sexta-feira, 23 de maio de 2008

Encantamento

Nense!!!

Oh, vou continuar falando sobre o Fluminense, mas desta vez há um outro tema envolvido. Juro.

Seguinte, há pouco tempo, acho que tem uma semana ou duas, comecei a me sentir um pouco incomodada com o fato de não estar apaixonada. E esse ‘apaixonada’ é muito mais abrangente do que uma simples referência à paixão por outro ser humano. Não. Não é só isso. É muito mais. Eu (atenção, estou falando de mim. Não precisa ser assim com todo mundo) preciso, mais do que preciso, eu dependo da paixão.

E essa paixão pode ser sim, claro, por uma pessoa (e uma pessoa inclui vários tipos de relações que pode ser homem e mulher, pai e filha, amigo e amiga...); ou por uma idéia; uma projeção, como uma viagem, por exemplo; pode ser também uma novidade como, sei lá, uma prática nova de exercício; e até um objeto, um celular novo, que seja. O fato é que preciso estar sempre ‘encantada’. É essa a palavra.

E me peguei desencantada. Mixuruca. Meio sem vida, apagada. Não percebi acontecendo. Tava atarefada com trabalho, sem tempo para fazer as minhas coisas com calma, meio no piloto automático, sabe? E quando fui viver, cadê? Não estava apaixonada por nada. Não havia nada que estivesse me impulsionando para frente, me dando força e vontade de viver uma vida longe de algo sem graça.

Me desesperei na hora. Fui tentar ver o que estava acontecendo. Fiz várias retrospectivas de meus dias. Tentei achar um buraco, uma pista de como tudo se esvaiu sem deixar pistas. Não encontrei muitas. Essas coisas dificilmente são explicáveis. Exatamente porque a graça delas é ser natural, sem nada premeditado. Tem que acontecer.

Bom, passei minha vida em revista, tentando achar algo para me encantar. Não precisa ser algo novo. Pode ser algo velho. É super natural nos apaixonarmos ‘de novo’ por algo ou alguém. Acontece comigo o tempo todo. E eu estava aflitíssima para que acontecesse outra vez.

Foquei no meu computador novo. Lindo! Super potente e tal. Mas que só me segurou por 1 ou 2 dias. Aí, tentei voltar ao plano de trocar meu celular por um roxo que vi no jornal. Mas lembrei o quanto é insuportável ficar lá naquelas lojas da Vivo. Desisti imediatamente. Fui visitar meu afilhado fofo. Que é uma graça e me distrai, mas já não é mais novidade e é muito novo para ter uma história aí que faça eu me apaixonar de novo pelo algo velho. Meu marido. Bom, eu e ele estamos numa fase muito boa, ótima. E isso não é algo muito comum. Olha, não estou reclamando, mas o fato é que quando estamos na montanha-russa, a coisa costuma ser mais animada. Mas, antes de arranjar sarna para me coçar, vou dar uma chance a nossa paz. Bom, não encontrei nada atraente para me prender.

E nem conseguiria, certo? Acabei de falar aí acima que isso não funciona assim. Aquela história de que quando se está desesperado para encontrar alguém, não encontra de jeito nenhum e quando relaxa, vem um monte, é verdade. Com a paixão é a mesma coisa. Não pode ficar procurando.

E aí, dei uma abstraída. Sem perceber também, óbvio. Tenho o, nesse caso, dom de me desligar de qualquer coisa bem rápido. E foi aí que aconteceu. Me encantei de novo. Estou empolgada, vibrante, disposta, bem-humorada, (magra...), me sentindo linda, viva!

Estou loucamente apaixonada pelo Fluminense.

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