segunda-feira, 31 de agosto de 2009

E não dava pra não comentar...


Tá. O negócio já tá velho, tooodo mundo já viu, mas não posso encerrar o expediente de hoje sem falar do vídeo da Vanusa e sua versão do Hino Nacional.

Infelizmente, não sei postar vídeos aqui. Sei que dá. Só não sei fazer. Mas, mesmo assim, destaco que o melhor pra mim é quando aos 2'50'' do vídeo, quando a cantoria degringola geral, um lá dos de terno e gravata dá uma cochichada no ouvido do colega. Queria muito ser a mosca que passava para ter ouvido o conteúdo ao pé do ouvido: "Ih... a velha pirou. É assim mesmo? Caceta! Ela tá doidona". Não páro de tentar imaginar, mas aposto que o original deve ser imensamente mais engraçado. Droga. Para isso, ninguém surge com um microfone que estava acidentalmente ligado...

Atenção também para os 3'55'' quando o apresentador interrompe, querendo encerrar e Vanusa continua enlouquecida cantando tudo errado sem parar. Isso após já ter havido um outro momento em que o povo achou que o mico tinha acabado e bateu palmas. Nada. Vanusa, a Louca, é masoquista e continuou toda errada.

A volta dos que não foram. Mesmo.


Só eu ou alguém aí me acompanha na lembrança de que o revival dos filmes do Rambo seria representado e finito com o último e 'recente' "Rambo IV"?

Estávamos enganados. Segundo a Viriety e o link da Globo.com, Sylvester Stallone fará quinto filme do “Rambo”.
Giselle Itié deixou o cara cheio de gás...

A pôse de Luiza, Gracyanne e o tapa de Francine


E Francine leva um tapa na cara. Quem deu foi uma tal de fã de Maíra (?). Não faço idéia de quem seja Maíra e menos ainda do que levaria sua fã a agredir a Benhê, mas no fundo dei um risinho maldoso com o tapinha. Dói, um tapinha não dói, um tapinha não dói, um tapinha não dói. Só um tapinha!


Para quem nunca considerou namorar o Belo... vai aí um motivo para repensar:

"Gracyanne Barbosa, rainha de bateria da Vila Isabel, ganhou um mimo do noivo, o pagodeiro Belo. A morena desfila pela cidade a bordo de um Chevrolet Camaro, avaliado em R$ 180 mil".




Gente, é muito divertido brincar disso! pelamordedeus!

Dêem uma sacada (1ª foto) na paradinha singela que La Brunet fez ao perceber que estava sendo clicada por paparazzis, durante seus exercícios matinais. Não lembra nossos álbuns de criança, quando mommy pedia uma pôse pra foto?!

E as rotativas não param...


A 'notícia' era sobre dores misteriosas que atacam Leila Lopes. Mas, Deus!, o que atacou a sua cara, nêga?!


Essa vale ler na íntegra:
http://ego.globo.com/Gente/Noticias/0,,MUL1287214-9798,00-LEILA+LOPES+ESTA+INTERNADA+HA+DIAS+NO+HOSPITAL+COM+DOR+MISTERIOSA.html

Destaque para:

“Pelo menos câncer nós sabemos que não é".

Leila está sendo tratada pelo grupo da dor (?!) do São Luiz.

Além das dores intestinais, Leila conta que está com forte diarreia (...) “Meu irmão veio de Porto Alegre para ficar comigo. Agora mesmo ele foi lá em casa buscar mais roupas, porque suja muito”

EXTRA! EXTRA!


NOTÍCIA DE ÚLTIMA HORA!


"Chris Brown revela: Ainda amo Rihanna"


Após dar uns belos supapos na cantora, o rapper vem a público dizer-se ainda apaixonado. Não é o máximo da cara-de-pau? Pois é. Não. Porque não duvido nada que a moçoila o perdôe. De novo. E viva as mulheres da Era pós-feminista!

Today's News


Há tempos que tive esta 'idéia', mas nunca que a colocava em prática... Pra tentar ser mais assídua aqui, todo dia de manhã, após a minha olhada dinâmica na capa da Globo.com, vou eleger a 'notícia' que mais me chamou a atenção e tecer um comentário, à medida do possível, engraçadinho. Que tal? Uma espédie de comentário da notícia do dia. Mas atenção! Meus critérios são totalmente aleatórios e passam longe da 'informação em 1º lugar'.

Fato que mereceu meu holofote de hoje: "Rafinha reaparece com a mesma Namorada"

Pra quem não está ligando o nome à pessoa, Rafinha é um dos últimos vencederos do BBB. Acho que da última ou, no máximo, penúltima edição. Confesso que me perdi... Mas, enfim, não é uma coisa para se admirar? Eu acho e a Globo.com também.

Sério. Deve ser difícil pacas sair do ostracismo, ser assediado por um montão de mulheres de todos os tipos e sabores e permanecer com a mesma namoradinha da época de Zé Ninguém... A não ser que... Rafinha não seja muito chegado. Bom, ele é emo. Nunca entendi direito o que isso significa, mas me parece coisa de viado. Pois é. Um elemento importante esquecido de ser dito pelo jornalista do Extra que deu a notícia é que Rafinha também reapareceu com o mesmo cabelo...

domingo, 30 de agosto de 2009

Gagá

Estilo Twitter:

Tô ficando gagá. É a segunda vez, em menos de um mês, que pego na locadora filmes que eu já havia assistido. Depois sacaneio a minha mãe porque ela anota num caderninho tudo o que ela já viu, leu etc. Tô precisando de um caderninho desses...

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

A palavra é...

Quem aí, na faixa dos 30, não teve parte da infância passada em frente à TV ao lado da avó que via "Silvio Santos vem aí, olê, olê, olá!"? Hoje o cara pode ter ganho uma aura meio cult e ser sucesso no Youtube, mas o grande comunicador já foi coisa séria. Tem uma história de respeito e uma conta bancária que, sejamos justos, cresceu às custas de trabalho. Conheço a vida do Seu Sílvio porque li sua biografia. Aliás, esse é um dos meus gêneros literários preferidos. Adoro. Sempre achei que era mais fácil aprender sobre o mundo, o Brasil, etc, por meio do pano de fundo de biografias do que pelos livros convencionais de História ou Geografia. Não posso dizer que tenha funcionado muito bem, porque tenho grandes lacunas como toda a parte do Caderno de Mapas e seus rios e montanhas. Mas, por outro lado, já li coisas interessantíssimas que aposto que nenhum vestibulando casca-grossa aprendeu estudando.

Enfim, após esse breve e autêntico nariz de cera, o intuito deste texto é fazer uma brincadeira. Parecida com a que SS fazia em seu auditório no famoso "Qual é a Música?". Só que, se não me engano, ele começava com "A palavra é..." e dizia uma palavra qualquer com a qual os participantes tinham que ficar chutando músicas em que ela, a palavra, estivesse incluída. Só uma música com aquela palavra era a resposta... EXATA! (sei que esse caco aí é o do Celso Portiolli...) Bom, mas aqui, o passatempo é um pouquinho diferente. A seguir, sairei derramando pensamentos, a princípio desconexos, e no fim revelarei a palavra, uma palavra, que foi minha fonte de inspiração para eles. A parte que estou chamando de brincadeira é a que vocês que estão lendo tentam adivinhá-la. Não sei se soou divertido, mas vamos lá:

O mundo ou Deus, pra quem acredita no Grande Criador, é injusto pra caralho! A começar pela Bíblia. Tem cada passagem ali que vou te contar... O que ele fez com Abraão não se faz com um filho... Dizem que Deus não tem sexo, mas pra mim ele é homem mesmo. Uma mulher não teria essa coragem, ou esse sadismo. Mas, pulando uns anos, é dessa vida aqui mesmo que falo. A imagem da balança, utilizada pelo signo de Libra, decididamente não pode representar a rotina nossa de cada dia.

Cada vez mais dizemos que o tempo passa, o tempo voa e a poupança não anda nada numa boa. Deus! Quem consegue hoje comer direito, cuidar da casa, da família, ser ótima profissional, estar antenada com as notícias do mundo e ainda aparecer linda e com as unhas feitas?

Com quem se pode contar atualmente? Sério. Confiança e lealdade é artigo raro hoje. Agarre-se a quem lhe sobra porque estamos cada vez mais na Era do Cada um por si e nem Deus por todos está mais valendo...

Paciência. Deus, dai-me paciência. Passei a vida repetindo esse mantra. E escutando outro: 'vai chegar a sua vez'. E não é que chegou?! Sem nem ter visto a cara de Antonio Pedro ainda, já sinto na pele e compreendo bem mais tudo o que foi feito por mim.

A palavra é... Mãe! Deus em todas as sentenças foi só pra despistar...

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Voilá!

Então, queridos, amigos, irmãos, pai, mãe, tios, papagaio e periquito:

Nasce meu primeiro filho! Calma que o Antonio Pedro ainda está quietinho na barriga esperando a vez dele. Tô falando do meu primeiro conto a ser públicado num livro de verdade. Eu e algumas pessoas mais importantes que eu dividimos a autoria da coletânia "Humor Vermelho".

O lançamento é dia 1º de setembro, terça que vem, na Livraria da Travessa do Shopping Leblon, à partir das 19h. Sintam-se convidados.

De repente, eu dou uma passada por lá...

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Suruba na Disney

Era fevereiro. Pleno inverno. Brinquedos vazios. Chuva fina sem parar. E um ou outro da manutenção andando a esmo pelas ruas solitárias.

Ele sempre ficava meio deprimido nessa época, o Príncipe Encantado. Era um período cruel para quem em alta temporada beijava tantas adormecidas.

Foi então que teve uma idéia! Ia fazer uma festa. Uma festança de arromba. Para ficar na memória dos Contos de Fada. O sapo tava barrado. E o traje poderia ser à fantasia. Tinha esperanças de que Alice pegasse a roupa de uma das princesas e assim ele pudesse, finalmente, traçar a menina.

Rapunzel aceitou ser a hostess. Ficaria na janela observando quem poderia ou não subir por suas tranças. A organização foi assumida pela Branca de Neve que botou seus sete pequenos amiguinhos de garçons. Está super na moda. Aurora (trata-se da Bela Adormecida) estava muito cansada e precisaria dar uma dormidinha para conseguir aparecer no dia marcado. Bebidas ficaram a cargo da Pequena Sereia e a comida seria responsabilidade de Fiona. Pobrezinha, ainda não havia sido totalmente aceita pela tropa das princesas mais antigas, que a achavam muito acima do peso. Precisavam ainda de alguém para a limpeza. Foi quando uma delas lembrou da apagada Jasmim (aquela que faz par com o Aladim).

No dia e horário combinados, os convidados começaram a aparecer. A primeira a chegar foi a bruxa. Veio vestida com um de seus trajes de trabalho, a madrasta má. É que o espelho insistiu para ir. Ele entrou, ela não. João e Maria também tentaram. Mas, ao avistar Pocahontas em seus trajes naturais, o príncipe avisou que a noite não seria para crianças. Que procurassem o caminho de casa!

De repente, chegou a tropa do Mickey. O anfitrião havia esquecido dessa banda de personagens, mas afinal o cara era filho do dono. Estava liberado.

A música começou a esquentar e as luzes foram apagadas. Na primeira tentativa de dar uma sapecada em Alice, o príncipe viu que o Capitão Gancho tinha sido mais rápido. Quando olhou pro lado, tomou um susto com o Rei Leão em cima do Bambi. Enfim, estava ali a prova. Um pouco mais à frente, avistou a Maga Patalógica mostrando o peitinho pro Pateta, que ficou olhando com a cara dele mesmo. A Fera estava quase conseguindo levar a Dama no papo, quando tomou um chega pra lá do Vagabundo. Bela aprovou de longe, mesmo tentando seduzir o Pato Donald. Ele era tão fofinho...

A Margarida, coitada, esquecida, se lamentava na orelha do Dumbo. Falava com nostalgia da época em que eles eram a grande atração da Disney. E se perguntava onde estaria Zé Carioca, imaginando quando seria ela a entrar de vez no ostracismo.

De repente, o recinto foi invadido por Peter Pan, que mal conseguia voar. Estava vindo de um esquenta na casa de Dorothy. Deixou Sininho em casa, tomando conta dos Garotos Perdidos. Pediu pra chamar o príncipe para que ele liberasse a entrada da amiga de Oz e seus fiéis companheiros. Menos o Leão que não teve coragem de vir.

Numa roda animada, Tio Patinhas ganhava nas cartas da Rainha de Copas. Tico e Teco estavam na de fora.

Foi quando alguém ouviu um som alto de relógio. Puta que pariu, o castelo é da Cinderela! E acabou-se a suruba à meia-noite.

sábado, 22 de agosto de 2009

Quero ser Martha Medeiros, Fernanda Young, Adriana Falcão...

Era uma vez... uma menina normal. Meio bicho do mato, nem CDF, nem burra, que não sentava lá atrás, nem na primeira carteira no colégio. Ficava no meio. Não colava, mas dava cola. Afinal, era preciso ter amigos mais descolados. Passava em matemática, raspava em física e química e se dava bem melhor em português e redação. Com tanto que não fosse 'tema livre'.

Não era de ficar em casa abraçada aos livros, mas também nunca chegou a ser convidada para todas as festinhas. Era amiga da loira de cabelão na cintura, mas só namorou um menino do grupo dos mais cobiçados uma vez. Durou pouco. Foi trocada por outra loira, de cabelo no ombro, mas de olho verde! Ainda são amigas. Ela não era muito vingativa. Naquela época...

Nunca gostou muito de chamar a atenção. Ainda não gosta. Prefere seu cantinho ao centro do pátio. Por uma crueldade dos pais, era sempre a primeira da lista das chamadas, das provas orais, da fila para a entrada no ônibus da excursão. Era sempre a primeira ou a última. Talvez, essa seja uma pequena pista do que no futuro se tornaria uma opção: nada de meio termo. Equilíbrio é para os fracos. Ou dá ou desce.

Deu muito. Nem começou cedo. Estava emparelhada com as loiras. Mas não era de recusar oportunidades. Entre quantidade e qualidade, fazia um mix das duas coisas e saía ganhando. Apesar de nunca ter recebido flores em plena sala de aula, guarda até hoje uma coleção de cartinhas apaixonadas. Nem bonita, nem feia, com o tempo foi melhorando e teve tempo pra se dedicar a se tornar interessante. Coisa não muito levada em consideração antes, mas apreciada a partir de uma certa idade. Lá para depois dos 20. Foi a época que deu mais. Sem arrependimentos. Nenhunzinho sequer. O que também foi se tornando uma bandeira. Mas não chegava a concordar totalmente com a frase manjada que diz que é melhor se arrepender do que fez do que do que não fez. Deixou de fazer muita coisa por desconfiar de um futuro arrependimento. Mas o que tá feito, tava feito.

O colégio passou e veio a faculdade. Jornalismo. Por quê? Nada muito concreto. Apenas gostava de português, de escrever. Mas escrevia pouco. Lia razoavelmente. Foi deixando passar. Não se apaixonou pela profissão. Correu das redações. Até chegar à televisão. Nos bastidores, ainda considerando seu lado mais reservado. Gostou. Passou a escrever mais. Nada demais. Um trabalho que ora pareceria trabalho, ora parecia levar de volta aos 20 anos. Ficou. Foi ficando.

Aí, descobriu que seu punho direito tava bichado. "Tendinite. Mas não é daquela mais comum. Você teve problema num tendão super raro de acontecer". Aconteceu com ela. Só com operação. E, ainda assim, resolveu mais ou menos. Um remendo pra disfarçar um defeito de fábrica. Continuou escrevendo nem demais, nem de menos. Coisa de um tema só, de interesse duvidoso. Mas divertido. Foi pagando as contas.

Quatro anos depois, o outro. A porra do punho esquerdo deu xabú. Travou. Pior que o primeiro. "Foi sobrecarregado. Você devia ter tomado cuidado". Não tomou. Na vida, de um modo geral. Não surfou em trens, mas curtiu um viver perigosamente. Pensar sempre veio um pouco depois do indicado. Indicado pra quem? Ela viveu bem assim. No regretments. De novo.

E, de novo, entrou na faca. Dois remendos. Uma colcha de retalhos aos 28 anos. Em busca de um mosaico. Uma coisa assim artística, contemporânea. Construída.

E aí, no momento mais improvável, com o braço esquerdo ainda engessado, decidiu: quero ser escritora. É isso! Escrever demais virou fácil. Simples. Prazeroso. Largou o trabalho. Largou experiências mal sucedidas, largou do medo, largou de preguiça. Só não largou o marido. E engravidou. Tava na hora...

Está na hora. De uma nova fase de vida. Quero ser Martha, Fernanda, Adriana.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Título

Quero falar sobre títulos. Sabe daquelas coisas que acontecem sem a gente perceber a relação imediata, mas depois, pensando um pouquinho, percebemos que não foi assim tão coincidência? Então, dois episódios envolvendo títulos me aconteceram há um certo tempo: o primeiro, não contado aqui, foi a respeito do título de uma crônica minha que a maioria das pessoas acharam incrível, mas o título... E o outro foi o tal filme que fui ver devido ao título simpático "Rindo à Toa".

Bom, tenho questões com títulos. Acho dificílimo dá-los. Mas adoro quando leio um que me faz pensar: putz, bom título!

Sou ótima com diálogos, mas não tão boa com títulos... De vez em quando, acerto na mosca! Mas, na maioria, passo meio longe. Existem oficinas de texto de humor, de roteiro, de diálogo, de uma porrada de coisas, mas nunca ouvi falar de uma oficina de títulos. Talvez ninguém dê bola para algo tão pequeno. Pôrra, mas achar essas palavrinhas mágicas é difícil pra cacete!

Dá para se escrever melhor, lendo muito e treinando. Dá para corrigir falhas gramaticais, estudando português. Dá para aumentar sua bagagem, viajando, conhecendo o mundo e ficando de olho no universo a sua volta. Dá até pra escrever do que não se entende muito bem, usando a mais bem-sucedida ferramenta inventada pela humanidade: o Google. Mas como se fica craque em títulos?!

Talento. Está aí uma das coisas mais cruéis que conheço. Ou se tem ou não tem. Simples assim. Sem espaço para explicações. E quem tem, geralmente, não consegue ensinar. Ou porque não quer, ou porque não dá mesmo. Nem a pessoa sabe direito o porquê de para ela aquilo ser tão fácil. Pra quem não tem, sobra aquele sentimento de infância de querer muito algo do amiguinho e não se conformar por não poder ter. Na minha época de criança, queria os brinquedos carésimos e viajar pra Disney todo ano. Agora, queria apenas os títulos fodas alheios.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Desorientada

Sabe aquela sensação de saída do metrô, em que você sai, olha pra um lado, olha pro outro... na esperança de ler alguma plaquinha que indique para qual lado você deve se dirigir? Pois então. É exatamente assim que estou hoje.

(O textinho aí combinaria muito mais com o Twitter, né não? Enxuto, engraçadinho. Digno de quem não tem muito pra fazer da vida e escreve para alguém na mesma situação. Mas não uso o Twitter. Ainda não me rendi e ainda tenho preguiça de entrar nesse 'maravilhoso' mundo novo...)

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Suspende a Barriga!

Tinham me avisado que grávidas ficavam mais desastradas, ficavam com mais facilidade de cair, tropeçar nas coisas e tal... Não liguei muito. Até porque eu já sou desastrada e atolada de nascença. Ou achava que era. Rapaz... O povo tinha razão. Ficou tudo muito pior. Tenho me sentido uma espécie de ônibus dirigido por quem tinha um fusca.

Num període de menos de dez dias, eu consegui quase quebrar o dedinho do pé numa topada ridícula e enexplicável no meio da rua. Fato observado de trás e também não entendido pelo meu marido. Também deixei cair três ovos enquanto guardava as compras na geladeira. Só que a cena foi digna de gente burra: a caixa estava apoiada na mesa só por uma metade. Aí, em vez de guardar primeiro os da ponta suspensa e depois os outros, por um motivo cósmico qualquer, eu comecei pelos apoiados. Na mesma noite, fui guardar a panela de feijão deixada do lado de fora pela minha empregada e... o troço soltou da minha mão no percurso, mudando a coloração do piso da cozinha. Calma, que ainda não acabou. No dia seguinte, de manhã, fui fazer o café com leite de todo dia para mim e meu digníssimo, quando, a essa altura já dá pra imaginar, derramei tudo em cima da toalha branca e recém-trocada em cima da mesa. Pra fechar com chave de ouro, consegui bater com a boca numa bancada ao me levantar de uma simples abaixada para jogar um papel no lixo. Nunca tinha ficado com o lábio roxo! Mas me dei por sortuda ao constatar que, pelo menos, não tinha quebrado o dente.

Enfim, agora faz todo o sentido grávidas não poderem tomar bebida alcoólica. Não tem nada a ver com esse papo de que faz mal para a criança. Ou até tem, mas não por motivos químicos. A coisa é totalmente física! Se mamães já são verdadeiros bonecos João bobo por aí, imagina bebendo?! Fazer o quatro é missão impossível. Aposto que não dá nem pra se manter em pé!


Só uma coisinha pra terminar: Sempre que passo por aquela casa do Corpo de Bombeiros, ali no início do Corte Cantagalo pra quem está indo em direção a Lagoa, fico lendo a frase que está escrita no rodapé do telhado (provavelmente rodapé do telhado seja algo que inventei agora. Mas dá pra entender, né?). Está assim: "Somos bombeiros. Nada do que é humano nos é indiferente". Só que uma forte imagem que tenho dos homens de vermelho é a deles salvando gatinhos e bichinhos por aí. Ora bolas, por que eles não incluíram os fofuchos em sua frase emblema?! Sugiro uma mudança: "Somos bombeiros. Nada do que tem vida nos é indiferente". Até as plantas entram na dança. O que eles fazem se não salvá-las, quando vão combater uma queimada? Enfim, fica aí a dica. Só não sei para quem enviar...

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Beleza não põe mesa é o caralho!

Tenho consciência de que nunca poderia exigir um Alandelon para chamar de meu. (caraca! Alandelon é do tempo da vovó...) Mas também não dá para encarar um Bussunda. Coitado, já até morreu, mas verdade seja dita: o cara era o cão! E olha que ele era engraçado, hein. Tem gordo que se safa por ter boas tiradas, um bom-humor contagiante e tal... Não circulei pelas rodas frequentadas por Bussunda, mas acho muito difícil acreditar que ele me levaria no bico.

Não falarei de Bussunda. Perdão se dei essa impressão. Foi apenas um exemplo mórbido, escolhido ao acaso. O assunto é beleza mesmo. E pessoas à lá Pedro Bial, que nunca se importaram com essa qualidade na hora de escolher seus parceiros. Pra mim, são um caso a ser estudado.

Inteligência é ótimo. Caráter, melhor ainda. Companheirismo é importante. Sex appeal, essencial. Charme é bem-vindo. E beleza não chega a figurar lá em cima na lista, mas está ali no top ten.

Por mais cruel que isso pareça, não consigo enxergar os encantos por trás de um tribufú. Tenho preguiça de procurar, sabe? Tipo um cara que tem dreads no cabelo. Acho muito sacrifício para fazer estilo. E até hoje nunca tive coragem de passar a mão carinhosamente em um. Nem acho esse ato possível. Fugi um pouco da beleza, até porque um garoto Bob Marley pode ser uma graça, mas continuo no quesito aparência. E aparência de sujo pra mim não é legal. Tem gente que parece sujo sem dread mesmo. Um conjunto geral cascão que me repele.

O lado oposto, total clean, também é estranho. Fica parecendo estátua de cera. Mas aí, cheguei a um outro ponto que é o gosto de cada um. Ainda bem que existem diversos. Tirando a Gisele Bundchen e algumas gatas e gatos pingados, não acho que beleza seja um conceito rígido. E fico feliz por haver tanta flexibilidade.

Estou falando aqui daqueles casos de feiúra extrema e incontestável. De mal ajambrado para Frankstein. Um show dos horrores mesmo. São esses pobres mortais que eu não engulo. Às vezes, eles têm culpa, às vezes não. Mas e aí? Caguei.

Minha intenção não era chegar a lugar nenhum mesmo. E nem tive um feio de inspiração. Só desenvolvi o tópico por causa do Pedro Bial. Li algo sobre ele no jornal e lembrei que o cara é um tremendo caçador de barangas.


Adendo: Qual é o problema, tirando quem sofre de labirintite, das pessoas que não conseguem traçar uma linha reta, andando na calçada?! Eles formam uma comunidade incrível! Com cada vez mais adeptos. Já soube que participam de fóruns de discussão e estão criando seus perfis no Face book e no Twitter.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

O Pote de Sorvete

Lembra quando o Miguel Falabella (nunca sei onde enfiar os dois 'l's) sacaneava o cajuzinho no "Sai de Baixo"? Brincando com as manias de pobre, do modo farofeiro de ser etc. Então, ele não usou essa piada na época, mas o pote de sorvete que se aproveita como tapawer (fui no google ver como escrevia) cabe facilmente nesse mesmo saco.

Mães adoram. Duvido que alguém aí nunca recebeu um pote de sorvete da mãe com as sobras do natal.

E duvido também que exista quem não tenha um punhado deles, um dentro do outro com as tampas juntas e em pé dentro deles, na vertical. Tudo em prol do ganho de espaço.

Agora, me diz: você usa? sério, após a entrada triunfal do pote com o bacalhau na geladeira, alguma vez mais ele serviu para armazenar outras comidas?

Acho que sim, né. Muita gente deve realmente reaproveitar esse treco. Mas eu não. Não suporto. Pode ter a ver com o cheiro que fica lá dentro e não sai ou com a minha irritação mortal de abrir uma geladeira com um monte deles e ter que ficar abrindo um por um para saber o que tem dentro de quê.

Mas, então, é isso. Bobeira. Foi só porque acabei de acabar com o conteúdo de mais uma comida empotada vinda da casa da mamãe e ao olhar para o pote vazio e gordurento no fim, não pensei duas vezes em jogá-lo direto no lixo. E olha que nem foi no reciclável. Para isso, teria que lavá-lo de qualquer maneira. E, para mim, potes de sorvete não merecem o sacrifício de serem lavados para cagar a minha esponja e me deixar com a mão melada. São o limbo dos tapaweres... os renego. Assumo.

No fim, só uma questão que ficou na minha cabeça: se eu jogo os diabos dos potes fora, como é que eles se multiplicam no meu armário? Será que mamãe vem escondida aqui resgatá-los do lixo?! Fiquei intrigada...

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

I Wana be a Man!

"Se Beber, não Case". Foi o filme a que eu assisti hoje. Bom, eu casei bêbada. Mentira. Isso é apenas uma espécie de lenda que entrou pra história, propagada pelo meu digníssimo marido. É que ele, se tivesse tomado as quatro ou cinco tacinhas de champagne que eu tomei, sim teria ficado ruim. Eu estava apenas rindo um pouco mais do que o normal. O que foi muito conveniente para as fotos, o vídeo e o meu saco, que aguentou bem melhor a falação do padre.

Mas então, o filme. É muito bom. Há tempos que eu não via algo que me 'segurou' do início ao fim. Não tive um momento dispersivo. Não reparei nem uma vezinha no teto da sala de cinema ou no riso pentelho do colega ao lado. Fui o tempo todo chupada pela tela. Um filme - diferente de mim -, sem barriga, com um roteiro sem furos e nada previsível. Talvez um furinho apenas, mas é mais chatice minha do que outra coisa. Elenco sensacional, sequências engraçadas, elementos originais e uma empatia geral. Me peguei diversas vezes rindo pra dentro. Um riso gostoso pelo riso externo proporcionado.

Desde o início, durante e até o fim, a sensação que mais tomou conta de mim foi: eu queria poder viver essas coisas, eu queria poder ter esses amigos, eu queria poder falar sobre esses assuntos dessa maneira, eu queria fazer essa viagem, eu queria viver essa noite e não lembrar, eu queria falar esses palavrões, eu queria agir assim no dia seguinte a uma bebedeira, eu queria acordar assim, eu queria mijar em pé ao lado de um tigre, EU QUERIA SER HOMEM!

Nunca escondi que várias coisas do universo masculino, de homens entre homens, sempre me agradaram. Sou uma espécie de mulher liberal, cabeça aberta e cool frustrada. Na verdade, queria um pinto pra chamar de meu. Nem muito pra comer as menininhas, mas pra andar por aí com os outros menininhos. Numa imagem à princípio tão gay que só verdadeiros amigos podem conceber.

Esse é um dos motivos deu ter ficado bem feliz ao descobrir que um homenzinho se forma na minha barriga. Não deixa de ser parte de mim. É um antigo sonho se tornando realidade. Que, aliás, pra quem sempre pergunta, já está com sete meses de vida uterina. Já já está aí.




Só dois comentários finais. Um pra quem acompanha o mundo dos festivais de cinema, e o que sai a respeito na imprensa, e o outro um comentário bobo sobre alguém já velho.

1) Quem não está sendo homenageado em Gramado?! Não me aguentei mais após ler hoje que até a Xuxa recebeu um troféu de homenagem no Festival. As notícias em dias anteriores tratavam das homenagens a Dira Paes, Reginaldo Farias e sabe-se lá mais quem vem por aí...

2) Lady Gaga está na mídia, pelo menos na capa da Globo.com, há um certo tempo. Desde que li a primeira 'notícia' sobre a... diva (?) que fiquei com uma vontadezinha boba de comentar seu nome de guerra. Quem escolheu pra você, santa?! Tem gente que não tem amigos...

Falem mal, mas falem de mim

O título foi só para chamar a atenção e achei oportuno colocar uma frase feita, de efeito. Aquela história lá de facilitar a peneira dos sites de busca, pra caírem aqui. Enfim... a verdade é que não gosto muito é que falem de mim. É, sei lá, me deixa. Não curto ser o assunto da roda, ainda que eu não esteja nela. Nunca gostei. Não é à toa que o apelido carinhoso que os amigos de papai me deram foi bicho do mato. Sempre fui na minha. O que é muito diferente de tímida. Sou bem falante quando me convém ou quando me sinto bem e acolhida pra isso. E não chego a ser extrovertida, mas uma pessoa tímida não teria coragem de falar tudo o que eu falo e, principalmente, escrevo por aí.

Cheguei onde eu queria. Na alma contraditória do que quero expressar aqui hoje. Uma pessoa que não quer cair na boca do povo deveria se preservar, certo? Concordo. Mas sou metida a falar demais. Por quê? Não sei. Vem de dentro. Sai sozinho. Uma coisa horrorosa... Incontrolável. E por mais estranho que pareça, juro que não é pra criar polêmica.

Tem um montão de gente que adora um bafafá. Gosta de luzes, holofotes. Custe o que custar. Eu não. Gosto do meu buraco escuro.

Mas existe um lado do fato de criar polêmica que me agrada, é verdade. Mas não é o usual. Não pelo tapete vermelho, mas pela afirmação de que não sou comum, apagada, séria, embasada, chata. Ainda que falem mal e já que falam de mim, que seja com um certo sentimento, com uma certa força. De algum jeito, eu inquietei uma outra cabeça. Talvez aqui, o título comece a fazer
sentido.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Espaço de Cinema - Os Normais 2

Pra não perder o hábito criado há pouco, vamos à mais uma crítica de filme. Falemos (odeio certas conjugações de verbos...) de "Os Normais 2".

Olha, não lembrava muito bem do 1 até assistir a algumas partes há pouco tempo no GNT, acho. Aí, me voltou tudinho à memória. A história lá dos dois casamentos simultâneos entre Rui e (Marisa Orth) e (Evandro Mesquita) e Vani. O primeiro filme conta como Rui e Vani se conheceram. Bom, dito isto, que não servirá para absolutamente nada, já que o segundo filme não é uma continuação do original, vamos a sequência (que não é sequência então oras...).

Chama "Os Normais 2 - A Noite mais Maluca de Todas". E é bem mais primo da série de TV do que o filme lá de 2003. Talvez por isso sirva pra alguma coisa eu ter mencionado o primogênito. E é bem mais legal! Este segundo, digo. Parece mesmo que estamos diante de novo de Os Normais e sem aquela crítica nada construtiva de que o filme tem cara de episódio de TV. Se o troço é inspirado numa série de televisão, vai ter cara de quê, cacete!? Aí, vêm os chatos falando de linguagem televisiva e cinematográfica e blá, blá, blá. Caguei. Pra mim é: gostei ou não gostei. Já o porquê às vezes é claro, às vezes não. Mas não dou muita atenção a isso.

Sem se prender muito ao 'porquê', mas apenas divagando sobre o que lembro de ter achado legal, o texto é muito bom. Nem sei muito se o roteiro é. A história em si como um todo está até redondinha, mas não é assim uma Brastemp. E nem sempre precisa ser, dependendo de que intuito se tem. Mas texto é texto. Não estranhar coisas, frases, palavras saindo da boca dos personagens é quase um orgasmo. Está tudo natural. Sem doer o ouvido, sem vergoinha alheia, sem uma virada de cabeça duvidosa ou um fechar de lábios esboçando certo constrangimento. Tudo - ou muito quase tudo - o que Rui, Vani, Danielle Winits, Drica Moraes, Cláudia Raia, Daniel Dantas, Alinne Moraes e (devo estar esquecendo alguém) falam é perfeitamente verossímel, muitas vezes genuinamente engraçado e nunca forçado ou exagerado para o mal.

Tá. Dani Suzuki tá estranha. E não dá pra saber se foi o texto que estragou ela ou ela que estragou o texto. (sei que 'estragou ela' está errado, mas me recuso a escrever 'a estragou') Mas tenho grandes suspeitas de que a segunda opção é a mais verídica. Tadinha, se destacou como fraquinha, fraquinha perto do resto do bando que está muitíssimo bem. Mas eu não sou daquelas que acham que uma maçã podre fode o cesto inteiro. Dá pra passar batido pela falta de talento dramático da japinha simpática. É, eu acho ela uma graça. Vou super com a cara da moça. Gosto dela em Tribos. Vi umas chamadas para um programa novo no Multishow que ela tá fazendo, também curti. Mas como atriz de cinema não ficou bom, Dani. Seu lado kick e seu lado boxing saíram forçados, forçados... (referência pra entender após verem o filme).

A história, só pra constar, já que estou chamando isso aqui de crítica, é que Vani, diante de uma vida sexual arrastada devido ao longo tempo de relacionamento, decide abrir a guarda para Rui e mais alguém junto. Uma terceira pessoa. No caso, uma mulher. Aliás, fico puta com esse negócio de, ao se referirem a um ménage à trois, os homens sempre acham que é automático o fato do terceiro elemento ser no feminino. Por quê!? Se bem que, pensando bem, se a idéia é todo mundo se divertir com todo mundo, concordo que não ficaria bacana na vez do homem com homem. Mulher com mulher ainda vai... Até eu acho. Enfim, após essa defesa contra o meu próprio argumento inicial, voltemos (a conjugação de novo...) ao filme:

O karaoquê do começo ficou muito bom! Apesar deu ter me assustado com um nariz enoooorme de Luiz Fernando Guimarães. A qualidade técnica, aqueles lances de luz, fotografia, som etc, ficaram bons o suficiente para não chamarem a minha atenção.

E só para não dizer que amei tudo, tiraria a parte da Preguiça, com letra maiúscula mesmo, tô falando do bicho. Destoou do tal verossímel que elogiei acima. Mas no geral, vale à pena ver de novo!

A Nossa Vida A Gente Inventa

- Que nem você fala no blog da cara dele, que você nunca descobre o que ele achou, sabe?

(...)

Foram alguns momentos pensando, disfarçando e apertando os olhinhos para tentar me lembrar e entender ao que exatamente a amiga que almoçava comigo se referia. Enquanto pensava, fazia movimentos afirmativos com a cabeça por puro reflexo. Isso que dá inventar coisas e fazer isso sem a menor cerimônia! Só que estaria tudo ótimo se eu tivesse uma memória incrível e conseguisse lembrar de todas as minhas mentirinhas em prol de um texto mais interessante. Não é o caso.

Bem, depois de um tempinho maior em que o assunto se estendeu e ganhei mais detalhes do meu próprio texto escrito em algum momento do ano passado, consegui entender sobre o que ela estava falando. E pasmem! não era tão mentira assim... Eu havia só esquecido mesmo.

Mas aí, me peguei pensando nisso que eu faço. Aquela velha história de quem conta um conto, aumenta um ponto. Mas eu faço tudo sozinha mesmo. Eu mesma vivo e exagero depois na hora de publicar. É super natural, tem que ver! Não sofro nadinha, nem uma dorzinha na consciência sequer. Como se eu tivesse certeza de que se eu perguntasse antes pra alguém se ficaria melhor assim ou assado, dava assado na cabeça!

Dizem que jornalistas gostam de manchetes e têm mania de aumentar tudo. Podem até ter, mas minha tendência ao excesso não tem nada a ver com a minha profissão. Só com o meu jeitinho especial de ser que é humilde o bastante pra sacar que euzinha aqui não seria tão interessante nua e crua. Nos dois casos, no nua e no crua, preciso de alguns incrementos. Da meia-luz à posição deitada até uns adendos a mais em cada causo.

Mas, enfim, no fim das contas, o negócio tem mil e uma utilidades. Como quando eu volto pra ler algumas coisas antigas e elas parecem todas inéditas e com alguns toques geniais. Um caso de amor comigo mesma em que vivo me surpreendo com meu objeto de paixão. É só.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Mais Reflexões

Ontem presenciei, ou melhor, escutei um toque de modernidade em algo que eu nunca imaginei que fosse um dia se importar com isso. Avisando: assunto sem a menor importância, uma coisa breve, assim só uma nota de pé de página:

Eram 18h56 no relógio do meu carro e eu havia acabado de ligar o rádio. Estava me preparando para enfrentar o trânsito da barra, colocando o cinto e tal... e eis que paro um momento e escuto. Faço um esforço um pouquinho maior, franzindo a testa para melhorar a concentração, e escuto de novo pra ter certeza do que eu tava achando que tava ouvindo. Bom, certeza, certeza, não tenho não, mas posso jurar que, nesses minutinhos iniciais antes do inabalável "A Hora do Brasil", entrou a abertura do programa só que numa versão remix! Alguém já ouviu? Será que eu viajei? Fiquei um tempão pensando nisso no caminho. Bobeira, né? Mas sei lá. Achei divertido e engraçado.

E só uma frasezinha que também me deparei ontem, num outro contexto nada a ver, mas que gostei bastante:

"Mas já que se há de escrever,
que ao menos não se esmague com palavras as entrelinhas" (Clarice Lispector)

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Momento de Reflexão

Há um tempão, eu falei aqui sobre a psicose que estávamos vivendo em relação a reciclagem de lixo, comidas naturais, produtos biodegradáveis etc, etc, etc. Tá, não chega a ser uma psicose, mas tem neguinho ficando bem bitolado por aí... Enfim, hoje me aconteceu algo que me lembrou daquela reflexão. Na verdade, vem acontecendo, mas só hoje decidi que iria comentar a respeito.

A qualidade dos palitos de fósforo caiu muito. Não se fazem mais palitinhos resistentes como antigamente... A droga do palito vive quebrando ao meio quando eu vou riscar na caixinha pra ascendê-lo. Na hora me veio à cabeça: culpa do diabo da reciclagem! Provavelmente, estou falando merda. Não sei se há palitos reciclados no mercado ou se o problema são as árvores que sobraram na lista das que podem ser cortadas para o consumo. Mas o fato é que algo aconteceu com a madeira dos palitos de fósforo. E, aí, quero me manifestar: se o intuito era reciclar para aproveitar e gastar menos, não está funcionando. Pela simples razão de que agora gasto uma média de dois palitos a cada banho, na hora de ascender o aquecedor e mais uns dois também na hora de ascender o fogão. E não vem ao caso o fato dos aparelhos da minha casa não funcionarem com o piloto automático. Não é esse o ponto.

Portanto, fica de novo o aviso: temos que abrir bem o olho quanto a essas questões ecológicas e politicamente corretas. Temos grandes chances de estarmos caminhando para um mundo pior.

Brüno

Sou só eu ou alguém mais confunde os cinemas de Botafogo? O atual Espaço de Cinema é o ex-espaço Unibanco. Mas, para confundir bem, agora tem um Unibanco Artplex, bem pertinho, ali na Praia de Botafogo. E, completando o circuito, tem o Cinemark no Botafogo Praia Shopping, chamado também de multiplex! Não é de dar nó na cabeça? Ou eu que realmente estou ficando gagá...

Bom, feita essa introdução confessional, falarei de novo de cinema. Na verdade, de mais que isso. O gancho é cinema, mais especificamente o filme "Brüno", mas a análise é sobre mim. Um questionamento interno em busca de algumas respostas do tipo: será que eu mudei tanto em menos de três anos? Esse é o espaço entre "Borat", lançado por aqui em algum momento de 2006 e "Brüno", prestes a estrear nas salas brasileiras e visto por mim ontem.

Bom, decidi que tenho que ver "Borat" de novo, antes de chegar a um veredicto. Mas já posso ir confabulando aqui algumas questões. O ponto principal é: odiei "Brüno". Assim, muito. Com todos os meus preconceitos e puritanismos enrustidos. Eles vieram muito à tona. De um jeito incontrolável. Fiquei com vergonha. Uma vergonha real e sincera, sentida no momento da exibição e uma vergonha moral e interna por estar com tanta vergonha. Que diabos! Fiquei careta? Será?

Fiquei tentando comparar os dois filmes e lembrar do que eu havia gostado tanto no antigo. Lembrei, claro, da célebre roupa de banho verde limão; dele conversando com alguém sobre a entonação de piadas, hilário; dele num jantar com americanos tradicionais; de um urso que não lembro muito bem do contexto... e cheguei na tal cena enorme e bizarra dele se esfregando na cama com um gordo peludo. Essa, por favor, eu não gostei. Principalmente pelo tempo eterno que ela demora na tela. Mas, no geral, minha avaliação de Borat foi que o filme era sensacional. De morrer de rir.

Aí, me encontrei com Bruno. Que decepção. Tá, a expectativa por ver outra coisa hilária e sensacional poderia ter ajudado na minha brochada. Mas, sei lá, não foi isso não. Não curti. A sensação que reina é que o filme todo ficou mais parecido com a antiga cena do gordo peludo, sabe? O tema principal é: Bruno é gay. E não Bruno tirando um sarro do mundo da moda, que foi o que eu havia entendido pela divulgação e achava que, sim, renderiam ótimas piadas! Mas, não. É consolo pra cá, enrabação pra lá, pirus e mais pirus de todos os gostos e tamanhos. Enfim, achei nojento. E isso não tem muito a ver com o fato deu achar nojento dois homens se pegando. Só não fico confortável com o exagero visual da coisa. Me incomodou. Se isso é ser preconceituosa, então, talvez eu seja, mesmo sem querer. Mas continuo achando que meu incômodo tem muito mais a ver com a forma encontrada para fazer piada com o mundo colorido. Não ficou engraçado, a meu ver. E nem bizarro, o que às vezes pode ser engraçado pelo nonsense da coisa. Não. Ficou só de mau gosto.

Há outros problemas também nas poucas piadas que não remetem aos gays nossos de todo dia. Ou ficaram sem graça, ou achei que pesou a mão e brincou com coisas que, pra mim, deram mais pena do que vontade de rir... Não gosto que mexam com velhinhos e crianças. E acho que há limites sim. Mesmo defensora da liberdade em todos os campos, acho que existe o bom senso e é esse quem apita os nossos limites. Que diz quando a brincadeira fica sem graça. Ou perde a graça, exatamente por não sabermos quando parar. Um exemplo bom é o "Pânico". Morro de rir com eles muitas vezes, mas, volta e meia, me retraio um pouco achando que Emílio, Vesgo, Silvio e cia foram longe demais...

Pois é. Com Bruno, ao sair do cinema, só consegui pensar que ele não foi a lugar nenhum. Ficou perdido entre um monte de universos que poderiam render coisas ótimas, mas foram todas desperdiçadas em prol da busca de um riso que para alguns é fácil. Sim, há quem goste e se escangalhe de rir com esse tipo de humor que não é negro, não é leve, não é inglês, não é sútil... Sei lá que porra de humor é esse.