sábado, 31 de maio de 2008

Sozinha

Tô sozinha. A vida inteira ouvi de quase todo mundo que eu era muito madura nas áreas práticas da minha vida e pouco madura na área emocional. Tenho que admitir que concordei por bastante tempo com essa galera. Mesmo tendo me casado cedo, aos 24 anos...

Bom, o fato é que neguinho gosta muito de falar, de se meter na vida dos outros, de dar lição de moral. À medida que fui ficando mais velha (e - por que não? – mais madura) fui aprendendo a filtrar mais essas opiniões e a criar as minhas próprias. É assim que vivo hoje. Foi assim que cheguei até aqui.

Mas o fato é que hoje, numa madrugada de sexta para sábado, eu me encontro totalmente sozinha em casa. Não me lembro qual foi a última vez que isso aconteceu. Nem se aconteceu. Já deixei muita gente sozinha, mas raramente estive ‘do outro lado’.

Há um tempo, se eu soubesse de antemão - como foi o caso - que isso aconteceria, certamente já teria esquematizado mil coisas, falado com um monte de gente. Enfim, teria achado algo pra fazer, algum lugar pra ir. Há um tempo, isso seria uma oportunidade única. Que deveria, de qualquer maneira, ser aproveitada. Há um tempo, ficar em casa sozinha seria um desperdício, uma derrota, uma burrice.

Tudo bem que chove bastante lá fora, mas, acreditem, isso nunca foi motivo para me impedir de cair na gandaia, sem hora pra voltar.

Pois hoje, olha que coisa, fiquei quietinha, na minha, sem desespero, sem armação, sem aquele bichinho que fica coçando lá no fundo. Nada de bichinho, nada de farra. Jantei sozinha e bem. Vi televisão. Peguei uma porção de vídeos de mulherzinha pra ver. Li mais um pouco do livro da vez. Pesquisei umas coisas que eu precisava na internet e daqui a pouco vou dormir quentinha.

Maturidade? Tranqüilidade? Paz? Sei lá. Não gosto de definições. Mas o que importa é que eu estou bem. E estou bem porque sim. Sem explicações, sem motivos, sem esforço, sem ‘tipo’. Estou naturalmente bem e sozinha, sem estar sozinha.

I love you. I really do.

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Dercy Gonçalves

Eu sabia que a Lua, minha cachorra, estava bem passada já. Afinal, ela é um Pastor Alemão de 12 anos e cheia de vontades. Mas fazia aquela conta clássica de multiplicar por 7 e aí, achar o equivalente em idade humana. Ou seja, 12 x 7 = 84. Lua, na minha cabeça, já era uma sobrevivente! Uma guerreira. Lutadora. Estava ótima. Velhinha, mas anda, enxerga, come, e faz xixi e cocô onde tem que fazer.

Bom, mas descobri hoje no veterinário que Lua não é uma senhora de 84, é uma gagá de 94! É. Para raças grandes, a tal contagem do ‘x 7’, não vale. Raças grandes ganham mais anos de vida! Meu Deus, minha cachorra é uma Dercy Gonçalves! Uma Tônia Carrero. Qualquer uma dessas velhas caquéticas do século passado que esqueceram de morrer.

Tem um livro do Saramago, não é esse que virou filme: “Ensaio sobre a Cegueira”, que fala de uma epidemia (se bem que Saramago é meio repetitivo, hein. Usou a idéia de epidemia surreal em dois livros...) bom, uma epidemia que faz com que as pessoas parem de morrer. “As Intermitências da Morte!”, colei! Dercy e Tônia são personagens do livro do Saramago.

Voltando a Lua, fiquei preocupada. Estou uma espécie de mala em relação à saúde de meus entes queridos. Já estava no pé do meu pai e, agora, estou na pata da Lua (que, por sinal, não tem mais a força de antigamente). Enchi a bichinha de vacinas, comprei uma penca de remédios e vou levá-la lá de novo pra fazer uma porrada de exames.

Lua ficou irritadíssima comigo. Não comeu, quando coloquei a ração. Não veio, quando eu chamei e não sai lá do canto dela. Está de mal.

Meu pai também. Não atende mais as minhas ligações porque fala que agora eu só tenho um assunto: perguntar o que ele comeu. Além de e-mails e recados em casa e no trabalho para que ele não esqueça o exame tal, marcado para tal horário. Ele ficou uma arara ontem, quando deixei recado com a secretária e disse que era urgente porque o exame era daqui a vinte minutos e ele ainda estava lá. A moça entrou na sala de reuniões e falou para todos ouvirem:

- Dr. Pedro, sua filha está no telefone, lembrando que o Sr. tem exame de intestino.

Fui eu que falei assim ‘exame de intestino’. O troço tem um nome complicadíssimo e aí, simplifiquei. Ela resolveu seguir a minha linha light. Ele não gostou.

Que saco... Será que eu vou ser uma mãe daquelas ultra chatas e pentelhas? Será que meus filhos vão me achar uma mala sem alça? Mas é que eu amo muito, sabe? E meu modo de cuidar é meio prático. Não tenho muito jeito com a coisa. Me perdoem, meus amores.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

A Número 1

Primeiro, NENSEEEEEEEE!!!!!!!!!!! (e só, que ainda temos um outro jogo pela frente).

Agora a minha questão de hoje: O título é “Número 1”, mas não vou falar de cerveja, apesar de apreciar o assunto. Vou falar de mim. Não sou loira, nem gostosa, mas queria ser uma espécie de número 1. Ou, uma Original.

Tudo começou quando num papo qualquer numa mesa de bar, começou a se falar sobre os nomes das pessoas. (Segunda vez que o tema aqui é ‘nomes’) Nem todos ali se conheciam bem, então foi uma espécie de apresentação que acabou, numa mesa de bêbados, virando uma discussão quase filosófica sobre as alcunhas (precisava de um sinônimo...) dos presentes.

Na minha vez, ouvi o seguinte: “Adriana é muito comum, não marca”. Não vou dizer aqui o nome do rapaz, mas quisera ele ser marcado por mim... Bom, fiquei puta. Acho que deu para perceber. Só que aí, fiquei pensando nesta bosta.

Sei lá porque, coloquei no papel quantas Adrianas eu conheço, ou conheci. Na minha infância, tinha a filha de uma amiga da minha mãe. Viajamos, as famílias, algumas vezes juntas. Ela era a Drica e eu era a Nana. Ok, não me incomodava. Mas ela me incomodou no futuro, anos depois, quando, por mais uma coincidência cruel da vida, encontrei a moça com um ex-namorado que tinha me dado um pé na bunda. Preferi pensar que o cara só ficou com ela pelo nome, arrependido.

Na época do colégio, além de mim, teve mais uma Adriana na minha turma em ordem alfabética do Santo Agostinho (falei que aquele lugar é estranho...), o que me fez ser conhecida lá como Villarinho. Odiava.

Quando entrei no meu ex-trabalho, já tinha uma Adriana na Computação Gráfica. Ficamos conhecidas como a Adriana de cima e a Adriana de baixo. Eu era a de cima, porque trabalhava no 5º andar e ela, no 2º. Um tempo depois, entrou uma Adriana estagiária. E a partir daí, passei a ser Adriana Maia. O que me agradou e carrego até hoje. Ainda no mesmo lugar, nos meus últimos anos, ainda teve outra! Enchi o saco de lá e saí.

Bom, só. São cinco. Nem tantas, vai... E, atualmente, não há nenhuma convivendo comigo. O que me faz crer que o nome não é tão comum assim.

Mas... Sempre tem um ‘mas’. Lembrei de uma situação familiar que faz com que meu nome seja comum sim. O irmão do meu marido casou com uma Andrea. E, desde então, isso já tem uns três anos, temos o mesmo nome. Minha sogra, meu sogro (que eu já tinha comentado...), a outra irmã do meu marido, os outros portugueses quando estão aí, e até o meu próprio marido ou o próprio irmão dele se confundem quando estamos as duas no mesmo recinto. De verdade, nem nos importamos mais.

Mas conheço bem mais Andrea que Adriana, hein... Ah... Não quero ser comum!

Que ódio daquele infeliz... E sabe o que é pior? Não falei o nome do sujeito lá em cima porque não lembro mesmo. Não era um nome comum... Merda.

Cantinho do Fluminense

Empate mais do que bem-vindo, fora de casa e contra os argentinos do Boca Juniors. Mas, muita calma nessa hora. Momento de conter a euforia, colocar a cabeça no lugar e se concentrar para o próximo jogo. Desta vez, no Maraca! E nesse eu vou de qualquer maneira. Nem enchi a cara. Estou me guardando como uma virgem. (nervosa pra cacete...).

Data do jogo :: 28.05.2008 :: 21h50
Local :: Argentina. Estádio blá blá blá :: Torcida Tricolor presente. 4 mil torcedores! Escutei a galera pela TV de novo.
Campeonato :: Libertadores :: 1º jogo da semifinal.
Placar :: 2 x 2 (Flu x Boca) :: Thiago Silva, zagueirão, mandou uma bela cabeçada. Thiago Neves voltou a falar com o gol. E os argentinos são bons pra caceta...

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Fotos.

Não tenho a menor condição de escrever hoje. Pro bem de vocês. Se não, dava Fluminense na cabeça! De novo.

Então, seguem algumas fotinhos de ontem. Ruins, mas válidas. Meu fotógrafo improvisado não sabe nem tirar foto nessas máquinas digitais ridículas de hoje em dia. E eu ainda não me acostumei a carregar máquina pra tudo quanto é lado. Que dupla!





terça-feira, 27 de maio de 2008

Seleção Masculina de Volley

Não quero mais falar de coisa triste. Se não, esse negócio que surgiu para ser engraçado e descontraído, vai acabar virando sessões públicas de análise da minha pessoa. E até alguém como eu, chega uma hora que não há mais o que analisar. Pronto. Me dei alta. Saí da deprê. Não vou esquecer o que aconteceu com o Vinicius nunca, mas vou deixar ele beber em outros ‘ares’. A essa hora, nosso grande amigo bom de copo já deve estar bem alto.

Minha melhora de humor tem nome. Nomes. Bernardinho, Giba, Marcelinho, Gustavo, Dante, Serginho... Toda a Seleção Masculina de Volley.

Aliás, meu dia, a partir de 11 horas da manhã, foi especial. Tirando a parte de acordar muito, muito cedo, mas valeu à pena. Fiz uma das coisas que mais gosto: peguei a estrada, sozinha, sem trânsito, no meu carro, num dia lindo, com sol batendo no rosto e os meus CDs. Fui para Saquarema. È lá que fica o Centro de Treinamento das equipes masculina e feminina. (Ah é, falei com as meninas também, mas, sabe como é, sempre preferi os meninos...).

O lugar é uma espécie de Granja Comary do Volley. É imenso e lindo! De frente para a praia, com um lago imenso e azulzinho dentro, refletindo o sol, sabe? E verde para todo o lado. As quadras onde o pessoal treina também são enormes, novinhas, limpinhas, muito bem cuidadas. E assistir a essa galera jogando é mesmo um espetáculo. Eles são muito bons. Há jogadas que, mesmo ali pertinho, não dá pra acompanhar a velocidade da bola. E é legal ver também o entrosamento dos rapazes. Ficam o tempo todo brincando uns com os outros, fazendo palhaçada. E o Bernardinho não faz jus à fama de ranzinza. Ele ri também. Brincar seria um pouco de exagero...

Depois de treinarem por 4 horas, os meninos ainda tinham um trabalhão pela frente: falar com os muitos jornalistas que estavam lá à espera deles. Eu era uma dessas pessoas. E esperei contente e ansiosa.

Meu primeiro jogador foi Giba. Alto, olhos claros, uma simpatia. Me tratou com carinho. Não doeu. Só fiquei um pouco nervosa no início, mas ele foi gentil e quebrou o gelo. Fez até piada! E se despediu com dois beijinhos.

Depois, veio Marcelinho. Não estava mais tão nervosa. E ele intimida menos que os outros. É bem mais baixo. Um pouco tímido pro meu gosto. Não me conquistou. Foi uma transa burocrática.

Serginho veio na seqüência. Contou uma história triste lá do passado sofrido. Um papo de superação, dar a volta por cima e tal. Fiquei um pouco entediada. Mas deu para disfarçar. Ainda bem que foi rápido e indolor.

Dante por um tempo permaneceu em segundo lugar. Simpático. Alto, também. (Adoro...) Contou causos mais divertidos e descontraídos. Não é tão bonito, mas me ganhou pelo papo, sabe?

Mas aí veio Gustavo. Uma graça. Encantador mesmo. Só de olhar. Atencioso. O que são os olhos do Gustavo? Ele todo é uma coisa meio clara, quase ruivo que me lembrou meu marido. E um jeitinho todo doce, mas longe da viadisse. Carismático mesmo. O Giba é o carismático brincalhão, safo. Gustavo é o carismático que nasceu assim e nem faz esforço. E é o mais alto de todos...

E o grand finalle: o excelentíssimo Sr. Bernardinho. A Fernanda que me perdoe, mas ele é mesmo o máximo. O cara abriu a boca, falou dois minutos e eu já estava de quatro. Nem precisou me convencer. Fiquei na mão dele. Incrível. Inteligente, prático, claro em tudo o que diz. Ele passa mesmo todos aqueles valores que ele prega. E com um ar assim meio ‘eu acredito nisso e faço, façam e acreditem se quiserem. Não estou nem aí’. Ele realmente é acima da média. É mais. Fiquei impressionada e, mesmo já tendo passado por cinco, encarei na boa. Foram seis perguntas seguidas. Sem descansar.

Estou cansada agora, exausta. Mas valeu à pena. E, ainda por cima, fui muito bem paga.

Brasil!

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Coincidências e Homenagem a Tai

Vou lançar uma questão: até que ponto coincidências são algo que você acha legal? Você encontra alguém (que você gosta, é importante dizer) num lugar meio inusitado, num horário meio inusitado, ou num lugar comum mesmo, aí pensa: ‘ôpa! Você por aqui... caramba!’ e fica pensando, rindo, achando incrível mesmo como coincidências acontecem.

Na segunda vez, você dá uma olhada pro lado só por precaução pra ter certeza que não é uma espécie de pegadinha. E na terceira, você já começa a ficar puta e achando que a pegadinha existe mesmo, só que está sendo aplicada pela maior entidade do mundo: Deus!

Nunca achei que Deus fosse bonzinho. Aliás, se lermos a Bíblia - o antigo testamento, pelo menos, que é até aonde eu fui - fica na cara que Deus era um tremendo de um sádico. Adorava fazer brincadeirinhas de mau gosto. Aquela de mandar Abraão levar o filho até o monte sei lá das quantas para sacrificá-lo foi demais. O coitado andou dias e dias ao lado da criança, achando que ia matá-la. Na hora agá (é assim que escreve hora agá? Ou é hora h... sei lá). Bom, na horinha final, ele fala: “Brincadeirinha! Queria testar sua fidelidade a mim”. Carácolis...

A da mulher lá também, Shara acho, que virou pra trás e foi transformada numa estátua de sal. Não lembro o que a moça foi olhar, mas aposto que foi mais uma peça pregada pelo Todo Poderoso.

Só para explicar porque eu li o Antigo Testamento: fiz a 8ª série no Santo Agostinho (não me pergunte porquê...) e tive que ler. Mas sabia, que se for encarado como um livro, um romance, uma epopéia, enfim, não é tão ruim assim. Com certeza, não foi nem de longe a pior coisa de ter estudado no Santo Agostinho.

Agora a homenagem a Tai. Tai dorme num beliche. Em cima! Não sei se todos são que nem eu. Claro que não. Mas aposto que existe um monte de gente que nem eu que sempre quis dormir em cima num beliche. Não? Bom, eu sempre quis. Tinha uma amiga, a Helena, que dormia. E eu adorava ir dormir na casa da Helena porque ela deixava eu dormir na cama dela. Era uma ansiedade incrível. Curtia o momento, sabe?

O que tem a ver o cu com as calças? É que quando Tai me disse há pouquíssimo tempo que dormia num beliche, eu gritei empolgadíssima e contei que esse era meu sonho de adolescente. E prometi a ela que escreveria sobre isso. Deixei passar um tempo porque eu não tinha mais nada para desenvolver o tema. Até que hoje vejo um filme, “Saneamento Básico”, em que um dos personagens fabricam beliches! Era a minha deixa para fazer uma homenagem a essa pequena que eu adoro.

domingo, 25 de maio de 2008

Qualquer Saudade

“Às vezes, sinto saudades de coisas que não vivi”.

Não sei se essa frase é de alguém. Muito provavelmente vários poetas e escritores já devem ter dito coisas parecidas. Mas eu li no jornal. Numa coluna que não tem nada de profundo e não fala de emoções. Chama-se ‘Durango Kid’ e é sobre lugares baratos que vale à pena conhecer. Pois é. Mas essa frase, que abria a coluna de sexta passada, me chamou a atenção. Eu já havia sentido isso antes, essa saudade do que não vivi, mas me lembrei quando li. E pensei um pouco a respeito.

Ainda estou um pouquinho jururu e isso, lógico, colabora para eu estar mais sensível de um modo geral.

Mas acho esse sentimento tão verdadeiro... Não é? Quantas vezes a gente não fica sonhando acordado e horas ocupado com pensamentos de situações inexistentes, mas com personagens reais? Principalmente, nós mulheres. Temos uma mania anti-saudável de criar toda uma vida com alguém na cabeça, nos minutos seguintes a que conhecemos a pessoa. E somos tão boas nisso, que a coisa vai ficando cada vez mais sofisticada. Tanto que, após um tempo, dá para sentir na pele uma saudade plausível, autêntica. Como se tivéssemos vivido mesmo uma situação que já até faz parte do passado.

Mas acho verdadeiro porque essa saudade vem de um sentimento tão grande de ter vivido aquilo, que torna a mentira válida. A mesma história da verdade e da realidade, lembram? A verdade é aquilo em que se acredita.

Adoro as músicas, poesias e tudo relacionado a Vinicius de Moraes. Gosto de ler sobre aquela época em que ele viveu e deixava a porta de casa aberta para um monte de gente interessante entrar. Amo saber sobre os amores de Vinicius. A coragem louca que ele tinha de arriscar pela 7ª, 8ª, 9ª! vez. Esse homem amou demais a vida inteira. Esteve apaixonado, encantado, o tempo todo.

O filme, documentário que lançaram sobre ele, há um tempo, é sensacional. Você entra na história. É mais um dos que participam das noitadas de portas abertas. O cara era um agregador nato. Todo mundo se aninhava em volta dele, com um olhar de admiração e felicidade. Não é difícil imaginar porque várias mulheres caíram de amores por Vinicius de Moraes. Provavelmente, eu seria mais uma. A 10ª, 20ª, não me importaria de dividir o amor desse homem com outras apaixonadas.

Morro de saudades de Vinicius.

Cantinho do Fluminense

Fui à praia todos os dias deste feriado. Na quinta e na sexta, até achei legal ver o Renatão lá. Agora, sábado e domingo achei um exagero da parte do nosso técnico. Treinar para quê???
O cara mandou o time com a maioria de reservas para o Recife (até o técnico foi reserva) para jogar a terceira rodada do Brasileiro. E o resultado: nada de vitórias ainda. Ficamos perdendo de 1 x 0 a maior parte do tempo e aí, do meio do 2º tempo pro fim, o Sport fez outro gol, Dodô fez um, sofreu pênalti, bateu e... perdeu. 2 x 1 Sport. Eu devia ter mandado uma reserva para assistir também...

Data do jogo :: 25.05.2008 :: 16h
Local :: Lá no Recife. (Terra boa...)
Campeonato :: Brasileiro :: 3º jogo do Flu.
Placar :: 2 x 1 (Sport x Fluminense)

sábado, 24 de maio de 2008

Vinicius

Atenção, meu astral mudou. Vou falar de algo um pouco pesado. Sintam-se totalmente à vontade para parar por aqui.

Já falei o quanto fico desconfortável com o tema morte, não já? Acho que já. Bom, sem embromações, um amigo foi assassinado. Forte, né? É. Pra caralho. Mas ainda estou naquela fase do ‘não caiu a ficha’.

Bom, não sou fã daquelas pessoas pessimistas e que só falam de desgraça. E nem sou dessas desacreditadas na vida e no ser humano. Mas quando o negócio acontece do seu lado é impossível não dar bola.

Fui acordada por um outro amigo pelo telefone que deu a notícia. Nessas horas, você faz o quê? Diz o quê? Nem ele sabia bem como contar e nem eu sabia bem como ouvir. Aí, você sai avisando para outras pessoas. Mas e aí?

Tudo é muito estranho. Meio non sense. A última vez que vi o Vinicius foi num chopp da galera da faculdade há um mês mais ou menos. Falamos um monte de besteiras e ele ficou de me ligar para marcar uma visita para eu apresentar minha produtora na agência de publicidade onde ele trabalhava. Depois disso, claro, a coisa ficou meio esquecida.

E aí, a próxima notícia que tenho dele é que ele está morto. Tomou um tiro no peito, defendendo o pai, de uns marginais que ficaram com raiva deles terem reclamado do som alto vindo de um carro no meio de uma praça.

Não é tudo muito surreal? Passei anos trabalhando num lugar em que ouvia tiros quase todos os dias e já não prestava mais atenção. E agora sei de um amigo que foi barbaramente assassinado e não acho a coisa tão estapafúrdia assim. É algo que acontece. Mas, caralho!, não era pra acontecer, certo? Estamos mesmo vivendo uma época em que pra morrer basta estar vivo.

Sou brasileira e adoro morar no Brasil. Meu marido é filho de português e quer morar em Portugal. Até aqui, estou enrolando. Adiando. No fundo, não quero. Mas e aí? É aqui que eu quero ficar? Entrando bem no lugar comum, é aqui que quero criar meus filhos? É um assunto a se pensar. A sério.

Fora isso, também vivi um turbilhão desnecessário que eu não estava preparada. Sempre acho que me conheço bem e, principalmente, meus sentimentos e reações. Balela. Sou freqüentemente traída por mim mesma. Não tenho absolutamente nenhum controle.

E ainda perdi a chance de tirar uma foto com o Renato Gaúcho. Sei lá porquê. Fiquei constrangida achando que a mulher dele estava do lado.

Vinicius, seu copo estará sempre na mesa com a gente. Descanse em paz.

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Encantamento

Nense!!!

Oh, vou continuar falando sobre o Fluminense, mas desta vez há um outro tema envolvido. Juro.

Seguinte, há pouco tempo, acho que tem uma semana ou duas, comecei a me sentir um pouco incomodada com o fato de não estar apaixonada. E esse ‘apaixonada’ é muito mais abrangente do que uma simples referência à paixão por outro ser humano. Não. Não é só isso. É muito mais. Eu (atenção, estou falando de mim. Não precisa ser assim com todo mundo) preciso, mais do que preciso, eu dependo da paixão.

E essa paixão pode ser sim, claro, por uma pessoa (e uma pessoa inclui vários tipos de relações que pode ser homem e mulher, pai e filha, amigo e amiga...); ou por uma idéia; uma projeção, como uma viagem, por exemplo; pode ser também uma novidade como, sei lá, uma prática nova de exercício; e até um objeto, um celular novo, que seja. O fato é que preciso estar sempre ‘encantada’. É essa a palavra.

E me peguei desencantada. Mixuruca. Meio sem vida, apagada. Não percebi acontecendo. Tava atarefada com trabalho, sem tempo para fazer as minhas coisas com calma, meio no piloto automático, sabe? E quando fui viver, cadê? Não estava apaixonada por nada. Não havia nada que estivesse me impulsionando para frente, me dando força e vontade de viver uma vida longe de algo sem graça.

Me desesperei na hora. Fui tentar ver o que estava acontecendo. Fiz várias retrospectivas de meus dias. Tentei achar um buraco, uma pista de como tudo se esvaiu sem deixar pistas. Não encontrei muitas. Essas coisas dificilmente são explicáveis. Exatamente porque a graça delas é ser natural, sem nada premeditado. Tem que acontecer.

Bom, passei minha vida em revista, tentando achar algo para me encantar. Não precisa ser algo novo. Pode ser algo velho. É super natural nos apaixonarmos ‘de novo’ por algo ou alguém. Acontece comigo o tempo todo. E eu estava aflitíssima para que acontecesse outra vez.

Foquei no meu computador novo. Lindo! Super potente e tal. Mas que só me segurou por 1 ou 2 dias. Aí, tentei voltar ao plano de trocar meu celular por um roxo que vi no jornal. Mas lembrei o quanto é insuportável ficar lá naquelas lojas da Vivo. Desisti imediatamente. Fui visitar meu afilhado fofo. Que é uma graça e me distrai, mas já não é mais novidade e é muito novo para ter uma história aí que faça eu me apaixonar de novo pelo algo velho. Meu marido. Bom, eu e ele estamos numa fase muito boa, ótima. E isso não é algo muito comum. Olha, não estou reclamando, mas o fato é que quando estamos na montanha-russa, a coisa costuma ser mais animada. Mas, antes de arranjar sarna para me coçar, vou dar uma chance a nossa paz. Bom, não encontrei nada atraente para me prender.

E nem conseguiria, certo? Acabei de falar aí acima que isso não funciona assim. Aquela história de que quando se está desesperado para encontrar alguém, não encontra de jeito nenhum e quando relaxa, vem um monte, é verdade. Com a paixão é a mesma coisa. Não pode ficar procurando.

E aí, dei uma abstraída. Sem perceber também, óbvio. Tenho o, nesse caso, dom de me desligar de qualquer coisa bem rápido. E foi aí que aconteceu. Me encantei de novo. Estou empolgada, vibrante, disposta, bem-humorada, (magra...), me sentindo linda, viva!

Estou loucamente apaixonada pelo Fluminense.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Então...

Pensei em mudar de assunto e escrever sobre outra coisa que não fosse ainda o Fluminense. Mas meu time não sai da minha cabeça. Não há mais absolutamente nada ocupando meus pensamentos e lembranças felizes recentes. Estou como uma vitrola arranhada. Só falo disso. Com qualquer um. Na rua, na chuva, na fazenda.

Com meu jornaleiro mudo, mesmo sem respostas. Com meu marido tricolor meia bomba. Com os amigos do meu marido que, amém!, são tricolores de verdade. Com o cara da barraca da praia. Minhas outras amigas tricolores ou não. Até com o Tony Platão no BG eu tive cara de pau de ir falar. Aliás, sabiam que Marconi Ferraço é tricolor? É. Tava lá no BG ontem também. Adoro o BG por si só. Cheio de tricolores, tambores e com amigos, então, melhor ainda! Amigos diversos. E nem todos tricolores, hein. Mas que se renderam ao espetáculo de ontem.

Meu dia foi ótimo. Praia num sol tranqüilo. Mar limpo. Mergulho bom. Mustafá e mais amigos. Estou com a mesma camisa desde o 12h de ontem. Não tiro. Já vi um milhão de vídeos na internet. Revi mil vezes momentos decisivos da partida. Entrevistas do Renatão (que também tava na praia hoje e foi aplaudido!). Entrevistas do Washington. Como a maioria dos jogadores ele fala muito de Deus, o que me deixa um pouco irritada, mas vá lá. Hoje ele pode tudo. Comi no BiBi, que eu adoro. E agora estou aqui sentada e escrevendo meu texto do dia.

Juro mesmo que antes de começar tentei pensar em qualquer outra coisa pra escrever, mas com minha sinceridade peculiar, admito que estou uma chata repetitiva para os outros. Mas uma chata tão, tão, tão, feliz que é maldade ficar sem paciência comigo.

NENSE!

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Cantinho é o Cacete!

Não tenho mais voz.
Não tenho mais cabeça. (ressaca fudida...)
E quase que meu coração foi para o espaço...

Mas o Fluminense está nas semifinais da Libertadores! De novo: o Fluminense está nas semifinais da Libertadores!!!!

Não fui ao Maracanã. Não consegui comprar, me enrolei e tal. Acabei vendo com papai e o resto da família em casa. E, no fim das contas, foi bom. Foi ótimo. Adoro ver papai feliz. É páreo duro escolher entre a energia da torcida tricolor e papai. Vou revezando pela vida.

Foi o melhor jogo do Fluminense da minha história enquanto tricolor. No jogo em que o Renato Gaúcho fez o gol de barriga, eu era pequena e ainda não entendia toda a grandeza de ser Fluminense.

Não vou ficar me alongando aqui. Só quero registrar o quanto eu estou feliz por mim e por um monte de gente que eu amo e que ama o Fluminense que nem eu.

Destaque para o Conca que joga pra caralho! Pro Washington que, enfim, desencantou e desencantou bem! Em ótima hora. Dodô não fez lá muita coisa, mas fez um gol decisivo pra manter a gente na disputa. E, até para o Renato Gaúcho que chorou no gramado e me levou às lágrimas também. PQP! NENSEEEEEE!!

É POR ISSO QUE EU CANTO. QUE EU VISTO ESSE MANTO.
ORGULHO DE SER TRICOLOOOOOOR.
FLUMINENSE, ETERNO AMOR.


terça-feira, 20 de maio de 2008

Não sei

Na maioria das vezes em que eu vou escrever meu texto do dia, antes dou um título. É mais fácil para salvar logo o arquivo e depois continuar escrevendo. Às vezes, claro, mudo depois. Mas freqüentemente sei bem o que eu quero dizer. Mesmo que quem leia não tenha a mesma impressão...

Bom, mas hoje não consegui. Fiquei olhando, pensando e não saiu. Não que eu não saiba o que quero dizer. Sei. Mas não consegui achar um título condizente. Então, ficou ‘não sei’.

Vamos logo ao ponto, que estou embromando. E tô embromando porque estou ‘cheia de dedos’ pra escrever. É um assunto, sei lá, delicado talvez. Que me envergonha um pouco, me deixa desconfortável. Mas é o que está aqui dentro e já aprendi que se eu não escrever ‘de verdade’ não fica bom. Às vezes, não fica de qualquer maneira. Mas há mais chances de funcionar, quando eu não engano nem a vocês e nem a mim. (e tome de embromar...).

Ontem, senti duas vezes uma espécie de ciúme, inveja, dificuldade de lidar com o ego, vontade de ser outra pessoa. Uma situação não teve absolutamente nada a ver com a outra. Só que as duas aconteceram no mesmo dia e me pegaram de supetão. E o que é mais engraçado é que lutei comigo mesma. Me dividi claramente em duas partes. Uma ruim, nada louvável, mas verdadeiramente humana. E outra linda, poética, saudável e que tem tanta verdade e sinceridade quanto a outra parte feia.

Os meus alvos foram minha irmã e uma criança. Me peguei sentindo um monte de coisas contraditórias por essas duas pessoinhas maravilhosas. Ciúme, se eu quisesse simplificar as coisas. Mas é tão mais que isso. Significa tão mais.

Bom, quase ao mesmo tempo fui surpreendida com um e-mail e uma ligação que me deram as duas notícias que me abalaram num primeiro momento e me deixaram profundamente feliz, instantes depois. É, o sentimento feio existiu, mas por muito pouco tempo. E o outro, o que invade a gente de alegria sincera, veio logo depois e permanece. Fez agir. Num primeiro momento, vontade de competir, de provar que eu sou melhor, de me fazer aparecer. E, logo depois, vontade de ficar quietinha só olhando a beleza alheia. E - não se conformar - mas se deliciar com as qualidades, com o lugar dessas pessoas lindas no mundo. Vontade de tomar o lugar primeiro e de ceder depois.

Sempre, de um jeito ou de outro, me achei melhor que a Taty. Porque me fizeram acreditar que eu era mais inteligente, mais responsável, mais madura, mais bem-sucedida. E ela, era mais afoita, mais perdida, menos interessada, mais devagar. E, sim, usei isso muito tempo. Foi um jeito de impor respeito. De fazer com que ela me venerasse. E nunca foi nada sem querer. Foi pensado. De propósito. Gostava de ser um modelo inatingível pra ela. A irmã mais velha, que manda e ela obedece. Isso tudo piorou um pouco depois que saí de casa e ela ficou com o meu pai pra ela todos os dias. Daí em diante, fazia um esforço fenomenal pra ele não esquecer de mim. Uma luta boba, mas real que eu lutei sozinha, é importante frisar que ela nunca entrou no meu joguinho, por muito tempo.

Tatiana cresceu. Cresceu e apareceu. E virou uma mulher linda. Linda mesmo. Meu ex-professor de inglês que o diga... Mas é verdade, ela ficou deslumbrante (o que me faz sempre dar graças a Deus de termos idades bem distantes. Iríamos, eu iria, sofrer se tivéssemos sido adolescentes na mesma época.) E isso, não vou mentir, fez com que o meu tal esforço para ser a melhor aumentasse. Ela ganha na beleza, eu precisava continuar sendo melhor no resto. Muito melhor. E fazer, principalmente, com que ela continuasse achando isso.

Com o tempo, eu descobri o quanto a minha irmã realmente me acha isso tudo aí, mas por ela. Não pelo meu esforço bobo e sem sentido. Mas porque ela realmente acha. Vi a mocinha falando de mim pros amigos, sem ela saber, e ela me venera. E nunca, amém, percebeu o quanto eu posso ser má e egoísta. Ela, do fundo da ingenuidade e amor sincero que tem por mim, não deixou que eu fizesse com que ela quisesse se comportar como eu, por exemplo. Me amou na dela, sem pedir muito, porque eu não dava mesmo. E sem sofrer por isso. Viveu a vida dela. Cresceu. Fez amigos. Achou seu caminho. Fez com que o meu pai se apaixonasse por ela do jeito dele. Se virou. Sem a minha ajuda. Sem a minha opinião. Sem o meu apoio. E nunca cobrou. Quem perdeu nisso tudo? Eu. Quem é a mais inteligente? Ela.

Não acho que seja possível eu recuperar tudo o que eu perdi em relação a Taty. Não dá. Passou. Mas acho que há muito ainda para a gente viver juntas. E isso pode ter começado mais intensamente, de alguma forma, hoje.

Meu primeiro namorado que está trabalhando num canal de esportes me ligou dizendo que tomou um susto quando viu a foto de uma menina que fará teste para apresentar um programa de TV. Era a Taty. E ele me ligou correndo para contar.

Bom, eu trabalhei e trabalho com TV, vídeo, há anos e nunca nem cogitei a hipótese de ser apresentadora. Não tenho o perfil, nem cara de pau e nem talento para isso. Mas, sou uma mulher. E para uma mulher, qualquer coisa ligada à estética, imagem, mexe com a gente, certo? Então, imaginem a minha primeira reação ao pensar na possibilidade da minha irmãzinha péssima no colégio e sem saber o que quer da vida, de repente, poder virar apresentadora de TV!? Foi esquisito. Eu tava ali, falando no telefone e podia ajudar. Posso. E, após minutos de desconserto interno, foi isso o que resolvi fazer. Cacete! Eu posso ajudá-la. E, pera lá, eu nunca tinha pensado nisso, mas pode ser perfeito pra ela. A menina é linda, comunicativa ao extremo, esperta, safa, simpática, todo mundo gosta dela, tem carisma pra caralho e cara de pau! Ei!? Onde eu tava com a cabeça que nunca pensei nisso? Pois é. Passei muito tempo com a cabeça no lugar errado.

Olha, pode não ser nada disso. Ela pode não ter talento e isso não dar em nada. Mas, ainda assim, me abriu um horizonte de possibilidades de como ajudar a minha irmã que me ama e que eu amo, só sou um pouco contida. Já falei com ela. Já falei que vou escrever o texto pra ela fazer o teste. Que vou treinar com ela antes. Dirigi-la. Prepará-la no que eu puder. E se ela não passar nesse, de repente, faço um vídeo de apresentação para ela tentar em outros lugares. É isso. Me rendi à beleza (todas elas) da minha irmã. Me apaixonei por ela. Cedi ao amor que ela tem por mim. Estamos namorando. Ela sempre acreditou e foi paciente pra caramba para me conquistar. Conseguiu. Sem fazer nada. Sem mudar. Sem competir. Só foi ela o tempo todo.

E a outra pessoinha ainda é muito pequena, mas promete. E faço votos para que seja e faça muita gente feliz. Tá começando bem.

Meu sincero pedido de desculpas para quem chegou até aqui. Mas saibam que sou uma pessoa mais leve e feliz depois disso. Quem gostar de mim, fique feliz junto.

Sem mais, dri.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Busca do Equilíbrio

Desde que vi, há muito tempo atrás, o filme “O Pequeno Buda”, passei a também achar que a busca do equilíbrio era o segredo para uma vida feliz. O tal do equilíbrio tem que vir para tudo. Para comida, bebida, diversão, sentimentos... Enfim, para todos os campos da nossa vida.

Equilíbrio pode ser sinônimo de tranqüilidade, de uma vida calma, serena, sensata. No papel, na teoria, é isso mesmo. Todos nós precisamos dessa paz proporcionada por uma vida equilibrada. Se não, não conseguiríamos viver. Ele, meu marido, é meu ponto de equilíbrio, meu centro, quem me traz e faz com que eu consiga viver dia-a-dia. É, mesmo, o responsável pela minha sanidade e capacidade de viver no mundo. Sem ele, seria tudo um desequilíbrio só. Eu sou um desequilíbrio só. Esse é o ponto e é por isso que acredito naquela ladainha de que os opostos se atraem. È mais que isso: os opostos necessitam um do outro desesperadamente. Para encontrar o tal do equilíbrio. Não é ilusão. Vivo a prova na prática todos os dias. E recomendo.

Agora, é imprescindível também uma dose de descompensação. Um buraco aqui e ali. Uma corda bamba. Em qualquer área. A qualquer momento. De qualquer jeito. Mas tem que haver. Tem que haver um desequilíbrio interno, secreto (se preciso), saudável. Um desequilíbrio que injete combustível, que dê um gás, que abale as estruturas vez ou outra. E esse desequilíbrio é tão necessário ao dia-a-dia quanto o equilíbrio. Sem ele, também não conseguiríamos viver.

Um tombo, machuca. Mas passar uma vida sem ter quebrado nada, sem nunca ter experimentado a tal sensação do gesso para os amigos rabiscarem, é triste. Não precisa levar tombo toda hora e sair por aí a dar trabalho para os outros. Uma catada de cavaco já ta valendo. Desde que haja a emoção, a adrenalina, o susto, um olho arregalado. Não queira viver sem um olho arregalo, um frio na espinha, uma dor de barriga nervosa.

Faça yoga, meditação, coma peixe, evite frituras, não abuse de remédios, álcool, doces, gorduras. Respire ar puro. Viaje para relaxar. Tenha filhos. Construa uma família. Dê presentes. Doe roupas. Faças as unhas. Faça surpresas. Durma com a consciência tranqüila. Não vá deitar brigado. Entenda, compreenda, acompanhe. Elogie. Se cuide. Vá à praia, à cachoeira. Ame com tranqüilidade.

Faça Box, corra por aí ouvindo techno, coma uma macarronada, não evite nada sexta-feira à noite, abuse do que tiver vontade. Sinta a respiração ofegante. Viaje sem destino. Adie um pouco os filhos, a família. Compre presentes para você e quem não está esperando. Compre roupas! Faça o que der na telha. Continue com as surpresas. Não durma. Vá deitar embriagado. Lute, grite se necessário, defenda seu ponto de vista. Escute elogios. Receba cuidados. Vá à praia de madrugada, à cachoeira no inverno. Apaixone-se com facilidade.

Só não esqueça o filtro solar.

domingo, 18 de maio de 2008

De Queixo Caído

Gente! Esqueci de contar uma coisa aqui que também aconteceu na tal viagem a Tiradentes. (tá rendendo, né...) Mas vale à pena. Pelo menos, para mim. Não posso deixar de registrar. Quando aconteceu, pensei na hora que eu queria escrever. Ameacei pegar folhas de guardanapo e esboçar alguma coisa para não esquecer depois. Mas meu teor alcoólico não deixou que eu enxergasse direito nem as letras que saíam da minha mão.

Bom, foi na primeira noite de viagem. Vínhamos de uma experiência ruim gastronomicamente no almoço. Estávamos famintos e fomos num restaurante indicado por um amigo de um dos casais que estavam com a gente. (Essa coisa de indicação é algo muito perigoso. Tanto para quem indica, quanto para quem recebe a indicação...). Bom, chegamos no local. O lugar era bonitinho, agradável. Tava friozinho. Parecia que não havia erro, sabe?

Mas devíamos ter prestado atenção aos sinais. Eles estão sempre lá. Nós é que não notamos. Ou fingimos que não notamos...

Bom, primeiro sinal: havia uma mesa monstra, com, sei lá, 20 pessoas. Sinal de que teríamos problemas no tempo de atendimento. Tivemos.

Segundo sinal: havia só um garçom que, como previsto, demorou eternidades (juro, 40 minutos!) para trazer a entrada. Ao ponto de um de nós ter tido que levantar e ir buscar o cesto de pão na cozinha!

Terceiro sinal: só havia dois tipos de vinho na casa. Esse nem me incomodou muito. Mas para os rapazes foi algo muito esquisito num restaurante em que os pratos custam uma média de R$ 90,00. Fizeram unidunitê.

Quarto... não era mais sinal, passou a ficar bizarro. E a fome, negra. E já estávamos lá há mais de uma hora. Os meninos já tinham ido buscar o carro no estacionamento porque, se não, ia fechar. O único garçom já havia trazido as taças de vinho. Uma coisa meio mesclada. Cada um tinha uma de um tipo. Podia ser estilo. Mas, acreditem, não era. Os pratos eram de modelos e estampas aleatórias também. E, alguns, lascados. De novo, num lugar em que a comida custava caro. Nosso fondue, pedido há milênios, valia R$ 98,00.

A essa altura, me pergunto, o que diabos ainda estávamos fazendo ali? Era a fome. Tínhamos esperança da comida ser boa. Estávamos cansados. Já era muito tarde. Quase 2h da manhã.

Chegou a comida. O fondue de queijo era uma espécie de água com queijo ralado, nem ficava no pão. Consistência zero! Quando reclamamos, a ‘cozinheira’, dona do estabelecimento veio à mesa dizer que havia feito curso na França. E que, nós, devíamos estar acostumados a comer fondue de muzzarela. Isso tudo quase esfregando a água de queijo ralado na nossa cara. Inacreditável! Não dava para crer no circo todo armado.

Mas agora é que vem o ‘de queixo caído’. Até aí, quase todos nós já tínhamos resmungado, reclamado, dito entre nós que era um absurdo e tal. O outro lá levantou para ir pegar o pão na cozinha... Mas ELE, ele estava quieto, calado, mudo. Não se manifestou nenhum só momento. Na dele. Até aí, eu estava achando normal. Ele é calmo. Sempre mantém o equilíbrio. Nunca se altera. Controla qualquer situação. É o sensato em todos os grupos. Todos os lugares.

Eis que, ele se levanta, engrossa a voz e diz tudo na cara da Dona lá sem noção. Tudo o que queríamos dizer. Acabou com a moça. Com classe, que isso o moço tem. Mas vi reação. Vi um olhar mais quente. Ele levantou! Precisou ser levado para fora pelos outros dois. Me deixou de olho arregalado, completamente desnorteada. Eu, que antes estava quase voando no pescoço da mulher, fiquei pianinho. Falando baixo. De queixo caído...

Meu amor, você foi incrível. Aí, bate um coração!

Nem preciso contar, que o resto da noite no quarto da pousada mineira também foi incrível, né!?

Cantinho do Fluminense

Então, segundo jogo do Brasileiro e as coisas começam a ficar estranhas. De novo, time reserva. E desta vez, tomamos dois. Assim, Renato Gaúcho, a gente fica sem Estadual, sem Libertadores e sem Brasileiro. Estou tensa. Nem vi o jogo. Esqueci, vê se pode...

Data do jogo :: 18.05.2008 :: 16h
Local :: Nem sei, não vi.
Campeonato :: Brasileiro, 2º jogo do Flu.
Placar :: 2 x 0 (Náutico x Fluminense)

sábado, 17 de maio de 2008

Levando Papai ao Médico

Após muitos anos de vida e de muitas idas ao pediatra, eis que o mundo dá voltas e, agora, sou eu quem leva papai ao médico. Que nem criança e com tudo o que isso significa incluído: não querer acordar para ir, dizer que não precisa, que já está bom, com aquele medinho que a gente tem de ir ao médico, sabe? Mas arranquei o marmanjo da cama e levei pelos cabelos. (se bem que cabelos ali... não tem muito mais não.)

No caminho, fomos mudos. Eu até tentava puxar algum assunto, mas o moço não colaborava. Estava de birra, mostrando sua revolta contra mim. Nem liguei. Chegamos. Subimos. Na hora de entrar no consultório, ele me olhou como quem não crê que eu realmente iria levar aquilo tudo até o fim e chegaria ao cúmulo de entrar com ele. Pois cheguei. Queria ouvir tudo com os meus próprios ouvidos. Escaldada, não caio mais nessa de que todos os exames dele estão ótimos e que o médico deu até Parabéns. Não. Esse eu ia ver de perto.

Bom, ele não recebeu parabéns. Ele não está nada bem. E ele está fazendo tudo errado, claro. Tomou bronca. Ouviu recomendações. Ficou assustado. Perguntou um montão de coisas e levou bem mais não do que sim, dentro da categoria do que podia e não podia comer e beber.

Na volta, ele falou mais. Parou na farmácia e tudo para comprar o remédio recomendado. Prometeu que ia se cuidar. Vamos ver. Eu estou com os dois pés atrás, mas vou dar um voto de confiança. Acredito nele.

Nem tentei ser engraçadinha aqui hoje e o que está escrito aqui, muito provavelmente, não interessa a ninguém. Mas interessa muito a mim. Estava, estou, realmente preocupada com papai. E senti mesmo que eu precisava cuidar dele. O cara é rebelde, faz o que quer na maioria das vezes, é totalmente desregrado, sem saco, sem paciência e tal, mas, sempre me ouviu. Aliás, só a mim. Não é à toa que até hoje, há quase quatro anos que não moro na casa dos meus pais, minha irmã e minha mãe vivem me chamando para apagar incêndios e controlar a fera. E é verdade mesmo. Ele só pára, só dá o braço a torcer, só volta, quando eu peço, mando, grito, choro, o que for necessário.

Isso é meio chato, às vezes? É. Dá trabalho? Dá. Mas eu sinto um orgulho danado também. Meu pai, do alto de seus 56 anos (acho que é isso...), me respeita. Muito. E, no fundo, é grato. Ele sabe que é um perigo para ele mesmo. E que eu estou sempre ali, marcando em cima. No último jogo do Fluminense, quando o infeliz do Renato Gaúcho colocou o Roger para marcar o Adriano, que tem o triplo do tamanho dele, deu-se o seguinte diálogo lá em casa:

(Meu pai puto com o desenrolar do jogo)
(Minha mãe): - O que é Pedro Luiz?
(Meu pai): - O Roger tá marcando o Adriano. PQP!
- O que é que tem?
- É que nem colocar você ou a Taty para me marcar, Stella? Não dá. É óbvio que não dá. O Renato tinha que colocar uma Adriana pro Adriano!

Não sei se eu reproduzi direito, na hora saiu mais engraçado e a comparação ficou mais redondinha. Mas foi mais ou menos isso. Pro meu pai, que é um senhor Adriano no campo da vida, só uma Adriana...

sexta-feira, 16 de maio de 2008

‘Marido’, a Palavra.

- Tia, você tem marido!?

Em uma frase de quatro palavras, uma criança de 13 anos conseguiu fazer com que eu me sentisse velha e estranha. Velha porque ela me chamou de tia. Não foi a primeira vez que uma criança me chamou de tia, mas uma criança de 13! anos, foi. Afinal, eu não me sinto muito mais madura que ela... Bom, e o ‘estranha’ é que tenho uma relação difícil com a palavra ‘marido’. Desde que casei. Não consigo me acostumar. Nem eu, nem os outros. Esse é o ponto.

Todo mundo leva susto quando descobre que eu tenho um MARIDO. Uma frase minha tipo: ‘meu marido blá blá blá’. – M-A-R-I-D-O!, a pessoa repete de olho arregalado. Dizem que é porque eu tenho cara de criança (o que deveria impedir a 13 anos aí de me chamar de tia...). Mas a coisa é comigo mesmo. Acho que eu digo de uma forma tão desconfortável, que os outros acabam sentindo meu incômodo e ficando incomodados.

Vejam bem, não tem nada a ver com o fato deu não querer estar casada com ele. É só uma pinimba com a palavra marido.

Analisem comigo: o homem pode muito bem se referir a seu par como ‘minha mulher’. Não é muito mais simpático?! Sim, porque ninguém merece falar ‘minha esposa’. É o fim! Mais brega que ‘minha noiva’ ou ‘meu noivo’. Cruz credo... Mas nós mulheres não temos opção. Até tenho uma amiga que chamava o cara dela de ‘meu homem’, mas é um pouco esquisito e ela nem era casada com ele.

‘Meu marido’ parece instantaneamente que você pertence a alguém. ‘Minha mulher’, não. Pode ter um tom de carinho, tom despretensioso, tom orgulhoso... É muito mais cool. Sem pressão.

Já ‘meu marido’ te envelhece uns cinco anos, no mínimo. Dá para ver a decepção no olhar alheio. – Você tem marido? (e aquele pensamento: mas ela parece tão novinha...) Parece castigo, sabe? O fato deu falar que tenho marido faz com que eu, teoricamente, tenha que me tornar uma pessoa bem mais recatada e retraída na hora.

Vê se algum homem precisa tirar o sorriso do rosto depois que diz que tem uma mulher? Nada. A vida segue normalmente, sem sobressaltos. Agora, um marido... Um ‘marido’ impõe respeito. Um ‘marido’ pede que você se dê o respeito.

E em mim não encaixa. Não fico com essa cara aí de cinco anos mais velha. Continuo eu mesma, só que com marido e aí fica todo mundo sem saber o que fazer comigo. Ninguém sabe onde me colocar. Ela é séria? Afinal, ela tem marido... Mas é tão novinha... pensam todos quase com pena de mim.

Gente! “Sou feliz e tenho Marido!”, relaxem.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

The ‘L’ World

Não sou lésbica. Mas não tenho nada contra. Quer dizer, esse é o ponto. Não tenho nada contra moralmente, (apesar de achar que a vida fica mais difícil e eu sou a favor de vida fácil sempre) mas tenho tudo contra pessoalmente.

Entendo perfeitamente que viado consiga ser muito mais viado do que lésbica, lésbica. Claro que existem viados não muito viados e lésbicas, lésbicas pra caralho. Mas no geral, viados sustentam mais a relação com outro homem do que mulher com outra mulher. Vê se existe viado de ocasião? Mas lésbica de ocasião está cheio por aí. Mulher gosta de experimentar tudo. Tipo mesa de sobremesa. Tem que pegar um pedacinho de cada. Homem nem gosta muito de doce e se gosta, é objetivo.

Homem que vira viado, dificilmente (estou sendo boazinha) volta a ser homem. Mulher não. Vive em sua indecisão usual para todas as questões da vida, inclusive, a sexual. E é aí, que digo que entendo perfeitamente. Deve ser o paraíso uma relação entre dois homens, na mesma proporção em que deve ser um inferno! uma relação entre duas mulheres. Tá aí, se eu fosse homem, talvez eu fosse viado.

Já ajudei amigos que se separaram e que, infelizmente, eu era amiga das duas partes, um homem e uma mulher. A conversa com a moça foi uma, a conversa com o moço, outra. Assim, consegui ter paciência e assunto com os dois. Agora, e na hora de ajudar um casal de meninas que se separam?! Na segunda conversa, só de pensar em passar por toda aquela ladainha de novo... A moça nº 2 fatalmente será prejudicada e brindada com falta de saco no nível máximo.

Dizem que mulheres que andam muito juntas, acabam igualando o ciclo menstrual. Eu acho isso meio esquisito e sem muita lógica. Mas tenho que admitir que é verdade. Vivo isso com Camila. Começamos uma lá e outra aqui e o negócio foi se estreitando até, incrivelmente, ficarmos menstruadas na mesma semana! Bom, seguindo essa biológica, casais de meninas menstruam juntos. Ou seja, TPM juntas. Oh que maravilha...

Bom, mas isso tudo veio à tona porque ontem, o único programa que eu e meu marido conseguimos ver ao mesmo tempo foi “The ‘L’ World”, uma série de troca-troca de casais tipo um “MelRose Place” ou um “Barrados no Baile”, só que lésbico. Já disse aqui que temos gostos muito diferentes para TV (para tudo...). Aí, é uma luta para conseguirmos assistir televisão juntos. E ontem, naquela de aperta o botãozinho, mudando de canal, foi indo, indo, indo até chegar em duas mulheres se pegando loucamente. Ele parou. E eu deixei. Afinal, era um episódio de uma série bem feitinha, tinha uma historinha com conflitos para eu acompanhar e havia as mulheres se pegando para ele.

Mas até na TV, com tudo glamourizado, todo mundo lindo e tal, continuo insistindo: não dá. Sou realmente solidária às pobres mulheres do mundo que se apaixonam por outra de nossa espécie. Meus pêsames.

Cantinho do Fluminense

Rapaz, esse Adriano é bom mesmo, hein!? Não vou muito com a cara dele, mas tenho que admitir que o cara joga, ou está jogando, bem para cacete. Bom, perdemos. Mas dá pra buscar. Que venha o Maracanã!

Data do jogo :: 14.05.2008 :: 21h50
Local :: Morumbi (lotado, mas dava para ouvir a torcida tricolor carioca várias vezes, ganhando no gogó!) :: Vi lá no papai.
Campeonato :: Libertadores :: Jogo de ida das quartas-de-final.
Placar :: 1 x 0 (São Paulo x Flu)

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Dark Side

Let’s talk about my dark side. Pois é, eu tenho lados bem esquisitos. Todo mundo, ok. Mas foco em mim que é o objetivo aqui. São exatamente 3h43 da manhã, de uma singela quarta-feira e aqui estou eu. Sabe por quê? Porque eu tava conversando sobre assuntos diversos na cama e, de repente, me fugiu um nome. O nome de um ator galã de décadas atrás.

- Aquele que fez “Estrada para a Perdição”!
- Eu sei lá se ele fez esse filme, mas é aquele muito famoso.
- Eu sei de quem você está falando. Peter... Peter...
- Não é Peter, não.
- Mas eu sei quem é. Vou lá ver.
- Lá aonde?
- Na Internet.
- Adriana, amanhã você vê isso. Agora, dorme. Já era.

Ele devia me conhecer melhor. Impossível deitar e dormir, sem lembrar do nome que fugiu. E eu ainda tinha o computador aqui, ao meu alcance. Iria muito mais longe se fosse necessário. E iria mesmo. Não é onda.

Eu simplesmente não consigo conviver com um nome, um lugar, um ator, uma atriz, qualquer coisa que me foge a memória. Fico com o troço na cabeça até solucionar o mistério. O que é estranho e contraditório porque esqueço um monte de coisas e nem ligo. Mas um nome no meio de uma conversa, fudeu! Paro qualquer coisa que eu esteja fazendo. Inclusive, sexo. Como foi o caso...

E nessas horas, qualquer segundo a mais parece uma eternidade. O computador demora a ligar. O silêncio na casa colabora para aumentar a minha aflição. Aí, a internet não entra, demora. Tenho que reiniciar. Se eu roesse as unhas, já estavam todas no sabugo.

Entrou. Qual era mesmo o site fodão de cinema? Desde que saí do Telecine (é, meu ex-trabalho, antigo trabalho, etc etc, que já me referi tantas vezes aqui, era no canal Telecine). Bom, desde que saí de lá, eu dei uma abstraída total nessa coisa de cinema. Achei incrível, este ano, eu só descobrir o dia do Oscar no próprio dia, como quem não quer nada, entrando na Globo.com. Isso não acontecia há 7 anos! E caguei para o Oscar. Além de não ter visto nenhum filme, finalmente pude dormir antes daquela merda chata acabar. Eu não precisava saber de nada no dia seguinte.

Bom, mas como falei antes, esqueço tudo e demorei um tempinho até lembrar do IMDB! Aí coloquei lá “Road to Perdition”, fui descendo um pouquinho e uhu! Lá estava ele. Graças a Deus. Fui invadida por um alívio. Pude voltar a respirar em um ritmo normal. Voltei correndo para o quarto gritando o nome do galã matusalém.

Só não me pergunte porquê, no meio da coisa toda, eu precisava lembrar do nome do Paul Newman!

terça-feira, 13 de maio de 2008

Listas

Ok, diante de protestos, vou me explicar: “Marie Claire” não pode ser considerada uma leitura profunda, mas teoricamente tem (ou deveria ter) mais consistência que uma “Caras”, vai... Pronto, explicado.

Agora, mais uma confissão (bem ao estilo “Marie Claire”): Impulsionada por um episódio de “Two and a Half Man”... Antes, preciso dizer o quanto eu adoro essa série. Queria ser o Charlie quando eu crescer. É meu ídolo do mundo televisivo. Me identifico horrores com ele. Mesmo que ele seja homem, rico, galinha e bon vivant. É que nos meus sonhos, eu queria ser exatamente assim: homem, rico, galinha e bon vivant.

Bom, mas minha confissão está relacionada a uma característica do outro personagem, do irmão neurótico e certinho do Charlie. Alan se veste como um legítimo Mauricinho, é um fracassado profissionalmente, é todo retraído, tímido, péssimo com mulheres e cheio de manias estranhas ligadas a arrumações e organização. E é aí, que me achei no episódio que vi hoje. Atenção! Não tenho nada do Alan, a não ser a mania de fazer listas.

Qualquer tipo de lista. Listas que não servem para absolutamente nada, mas continuo fazendo.

Lista de compras para o meu marido trazer e que, fatalmente, ele traz tudo diferente. Lista de coisas que tenho que fazer naquele dia, mas não cumpro nenhuma das minhas próprias tarefas. Listas de presentes de Natal, em que no fim compro coisas mais simples e fáceis de encontrar, devido a minha baixa resistência a pesquisa de lugares e preços. Lista de convidados, em que sempre esqueço uma penca de gente e não lembro o nome de outra penca. Listas manjadaças como aquela das coisas que quero realizar no ano novo e que, no fim do ano, comprovo minha total incapacidade para seguir meus próprios planos. Lista de tarefas para a Rose, minha amada empregada, fazer, mas que ela prefere realizar do jeito e no tempo dela. Lista do que falta resolver profissionalmente e que ficam lá esquecidas em cima da mesa, por serem coisas chatíssimas e burocráticas demais. Faço até listas do que gosto e não gosto nas pessoas para... para nada. Não tenho saco de mudar ninguém e, no fundo, não acho que isso seja bom negócio. Mesmo.

Mas o fato é que fazer as tais listas me acalma. Me faz bem. E eu sei que, no fundo, elas não servem para nada. Que são inúteis e que só estou gastando papel (muito papel. Acreditem, são muitas listas) e sendo totalmente politicamente incorreta ambientalmente. Mas me faz tão bem... Ajuda a lidar com as minhas neuroses. Em vez de tentar passar a lista verbalmente para pessoas e ter que explicar, discutir, implorar, cobrar (pqp! Cobrar. Não há nada que eu odeie mais do que cobrar e ser cobrada.). Enfim, em vez disso, escrevo. E aí, é como se inconscientemente eu estivesse livre. ‘- Fiz a minha parte, se não funcionar, não é minha culpa...’

E assim, passo a vida a colocar tudo no papel. O que não deixa de ser o que estou fazendo aqui. Criei um modo de fazer uma lista diária das minhas neuroses, pensamentos, paixões, tristezas, frustrações, alegrias... Trata-se de uma grande lista da minha vida. Que, muito provavelmente também, não vai adiantar muita coisa e nem mudar nada, nem ninguém, muito menos eu.

Beijo para quem lê. (Em especial, para a Bárbara, a Tai e para a Ana B). E ah! Parabéns para a Isadora, a fofa esperta que tem o quarto todo rosa e queria ser uma minhoca!

segunda-feira, 12 de maio de 2008

“Caras”

Seguindo a minha linha de texto preferida: a superficial, despretensiosa, leve, ou seja, sem absoluta relevância para ninguém, falemos de “Caras”. Sim, a revista “Caras”. Aquela que a maioria só lê em cabeleireiros, dentistas e consultórios em geral. Há quem assine, como a minha mãe. Mas é por causa da coleção de figuras de obras de arte. A hã.

Mas vou fazer aqui uma defesa pública da “Caras”, que, como eu, escreve (nem escreve muito né...) sobre coisas fúteis e que não deveriam interessar a ninguém. Mas interessam. Pelo menos, as coisas que saem na “Caras”, não estou falando de mim agora.

Bom, hoje fui ao cabeleireiro. Fazer alongamento. (mentira!) Fui só dar uma levantada no cabelo. Um secador potente e tal. Olhei para frente e vi aquele mundo de “Caras”. Algumas da encarnação passada, outras mais ou menos e poucas ainda mostrando casais que continuam juntos. Quando ia pegar a que tinha a Carolina Dieckmann na capa contando como fez para perder os 28kg! que ganhou na gravidez de seu segundo filho, uma “Marie Claire” olhou para mim.

Parei. Fiquei na dúvida. Fui questionada internamente.

Anjinho: ora, Adriana, faça algo diferente desta vez. Leia uma coisa com mais sustância.

Diabinho: você não quer ver a Carolina numa foto bem gorda?

Anjinho: Leia reportagens sobre assuntos mais construtivos.

Diabinho: olha ali no cantinho. Vai mostrar também os gêmeos da Fernanda Lima.

Anjinho: aprenda truques de maquiagem. Você nunca soube fazer isso direito e já tem quase trinta, hein...

Diabinho: Stefany e Pato ficam noivos em Paris.

Anjinho: Fique com a boca da Alline Moraes.

Diabinho: Xuxa quer ser a madrinha da carreira da ex-BBB Natália.

Ahhhh! Dúvida cruel.

Decidi mudar. Dar uma chance ao anjinho, coitado. Ele não costuma ganhar dentro da minha cabeça. Fiz paredinha com a mão para não cair na tentação e peguei a “Marie Claire”.

Primeira reportagem em que bato o olho: “Eu leitora: virei amante do meu tio”.

Ah, não... Essas mulheres maduras são extremamente problemáticas. Gente mais complicada...

Voltei pra “Caras”, pra Carol, pra Fernanda e ainda saí linda do cabeleireiro. Faça-me o favor... Leitura profunda é o cacete!

PS: Parabéns Bruno! Uma das pessoas que mais me divertem na vida e, pasmem, faz isso me sacaneando o tempo todo. Com o meu devido consentimento, importante dizer. Beijão.

domingo, 11 de maio de 2008

Charminho

Vulgo, manha. Palavra feia essa, não? Vulgo. Enfim, posso contar um segredo? (outro...) Meu piripaque já passou, né? Contei aqui. Pois é, mas não contei para o resto. O resto são justamente as pessoas que são obrigadas a conviver comigo. Ele, minha mãe, meu pai... até a Rose. Bem, para eles ainda estou enferma. (outra palavra meio esquisitinha...) e isso é proposital. Assim, posso fazer charminho. Adoro.

Mas sou louca, todos já sabem a essa altura. Eles (o resto) já sabiam há muito tempo. Vocês é que estão me descobrindo agora. Então, doida que sou chego a extremos inexplicáveis, tipo: ir ao banheiro, fechar a porta e ficar lá um tempo pra fingir que o piriri permanece. E a mais maluca de todas: eu ia jantar na casa dos meus pais, mas não ia poder comer nada bom porque teoricamente ainda estou na dieta do doente. Aí, me entupi de coisas antes de ir e quando cheguei lá, dei uma de enjoada, que não queria comer nem a sopa.

No fundo, bem lá no fundo (quase não dá para achar), eu me envergonho um pouquinho. Mas não resisto ao fato de ser paparicada assim, de bobeira. Não quero que pare.

E faço isso desde criancinha:

- Olha, vou te levar para tomar injeção, hein!
- Pode levar.

Calma. Nunca deixo a coisa ficar muito séria. Antes deles acharem que eu vou morrer, fico boa milagrosamente. Para vovó, é realmente um milagre! Mas é que também não agüento muito. Dengo tem limite e enjoa. O meu dura uma média de 2 a 6 dias. Mais que isso, eu realmente estou morrendo. Acreditem, please!

Lembrei da história do garotinho e do tubarão. Mais uma daquelas psicologias macabras infantis: “Fulaninho, quando ia nadar, todos os dias gritava que estava vindo um tubarão. O pai pulava na água para salvá-lo e quando via, ele estava rindo. Não havia tubarão nenhum. Até que um dia, o tubarão veio. Fulaninho gritou. Mas o pai não acreditou. E Fulaninho mórreu!”.

Mas sou precavida. Todo mundo ainda acredita em mim.

Ah! Pera aí: “Mãe! Feliz dia das Mães!”. Se não, ela me mata...

Cantinho do Fluminense

E começa o Brasileirão. Para o Fluminense, foi lá em Minas, terra que visitei há pouco. Bom, bom, não foi. Mas podia ter sido pior. Nossos garotos reservas correm, rapaz. Só não sabiam muito bem o que fazer com a bola depois de roubá-la, mas também não deixavam os outros fazerem. Já é uma grande coisa. Não saímos do 0 x 0. Um gol foi anulado logo no início do jogo e de resto, foi equilibrado.

Só uma ‘obs’ - Situação de fim de tarde de Dia das Mães na minha casa (casa dos meus pais): Papai, dindo, Delano, eu e Taty, na sala, vendo o jogo do Botafogo e depois, do Flu. Mamãe, Vovó, Dinda, Stéfane e Ele (!?) vendo “Dança dos Famosos” do Faustão, torcendo para a Christiane Torloni no quarto.

Data do jogo :: 11.05.2008 :: 18h10
Local :: Mineirão :: Vi no sofá de papai, acompanhada de (quase) todos os homens próximos da minha família.
Campeonato :: Brasileiro :: 1º jogo do Flu.
Placar :: 0 x 0 (Flu x Atlético Mineiro)

sábado, 10 de maio de 2008

'Seja Você Mesma'

Bom, meu piripaque misturado com piriri, enfim, passou, mas... Mais uma vez estou com dificuldades de prosseguir nessa arapuca que eu mesma arranjei para mim: escrever todos os dias de 2008. Tô cansada. Me sentindo gasta. Usada. Quase uma quarentona, sabe... O ritmo não é mais o mesmo. Não tenho mais aquele pique, aquela ansiedade, aquela paixão. Tô mais para o ramirrami de todo dia. Céus! Caí na rotina. Eu e meu projeto mirabolante estamos em crise.

Conselho recebido: “Seja você mesma”.

As pessoas vivem dizendo isso por aí para os amigos, em filmes, na TV, em livros. Que coisa mais manjada. E que espécie de conselho é esse? Já não estou sendo eu mesma, assumindo que estou entediada comigo mesma? Quero é conseguir não ser eu coisa nenhuma para ver se sai alguma graça daqui, ora bolas.

E, pensa bem, todo mundo fala isso para todo mundo. Como se todo mundo fosse bom o suficiente para poder ser você mesmo. E, não, pessoal, não é. O que tem de gente por aí que não deveria nem um pouco ser eles mesmos. Ih.... Por vários motivos. Porque são chatos, porque são irritantes, porque são retardados, porque são mal-educados e porque são mau-caráter também. Eu não sou nada disso, viu. Mas queria imensamente não estar sendo eu mesma neste momento.

Sei lá, podia baixar em mim um quê de Woody Allen, de South Park, de Monty Phayton, qualquer um desses caras ou grupos que fazem um humor inteligente e sarcástico que eu adoro, mas nem sempre sei fazer e o pior é que eu tento. Mas sou sempre eu mesma...

Mas sabe o que mais me incomoda na frase ‘seja você mesma’? É que na maioria das vezes, a pessoa só quer se livrar de você. E acham que o outro é idiota de não perceber. É muita subestimação, não é não? E nem há um complemento. Uma continuação da conversa. É uma passada de mão na cabeça, um olhar terno e ela, a frase fatídica, dita assim, na maior cara de pau: ‘Seja você mesma...’

Pois eu sou totalmente a favor de não ser eu mesma. Em diversas ocasiões. Adoro. É divertido. Faz bem. Recomendo. Um alívio. Uma respirada boa. Nada como não ser você mesma de vez em quando para conseguir ser você mesma quando interessa. Mas hoje não está funcionando. Fui...

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Tempo, tempo, tempo.

Minha cachorra está com carrapato. Sonho com carrapatos gigantes e assassinos há três dias. Meu pai nunca esteve tão gordo e inchado e eu, pela primeira vez, estou realmente preocupada com a saúde dele. Meu piripaque não vai embora e continuo com dores desagradáveis.

Bom, aí, resolvi falar do tempo. Entre assuntos chatos e falta de assunto, melhor sempre recorrer ao tempo, certo? Uma coisa meio ‘elevador’. Melhor que aquele silêncio constrangedor é mandar um “E essa chuva, hein?”.

Pois é, “E esse sol com friozinho, hein?”. Gente, adooooro. Assim mesmo, quase gay. Fico saltitante que nem uma bicha louca. É uma coisa assim... Européia ou Teresópolis, para não irmos tão longe. Chique, sabe? Fica todo mundo mais bonito. Sem suar, com umas roupas arrumadinhas e uma luz estratégica batendo.

Não moraria em Teresópolis que nem deseja meu amado pai, mas curto ir para a Serra de vez em quando e é, principalmente, por causa do clima. Da feirinha é que não é...

Mas, sério, esse tempinho gostoso, não deixa a gente mais feliz? Mais disposto? Meio sem motivo. Para mim, o melhor sol é o de ‘inverno’. Não tem coisa melhor que praia nessa época. Uma espécie de praia de fim de tarde só que o dia inteiro. E não aquela temperatura infernal em que você não agüenta dois minutos na areia. Quando o mar está forte, então... Aí, parece que o calor triplica, só pelo suplício de não poder se molhar.

O dia acaba mais rápido, é verdade. Mas é assim só até a gente começar a sentir saudade do verão. Tudo calculado.

Até lá, pode-se tomar chá (não é todo mundo que gosta, mas só o estilo de segurar uma caneca quentinha, com aquele papelzinho pra fora, enquanto o sol entra pela janela e junto com ele uma leve brisa fria, é tudo!). É tempo de ir ao cinema de vestidinho leve, mas com um casaco na bolsa, porque na saída, vai esfriar. Tempo de ficar com o nariz gelado e as bochechas rosadas numa caminhada no calçadão. De comer fondue, tomar vinho e ficar com a boca roxa. Se enrolar no edredon e brincar debaixo das cobertas. Tempo de reorganizar fotos e lembrar do passado. Um tempo mais tranqüilo. Mais aconchegante. Necessário.

Beijo gostoso, tchau.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

E o Flamengo, hein?

Por hoje é só.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Decepção

É pior alguém te decepcionar ou você decepcionar os outros?

Estou com isso na cabeça desde que na minha última viagem, aquela a Tiradentes, surgiu um papo bizarro sobre o que cada um preferia: ter um filho mudo ou um filho viado.

Nada com nada, mas minha cabeça funciona assim. E aí, me veio isso agora. Ah, só para constar, preferia um filho viado. Não ia agüentar um filho mudo... teria um nervoso louco.

Bom, pelo mecanismo da minha personalidade, eu, a princípio, diria que é pior alguém me decepcionar. Mas sabia que não é? Pois é, convivo com um receio constante de decepcionar os outros. Em tudo. Tenho medo de decepcionar meu pai, em primeiro lugar, que me acha, sei lá porque, a mais esperta, mais inteligente, mais bonita, mais... do mundo! Medo de decepcionar meu marido que parece sempre esperar bem mais de mim do que eu posso dar. Medo de decepcionar alguns amigos que eu também tenho certeza que às vezes queriam mais e eu, sem perceber, não dou. Medo de decepcionar todo mundo que lê o que eu escrevo por não ter coisas interessantes para escrever. Saco, né?

Sou insegura. Nunca acredito no meu pai, por exemplo. Não me acho isso tudo aí. E preciso ouvir um milhão de vezes que alguém gosta de mim, se não, não acredito. Às vezes, prefiro assim até. É mais fácil gostar sozinha. Assim, posso gostar e desgostar a hora que eu quiser, sem achar que vou magoar alguém.

Outra pergunta: é mais difícil pedir desculpas ou ouvir desculpas?

De novo, contra a concorrente, acho mais difícil ouvir. Fico extremamente desconfortável diante daquela situação em que há alguém na minha frente se sentindo desconfortável. Não sei lidar. Dou a impressão errada. Um horror. Prefiro aquela relação de coisas subentendidas, sabe? Que, prestem atenção, é diferente de empurrar para debaixo do tapete. Sou a favor de voltar a falar como se nada tivesse acontecido sim, mas há um olhar cúmplice de desculpas, um cuidado maior de quem está mostrando que se arrependeu de algo. É assim com papai.

Já pedir desculpas, para mim, é fácil. Sem dramas. Não fico constrangida. Uma espécie de: ‘Ih, foi mal’. Porque, na maioria das vezes, foi desatenção mesmo.

Magoar ou ser magoado? Por incrível que pareça, ser magoado! Prefiro mil vezes lidar com a minha decepção do que com a decepção alheia.

Acho que nada fez muito sentido aqui hoje, mas foram só pensamentos altos, deu mesma tentando me analisar. Quem quiser, não precisa pagar a sessão. Até a próxima.

terça-feira, 6 de maio de 2008

Injeção

Nunca tive medo de injeção, mas não entendo aquele ditado “De graça, até injeção na testa” (?). Não concordo. Bom, talvez eu não tenha medo porque desde muito pequenininha eu tive que me acostumar à rotina de fazer exame de sangue de seis em seis meses. Não que eu ainda cumpra essa rotina, deveria, mas não é por medo. É por preguiça. (a mesma preguiça que, por exemplo, me deu agora de contar porque eu deveria fazer exame de sangue toda hora. Vão ficar sem saber).

Mas, por que o assunto injeção? Porque hoje eu tomei uma que me deu uma aliviada sensacional. Passei a noite muito mal. Morrendo de dor de barriga e de cabeça. Acordei sem conseguir abrir o olho e fui subir a escada e quase tive um troço de fraqueza. Aí, fui pro hospital, me deram um treco na veia e em cinco segundos, juro por Deus, estava em pé e serelepe!

Mas esse é meu erro. Na vida. Sou afoita (palavra engraçada, né?). Me engano fácil. Achei que estava ótima, zerada de novo e saí por aí a cumprir meus compromissos. Aos poucos fui arriando de novo. Queria voltar lá para tomar outra injeção milagrosa, mas deu preguiça... Fui de Tylenol mesmo. E estou aqui, esperando passar.

Por isso, peço desculpas. Tenho estado num período não muito rico textualmente, mas vai passar. Juro. O período e minha dor de cabeça insuportável. Até lá, sigo com boas notícias sobre o Fluminense!

Cantinho do Fluminense


Data do jogo :: 06.05.2008 :: 18h30
Local :: Maraca :: Não fui. Era muito cedo e eu tô dodói.
Campeonato :: Libertadores :: Estamos classificados para as quartas-de-final!
Placar :: 1 x 0 (Flu x Nacional da Colômbia. é esse o nome do time! O mesmo do último jogo.)
Roger marcou! Não falo mais do Washington...

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Mulher Néon

Eu e ele, voltando domingo à noite da Barra. Trânsito. A gente tinha voltado de viagem antes de ir a Barra, à casa dos pais dele. Estávamos cansados. Ele dirigia agora. Ou seja, foi me dando um tédio, um sono... Aí, puxei um assunto para não dormir.

- Como seria a nossa vida se a gente não tivesse se conhecido?
- A minha, bem melhor. A sua, bem pior.
- Desenvolva.
- Melhor não.
- Vai. Pode ir.
- Não precisa. Está implícito.
- Mas quero ouvir historinhas.
- A gente vai brigar.
- Não vai não. Juro. E é melhor brigar que ficar entediada. Vai.
- Tá. Você ia continuar dando adoidado por aí, ia ter passado uma temp...
- Pera lá! Você é meu marido! Não pode falar que eu ia estar ‘dando’. Que feio, amor.
- Mas é verdade, ué. Posso continuar?
- Hã?
- Ia ter passado uma temporada em Nova York. Ia voltar de lá mais doida ainda. Se bobear, nem ia voltar. No mínimo, ia para outra cidade cheia de gente louca que nem você. Não ia ter casado com ninguém ainda. Provavelmente, não ia casar. Ia ver e falar com a sua família de dois em dois anos. E por telefone.

- Isso seria bem pior? Bom, quer ouvir a sua?
- Não.

- Você ia ter namorado uma loirinha de olho azul durante anos. Muito educada. Teria orgulho de apresentá-la a toda a sua família. Ela ia ter feito psicologia na faculdade. Seu dom era compreender as pessoas. Sempre conquistou a todos desde nova com seu jeito doce e meigo de ser. Prestativa. Serena. Só se vestiria em tons pastéis. O casamento de vocês seria planejado com dois anos de antecedência e o vestido dela teria mangas bufantes de princesa. Ela fala baixo. Quase ninguém escuta. Seus movimentos são lentos e delicados e ela estaria todos os dias te esperando em casa de banho tomado, cheirando a lavanda e com a mesa posta para a comida que ela havia cozinhado pra você. Vocês teriam o primeiro filho já no início do casamento. E depois desse, viriam mais dois. Todos homens. Um tédio.

- ....
- E aí?
- E aí, o quê?
- O que achou?
- Sedutora a idéia. Uma vida tranqüila. Uma mulher normal e quieta.
- Era isso mesmo que você queria? Jura?
- Talvez.
- Ah não. Diz que não, vai. Por favor. Eu te admiro tanto...
- Não, Adriana. Claro que não. Se não, eu não teria casado com você. Mas um meio termo entre você e a loirinha aí, eu até que queria.
- Mentira! Você adora a sua vida comigo. Diz de novo, vai. Diz que eu não sou dessas apagadinhas.
- Você? Você tem até Néon piscando na fachada.

Adorei!

domingo, 4 de maio de 2008

...

E cachaça. Muita cachaça!

sábado, 3 de maio de 2008

Tiradentes tem...

Móveis, muitos móveis.



Artesanato, muito artesanato.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Texto de Internet

Vou encher esse buraco com um texto que acabei de receber. Um desses que circulam por aí pela Internet. Adorei este. Me foi mandado pela minha amiga Paula. (não, não é a Paula que me dominou parte da adolescência. É uma Paula relativamente nova e muito bem-vinda). Beijo Paulete!

*Diário de um casal *
**
*O Diário DELA: *
*No sábado à noite ele estava estranho.. Combinamos de *
*nos encontrar no bar para tomar um drink. Passei a *
*tarde toda nas compras com as minhas amigas e pensei *
*que pudesse ser por minha culpa, porque me atrasei um *
*pouquinho. *
*Mas ele não fez grandes comentários. A conversa não *
*estava muito animada, de maneira que pensei em irmos a *
*um lugar mais íntimo para podermos conversar melhor, *
*em particular. Sugeri** um restaurante e ele continuou *
*agindo de modo estranho. Tentei animá-lo e comecei a *
*pensar se seria por minha causa ou outra coisa *
*qualquer. *
*Perguntei, e ele disse que não era eu. Mas não fiquei *
*muito convencida. *
*No caminho para casa, no carro, disse-lhe que o amava *
*muito e ele limitou-se a por o braço por cima dos *
*meus ombros. Não sei que raios quis dizer com isso, *
*porque não disse que me amava também, nem nada. Eu *
*estava ficando mesmo preocupada. Finalmente chegamos *
*em casa e eu já estava pensando se ele iria me *
*deixar! Por isso tentei fazê-lo falar, mas ele ligou *
*a televisão, e sentou-se com um olhar distante que *
*parecia estar me dizendo que tudo, entre nós, *
*estivesse acabado. Por fim, embora relutante, disse *
*que ia me deitar... *
*Mais ou menos 10 minutos depois ele foi se deitar *
*também e, para minha surpresa, correspondeu aos meus *
*avanços e fizemos amor. Mas ainda parecia muito *
*distraído.Quis confrontá-lo e falar sobre isso, mas *
*comecei a *
*chorar e chorei até adormecer. Já não sei o que fazer. *
*Tenho quase a certeza que ele tem alguém e que a *
*minha vida é um autêntico desastre... *

*Diário DELE: *
*Sábado, meu time perdeu. Ainda bem que dei umazinha. *

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Beira de Estrada

Hoje não é 1º de maio. Mas já falei que quero deixar coisas registradas todos os dias. Estava viajando, então não deu pra escrever no dia certo. Mas vou falar nesse espaço aqui do jogo do Fluminense de quarta à noite, 30 de abril. Pois é. Hoje não é 1º de maio e eu vou falar sobre algo que aconteceu em 30 de abril. Abaixo às regras!

Bom, vi o jogo. Não resisti. Queria dar uma de durona e fingir que ainda estava magoada com o Fluminense, mas não sou boa nessa coisa de fingir estar chateada. Até porque, nesse caso específico, a parte magoante não iria nunca ficar tentando descobrir o que houve pra eu estar quieta e pedir desculpas.

Enfim, estava no fim do caminho para Tiradentes e paramos para comer. Num lugar devidamente selecionado, após três paradas, em que estava passando o jogo.

E o Fluminense ganhou! Fiquei feliz e rapidamente esqueci as tristezas passadas. Não foi, de novo, um grande espetáculo, mas deu para terminar sorrindo. O resto do percurso foi bem mais tranqüilo.



Cantinho do Fluminense


Data do jogo :: 30.04.2008 :: 22h
Local :: Colômbia (não sei o nome do estádio) :: (esqueci o nome do restaurante pé sujo onde eu vi)
Campeonato :: Libertadores
Placar :: 2 x 1 (Flu x tb esqueci o nome do time) :: Washington continua sem marcar. Preocupante. Dodô voltou. Em 5 segundos de campo, deu um chutão perigosíssimo na área do adversário!