

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Venha fazer parte da comunidade do Planeta Bizarro

Essa era uma das chamadinhas na capa da Globo.com hoje.

Tudo bem que orkut ja esta meio defasado, mas me alistei na hora. Adoro o Planeta Bizarro. Sempre comentei com amigos da classe que seria um dos empregos em que eu seria feliz. Imagina passar o dia a pesquisar e redigir noticias estranhas como a de uma cobra albina que saiu de dentro do capo do carro e deu um baita susto em dois ingleses despreocupados com a vida?!

olha a bicha:


Parece mais um piru albino, nao?

O noticiario peculiar segue com o causo do morto que apareceu no proprio velorio apos passar a noite enchendo a lata de cachaca e a foto de um tubarao rindo - sim rindo - como num desenho animado:



Ja fora do Planeta Bizarro, o caso Rhianna e Chris Brown ainda rende e coisas como Carolina Dieckman tambem tem celulite ou Luana Piovani assume que so largou a mamadeira aos 13 anos sao dignas de manchete...

obs: escrevi hj de um I-mac, onde nao faco ideia de onde ficam acentos, cedilhas e afins. Perdao.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Lévi-Strauss mórreu

Não, ele ainda não nasceu. E parem de perguntar porque garanto que a minha ansiedade é maior do que a de todo mundo e juro que quando a bola de boliche sair, eu aviso. Aliás, antes de seguir adiante com minha breve divagãção do dia, preciso contar do meu perrengue passado no feriado.

Jurava que o moleque viria ao mundo dia 02 de novembro. E fiquei desesperada com a possibilidade de ter um bebezinho no dia de finados. Tudo culpa do livro sobre gravidez que eu, enfim, estou lendo; da minha médica; e da natureza. Sim porque descobri que tudo pode acontecer num trabalho de parto ou não. E é esse 'ou não' que fode a vida. Explicando: nunca pari, mas como todo mundo já vi milhões de filmes, novelas e ouvi causos diversos sobre a chegada do grande momento. Sempre achei que era algo fácil de se identificar. Uma aguaceira que escorre pelas pernas e uma dor que não deixa dúvidas. Ledo engano. O que mais há são dúvidas. Assim: a bolsa pode estourar ou não. As contrações da hora 'H' podem doer muito ou não. Elas podem vir em intervalos padronizados e cada vez mais curtos ou não. Um tal de tampão pode sair ou não. Um corrimento acastanhado (mto. viada essa cor descrita no livro) pode acontecer ou não...

Ou seja, a porra que você vai sentir, você só descobre na hora. O negócio é saber se é a hora 'ou não'. E imaginem eu, a pessoa que mais odeia incomodar outro alguém no mundo, com essa árdua tarefa?! Vou esperar muito ter certeza até ligar pra médica. E aí, tenho medo de correr o risco da criança sair no carro, no corredor do hospital... essas cenas que a gente também vê muito em filme e que tem sempre uma tia ou uma amiga com uma história pra contar bem parecida.

Resumo da ópera: estou um pouco em pânico, totalmente perdida. Aí, eis que minha barriga começa a se contrair sem parar de tempinhos em tempinhos enquanto estou deitada na cama. Era fim de noite do dia 1º. Gelei. Cruzei as pernas e mentalmente, sozinha, decidi que não iria falar nada pra ELE. Como se eu pudesse esconder se realmente estivesse entrando em trabalho de parto... Fui delatada por uma lágrima que escorreu do canto direito, justo o lado que ele fica na cama! Ele perguntando o que foi e eu muda. Ele se desesperando e mais lágrimas escorrendo. Ele me sacudindo e um berro sai: Eu não quero que ele nasça no dia dos mortos!

Bom, depois de alguns instantes em que a pessoa foi muito bem-sucedida em me acalmar, decidi levantar e ir passar as roupinhas do coitado que ainda estavam na corda e não na mala da maternidade que, segundo minha mãe e o resto das pessoas que dão opinião (e elas são muitas!), já devia estar pronta há muito tempo. Não, eu não sei passar roupa. Ainda que essas sejam num tamanho que facilita bastante, ficou bem ruim. Mas taquei na mala assim mesmo e esperei mais um pouco. Puf! Sumiram. As contrações. E ele não nasceu dia 02. Hoje, Rose passou tudo de novo e agora as roupinhas estão fofas novamente só a espera do pequeno que, por mim, agora tá liberadíssimo pra respirar aqui fora.

Mas, enfim, o que eu ia falar no início, quando vim aqui escrever é que quando vi na Globo.com que o Lévi-Strauss morreu foi como se toda uma época que eu achava que era recente na minha vida virasse algo do século passado. O pior é que foi mesmo no século passado que Lévi-Strauss e seus estudos e relatos fizeram parte de inúmeras leituras para provas e trabalhos de grupo na minha faculdade de comunicação. Tenho boas lembranças desta época de filha da PUC. Não era das casinhas, gostava mais dos quiosques do lado de fora, mas me unia a qualquer povo presente em todas as chopadas de qualquer curso, de qualquer período. Uma época em que eu não fazia a mais vaga ideia se gostava ou não de cerveja. Cerveja não era pra gostar, era pra tomar. Bom, hoje, Lévi-Strauss está morto e eu aprecio cervejas escuras, com mais trigo e alemãs. Aliás, hoje, eu estou grávida e nem bebendo estou. Sinal dos tempos.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Entornando a Vida

Há um tempo que eu já queria escrever sobre isso, mas fui deixando pra lá. Só que todo dia eu me deparo com a constatação de novo e penso a mesma coisa: "Pqp, essa galera de Viver a Vida bebe pra cacete!".

José Mayer não tem uma cena sem seu uisquinho. Seja em Búzios, no escritório ou em sua casa quarto de hotel. E Helena e Luciana?! Essa viagem a Paris, seguida de Petra foi patrocinada pela Chandon. Não é possível!? De manhã, de tarde, de noite, no café, no almoço, no jantar, tem sempre uma champagne rolando no núcleo que agora inclui Thiago Lacerda. Que por sinal... Deixa pra lá, que o assunto não é esse.

Bem, e depois dizem que a bêbada é a coitada da Bárbara Paz. A menina aparece bem menos com o copo na mão que seus companheiros do universo rico. A única diferença é que ela bebe um e cai, seus colegas de cena já são bem mais duros na queda.

Sei não... Mas acho que saiu Glória Perez e seu merchandising social e entrou Manoel Carlos bem politicamente incorreto. Nada contra. Até gosto de uma champagne. Aliás, adoro, apesar de não saber o que é isso há nove meses... Mas tô achando meio exagerado e sem propósito esse festival de copos pra lá e pra cá. Que gente mais fútil... Fica parecendo que ninguém se importa muito com nada, sabe? Trabalho foda-se, problemas foda-se. Sei lá, parece que ser rico é ser idiota.

Se eu fosse rica, me revoltava. Que falta de respeito com a classe, oras! Ricos, rebelem-se!

terça-feira, 27 de outubro de 2009

R$ 0,90

Não tô preguiçosa não, juro! Mas é que tenho adorado as besteiras recebidas pelo e-mail nosso de cada dia. Olha essa:

Um rico fazendeiro casou-se com uma mulher muito pobre. Deu-lhe casa, carro e emprego para os familiares da esposa. Todos ficaram felizes e muito bem de vida.

Um certo dia, a mulher procurou seus familiares e disse:

- Não agüento mais meu marido, vou me separar dele!!

O pai imediatamente indagou:

- Mas, querida, ele é um bom homem, te ama, te respeita, não anda com outras mulheres, você mesmo disse que ele é um homem perfeito... Por que isto agora?

E a filha respondeu:

- É que não agüento mais!! Meu marido só quer me enrabar! Se me curvo pra pegar alguma coisa lá vem ele e ..CRÉU. Quando me casei, meu 'fiofó' era pequeninho, parecia uma moedinha de dez centavos, agora parece uma moeda de um Real.

O pai concluiu:

- Ôôô, minha filha! ... Vai arrumar encrenca por causa de noventa centavos???

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

O Pavão e o Urubu

Recebi isso hoje. Não tenho ideia se é manjado ou não, mas adorei! Reproduzindo:

Tem um conto japonês milenar que é mais ou menos assim:

Em uma planície, viviam um Urubu e um Pavão. Certo dia, o Pavão refletiu:

- Sou a ave mais bonita do mundo animal, tenho uma plumagem colorida e exuberante, porém nem voar eu posso, de modo a mostrar minha beleza. Feliz é o Urubu que é livre para voar para onde o vento o levar.

O Urubu, por sua vez , também refletia no alto de uma árvore:

- Que infeliz ave sou eu, a mais feia de todo o reino animal e ainda tenho que voar e ser visto por todos, quem me dera ser belo e vistoso tal qual aquele Pavão.

Foi quando ambas as aves tiveram uma brilhante idéia em comum e se juntaram para discorrer sobre ela: cruzar-se seria ótimo para ambos, gerando um descendente que voasse como o Urubu e tivesse a graciosidade de um Pavão...

Então cruzaram... e daí nasceu o peru: QUE É FEIO PRA CACETE E NÃO VOA!!!

Moral da história: "- Se a coisa tá ruim, não inventa gambiarra que piora!!"

domingo, 25 de outubro de 2009

Rapidinhas

Já viram o comercial da esponja Scott Bright com o Lázaro Ramos? Ele não tá a cara do Gilberto Gil?!


Outra: lendo jornal, vi uma notinha falando algo sobre a Parada Gay no Rio. O 'algo' não importa tanto. O que me chamou atenção foi a quantidade de Paradas Gays que há. Achei que fosse um evento marco, uma coisa assim tipo carnaval, uma vez por ano e tal... mas tenho a impressão de ler sobre Paradas Gays num intervalo curtíssimo aí de, sei lá, três em três meses no máximo! Que coisa...


Por fim, não conhecia o significado da palavra 'fratulências' até me tornar íntima dos livros e revistas sobre gravidez. Impressionante como nenhunzinho gosta de escrever 'gases' ou 'pum'. Reina a fratulência.


Bom, vocês devem estar se perguntando a que se deve essa minha frequência repentina de novo aqui. Estou sem sirviço... Fiquei tão desesperada com a quantidade de coisas que tinha que entregar antes do baby nascer, que saí virando madrugadas e emendando fins de semana trabalhando. Aí, acabei dando uma desafogada boa e agora estou tranquila a espera de Antonio Pedro. Meus afazeres se resumem a procurar um enfeite de porta para o quarto do hospital, achar gel dental para bebê (que a minha dentista me encheu a paciência de que é importantíssimo), lavar as roupinhas dele e deixar a mala da maternidade pronta. E ah! Ir separando umas fotos para montar o 1º álbum do pequeno. Ontem, enfim, minha barriga de nove meses foi fotografada:


sábado, 24 de outubro de 2009

ELA

Não tinha o hábito de ler o Caderno ELA. Sei lá. Acho que era porque eu estava sempre enrolada com meus jornais atrasados, aí dispensava suplementos. Ficava só no principal e no Segundo Caderno, que sempre foi a minha área de atuação. Moda, decididamente, não é meu forte... Sou mais básica que decoração de hospital.

Enfim, não sei se fui eu que me organizei melhor e hoje consigo acompanhar as notícias no dia em que elas acontecem e aí, me sobra tempo para ler os supérfluos; ou se o Caderno ELA deu uma mudada e tem feito pautas menos de moda e mais de comportamento, o que passou a chamar minha atenção; ou se eu simplesmente passei a tentar ser mais menininha. Não interessa. O ponto é que, desde que passei a ler o dito cujo, tem sábados que fico com a pulga atrás da orelha, meio revoltadinha com o espaço que dão a certas 'personalidades', por assim dizer.

Na semana passada, foi para uma editora fodona de moda brasileira das antigas. Uma espécie de espelho da Anna Wintour. Ou pelo menos foi assim que tentaram mostrá-la. Pois bem, lá pelas tantas, no meio da matéria, descreve-se uma ocasião em que ela cismou que queria dois patos azuis para um editorial. Na falta de patos azulados naturalmente, tacaram tinta nos bichinhos, que, depois, morreram intoxicados. Achou graça? Nem eu. Mas, no texto, a ideia é que fosse mais um 'causo' muito engraçado de Dona Fulana. "Hahaha. Essa Dona Fulana..." Era esse o tom. Fiquei de mau-humor.

Hoje, podem ver lá, a capa foi dada à maior expressão do jet set brasileiro. Nem sabia que a gente ainda tinha isso. E, apesar de dizer lá que a Tal frequenta todas as colunas sociais, eu nunca tinha visto mais gorda... Minha implicância começou com a chamada: "Dona de blá blá blá blá e de mais sei lá quantos quilômetros da Amazônia..." Como alguém é dono da Amazônia?! Tem treta aí. Das ruins. Lendo mais um pouco, descubro que o 'verdadeiro dono' é um suíço, seu marido. Ah... mas tem treta mesmo. Um suíço é dono de parte da Amazônia. Enfim, o que foi me deixando de boca aberta é que a história da moça segue cheia de contradições esquisitíssimas.

Assim oh: ela é dona da Amazônia, mas é super ligada a causas ecológicas! Ah... então tá... Como se uma mão lavasse a outra. Seguindo, ela acumula um milhão de cargos importantes, naquele estilo Angelina Jolie de embaixadora da ONU. Tudo indicação de gente seríssima como o empresário Alvaro Garnero, que admira muito a amiga. Falando em amiga, um dos subtítulos da matéria é: Compulsiva por amigos e sapatos. Achei sensacional o jornalista colocar amigos e sapatos no mesmo saco. Não é?! Naomi Campbell seria uma das amigas, mas não quis dar declaração para o jornal. Johnny Depp e Leonardo DiCaprio também foram citados. Alexia Dechamps, Luciano Huck, o Garnero, já mencionado, Alicinha Cavalcanti... A brasileirada toda deu depoimento. Assim como um estilista aí, que não lembro de que país era, que disse nunca ter conhecido ninguém tão consumidora compulsiva quanto a tal ANA PAULA! Lembrei o nome da moça. O sobrenome já é demais... Bom, Ana Paula pensa em ingressar na política. É um sonho antigo, diz ela.

Realmente, se a Amazônia e o suíço não tão dando conta, não há melhor forma de financiar seus gastos compulsivos. Inteligente esta moça.

Só juro que não saquei até agora qual é a do Caderno ELA ao falar dessas figuras. Ou a coisa é muito fútil mesmo ou, como acha meu querido marido, tem alguém genial lá que está conseguindo tirar um belo sarro desse povo, sem dar na cara. Algo como 'driblando a censura' de antigamente...

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Mãe Dinah

Olha que coisa mais estranha: estava eu passando pela rua, aqui perto da minha casa, quando vejo exposta ao lado de fora da farmácia uma havaiana roxa, meio brilhante, de tira fininha. Adoro roxo, adoro as havaianas fininhas. Aí, entrei e comprei. Simples assim.

Eis que, no mesmo dia, estou em casa, umas poucas horas depois, sentada, trabalhando na minha mesa no escritório, calçada com minhas antigas havaianas, também de tiras fininhas, mas prata. De repente, não mais que de repente, ela 'quebra'. É. Sabe quando aquela tira da frente parte? E de um jeito que não dá pra encaixar de novo? Então, partiu! No mesmíssimo dia que eu, inocentemente, havia comprado outras.

Não é nada, não é nada... Não é nada mesmo. Mas achei muito esquisito...

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Ideia

O novo acordo ortográfico, que nem é mais tão novo assim..., saiu um pouco das rodas de conversa por aí e das notícias de jornal e internet. Quer dizer, saiu enquanto assunto, tem veículos que aderiram à cartilha. Pois é, é sobre a adesão que quero falar.

Fora O Globo e o professor do Soletrando Sérgio Nogueira, não sei exatamente quem já escreve de acordo com a modernidade. Sei que eu não. Continuo arraigada a hábitos de um passado, pra mim, ainda muito recente. Só que... Esse é meu ponto de hoje: escrevo 'ideia' sem acento. É a única palavra que, não sei porque cargas d'água, consegui decorar, visualizar e passar a escrever diferente. Tem explicação?

O mais engraçado disso tudo é que já tive várias provas de que não sou só eu que aderi à 'ideia'. Um montão de gente já me passou e-mails com a porra toda no português antigo, mas a ideia vem sem acento!

Não é um acaso de inconsciente coletivo a ser estudado?! Acho que vale pauta para a Super Interessante. Queria muito uma explicação científica ou, pelo menos, plausível para o fenômeno.

É só. Inté.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Desabafo - faz bem.

Como é que alguém a cerca de 20 dias pra parir, pode conseguir pensar, falar, escrever sobre outra coisa? Pra ele é muito fácil. Afinal não é ele que está com uma bola de boliche (daquelas profissionais) entre o peito e as pernas. E a minha comparação não é pelo tamanho e sim pelo peso, que parece chumbo. Não é ele que vê dia-a-dia tarefas outrora (muito chique, outrora!) simples como arrumar a cama, ficarem cada vez mais sofríveis. Se ter cachorro é teste pra ter filho, engravidar é teste pra saber como será a velhice de costas e movimentos entrevados... Não é ele que está carregando 11 quilos a mais pra lá e pra cá e ainda escuta das pessoas que você está ótima. Ótima é o cacete! Quer pra você? Só a minha médica tem opinião contrária: - Não precisava, Adriana. Você podia ter engordado 9. O que também me irrita. A Angélica engordou 11. A Ivete, 300. A Ingrid Guimarães, 12. Minha cunhada magrinha, também 12. E a Carolina Dieckman virou uma elefanta! Duas vezes!

A pequena revolta é porque tenho comentado como estou feliz por vir recebendo comentários de anônimos aqui, mesmo estando meio parada e pouco assídua. Aí, num dia desses, falei que era uma pena eu não estar escrevendo naquele ritmo de 2008...

- Tá dando mole.

Foi a frase que me irritou. Primeiro que eu não pedi uma opinião, apenas compartilhei um fato. E segundo que: como ele ousa? É que vocês não viram o tom do 'tá dando mole'. Sabe aquela capacidade que algumas pessoas têm de dizer mil palavras com muito poucas? É. Uma habilidade incrível de, com a ajuda de tom, sobrancelha e outras expressões faciais, derramar um sem número de críticas e observações que, se o interlocutor também tiver uma outra habilidade, a de sacar isso tudo, fudeu.

E eu tenho. Então, fudeu.

Todo mundo sabe, ou pelo menos quem me conhece - que pretenção a minha... - que eu não sou a favor de briguinhas bobas, de discussões desnecessárias e de surpresa. Tipo, estamos indo pra cama dormir e de repente, não mais que de repente, a casa cai e terminamos em quartos separados. Geralmente, sou eu quem chama atenção para a bobeira que é o assunto discutido, que não vale à pena o gasto de energia e tal... mas, quando essa bobeira pra mim vira caso de vida ou morte, de novo, fudeu.

É raro de acontecer. Mas acontece. E aí, eu me transformo na rainha da cavalaria. Fico na linha de frente e quero mais é guerra. Com sangue.

Bom, depois de despejar tudo o que eu queria, não sei se me fiz entender. Mas fiquei mais leve. E, queridos, no meu atual estado, sentir-se mais leve, ainda que por minutos, é um momento e tanto a ser curtido!

Dou notícias sobre o Antonio Pedro, minha bola de boliche.

domingo, 27 de setembro de 2009

Jogo Rápido

Não sou saudosista. Aliás, minha memória nem permite, já que sou péssima para lembrar das coisas. Tenho uma espécie de Alzheimer para iniciantes. Mas, enfim, li uma frase que me chamou atenção e tive vontade de deixar registrada aqui:

"No passado, até o futuro era melhor"
O contexto era mais interessante ainda, comparando uma sessão de fotos para uma capa de discos nos anos 60 e como seria a mesma sessão hoje em dia, com tudo a que essas produções atualmente têm direito. Do trailer com ar-condicionado ao maquiador particular de cada astro. A ideia (sem acento) geral da matéria era fazer uma ode à simplicidade, coisa rara nos dias atuais. Como grande defensora do conceito de vida e coisas simples, adorei.
Pra quem quiser ler, tá na revista de domingo do Globo. É a reportagem sobre a capa do disco "Abbey Road", dos Beetles.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

"500 Dias com Ela"

Sigo com comentários sobre filmes do Festival do Rio:

Hoje foi a vez de conferir "500 Dias com Ela", uma comédia indie fofa com a atriz que fez a namorada do Jim Carrey em "Sim, Sr.". Linda. E um linda normal, atingível. Por isso, mais linda ainda. Bom, tô parecendo meio lésbica e nem é da beleza de Zooey Deschanel que quero falar.

Quero falar sobre se apaixonar. E sobre de como a gente esquece como é isso. Antes que alguém pense que estou em crise amorosa, não é isso. Estou bem-casada, bem-resolvida, feliz com a ideia de começar uma família com um pimpolho na barriga e sem neuras quanto ao que me espera no futuro ao lado do mesmo cara. Mas...

Mas quando a gente se depara com uma história interessante que faz com que aquilo bata não só como um filme, mas como uma experiência de sentidos, é inevitável se pegar lembrando, pensando, buscando histórias parecidas que aconteceram ou poderiam acontecer com a gente.

No meu caso, fiquei mais no poderiam ter acontecido. Claro que já me apaixonei. Mas eu era tão novinha que além de não lembrar exatamente como foi, hoje minhas lembranças pareceram meio bobocas e infantis. Afinal, eu era mesmo uma estudante do ensino médio e coisas como meu objeto de paixão sentar na carteira ao lado da minha já era um grande sinal e assunto para uma semana de recreio.

O que me deixou com gosto de quero mais vendo o filme foi uma paixão em idade mais avançada. Onde as coisas, pensamentos, diálogos, atitudes, reações me pareceram bem mais interessantes com minha cabeça atual. Claro que como todo casal apaixonado, ou solitário que curte uma paixão não muito correspondida, as reações, diálogos e atitudes às vezes pareciam sair da boca e de alguém do ensino médio. Mas é que com 20 e poucos anos os pensamentos e as consequências podem ser muito mais interessantes do que com 13, 14. E era isso que me instigava o tempo todo.

Não sou a favor de trocar uma vida estável e feliz por uma aventura em que muito provavelmente não vai dar em nada. Principalmente, quando você está muito mais apaixonada por seu objeto de paixão do que ele por você. Taí um risco que não vale à pena correr. Mas o que me deixou vidrada na tela é como quando o negócio é forte mesmo, você esquece o risco e a sensatez. É isso que a gente esquece como é. Ou que muita gente nem chegou a sentir.

A pessoa ou a paixão pela pessoa te toma tanto o tempo, a cabeça, a vida que você simplesmente nem tem a opção de ponderar se aquilo vale à pena ser encarado. É cego mesmo. O que me leva a uma reflexão: o amor não é cego coisíssima nenhuma. Quando você ama, sabe muito bem de todos os defeitos da pessoa amada, mas escolhe permanecer com ela. Tem dias bons e ruins, mas ainda assim, não questiona se ama ou não. Tem coisas no outro que você gostaria de mudar, mas engole por causa das outras coisas que ele tem de bom. Não gostaria de ouvir e ver certas coisas, mas releva porque na hora de dormir, acaba olhando pra ele e percebendo mais uma vez que seu lugar é ali. Enfim, não que você saiba exatamente porquê ama aquele indíviduo, mas sabe que ama e ponto. É suficiente, claro e forte o bastante para te manter ali, por escolha.

Agora a paixão, sim, é cega. Você não enxerga nenhum defeito, ou não liga mesmo pra eles, chegando a achá-los engraçadinhos. Não dá chance para a realidade e caga para as pessoas que você possa machucar. Paciência, o que você está sentindo não é controlável. Como se a culpa não fosse sua. É instintivo, animal. Você não enxerga nem o pior: que você vai quebrar a cara. No momento da paixão mesmo, você não tá nem aí. Um momento, um dia, uma noite, um fim de semana ao lado daquela pessoa que você simplesmente venera vale mais do que todo um futuro detonado adiante. Quem era tímido, fica corajoso. Quem era contido, fala barbaridades. Quem era apagado, do nada passa a sorrir. Quem era preguiçoso, ganha um gás invejável.

Normalmente dura muito pouco, é verdade. Mas ainda assim, quando você lembra que existe, quando você escuta a história de alguém, quando vê um filme... a vontade de também viver aquilo de novo ou pela primeira vez gruda na cabeça por um tempo. Não dá para evitar.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

"Julie & Julia"

Em tempos de Festival do Rio, voltarei a falar um pouquinho de cinema.

Hoje assisti a "Julie & Julia", com a dupla que arrasou em "Dúvida": Meryl Streep (que, aliás, arrasa sempre) e Amy Adams.

Nada demais. Uma Sessão da Tarde do futuro. Mas, pra mim talvez tenha sido mais interessante do que para a maioria. Explico: a história é de uma jornalista/escritora meio perdida na vida que um belo dia, com a ajuda do fofo do marido, decide criar um blog com um objetivo claro: contar a experiência de reproduzir as 300 e alguma coisa receitas descritas num livro de culinária. O projeto da moça teria início e, principalmete, um fim!

Qualquer semelhança é mera coincidência, mas me vi ali várias vezes. Foi exatamente o que me aconteceu no ano passado. Recém-saída do meu emprego arrastado de sete anos num mesmo canal de TV, joguei tudo pro alto com coragem. Mas aí, veio o período do marasmo. Não estava fazando nada e não sabia que rumo tomar. Numa conversa despretenciosa no sofá com ELE, acabei levantando cheia de gás para colocar em prática o "366 - Crônicas de um Ano Bissexto". Eu começaria a escrever crônicas diárias e de tema livre no dia 1º de janeiro e iria até o dia 31 de dezembro.

Bom, quase um ano depois do término do projeto, fico feliz de ter conseguido realizar o que eu mesma me propus. Coisa muita rara. Hoje minha vida está bem diferente. Estou fazendo mil coisas, feliz de novo profissionalmente, sem tempo livre para quase nada e muito prestes a ser mamãe. Ou seja, objetivos não me faltam. Mas, ainda assim, sinto saudades da época em que me dedicava com afinco ao meu querido blog de bolinhas, que hoje permanece mudado e cor-de-rosa, mas sem a frequência de outrora.

Por isso, foi gostoso assistir ao filme e lembrar de mim mesma. Saí leve.

Só tem uma diferença básica: no cinema, a menina faz um sucesso tremendo com seu blog, descoberto e seguido por milhares de leitores, e termina recebendo um montão de propostas para escrever livros, virar filme e participar de programas de TV. Essa parte me deixou meio cabisbaixa com a vida real. Já pensou se minha história continuasse igual a dela até o fim?!

Mas ok, estou feliz. Acabei de publicar um conto num livro e estou trabalhando na minha área com um monte de projetos de que tenho gostado muito. De certa forma, o blog tem a ver com isso sim. Me ajudou a encontrar caminhos, a me soltar mais pra escrever, a me conhecer melhor, a acreditar mais em mim. Sem desmerecer, é claro, meus 17 leitores (que nem o Veríssimo e o Xexéu) que me seguiram fielmente e também foram responsáveis por essa confiança ganha de lá pra cá.

Ou seja, se você estiver meio sem rumo na vida, que tal escrever um blog? Pra começar, dê uma olhada em "Julie & Julia" em busca de inspiração.

Beijo e até mais.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

VV

"Viver a Vida" tá mostrando potencial pra bombar! E uma Helena estreante, mulher e negra nunca teve tanto espaço num mesmo capítulo. Só da Taís Araújo!

E é dela que quero falar. Taís está bem na novela das 20h, que há muito começa às 21h... A moça só fica esquisita quando contracena com ele, o maior garanhão galã de todos os tempos: José Mayer. Tô louca pra ver como a galera do Casseta vai chamar o personagem. Mas voltando a Taís, a moça tá super desprendida, natural, segura o drama lá nas cenas com a irmã mala... mas quando esbarra com seu José, dá tilt. Fica meio durona, fala umas coisas que soam estranhas, uns movimentos de ballet, sei lá... Tô achando que Taís fica nervosa ao lado do bicho papão de atrizes da Globo. Lázaro Ramos que se cuide. Um diálogo de hoje entre os dois:

- Já percebeu que eu estou te perseguindo, né?
- Já. Já percebi sim. E na verdade eu gosto dessa perseguição. (olhar que era pra ser confiante) - Acho... picante.

Acho picante??????? Jesus, coitada de Taís Araújo. Deu pra ver que ela tava com vergonha de dizer o texto. Oh Seu Manoel... Pega leve com a Taís...

Piores Invenções Modernas

Uma das piores coisas que já inventaram foi ar-condicionado com controle remoto. Está acabando com as minhas noites de sono e, a longo prazo, com meu casamento. Eu quero frio, ele quer mais quente, aperta daqui, aperta dali, aperta de novo e ninguém prega o olho...



E já começo a me divertir com os diálogos de Manoel Carlos:

Taís Araújo ou Helena, para os já iniciados na novela: "Tenho uma irmã que me ocupa e preocupa".

Que sacada! Que jogo de palavras! Que gênio!
E eu aqui... nas minhas historinhas que não rendem 1 centavo...

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Entreouvido por aí


"Meu pai era louco pra eu me casar com um judeu. Porque ele era careca e queria usar aquele chapeuzinho na cerimônia".

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Zé Fini.

Meu problema: tenho que dispensar a mulher que faz acupuntura na minha cachorra. Sim, a minha cachorra faz acupuntura, mas não é esse o assunto. O assunto é dispensar, terminar, acabar, limar, cortar, banir alguém da sua vida.

Por que esta merda é tão difícil para alguns mortais, inclusive, eu?! Digo inclusive eu porque, acreditem, eu não tenho o menor perfil de quem não teria culhão para isso. Mas não tenho. Nem saco, nem culhão. Vendo por este ângulo, sou comprovadamente uma mulher.

Desde o namoradinho do colégio, passando pela amiga mala, namorados mais sérios, minha única experiência com uma psicóloga, empregadas, parceiros de trabalho... até todo tipo de prestadores de serviço, incluindo aí a acupunturista animal, que eu não sei como olhar na cara da pessoa dignamente e dizer: Zé fini.

Com o namoradinho do colégio eu fiquei brincando de gato e rato um tempão, até ele entender e ficar magoadíssimo. Da amiga mala, eu só me livrei com o tempo e o devido amadurecimento que, se não me deu coragem pra chutá-la pra escanteio, pelo menos me fez parar de ter medo da infeliz. Os namorados mais sérios me odeiam e me acham uma louca bipolar, que mudou de uma hora para outra fazendo com que eles não aguentassem mais a relação. A psicóloga ganhou dinheiro por umas dez sessões desnecessárias onde, por não ter mais nada o que falar, eu inventava coisas. As empregadas foram devidamente dispensadas pela minha mãe. Parceiros de trabalho foram aturados bem mais do que deveriam. E os prestadores de serviço...

Bem, cada caso é um caso. No caso específico da acupunturista, o assunto tem me deixado tão nervosa que no dia que a mulher veio, eu tinha mandado a cachorra pro veterinário e esquecido da acupuntura... Ou seja, além de estar prestes a demití-la, eu criei um segundo problema por fazê-la ir até a minha casa à toa naquele dia. Nem preciso dizer que a demissão ficou pra depois e que ela ainda me levou a grana da passagem.

O fato é que a próxima sessão está chegando e eu ainda não descobri a melhor forma de dizer que não queremos mais contar com os serviços dela. Não sei se falo por telefone; se espero ela vir até aqui de novo, falo na cara e dou outra vez o dinheiro da passagem; se espero ela vir, falo na cara, mas deixo ela realizar a última sessão na Lua, num clima escroto, e pago pela última vez; ou se deixo ela vir, espero a sessão acabar, pago e digo no fim, vendo ela ir embora escrotamente também.

Enfim, estou sofrendo.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Manoel Carlos Vem Aí

Aproveitando o gancho de que uma nova novela de Manoel Carlos está prestes a estrear, deixo aqui uma passagem verdadeira com um digno personagem do Leblon, que eu presenciei ontem:

Eram umas 8h da noite e eu estava atrasada para encontrar umas amigas, no apartamento de uma delas, localizado no bairro mais in do Rio de Janeiro. Só que me toquei que estava de mãos vazias. Feio porque este seria o primeiro encontro do que propomos ser uma série e também seria minha estréia na casa dela. Ôpa! Um Zona Sul. Entrei.

Grávida e gulosa, passei reto pelos frios e fui ao cantinho que cheirava a pão de queijo. Queria um montão, tipo padaria, mas o educado atendente, que não me deixou pegar os pãezinhos sozinha, agora colocava-os um a um no saquinho. Sugeri que ele virasse a bandeja toda direto no saco, mas ele me explicou calmamente que estava muito quente, aquilo era uma estufa. Ok, esperei impaciente.

Uns cinco minutos depois e com menos pãezinhos do que eu queria inicialmente, mas foi o que deu para esperar, vi que as filas estavam meio grandes. Aí... Lembrei que eu sou uma gestante! E fui serelepe para o caixa preferencial. Grávida ali só eu, o resto era o quê? Velhos! Olha eles aí de novo... Bom, o problema é que a caixa, apesar de bem novinha, também parecia bem debilitada e lenta!

Mas é agora que chego no climax de meu relato: a minha frente, estava uma senhora muito elegante, loira, chiquerésima.

Atendente lesa: Cartão Zona Sul, Sra.?
Sra. elegante: Não trouxe, mas vou te dar o CPF. Pera aí.

Momentos de caça ao CPF em sua grande bolsa dourada.

SE: 523256899000 (assim, tipo espoleta. E jogou o cartão lá dentro de volta)
AL: Pode repetir mais devagar, Sra.?

Mais alguns momentos para uma 2ª busca.

SE: 5-2-3-2...
AL: Dona Ivone?
SE: yes!

Assim mesmo, a velha soltou um 'yes' para a caixa do Zona Sul, empolgadíssimo, como se ela estivesse na conversação do inglês junto com suas outras amigas elegantes. Não aguentei e ri sozinha. Por um tempo. Até porque a mocinha lá do caixa ainda demorou pra registrar e a velha demorou para catar moedas na carteira. Mas, a essa altura, meu mau-humor já estava longe e eu só conseguia rebubinar a fita na minha cabeça e colocar no play de novo pra ver a dondoca responder 'yes'!

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

O assunto ainda é 'velho'

Então, o assunto 'velhos' continua permeando meu humilde universo. Pra quem não tá update aqui, há pouco tempo uma confusão com o fato deu ter chamado minha avó de velha normal me deu dor de cabeça. Já passou. E a velha tá ótima.

Mas, eis que ontem, sou pega de surpresa por uma conversa, no mínimo, inusita com outra velha: uma vizinha.

- Ai, você tá ótima!
- Brigada, D. Mercedes. (aliás, ôh nome bom pra vizinha né, não? D. Mercedes. Perfeito.)
- Tá de quanto tempo?
- Quase oito meses.
- Nossa! Que bom. Fico aliviada.
- Oi?
- É. Ai, menina, não suporto gente gorda.

Sutil como um elefante, a simpática velhinha não? Que ela não me ouça a comparando com o bichão...

Bom, velhos são realmente uma espécie à parte dos mortais pra mim. Acho que eles - mais que as crianças até, de quem, de certa forma, já esperamos coisas malucas -, tem o dom de nos surpreender. Nem sempre positivamente, é verdade. Mas vale à pena o risco. Já me diverti inúmeras vezes com uma espécie de 'tô de altos da vida', que muitos deles assumem como conduta. É como se soubessem que estão no final, numa fase em que voltam a ser café com leite.

Há os que se intregam, se deprimem ou, não por culpa deles, adoecem e não conseguem curtir esses acréscimos do terceiro tempo. Mas há muitos - e tomara que seja a maioria! - que aproveitam e conseguem marcar golaços, garantindo a posteridade.

Minha avó com certeza é desse time vencedor, cheio de garra. Aos 80 anos, ela está prontinha pra cuidar do bisneto; caminha na orla duas vezes por semana; sabe o nome de todos os personagens de todas as novelas; se diverte tentando acessar a internet; não se conforma com a TV de plasma que fizeram ela comprar, mas que insiste em deixar as atrizes da Globo todas gordas; e fica felíssima com o poder que a mesada da vovó exerce sobre os netos. Numa atitude mais do que madura, ela chuta pra escanteio chatices de que só seria amada pelo dinheiro e faz bom proveito das regalias que uma vovó nada mão de vaca pode ter.

Não sei como é Dona Mercedes na vida, mas ela me parece falar o que dá na telha. Ou seja, deve render outras tiradas ótimas, que eu gostaria muitíssimo de ouvir.

E, por fim, me lembrei agora da avó de uma amiga minha que inventou que estava ficando surda para só atender a chamados quando estivesse afim. Atenção porque a coisa foi sofisticadíssima com direito ao médico de cúmplice. Ela conseguiu convencer o doutor de que já tava muito... velha para aturar encheção de saco e que tinha tido uma ideia ótima, mas que precisava dele para embasar cientificamente a grande sacada. Ele topou. E assinou o laudo. Foram mais fundo: combinaram uma observação devidamente redigida, dizendo que aparelhos de surdez não adiantariam no caso dela. A velha astuta já morreu e não me lembro exatamente quando seu plano perfeito foi descoberto. Mas não é sensacional?! Desde que escutei essa história, guardo comigo, com uma vontade grande de imitar a esperta senhora quando chegar a minha vez de aproveitar o fim da vida.

Bom, é isso. Um brinde aos velhos e velhas por aí. Pelo menos, aos sábios.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Suíte do break-up de Thiago Martins e Fernanda Paes Leme:

"Estamos em momentos diferentes".

Esses atores só são criativos trabalhando... Mais manjado que isso só o "não é você, sou eu..."

Suíte do Gazolla:

Após se submeter a uma angioplastia, Raul Gazolla declara: "Começa agora a 3ª parte da minha vida".

Bom, a 1ª ele explica que foi antes da morte de Daniella Perez, a 3ª é a que está vivendo agora. A 2ª... Bem, a segunda, nem ele lembra...

Guiness:

"Jackson é enterrado após 70 dias"
"Livros dão Dicas para Mega-Sena"
Depois dizem que os autores de auto-ajuda é que são picaretas... Se bem que, ta aí, enfim um tema que pode ser considerado de auto-ajuda!

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Uma velha nada Normal

- Porra, Nana, você chamou a vovó de 'velha normal'.
- Hã?
- Ela vai ficar puta.

Queria propor aqui - e quem sabe até eu mesma me animo a fazer - uma cartilha para escritores que ameaçam sair do privado e se tornam públicos, ainda que muito humildemente.

Sempre cultivei um arzinho assim meio rebelde. "Escrevo o que eu quero e ninguém tem nada a ver com isso!". Mas agora me dou conta de que era muito fácil fazê-lo no anonimato.

Um simples lançamento (pra mim não foi nada simples. Eu adorei! mas simples no sentido de sem grandes holofotes) me abriu as portas para o que pode ser um mundo infernal de conversas tete à tete com pessoas que possam vir a se sentir mal representadas em meus escritos.

Que eu escrevo frequentemente inspirada na minha pessoa e na minha vida, não é segredo pra ninguém. Pelo menos, para ninguém que lê o meu blog ou para quem eu mando meus textos. Mas houve um certo exagero na crítica da minha simpática irmãzinha lá em cima. Porque, justamente, neste caso específico - no conto que foi publicado na Coletânea Humor Vermelho, da qual já tenho muito orgulho! - não fiz isso tão displicentemente. Juro de pés juntos que é mentira! Que a história é inventada. E atenção porque posso estar decepcionando vários leitores que foram lá, compraram o livro e leram minha hitorinha à lá humor negro achando que foi mais uma das maluquices que aconteceram comigo. Não foi. Não assim.

Agora, é claro que peguei alguns fatos aleatórios e meti lá. Coisas corriqueiras. Toques muito sutis, referências. Como o fato da minha avó ter sido mesmo muito mais nova que o meu avô. Coloquei lá 30 anos, nem sabia se era essa a real distância temporal entre eles. Não interessa. Peguei um fato ao acaso qualquer, que me veio à cabeça no momento em que eu escrevia e tasquei lá: "ele já estava tão velhinho... Porra! 96 anos é vida pra caceta! Na verdade, ele sempre foi velho. Tá, avô é velho. Mas o meu era mais velho do que o velho normal para avô. Era quase trinta anos mais velho que a minha avó, que é uma velha normal".

Bendita hora!

O pior é que Tatiana fez sua pertinente observação bem no comecinho da noite. O que me fez permanecer com a pulga atrás da orelha o resto da 'festa'. Pqp!

Aí, chega a minha mãe com seu exemplar para eu autografar. Ótimo, ia me distrair um pouco. É sempre bom ter ali sua mãe com orgulho de você, certo? Mas aí, não aguentei:

- Mãe, a Taty falou que a vovó ia ficar chateada com o que eu escrevi, mas não tô falando dela. Eu...
- É. Comprei pra ela também que não pôde vir e me pediu, mas agora que eu li, também fiquei um pouco na dúvida se devo dar.
(...)

A pulga foi promovida a grilo. Eu realmente estava grilada. Nada, nem ninguém mais que surgisse lá para me cumprimentar tirava meus pensamentos da sentença inconveniente. De todas elas, aliás. Da que eu mesma escrevi ingenuamente, sem nem sonhar com a 'fama'. Da que a minha irmã escolheu para me parabenizar e agora a da minha mãe...

A noite demorou a passar. Fiquei lá um tempão fazendo sala pros queridos que foram lá me ver; depois jantei com amigos e cunhados; e só depois de meia-noite, entramos no carro para voltar para casa.

- Pô, a Tatiana e a mamãe me deixaram meio tensa dizendo que a vovó vai achar que escrevi sobre ela.
- É, gente mais velha pode entender assim mesmo.

Bacana.

Não achei uma alma boa, capaz de perceber que eu precisava ouvir algo totalmente diferente.

Bom, cheguei em casa e liguei pra velha:

- Vó.
- Oi, minha filha, pôxa eu não pude ir... Sabe o que é? Estou com a perna ruim. Está difícil de andar. Eu tenho que ver isso. Antes que eu pare de vez, né? Sua mãe já marcou um monte de exames pra mim... (mais dez minutos falando).
- É, vó. Tem que se cuidar.... Olha só, a Tatiana me deixou meio encucada porque no conto que escrevi falo de avó, de avô que foi cremado, de Cachoeira Paulista, de Muriqui... mas não é sobre vocês, entende? Só me inspirei em alguns fatos reais. Sabe tipo novela? Que nem quando a Glória Perez põe os personagens vivendo uma situação que aconteceu parecida na política... Enfim, é ficção. Fiz uma novela usando algumas referências.
- Sei. Que legal. Vou gostar!
- Pois é. Tem uma hora lá que falo que a minha avó é uma velha normal.
- Ué, mas eu sou uma velha normal mesmo.
- Não. Mas eu não falo nesse sentido. É que falo que o vovô, aliás o avô do conto, era muito velho, mais velho 30 anos que a minha avó que é uma velha normal. Entendeu? Normal de idade.
- Ele era 25 anos mais velho que eu só.
- Tá. Não importa. Aí é que tá. Tá vendo? É disso que estou falando. Não são vocês. É parecido só.
- Ah... Tá bom. Mas encucada com o quê?
- Disso. De você ler e ficar triste, achando que eu fiz pouco caso, que não tive cuidado ao me referir a vocês.
- Mas você não disse que não é a gente?
- Isso! Não, não é.
- Tudo bem.
- Ai, que bom, vovó. Eu tava tão preocupada... Tomara que você goste. É engraçado. Um humor negro, sabe? Tipo... Sei lá, "Vamp". Não tô achando nenhuma novela boa agora pra dar de exemplo.
- Tá bom. Vou ler. Sua mãe vem aqui me entregar o seu livro amanhã. Mas você falou lá no início de Cachoeira Paulista e o quê?
- Muriqui.
- Não, não. Foi Ibicuí. Em Ibicuí que jogamos as cinzas do seu avô.
- Mas, vó, lembra que não são vocês...
- Ah é... Mas, oh, Cachoeira Paulista tá certo.

Adoro a minha avó. Adoro escrever. E isso foi uma homenagem real! a uma velha nada normal.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Antiguidade é posto


Ator Raul Gazolla é internado em SP

Não se sabe o motivo. Mas o melhor da nota é o fim, quando explicam de quem se trata:

Raul Gazolla foi casado com a atriz e bailarina Daniela Perez, assassinada em 1992. O corpo da jovem, na época com 22 anos, foi encontrado num matagal, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, com 18 perfurações, oito delas no coração. O ator Guilherme de Pádua e sua mulher, Paula Thomaz, foram responsabilizados pelo crime e condenados.
Ninguém achou nada mais atual para falar do Raul...

Sem Gracinhas


Toda de Branco, Sarah Jessica Parker filma "Sex and the City 2"

Eu não sabia! Oba.

Parece mas não é




"Em dia de escritório na praia, Palmeira leva a Filha"



Ou é escritório ou é praia. E ou é trabalho, ou leva a filha. Muitos elementos desconexos...


Mas, foda-se. Repara só na segunda foto: Não parece o Romário?

Oh My God!


"Thiago Martins e Paes Leme se Separam"



'O rompimento foi há cerca de um mês, mas eles continuam bons amigos', garante assessoria


Ufa.. ainda bem. Que susto...

Piada Interna

Só pra quem é tricolor...

"Renato Gaúcho é demitido; vice do Flu diz que Cuca assume o time"

Puta merda! que azar.


"Jogador perde a perna após ser atingido por Raio"

O Exemplo que vem de Cima

"Prefeito é o 1º Morto por Nova Gripe em Goiás"
Segunda hoje que eu brinco com o que não devo... Sorry. Again.

Britney entediada é um perigo

Britney Spears transforma seguranças em loiras
Cantora mostrou o resultado da brincadeira em seu site oficial



Sem ter muito o que fazer e sem idéias para uma nova enfiada de pé na jaca, Britney Spears decidiu se divertir com seus seguranças de estimação.

E nosso Dado americano continua...

Após ter dito que não lembrava do ocorrido, Chris Brown declara:

'É claro que eu lembro de ter batido em Rihanna'.

"Como disse várias vezes antes, estou envergonhado e arrependido pelo que aconteceu. Queria poder ultrapassar este momento e mudar as coisas, mas não dá".

Uma do EGO que ninguém é de ferro...


"Madonna cai na piscina de Roupa"

Aí, o resto do assunto da matéria é: O que será que ela está querendo esconder?

Ai, meu Deus, o que será? O quê?.... deve ser duro trabalhar no EGO.

Uma Manchete que já Basta


"Para a Igreja Maradoniana, Deus é 10"

Igreja Maradoniana?! Sim, seus fiéis cultuam Maradona e escrevem Deus em espanhol (Dieus) com o número '10' no meio: D10s.

E atenção para os detalhes:

"Seus cultos ocorrem duas vezes por ano".
Transformar-se em um membro da Igreja Maradoniana requer certa habilidade: fazer gol com a mão, igual (ou parecido) com o que Diego fez na Copa do Mundo de 1986. Só assim o fã de Maradona poderá receber o título de seguidor.
E o melhor! (Atenção para o 9º!)

DEZ MANDAMENTOS DA IGREJA MARADONIANA

1 - Amar o futebol acima de todas as coisas
2 - Declarar amor incondicional a Diego e ao futebol
3 - Espalhar os milagres de Diego em todo o universo
4 - Não proclamar Diego em nome de um só clube
5 - A bola não será manchada (sobre problemas extra campo)
6 - Defender a camisa argentina e respeitar as pessoas
7 - Honrar os templos onde jogou e seus mantos sagrados
8 - Predicar os princípios da Igreja Maradoniana
9 - Levar Diego como segundo nome e colocar no filho
10 - Não ser cabeça de garrafa térmica e que a tartaruga não fuja (frase dele)

Questão de Eficiência


Olha como nos Tigres Asiáticos, as coisas realmente funcionam:

1) Um maluco decidiu escalar uma torre de 452m na Malásia.

2) Antes de prender o lunático, que façamos uma foto bacana.

3) Mandou-se um helicoptero para o local pra fazer figuração.

Simples assim.

Bom Dia. Começando a Ronda.

"Aos 66 anos, morre o ministro do Supremo Carlos Alberto Direito".

Tenho total noção de que essa notícia não era para ser engraçada, mas não é engraçadinho o cara se chamar 'Direito'?! Tá, parei.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

E não dava pra não comentar...


Tá. O negócio já tá velho, tooodo mundo já viu, mas não posso encerrar o expediente de hoje sem falar do vídeo da Vanusa e sua versão do Hino Nacional.

Infelizmente, não sei postar vídeos aqui. Sei que dá. Só não sei fazer. Mas, mesmo assim, destaco que o melhor pra mim é quando aos 2'50'' do vídeo, quando a cantoria degringola geral, um lá dos de terno e gravata dá uma cochichada no ouvido do colega. Queria muito ser a mosca que passava para ter ouvido o conteúdo ao pé do ouvido: "Ih... a velha pirou. É assim mesmo? Caceta! Ela tá doidona". Não páro de tentar imaginar, mas aposto que o original deve ser imensamente mais engraçado. Droga. Para isso, ninguém surge com um microfone que estava acidentalmente ligado...

Atenção também para os 3'55'' quando o apresentador interrompe, querendo encerrar e Vanusa continua enlouquecida cantando tudo errado sem parar. Isso após já ter havido um outro momento em que o povo achou que o mico tinha acabado e bateu palmas. Nada. Vanusa, a Louca, é masoquista e continuou toda errada.

A volta dos que não foram. Mesmo.


Só eu ou alguém aí me acompanha na lembrança de que o revival dos filmes do Rambo seria representado e finito com o último e 'recente' "Rambo IV"?

Estávamos enganados. Segundo a Viriety e o link da Globo.com, Sylvester Stallone fará quinto filme do “Rambo”.
Giselle Itié deixou o cara cheio de gás...

A pôse de Luiza, Gracyanne e o tapa de Francine


E Francine leva um tapa na cara. Quem deu foi uma tal de fã de Maíra (?). Não faço idéia de quem seja Maíra e menos ainda do que levaria sua fã a agredir a Benhê, mas no fundo dei um risinho maldoso com o tapinha. Dói, um tapinha não dói, um tapinha não dói, um tapinha não dói. Só um tapinha!


Para quem nunca considerou namorar o Belo... vai aí um motivo para repensar:

"Gracyanne Barbosa, rainha de bateria da Vila Isabel, ganhou um mimo do noivo, o pagodeiro Belo. A morena desfila pela cidade a bordo de um Chevrolet Camaro, avaliado em R$ 180 mil".




Gente, é muito divertido brincar disso! pelamordedeus!

Dêem uma sacada (1ª foto) na paradinha singela que La Brunet fez ao perceber que estava sendo clicada por paparazzis, durante seus exercícios matinais. Não lembra nossos álbuns de criança, quando mommy pedia uma pôse pra foto?!

E as rotativas não param...


A 'notícia' era sobre dores misteriosas que atacam Leila Lopes. Mas, Deus!, o que atacou a sua cara, nêga?!


Essa vale ler na íntegra:
http://ego.globo.com/Gente/Noticias/0,,MUL1287214-9798,00-LEILA+LOPES+ESTA+INTERNADA+HA+DIAS+NO+HOSPITAL+COM+DOR+MISTERIOSA.html

Destaque para:

“Pelo menos câncer nós sabemos que não é".

Leila está sendo tratada pelo grupo da dor (?!) do São Luiz.

Além das dores intestinais, Leila conta que está com forte diarreia (...) “Meu irmão veio de Porto Alegre para ficar comigo. Agora mesmo ele foi lá em casa buscar mais roupas, porque suja muito”

EXTRA! EXTRA!


NOTÍCIA DE ÚLTIMA HORA!


"Chris Brown revela: Ainda amo Rihanna"


Após dar uns belos supapos na cantora, o rapper vem a público dizer-se ainda apaixonado. Não é o máximo da cara-de-pau? Pois é. Não. Porque não duvido nada que a moçoila o perdôe. De novo. E viva as mulheres da Era pós-feminista!

Today's News


Há tempos que tive esta 'idéia', mas nunca que a colocava em prática... Pra tentar ser mais assídua aqui, todo dia de manhã, após a minha olhada dinâmica na capa da Globo.com, vou eleger a 'notícia' que mais me chamou a atenção e tecer um comentário, à medida do possível, engraçadinho. Que tal? Uma espédie de comentário da notícia do dia. Mas atenção! Meus critérios são totalmente aleatórios e passam longe da 'informação em 1º lugar'.

Fato que mereceu meu holofote de hoje: "Rafinha reaparece com a mesma Namorada"

Pra quem não está ligando o nome à pessoa, Rafinha é um dos últimos vencederos do BBB. Acho que da última ou, no máximo, penúltima edição. Confesso que me perdi... Mas, enfim, não é uma coisa para se admirar? Eu acho e a Globo.com também.

Sério. Deve ser difícil pacas sair do ostracismo, ser assediado por um montão de mulheres de todos os tipos e sabores e permanecer com a mesma namoradinha da época de Zé Ninguém... A não ser que... Rafinha não seja muito chegado. Bom, ele é emo. Nunca entendi direito o que isso significa, mas me parece coisa de viado. Pois é. Um elemento importante esquecido de ser dito pelo jornalista do Extra que deu a notícia é que Rafinha também reapareceu com o mesmo cabelo...

domingo, 30 de agosto de 2009

Gagá

Estilo Twitter:

Tô ficando gagá. É a segunda vez, em menos de um mês, que pego na locadora filmes que eu já havia assistido. Depois sacaneio a minha mãe porque ela anota num caderninho tudo o que ela já viu, leu etc. Tô precisando de um caderninho desses...

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

A palavra é...

Quem aí, na faixa dos 30, não teve parte da infância passada em frente à TV ao lado da avó que via "Silvio Santos vem aí, olê, olê, olá!"? Hoje o cara pode ter ganho uma aura meio cult e ser sucesso no Youtube, mas o grande comunicador já foi coisa séria. Tem uma história de respeito e uma conta bancária que, sejamos justos, cresceu às custas de trabalho. Conheço a vida do Seu Sílvio porque li sua biografia. Aliás, esse é um dos meus gêneros literários preferidos. Adoro. Sempre achei que era mais fácil aprender sobre o mundo, o Brasil, etc, por meio do pano de fundo de biografias do que pelos livros convencionais de História ou Geografia. Não posso dizer que tenha funcionado muito bem, porque tenho grandes lacunas como toda a parte do Caderno de Mapas e seus rios e montanhas. Mas, por outro lado, já li coisas interessantíssimas que aposto que nenhum vestibulando casca-grossa aprendeu estudando.

Enfim, após esse breve e autêntico nariz de cera, o intuito deste texto é fazer uma brincadeira. Parecida com a que SS fazia em seu auditório no famoso "Qual é a Música?". Só que, se não me engano, ele começava com "A palavra é..." e dizia uma palavra qualquer com a qual os participantes tinham que ficar chutando músicas em que ela, a palavra, estivesse incluída. Só uma música com aquela palavra era a resposta... EXATA! (sei que esse caco aí é o do Celso Portiolli...) Bom, mas aqui, o passatempo é um pouquinho diferente. A seguir, sairei derramando pensamentos, a princípio desconexos, e no fim revelarei a palavra, uma palavra, que foi minha fonte de inspiração para eles. A parte que estou chamando de brincadeira é a que vocês que estão lendo tentam adivinhá-la. Não sei se soou divertido, mas vamos lá:

O mundo ou Deus, pra quem acredita no Grande Criador, é injusto pra caralho! A começar pela Bíblia. Tem cada passagem ali que vou te contar... O que ele fez com Abraão não se faz com um filho... Dizem que Deus não tem sexo, mas pra mim ele é homem mesmo. Uma mulher não teria essa coragem, ou esse sadismo. Mas, pulando uns anos, é dessa vida aqui mesmo que falo. A imagem da balança, utilizada pelo signo de Libra, decididamente não pode representar a rotina nossa de cada dia.

Cada vez mais dizemos que o tempo passa, o tempo voa e a poupança não anda nada numa boa. Deus! Quem consegue hoje comer direito, cuidar da casa, da família, ser ótima profissional, estar antenada com as notícias do mundo e ainda aparecer linda e com as unhas feitas?

Com quem se pode contar atualmente? Sério. Confiança e lealdade é artigo raro hoje. Agarre-se a quem lhe sobra porque estamos cada vez mais na Era do Cada um por si e nem Deus por todos está mais valendo...

Paciência. Deus, dai-me paciência. Passei a vida repetindo esse mantra. E escutando outro: 'vai chegar a sua vez'. E não é que chegou?! Sem nem ter visto a cara de Antonio Pedro ainda, já sinto na pele e compreendo bem mais tudo o que foi feito por mim.

A palavra é... Mãe! Deus em todas as sentenças foi só pra despistar...

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Voilá!

Então, queridos, amigos, irmãos, pai, mãe, tios, papagaio e periquito:

Nasce meu primeiro filho! Calma que o Antonio Pedro ainda está quietinho na barriga esperando a vez dele. Tô falando do meu primeiro conto a ser públicado num livro de verdade. Eu e algumas pessoas mais importantes que eu dividimos a autoria da coletânia "Humor Vermelho".

O lançamento é dia 1º de setembro, terça que vem, na Livraria da Travessa do Shopping Leblon, à partir das 19h. Sintam-se convidados.

De repente, eu dou uma passada por lá...

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Suruba na Disney

Era fevereiro. Pleno inverno. Brinquedos vazios. Chuva fina sem parar. E um ou outro da manutenção andando a esmo pelas ruas solitárias.

Ele sempre ficava meio deprimido nessa época, o Príncipe Encantado. Era um período cruel para quem em alta temporada beijava tantas adormecidas.

Foi então que teve uma idéia! Ia fazer uma festa. Uma festança de arromba. Para ficar na memória dos Contos de Fada. O sapo tava barrado. E o traje poderia ser à fantasia. Tinha esperanças de que Alice pegasse a roupa de uma das princesas e assim ele pudesse, finalmente, traçar a menina.

Rapunzel aceitou ser a hostess. Ficaria na janela observando quem poderia ou não subir por suas tranças. A organização foi assumida pela Branca de Neve que botou seus sete pequenos amiguinhos de garçons. Está super na moda. Aurora (trata-se da Bela Adormecida) estava muito cansada e precisaria dar uma dormidinha para conseguir aparecer no dia marcado. Bebidas ficaram a cargo da Pequena Sereia e a comida seria responsabilidade de Fiona. Pobrezinha, ainda não havia sido totalmente aceita pela tropa das princesas mais antigas, que a achavam muito acima do peso. Precisavam ainda de alguém para a limpeza. Foi quando uma delas lembrou da apagada Jasmim (aquela que faz par com o Aladim).

No dia e horário combinados, os convidados começaram a aparecer. A primeira a chegar foi a bruxa. Veio vestida com um de seus trajes de trabalho, a madrasta má. É que o espelho insistiu para ir. Ele entrou, ela não. João e Maria também tentaram. Mas, ao avistar Pocahontas em seus trajes naturais, o príncipe avisou que a noite não seria para crianças. Que procurassem o caminho de casa!

De repente, chegou a tropa do Mickey. O anfitrião havia esquecido dessa banda de personagens, mas afinal o cara era filho do dono. Estava liberado.

A música começou a esquentar e as luzes foram apagadas. Na primeira tentativa de dar uma sapecada em Alice, o príncipe viu que o Capitão Gancho tinha sido mais rápido. Quando olhou pro lado, tomou um susto com o Rei Leão em cima do Bambi. Enfim, estava ali a prova. Um pouco mais à frente, avistou a Maga Patalógica mostrando o peitinho pro Pateta, que ficou olhando com a cara dele mesmo. A Fera estava quase conseguindo levar a Dama no papo, quando tomou um chega pra lá do Vagabundo. Bela aprovou de longe, mesmo tentando seduzir o Pato Donald. Ele era tão fofinho...

A Margarida, coitada, esquecida, se lamentava na orelha do Dumbo. Falava com nostalgia da época em que eles eram a grande atração da Disney. E se perguntava onde estaria Zé Carioca, imaginando quando seria ela a entrar de vez no ostracismo.

De repente, o recinto foi invadido por Peter Pan, que mal conseguia voar. Estava vindo de um esquenta na casa de Dorothy. Deixou Sininho em casa, tomando conta dos Garotos Perdidos. Pediu pra chamar o príncipe para que ele liberasse a entrada da amiga de Oz e seus fiéis companheiros. Menos o Leão que não teve coragem de vir.

Numa roda animada, Tio Patinhas ganhava nas cartas da Rainha de Copas. Tico e Teco estavam na de fora.

Foi quando alguém ouviu um som alto de relógio. Puta que pariu, o castelo é da Cinderela! E acabou-se a suruba à meia-noite.

sábado, 22 de agosto de 2009

Quero ser Martha Medeiros, Fernanda Young, Adriana Falcão...

Era uma vez... uma menina normal. Meio bicho do mato, nem CDF, nem burra, que não sentava lá atrás, nem na primeira carteira no colégio. Ficava no meio. Não colava, mas dava cola. Afinal, era preciso ter amigos mais descolados. Passava em matemática, raspava em física e química e se dava bem melhor em português e redação. Com tanto que não fosse 'tema livre'.

Não era de ficar em casa abraçada aos livros, mas também nunca chegou a ser convidada para todas as festinhas. Era amiga da loira de cabelão na cintura, mas só namorou um menino do grupo dos mais cobiçados uma vez. Durou pouco. Foi trocada por outra loira, de cabelo no ombro, mas de olho verde! Ainda são amigas. Ela não era muito vingativa. Naquela época...

Nunca gostou muito de chamar a atenção. Ainda não gosta. Prefere seu cantinho ao centro do pátio. Por uma crueldade dos pais, era sempre a primeira da lista das chamadas, das provas orais, da fila para a entrada no ônibus da excursão. Era sempre a primeira ou a última. Talvez, essa seja uma pequena pista do que no futuro se tornaria uma opção: nada de meio termo. Equilíbrio é para os fracos. Ou dá ou desce.

Deu muito. Nem começou cedo. Estava emparelhada com as loiras. Mas não era de recusar oportunidades. Entre quantidade e qualidade, fazia um mix das duas coisas e saía ganhando. Apesar de nunca ter recebido flores em plena sala de aula, guarda até hoje uma coleção de cartinhas apaixonadas. Nem bonita, nem feia, com o tempo foi melhorando e teve tempo pra se dedicar a se tornar interessante. Coisa não muito levada em consideração antes, mas apreciada a partir de uma certa idade. Lá para depois dos 20. Foi a época que deu mais. Sem arrependimentos. Nenhunzinho sequer. O que também foi se tornando uma bandeira. Mas não chegava a concordar totalmente com a frase manjada que diz que é melhor se arrepender do que fez do que do que não fez. Deixou de fazer muita coisa por desconfiar de um futuro arrependimento. Mas o que tá feito, tava feito.

O colégio passou e veio a faculdade. Jornalismo. Por quê? Nada muito concreto. Apenas gostava de português, de escrever. Mas escrevia pouco. Lia razoavelmente. Foi deixando passar. Não se apaixonou pela profissão. Correu das redações. Até chegar à televisão. Nos bastidores, ainda considerando seu lado mais reservado. Gostou. Passou a escrever mais. Nada demais. Um trabalho que ora pareceria trabalho, ora parecia levar de volta aos 20 anos. Ficou. Foi ficando.

Aí, descobriu que seu punho direito tava bichado. "Tendinite. Mas não é daquela mais comum. Você teve problema num tendão super raro de acontecer". Aconteceu com ela. Só com operação. E, ainda assim, resolveu mais ou menos. Um remendo pra disfarçar um defeito de fábrica. Continuou escrevendo nem demais, nem de menos. Coisa de um tema só, de interesse duvidoso. Mas divertido. Foi pagando as contas.

Quatro anos depois, o outro. A porra do punho esquerdo deu xabú. Travou. Pior que o primeiro. "Foi sobrecarregado. Você devia ter tomado cuidado". Não tomou. Na vida, de um modo geral. Não surfou em trens, mas curtiu um viver perigosamente. Pensar sempre veio um pouco depois do indicado. Indicado pra quem? Ela viveu bem assim. No regretments. De novo.

E, de novo, entrou na faca. Dois remendos. Uma colcha de retalhos aos 28 anos. Em busca de um mosaico. Uma coisa assim artística, contemporânea. Construída.

E aí, no momento mais improvável, com o braço esquerdo ainda engessado, decidiu: quero ser escritora. É isso! Escrever demais virou fácil. Simples. Prazeroso. Largou o trabalho. Largou experiências mal sucedidas, largou do medo, largou de preguiça. Só não largou o marido. E engravidou. Tava na hora...

Está na hora. De uma nova fase de vida. Quero ser Martha, Fernanda, Adriana.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Título

Quero falar sobre títulos. Sabe daquelas coisas que acontecem sem a gente perceber a relação imediata, mas depois, pensando um pouquinho, percebemos que não foi assim tão coincidência? Então, dois episódios envolvendo títulos me aconteceram há um certo tempo: o primeiro, não contado aqui, foi a respeito do título de uma crônica minha que a maioria das pessoas acharam incrível, mas o título... E o outro foi o tal filme que fui ver devido ao título simpático "Rindo à Toa".

Bom, tenho questões com títulos. Acho dificílimo dá-los. Mas adoro quando leio um que me faz pensar: putz, bom título!

Sou ótima com diálogos, mas não tão boa com títulos... De vez em quando, acerto na mosca! Mas, na maioria, passo meio longe. Existem oficinas de texto de humor, de roteiro, de diálogo, de uma porrada de coisas, mas nunca ouvi falar de uma oficina de títulos. Talvez ninguém dê bola para algo tão pequeno. Pôrra, mas achar essas palavrinhas mágicas é difícil pra cacete!

Dá para se escrever melhor, lendo muito e treinando. Dá para corrigir falhas gramaticais, estudando português. Dá para aumentar sua bagagem, viajando, conhecendo o mundo e ficando de olho no universo a sua volta. Dá até pra escrever do que não se entende muito bem, usando a mais bem-sucedida ferramenta inventada pela humanidade: o Google. Mas como se fica craque em títulos?!

Talento. Está aí uma das coisas mais cruéis que conheço. Ou se tem ou não tem. Simples assim. Sem espaço para explicações. E quem tem, geralmente, não consegue ensinar. Ou porque não quer, ou porque não dá mesmo. Nem a pessoa sabe direito o porquê de para ela aquilo ser tão fácil. Pra quem não tem, sobra aquele sentimento de infância de querer muito algo do amiguinho e não se conformar por não poder ter. Na minha época de criança, queria os brinquedos carésimos e viajar pra Disney todo ano. Agora, queria apenas os títulos fodas alheios.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Desorientada

Sabe aquela sensação de saída do metrô, em que você sai, olha pra um lado, olha pro outro... na esperança de ler alguma plaquinha que indique para qual lado você deve se dirigir? Pois então. É exatamente assim que estou hoje.

(O textinho aí combinaria muito mais com o Twitter, né não? Enxuto, engraçadinho. Digno de quem não tem muito pra fazer da vida e escreve para alguém na mesma situação. Mas não uso o Twitter. Ainda não me rendi e ainda tenho preguiça de entrar nesse 'maravilhoso' mundo novo...)

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Suspende a Barriga!

Tinham me avisado que grávidas ficavam mais desastradas, ficavam com mais facilidade de cair, tropeçar nas coisas e tal... Não liguei muito. Até porque eu já sou desastrada e atolada de nascença. Ou achava que era. Rapaz... O povo tinha razão. Ficou tudo muito pior. Tenho me sentido uma espécie de ônibus dirigido por quem tinha um fusca.

Num període de menos de dez dias, eu consegui quase quebrar o dedinho do pé numa topada ridícula e enexplicável no meio da rua. Fato observado de trás e também não entendido pelo meu marido. Também deixei cair três ovos enquanto guardava as compras na geladeira. Só que a cena foi digna de gente burra: a caixa estava apoiada na mesa só por uma metade. Aí, em vez de guardar primeiro os da ponta suspensa e depois os outros, por um motivo cósmico qualquer, eu comecei pelos apoiados. Na mesma noite, fui guardar a panela de feijão deixada do lado de fora pela minha empregada e... o troço soltou da minha mão no percurso, mudando a coloração do piso da cozinha. Calma, que ainda não acabou. No dia seguinte, de manhã, fui fazer o café com leite de todo dia para mim e meu digníssimo, quando, a essa altura já dá pra imaginar, derramei tudo em cima da toalha branca e recém-trocada em cima da mesa. Pra fechar com chave de ouro, consegui bater com a boca numa bancada ao me levantar de uma simples abaixada para jogar um papel no lixo. Nunca tinha ficado com o lábio roxo! Mas me dei por sortuda ao constatar que, pelo menos, não tinha quebrado o dente.

Enfim, agora faz todo o sentido grávidas não poderem tomar bebida alcoólica. Não tem nada a ver com esse papo de que faz mal para a criança. Ou até tem, mas não por motivos químicos. A coisa é totalmente física! Se mamães já são verdadeiros bonecos João bobo por aí, imagina bebendo?! Fazer o quatro é missão impossível. Aposto que não dá nem pra se manter em pé!


Só uma coisinha pra terminar: Sempre que passo por aquela casa do Corpo de Bombeiros, ali no início do Corte Cantagalo pra quem está indo em direção a Lagoa, fico lendo a frase que está escrita no rodapé do telhado (provavelmente rodapé do telhado seja algo que inventei agora. Mas dá pra entender, né?). Está assim: "Somos bombeiros. Nada do que é humano nos é indiferente". Só que uma forte imagem que tenho dos homens de vermelho é a deles salvando gatinhos e bichinhos por aí. Ora bolas, por que eles não incluíram os fofuchos em sua frase emblema?! Sugiro uma mudança: "Somos bombeiros. Nada do que tem vida nos é indiferente". Até as plantas entram na dança. O que eles fazem se não salvá-las, quando vão combater uma queimada? Enfim, fica aí a dica. Só não sei para quem enviar...

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Beleza não põe mesa é o caralho!

Tenho consciência de que nunca poderia exigir um Alandelon para chamar de meu. (caraca! Alandelon é do tempo da vovó...) Mas também não dá para encarar um Bussunda. Coitado, já até morreu, mas verdade seja dita: o cara era o cão! E olha que ele era engraçado, hein. Tem gordo que se safa por ter boas tiradas, um bom-humor contagiante e tal... Não circulei pelas rodas frequentadas por Bussunda, mas acho muito difícil acreditar que ele me levaria no bico.

Não falarei de Bussunda. Perdão se dei essa impressão. Foi apenas um exemplo mórbido, escolhido ao acaso. O assunto é beleza mesmo. E pessoas à lá Pedro Bial, que nunca se importaram com essa qualidade na hora de escolher seus parceiros. Pra mim, são um caso a ser estudado.

Inteligência é ótimo. Caráter, melhor ainda. Companheirismo é importante. Sex appeal, essencial. Charme é bem-vindo. E beleza não chega a figurar lá em cima na lista, mas está ali no top ten.

Por mais cruel que isso pareça, não consigo enxergar os encantos por trás de um tribufú. Tenho preguiça de procurar, sabe? Tipo um cara que tem dreads no cabelo. Acho muito sacrifício para fazer estilo. E até hoje nunca tive coragem de passar a mão carinhosamente em um. Nem acho esse ato possível. Fugi um pouco da beleza, até porque um garoto Bob Marley pode ser uma graça, mas continuo no quesito aparência. E aparência de sujo pra mim não é legal. Tem gente que parece sujo sem dread mesmo. Um conjunto geral cascão que me repele.

O lado oposto, total clean, também é estranho. Fica parecendo estátua de cera. Mas aí, cheguei a um outro ponto que é o gosto de cada um. Ainda bem que existem diversos. Tirando a Gisele Bundchen e algumas gatas e gatos pingados, não acho que beleza seja um conceito rígido. E fico feliz por haver tanta flexibilidade.

Estou falando aqui daqueles casos de feiúra extrema e incontestável. De mal ajambrado para Frankstein. Um show dos horrores mesmo. São esses pobres mortais que eu não engulo. Às vezes, eles têm culpa, às vezes não. Mas e aí? Caguei.

Minha intenção não era chegar a lugar nenhum mesmo. E nem tive um feio de inspiração. Só desenvolvi o tópico por causa do Pedro Bial. Li algo sobre ele no jornal e lembrei que o cara é um tremendo caçador de barangas.


Adendo: Qual é o problema, tirando quem sofre de labirintite, das pessoas que não conseguem traçar uma linha reta, andando na calçada?! Eles formam uma comunidade incrível! Com cada vez mais adeptos. Já soube que participam de fóruns de discussão e estão criando seus perfis no Face book e no Twitter.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

O Pote de Sorvete

Lembra quando o Miguel Falabella (nunca sei onde enfiar os dois 'l's) sacaneava o cajuzinho no "Sai de Baixo"? Brincando com as manias de pobre, do modo farofeiro de ser etc. Então, ele não usou essa piada na época, mas o pote de sorvete que se aproveita como tapawer (fui no google ver como escrevia) cabe facilmente nesse mesmo saco.

Mães adoram. Duvido que alguém aí nunca recebeu um pote de sorvete da mãe com as sobras do natal.

E duvido também que exista quem não tenha um punhado deles, um dentro do outro com as tampas juntas e em pé dentro deles, na vertical. Tudo em prol do ganho de espaço.

Agora, me diz: você usa? sério, após a entrada triunfal do pote com o bacalhau na geladeira, alguma vez mais ele serviu para armazenar outras comidas?

Acho que sim, né. Muita gente deve realmente reaproveitar esse treco. Mas eu não. Não suporto. Pode ter a ver com o cheiro que fica lá dentro e não sai ou com a minha irritação mortal de abrir uma geladeira com um monte deles e ter que ficar abrindo um por um para saber o que tem dentro de quê.

Mas, então, é isso. Bobeira. Foi só porque acabei de acabar com o conteúdo de mais uma comida empotada vinda da casa da mamãe e ao olhar para o pote vazio e gordurento no fim, não pensei duas vezes em jogá-lo direto no lixo. E olha que nem foi no reciclável. Para isso, teria que lavá-lo de qualquer maneira. E, para mim, potes de sorvete não merecem o sacrifício de serem lavados para cagar a minha esponja e me deixar com a mão melada. São o limbo dos tapaweres... os renego. Assumo.

No fim, só uma questão que ficou na minha cabeça: se eu jogo os diabos dos potes fora, como é que eles se multiplicam no meu armário? Será que mamãe vem escondida aqui resgatá-los do lixo?! Fiquei intrigada...

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

I Wana be a Man!

"Se Beber, não Case". Foi o filme a que eu assisti hoje. Bom, eu casei bêbada. Mentira. Isso é apenas uma espécie de lenda que entrou pra história, propagada pelo meu digníssimo marido. É que ele, se tivesse tomado as quatro ou cinco tacinhas de champagne que eu tomei, sim teria ficado ruim. Eu estava apenas rindo um pouco mais do que o normal. O que foi muito conveniente para as fotos, o vídeo e o meu saco, que aguentou bem melhor a falação do padre.

Mas então, o filme. É muito bom. Há tempos que eu não via algo que me 'segurou' do início ao fim. Não tive um momento dispersivo. Não reparei nem uma vezinha no teto da sala de cinema ou no riso pentelho do colega ao lado. Fui o tempo todo chupada pela tela. Um filme - diferente de mim -, sem barriga, com um roteiro sem furos e nada previsível. Talvez um furinho apenas, mas é mais chatice minha do que outra coisa. Elenco sensacional, sequências engraçadas, elementos originais e uma empatia geral. Me peguei diversas vezes rindo pra dentro. Um riso gostoso pelo riso externo proporcionado.

Desde o início, durante e até o fim, a sensação que mais tomou conta de mim foi: eu queria poder viver essas coisas, eu queria poder ter esses amigos, eu queria poder falar sobre esses assuntos dessa maneira, eu queria fazer essa viagem, eu queria viver essa noite e não lembrar, eu queria falar esses palavrões, eu queria agir assim no dia seguinte a uma bebedeira, eu queria acordar assim, eu queria mijar em pé ao lado de um tigre, EU QUERIA SER HOMEM!

Nunca escondi que várias coisas do universo masculino, de homens entre homens, sempre me agradaram. Sou uma espécie de mulher liberal, cabeça aberta e cool frustrada. Na verdade, queria um pinto pra chamar de meu. Nem muito pra comer as menininhas, mas pra andar por aí com os outros menininhos. Numa imagem à princípio tão gay que só verdadeiros amigos podem conceber.

Esse é um dos motivos deu ter ficado bem feliz ao descobrir que um homenzinho se forma na minha barriga. Não deixa de ser parte de mim. É um antigo sonho se tornando realidade. Que, aliás, pra quem sempre pergunta, já está com sete meses de vida uterina. Já já está aí.




Só dois comentários finais. Um pra quem acompanha o mundo dos festivais de cinema, e o que sai a respeito na imprensa, e o outro um comentário bobo sobre alguém já velho.

1) Quem não está sendo homenageado em Gramado?! Não me aguentei mais após ler hoje que até a Xuxa recebeu um troféu de homenagem no Festival. As notícias em dias anteriores tratavam das homenagens a Dira Paes, Reginaldo Farias e sabe-se lá mais quem vem por aí...

2) Lady Gaga está na mídia, pelo menos na capa da Globo.com, há um certo tempo. Desde que li a primeira 'notícia' sobre a... diva (?) que fiquei com uma vontadezinha boba de comentar seu nome de guerra. Quem escolheu pra você, santa?! Tem gente que não tem amigos...

Falem mal, mas falem de mim

O título foi só para chamar a atenção e achei oportuno colocar uma frase feita, de efeito. Aquela história lá de facilitar a peneira dos sites de busca, pra caírem aqui. Enfim... a verdade é que não gosto muito é que falem de mim. É, sei lá, me deixa. Não curto ser o assunto da roda, ainda que eu não esteja nela. Nunca gostei. Não é à toa que o apelido carinhoso que os amigos de papai me deram foi bicho do mato. Sempre fui na minha. O que é muito diferente de tímida. Sou bem falante quando me convém ou quando me sinto bem e acolhida pra isso. E não chego a ser extrovertida, mas uma pessoa tímida não teria coragem de falar tudo o que eu falo e, principalmente, escrevo por aí.

Cheguei onde eu queria. Na alma contraditória do que quero expressar aqui hoje. Uma pessoa que não quer cair na boca do povo deveria se preservar, certo? Concordo. Mas sou metida a falar demais. Por quê? Não sei. Vem de dentro. Sai sozinho. Uma coisa horrorosa... Incontrolável. E por mais estranho que pareça, juro que não é pra criar polêmica.

Tem um montão de gente que adora um bafafá. Gosta de luzes, holofotes. Custe o que custar. Eu não. Gosto do meu buraco escuro.

Mas existe um lado do fato de criar polêmica que me agrada, é verdade. Mas não é o usual. Não pelo tapete vermelho, mas pela afirmação de que não sou comum, apagada, séria, embasada, chata. Ainda que falem mal e já que falam de mim, que seja com um certo sentimento, com uma certa força. De algum jeito, eu inquietei uma outra cabeça. Talvez aqui, o título comece a fazer
sentido.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Espaço de Cinema - Os Normais 2

Pra não perder o hábito criado há pouco, vamos à mais uma crítica de filme. Falemos (odeio certas conjugações de verbos...) de "Os Normais 2".

Olha, não lembrava muito bem do 1 até assistir a algumas partes há pouco tempo no GNT, acho. Aí, me voltou tudinho à memória. A história lá dos dois casamentos simultâneos entre Rui e (Marisa Orth) e (Evandro Mesquita) e Vani. O primeiro filme conta como Rui e Vani se conheceram. Bom, dito isto, que não servirá para absolutamente nada, já que o segundo filme não é uma continuação do original, vamos a sequência (que não é sequência então oras...).

Chama "Os Normais 2 - A Noite mais Maluca de Todas". E é bem mais primo da série de TV do que o filme lá de 2003. Talvez por isso sirva pra alguma coisa eu ter mencionado o primogênito. E é bem mais legal! Este segundo, digo. Parece mesmo que estamos diante de novo de Os Normais e sem aquela crítica nada construtiva de que o filme tem cara de episódio de TV. Se o troço é inspirado numa série de televisão, vai ter cara de quê, cacete!? Aí, vêm os chatos falando de linguagem televisiva e cinematográfica e blá, blá, blá. Caguei. Pra mim é: gostei ou não gostei. Já o porquê às vezes é claro, às vezes não. Mas não dou muita atenção a isso.

Sem se prender muito ao 'porquê', mas apenas divagando sobre o que lembro de ter achado legal, o texto é muito bom. Nem sei muito se o roteiro é. A história em si como um todo está até redondinha, mas não é assim uma Brastemp. E nem sempre precisa ser, dependendo de que intuito se tem. Mas texto é texto. Não estranhar coisas, frases, palavras saindo da boca dos personagens é quase um orgasmo. Está tudo natural. Sem doer o ouvido, sem vergoinha alheia, sem uma virada de cabeça duvidosa ou um fechar de lábios esboçando certo constrangimento. Tudo - ou muito quase tudo - o que Rui, Vani, Danielle Winits, Drica Moraes, Cláudia Raia, Daniel Dantas, Alinne Moraes e (devo estar esquecendo alguém) falam é perfeitamente verossímel, muitas vezes genuinamente engraçado e nunca forçado ou exagerado para o mal.

Tá. Dani Suzuki tá estranha. E não dá pra saber se foi o texto que estragou ela ou ela que estragou o texto. (sei que 'estragou ela' está errado, mas me recuso a escrever 'a estragou') Mas tenho grandes suspeitas de que a segunda opção é a mais verídica. Tadinha, se destacou como fraquinha, fraquinha perto do resto do bando que está muitíssimo bem. Mas eu não sou daquelas que acham que uma maçã podre fode o cesto inteiro. Dá pra passar batido pela falta de talento dramático da japinha simpática. É, eu acho ela uma graça. Vou super com a cara da moça. Gosto dela em Tribos. Vi umas chamadas para um programa novo no Multishow que ela tá fazendo, também curti. Mas como atriz de cinema não ficou bom, Dani. Seu lado kick e seu lado boxing saíram forçados, forçados... (referência pra entender após verem o filme).

A história, só pra constar, já que estou chamando isso aqui de crítica, é que Vani, diante de uma vida sexual arrastada devido ao longo tempo de relacionamento, decide abrir a guarda para Rui e mais alguém junto. Uma terceira pessoa. No caso, uma mulher. Aliás, fico puta com esse negócio de, ao se referirem a um ménage à trois, os homens sempre acham que é automático o fato do terceiro elemento ser no feminino. Por quê!? Se bem que, pensando bem, se a idéia é todo mundo se divertir com todo mundo, concordo que não ficaria bacana na vez do homem com homem. Mulher com mulher ainda vai... Até eu acho. Enfim, após essa defesa contra o meu próprio argumento inicial, voltemos (a conjugação de novo...) ao filme:

O karaoquê do começo ficou muito bom! Apesar deu ter me assustado com um nariz enoooorme de Luiz Fernando Guimarães. A qualidade técnica, aqueles lances de luz, fotografia, som etc, ficaram bons o suficiente para não chamarem a minha atenção.

E só para não dizer que amei tudo, tiraria a parte da Preguiça, com letra maiúscula mesmo, tô falando do bicho. Destoou do tal verossímel que elogiei acima. Mas no geral, vale à pena ver de novo!

A Nossa Vida A Gente Inventa

- Que nem você fala no blog da cara dele, que você nunca descobre o que ele achou, sabe?

(...)

Foram alguns momentos pensando, disfarçando e apertando os olhinhos para tentar me lembrar e entender ao que exatamente a amiga que almoçava comigo se referia. Enquanto pensava, fazia movimentos afirmativos com a cabeça por puro reflexo. Isso que dá inventar coisas e fazer isso sem a menor cerimônia! Só que estaria tudo ótimo se eu tivesse uma memória incrível e conseguisse lembrar de todas as minhas mentirinhas em prol de um texto mais interessante. Não é o caso.

Bem, depois de um tempinho maior em que o assunto se estendeu e ganhei mais detalhes do meu próprio texto escrito em algum momento do ano passado, consegui entender sobre o que ela estava falando. E pasmem! não era tão mentira assim... Eu havia só esquecido mesmo.

Mas aí, me peguei pensando nisso que eu faço. Aquela velha história de quem conta um conto, aumenta um ponto. Mas eu faço tudo sozinha mesmo. Eu mesma vivo e exagero depois na hora de publicar. É super natural, tem que ver! Não sofro nadinha, nem uma dorzinha na consciência sequer. Como se eu tivesse certeza de que se eu perguntasse antes pra alguém se ficaria melhor assim ou assado, dava assado na cabeça!

Dizem que jornalistas gostam de manchetes e têm mania de aumentar tudo. Podem até ter, mas minha tendência ao excesso não tem nada a ver com a minha profissão. Só com o meu jeitinho especial de ser que é humilde o bastante pra sacar que euzinha aqui não seria tão interessante nua e crua. Nos dois casos, no nua e no crua, preciso de alguns incrementos. Da meia-luz à posição deitada até uns adendos a mais em cada causo.

Mas, enfim, no fim das contas, o negócio tem mil e uma utilidades. Como quando eu volto pra ler algumas coisas antigas e elas parecem todas inéditas e com alguns toques geniais. Um caso de amor comigo mesma em que vivo me surpreendo com meu objeto de paixão. É só.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Mais Reflexões

Ontem presenciei, ou melhor, escutei um toque de modernidade em algo que eu nunca imaginei que fosse um dia se importar com isso. Avisando: assunto sem a menor importância, uma coisa breve, assim só uma nota de pé de página:

Eram 18h56 no relógio do meu carro e eu havia acabado de ligar o rádio. Estava me preparando para enfrentar o trânsito da barra, colocando o cinto e tal... e eis que paro um momento e escuto. Faço um esforço um pouquinho maior, franzindo a testa para melhorar a concentração, e escuto de novo pra ter certeza do que eu tava achando que tava ouvindo. Bom, certeza, certeza, não tenho não, mas posso jurar que, nesses minutinhos iniciais antes do inabalável "A Hora do Brasil", entrou a abertura do programa só que numa versão remix! Alguém já ouviu? Será que eu viajei? Fiquei um tempão pensando nisso no caminho. Bobeira, né? Mas sei lá. Achei divertido e engraçado.

E só uma frasezinha que também me deparei ontem, num outro contexto nada a ver, mas que gostei bastante:

"Mas já que se há de escrever,
que ao menos não se esmague com palavras as entrelinhas" (Clarice Lispector)

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Momento de Reflexão

Há um tempão, eu falei aqui sobre a psicose que estávamos vivendo em relação a reciclagem de lixo, comidas naturais, produtos biodegradáveis etc, etc, etc. Tá, não chega a ser uma psicose, mas tem neguinho ficando bem bitolado por aí... Enfim, hoje me aconteceu algo que me lembrou daquela reflexão. Na verdade, vem acontecendo, mas só hoje decidi que iria comentar a respeito.

A qualidade dos palitos de fósforo caiu muito. Não se fazem mais palitinhos resistentes como antigamente... A droga do palito vive quebrando ao meio quando eu vou riscar na caixinha pra ascendê-lo. Na hora me veio à cabeça: culpa do diabo da reciclagem! Provavelmente, estou falando merda. Não sei se há palitos reciclados no mercado ou se o problema são as árvores que sobraram na lista das que podem ser cortadas para o consumo. Mas o fato é que algo aconteceu com a madeira dos palitos de fósforo. E, aí, quero me manifestar: se o intuito era reciclar para aproveitar e gastar menos, não está funcionando. Pela simples razão de que agora gasto uma média de dois palitos a cada banho, na hora de ascender o aquecedor e mais uns dois também na hora de ascender o fogão. E não vem ao caso o fato dos aparelhos da minha casa não funcionarem com o piloto automático. Não é esse o ponto.

Portanto, fica de novo o aviso: temos que abrir bem o olho quanto a essas questões ecológicas e politicamente corretas. Temos grandes chances de estarmos caminhando para um mundo pior.

Brüno

Sou só eu ou alguém mais confunde os cinemas de Botafogo? O atual Espaço de Cinema é o ex-espaço Unibanco. Mas, para confundir bem, agora tem um Unibanco Artplex, bem pertinho, ali na Praia de Botafogo. E, completando o circuito, tem o Cinemark no Botafogo Praia Shopping, chamado também de multiplex! Não é de dar nó na cabeça? Ou eu que realmente estou ficando gagá...

Bom, feita essa introdução confessional, falarei de novo de cinema. Na verdade, de mais que isso. O gancho é cinema, mais especificamente o filme "Brüno", mas a análise é sobre mim. Um questionamento interno em busca de algumas respostas do tipo: será que eu mudei tanto em menos de três anos? Esse é o espaço entre "Borat", lançado por aqui em algum momento de 2006 e "Brüno", prestes a estrear nas salas brasileiras e visto por mim ontem.

Bom, decidi que tenho que ver "Borat" de novo, antes de chegar a um veredicto. Mas já posso ir confabulando aqui algumas questões. O ponto principal é: odiei "Brüno". Assim, muito. Com todos os meus preconceitos e puritanismos enrustidos. Eles vieram muito à tona. De um jeito incontrolável. Fiquei com vergonha. Uma vergonha real e sincera, sentida no momento da exibição e uma vergonha moral e interna por estar com tanta vergonha. Que diabos! Fiquei careta? Será?

Fiquei tentando comparar os dois filmes e lembrar do que eu havia gostado tanto no antigo. Lembrei, claro, da célebre roupa de banho verde limão; dele conversando com alguém sobre a entonação de piadas, hilário; dele num jantar com americanos tradicionais; de um urso que não lembro muito bem do contexto... e cheguei na tal cena enorme e bizarra dele se esfregando na cama com um gordo peludo. Essa, por favor, eu não gostei. Principalmente pelo tempo eterno que ela demora na tela. Mas, no geral, minha avaliação de Borat foi que o filme era sensacional. De morrer de rir.

Aí, me encontrei com Bruno. Que decepção. Tá, a expectativa por ver outra coisa hilária e sensacional poderia ter ajudado na minha brochada. Mas, sei lá, não foi isso não. Não curti. A sensação que reina é que o filme todo ficou mais parecido com a antiga cena do gordo peludo, sabe? O tema principal é: Bruno é gay. E não Bruno tirando um sarro do mundo da moda, que foi o que eu havia entendido pela divulgação e achava que, sim, renderiam ótimas piadas! Mas, não. É consolo pra cá, enrabação pra lá, pirus e mais pirus de todos os gostos e tamanhos. Enfim, achei nojento. E isso não tem muito a ver com o fato deu achar nojento dois homens se pegando. Só não fico confortável com o exagero visual da coisa. Me incomodou. Se isso é ser preconceituosa, então, talvez eu seja, mesmo sem querer. Mas continuo achando que meu incômodo tem muito mais a ver com a forma encontrada para fazer piada com o mundo colorido. Não ficou engraçado, a meu ver. E nem bizarro, o que às vezes pode ser engraçado pelo nonsense da coisa. Não. Ficou só de mau gosto.

Há outros problemas também nas poucas piadas que não remetem aos gays nossos de todo dia. Ou ficaram sem graça, ou achei que pesou a mão e brincou com coisas que, pra mim, deram mais pena do que vontade de rir... Não gosto que mexam com velhinhos e crianças. E acho que há limites sim. Mesmo defensora da liberdade em todos os campos, acho que existe o bom senso e é esse quem apita os nossos limites. Que diz quando a brincadeira fica sem graça. Ou perde a graça, exatamente por não sabermos quando parar. Um exemplo bom é o "Pânico". Morro de rir com eles muitas vezes, mas, volta e meia, me retraio um pouco achando que Emílio, Vesgo, Silvio e cia foram longe demais...

Pois é. Com Bruno, ao sair do cinema, só consegui pensar que ele não foi a lugar nenhum. Ficou perdido entre um monte de universos que poderiam render coisas ótimas, mas foram todas desperdiçadas em prol da busca de um riso que para alguns é fácil. Sim, há quem goste e se escangalhe de rir com esse tipo de humor que não é negro, não é leve, não é inglês, não é sútil... Sei lá que porra de humor é esse.