quinta-feira, 21 de maio de 2009

É Menino ou Menina?

- O que você prefere?

- Tanto faz.

- Tanto faz é gay. Você quer um filho gay?

- Gay homem? Não.

- Ué. Por quê? Gay mulher, tudo bem?

- Mulher não é gay.

- Como assim?

- Mulher faz estilo. Gosta de ser diferente e tal. E pode mudar de idéia. É só aparecer um cara que pegue ela de jeito. Pode ver. Existe ex-gay mulher. Ex-gay homem é muito ruim, hein...

- Tô puta. Você está dizendo que a minha filha não tem capacidade de ser gay legítima.

- Pra ser gay tem que dar o cu. É preciso ser muito macho para dar o cu.

- Mulher dá o cu sem ser gay!

- Otária.

- Você vive reclamando que eu não dou o cu e agora está dizendo que quem dá é otária.

- Tô dizendo que dar o cu deve doer pra caralho pra quem dá. Eu não daria. Mas tenho um certo respeito por quem dá. Eu teria respeito por você.

- E pelo seu filho gay também, então.

- Aí não.

- E se ela for menina, não gay e gostar de dar o cu, diferente da mãe?

- Também não.

- Você teria respeito por mim, mas não por ela? Estou achando suas idéias um pouco confusas. Vou reformular a pergunta: Você prefere um menino que come cu de menina, um menino que come cu de menino, uma menina que dê o cu pra menino ou uma menina que não dê o cu pra ninguém?

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Twitter, carros e harpas

Nada da idéia mirabolante aparecer... aquela que vai me fazer voltar a escrever com frequência.

Mas tenho me sentido meio oprimida com essas novidades virtuais que não param de pipocar. Relutei, relutei, mas enfim fui investigar melhor de que se tratava esse tal de Twitter. Tava pensando outro dia em como é fácil saber como se sentem nossos avós que não sabem navegar na internet e não sacam nada de informática. Sempre que surge alguma novidade dessas, eu passo um tempo considerável me sentindo assim. É uma espécie de preguiça imensa que retarda bastante o inevitável: o dia em que você vai sentar e pesquisar ou prestar atenção na explicação de alguém sobre a mais nova modernidade da atualidade. Bom, minha vó provavelmente vai morrer sem ficar desenvolta ciberneticamente, mas meu dia para entender o Twitter chegou. Foi sábado. Numa mesa de bar, olha só! Ouvi atentamente de um amigo que resumiu muito bem a nova ferramenta como um miniblog um pouco mais interativo. Hoje entrei lá, me cadastrei e tal e estou me familiarizando. Depois conto minhas descobertas e impressões.

Mas quero deixar aqui uma reflexão meio bobinha que me ocorreu ontem quando eu estava voltando de carro para casa. Parei ali num sinal na Arnaldo Quintela, em Botafogo, e olhando pra esquerda dei de cara com uma concessionária de carros coreanos, acho. Aí, fiquei lendo aquelas chamadinhas da vitrine anunciando os carros. Li a primeira, li a segunda, li a terceira... cheguei até a sexta sem nunca ter ouvido falar no nome de nenhum dos carros! Aí, me veio à cabeça o seguinte: não se brinca mais de adedanha como antigamente. Se a pessoa for antenada no quesito, não fica sem carro de jeito nenhum! Seja qual for a letra. É incrível a quantidade de novos modelos que circulam por aí.

Uma confissão para terminar. Não é nada demais. Aliás, nem devia ter chamado de confissão. Bom, tava no metrô da Carioca outro dia e, ao olhar pro lado, vi que havia um grupo tocando harpa. Não sei exatamente porquê, mas sempre achei harpa um instrumento interessante. Mais que isso. Tem uma aura meio mágica, me remete mesmo a contos de fada, fantasia. E acho bonito. Nem sei se muito o som, até porque minha paciência de costume só me deixou ficar lá sentada ouvindo uns dez minutos no máximo, mas o objeto em si. A harpa. Gosto do deseign, da forma, das cordas. Poderia suportar ficar um tempo maior - eu acho - olhando uma harpa em silêncio, por mais contraditório que seja. Bom, tá aí. Essa é a confissão: gosto de harpas mudas.

Fora isso, dica do momento: não percam "So You Think You Can Dance". No People & Arts, às 21h, todas as segundas. Os jurados são mals. Não perdoam. E os participantes não têm nenhum orgulho ou amor próprio. É de morre de rir. Humor negro in natura, o meu preferido.

bye.