domingo, 30 de novembro de 2008

Prazer Futebolístico

Cheguei bem tarde ontem (já disse aí abaixo que hoje é segunda). Aí, fiquei com preguiça de escrever aqui. Mas fui dormir tão feliz... Tudo porque meu Fluzão adiou o hexacampeonato do São Paulo. Lu Piovani é Sãopaulina (escreve junto?). Nem sei porque falei isso. Não tenho tanta coisa contra a moça assim, mas estou indo com a maré. Ainda que isso seja muito feio. Às vezes, sou feia.

Não vi o jogo. Mas estava seca pelo resultado. Quem me contou foi, claro, papai, que também dormiu bem feliz. Chega de enrolar.

NENSE!!!!!

sábado, 29 de novembro de 2008

Eu e minha Fixação pelo Orkut

Estou roubando de novo. Sábado eu não poderia ter escrito aqui porque estava longe de computadores. Mas eu tinha começado esse texto aí na sexta e acabei hoje (segunda). Achei que não era tão roubar assim. Segue:

Devo nutrir mesmo uma espécie de paixão pelo site de relacionamento. Vivo falando meio mal dele, mas não deixo nunca de falar dele. Isso deve significar alguma coisa. Até porque, continuo lá com o meu rostinho bonito estampado para todo mundo ver.

E é disso mais ou menos que vou falar hoje: sair do orkut. O que há de significado por trás dessa ação radical que volta e meia um orkutiano toma?

Alguns voltam atrás e, após um período de reclusão, aparecem de novo para dar a cara à tapa. Outros desistem para sempre. Ainda que o sempre conte só até agora. E eles possam voltar um dia...

Enfim, mas esses fortes que aparentemente nunca mais irão voltar é que são o meu objeto de curta análise. Dizem que é sinal de maturidade. Mais ou menos uma cabeça que nem a minha, que acha tudo isso meio ridículo, mas que efetivamente toma uma atitude e se apaga de lá. Não fica só na ameaça como eu. Confiaria mais nessas pessoas do que em mim em qualquer outra situação da vida.

Mas, vamos ser francos, a maioria sai é por cagaço mesmo. Ou cagaço da namorada nova descobrir algo da velha; ou por cagaço de a peguete saber tudo sobre a outra peguete; por cagaço de ir parar num site pornô; cagaço do ex da sua atual descobrir coisas importantes da sua vida ali; cagaço de pais que não querem os filhos se expondo e etc, etc, etc. Ou seja, somos um bando de cagões. Não que o motivo para o cagaço não seja legítimo.

Eu, ainda bem, ainda não tive um cagaço grande a ponto de me fazer sair de lá. Mas, acreditem, não hesitaria em me pirulitar rapidinho se esse motivo existisse. Muito mais fácil eu correr por cagaço do que por filosofia madura. Não sou madura. A cada dia que passa tenho mais provas disso. Sou uma criançona, mimada e cagona. A última pessoa que fez eu me enxergar assim foi alguém próximo que tem a maior cara de cagona e me enganou direitinho. De cagona, não tem nada... Ela não tem nada a ver com o lance do orkut. O tema na verdade aqui é ‘cagaço’. Eu deveria mudar o título, mas acho que esse aí dá mais ibope. Vou deixar como está.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Uma Rapidinha

Vai ser vapt vupt mesmo porque eu estou de partida para Búzios. (é, mesmo com essa chuva...)

Só eu acho ou o meu querido Thiago Silva é a cara do Cristiano Ronaldo, um pouquinho mais gordinho e bem mais homem!?

Sempre penso nisso quando vejo um ou outro e naquele jogo Brasil x Portugal, em que eles estavam juntos em campo, fiquei realmente impressionada! Era uma das coisas que eu ia escrever ao falar sobre o jogo, mas ficou esquecida. Aí, lembrei agora ao entrar na comunidade do Fluminense no orkut e ver lá a foto do Thiago estampada na capa.

Inté.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Esbarrão da Meia-Noite

Então, corro todo dia. Preciso. Me faz um bem enorme. Não só por ajudar bastante a manter as gordurinhas controladas, mas, principalmente, por me fazer pensar em certas coisas e tomar algumas decisões importantes. Casar, por exemplo, foi algo que eu decidi correndo. Nos dois sentidos. Literalmente e um pouco rápido.

Mas, enfim, estava eu agora há pouco me achando meio louca de ir correr quase à meia-noite quando esbarro com quem pelo caminho? Mau pai. Juro. Se vocês ficaram assustados, imagina eu...

- Pai!

- Ôooooiiii.

- O que você está fazendo aqui?

- Ué, o mesmo que você. Eu já perdi dez quilos. Só você que não percebe.

- Ô pai... estou feliz. Que bom que você está se esforçando de verdade.

- Esforçando?! Ô Adriana eu nado todos os dias de manhã e venho andar depois do trabalho. Não é possível que você algum dia não note a diferença. Todo mundo já viu, menos você!

Estou há um tempo tentando fazer meu pai emagrecer. O médico disse na minha cara que a situação dele estava preocupante. Aí, meti o terror. E, mesmo vendo que estava dando resultado, continuei esculachando o coitado para incentivá-lo a perder cada vez mais. Funcionou.

- Como está a coluna e o joelho?

- Tão bem. Só não posso correr e jogar bola.

- Nem um pouquinho?

- Não. Tenho medo. Foi a primeira vez que a Tatiana me viu chorar. De dor. Morro de medo de sentir aquela dor de novo. Aí, eu sonho. Sonho toda noite que estou na minha pelada. Ontem eu fiz um golaço.

- Ô pai... Você devia tentar.

- Não dá mais, minha filha. Essa casca que envolve temporariamente o meu espírito me enche os culhões! Meu espírito tem 20 anos! Sou seu pai, eu sei. Mas não dá para esquecer aquele cara de 20 anos. Você precisa ver a gente em Friburgo quando junta a turma toda. Pô, brincamos até de guerra de travesseiro! Sai cada besteira... É uma farra. Não consigo me desligar desse cara. Outro dia levei um estabaco no centro. Na frente de um monte de estudante. Aí, vieram perguntar: o Sr. quer ajuda? Ajuda é o caralho! Levantei rapidinho e fiquei tonto... Esqueço que eu tenho 58. Idade é uma merda.

(nesse momento ele dá uma topada)

- Pai!

- Ah, é normal. Vou dar outras aí na frente. Mas fica tranqüila que eu não caio não. Sabe, a minha geração foi a melhor de todas. Veio dos hippies. Foi totalmente diferente da do meu pai e da minha mãe. E da de vocês agora. Não pode fumar, não pode beber, não pode dirigir. Não pode nada. A gente podia tudo. E essa é a merda, minha filha, eu vivo achando que eu ainda posso...

E nos despedimos no ponto em que a casa dele era para a direita e a minha para a esquerda. Engraçado como eu adoro encontrar meu pai e conversar com ele como se ele não fosse meu pai. Ele é ele. E eu acho incrível como ele consegue se mostrar exatamente como ele é pra mim, a própria filha. A gente usa tantas máscaras na vida, não é? Ele não. Pelo menos, comigo não. Ele esquece tranqüilamente que é meu pai e me põe na roda. Isso por muito tempo fez com que eu quase o odiasse, mas hoje eu me sinto privilegiada. De verdade. Queria ter o conhecido quando ele tinha 20 anos...

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Poliana ou Pollyanna Pós-Moderna

Escrevi isso num comentário de brincadeira, mas gostei da ‘análise’ rápida de lá e decidi desenvolver mais e melhor aqui.

Bom, todo mundo sabe, mas se existir alguém ser aí totalmente tapado, Poliana ou Pollyanna, no original, é uma personagem criada há séculos por uma escritora americana chamada Eleanor Porter que adorava brincar do ‘jogo do contente’. Ou seja, a garota sempre arrumava uma forma de ver o lado bom das coisas.

No meu comentário eu falei simplesmente que é melhor fazer os outros rirem com as minhas ‘infelicidades’ ou trapalhadas do que chorar ou ficar de mau-humor por causa delas. Assim... não que eu consiga de fato nunca ficar de mau-humor. Quem me conhece, sabe que eu tenho uma tendência a pesar o olhar e emburrar a cara. Mas a questão é que escrever sobre as minhas agruras me ajudam muito a dar menos atenção a elas. Desde que passei a escrever mais, arrisco dizer que sou uma pessoa mais de bem com a vida. Bem mais. A coisa é quase automática. Dá uma merda, eu fecho a cara, mas aí penso na historinha bacana e engraçada que aquilo ali pode dar e venho correndo de peito aberto escrever. Encontrei meu jogo do contente, entenderam!?

Juro que eu acho mesmo insuportável viver num ambiente de clima pesado. Já falei e repeti aqui que brigar com alguém para mim é uma tortura por si só, independente do motivo da briga. Sofro ao estar brigando por saber que aquilo vai me custar todo um processo de mal estar chatíssimo depois.

E pra terminar, já que sobrou espaço, coloco aqui o significado para o nome que encontrei na internet. Eu poderia mesmo me chamar Poliana!

Em busca da paz a qualquer custo, mesmo que para isso tenha que brigar. Não é capaz sequer de se imaginar vivendo ao lado de pessoas que se relacionam na base de tapas e berros, mesmo que sejam elas sua mãe, seu pai ou o grande amor da sua vida. Além de paz, seu coração vive em busca de muito amor. É o tipo de pessoa que está sempre namorando, dificilmente está só. E que ninguém tente a prender ou proibir de alguma coisa. Em situações como esta é adeus na hora, sem pensar.

Passa a impressão de ser uma pessoa muito inteligente e intuitiva. Desde muito cedo é notória sua vocação por atividades intelectuais. Não se atrai por atividades desgastantes e de muito esforço físico. Na maturidade demonstra ter a vida sob controle. Alguém que valoriza a espiritualidade. Sempre envolvida com seus pensamentos pode passar a impressão de solitária. Séria, não aceita intimidades ou brincadeiras inoportunas. Bastante reservada, torna-se difícil ter sua confiança e guarda seus segredos sempre para si. Fala pouco e evita comentários óbvios. Nunca age com a intenção de impressionar, por isso só participa de conversas quando está embasada de sua observação e cuidadosa análise. Preocupa-se com o conteúdo e nunca com a forma. Esta postura tende a isolá-la do mundo, pois dificilmente confia na ajuda de alguém. A maneira de ser bem compreendido e aproveitar os aspectos positivos da personalidade é controlar o egoísmo e buscar abrir-se mais ao mundo.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Meu Tipo

Estava conversando com uma amiga sobre aquele programa que tinha no GNT (acho que não tem mais...) em que o filho da Marília Gabriela entrevistava beldades. “Contemporâneo” era o nome. Não perguntem porque chegamos a isso. Não me lembro mesmo. Mas, enfim, paramos numa pergunta que ele sempre fazia às moças. Era mais ou menos assim: “O que um homem precisa ter, ser ou fazer para chamar a sua atenção?”.

Aí, começamos a filosofar a respeito. Não vou colocar os devaneios dela. Só os meus. Não temos muito espaço e os meus são mais interessantes anyway...

A primeira coisa que me veio à cabeça foi: ‘ele precisa ser engraçado’. Mas aí, pensei um pouquinho e me dei conta de que o meu marido não é muito engraçado – aliás, as piadas dele são péssimas – e o cara por quem eu fui muito apaixonada por anos também não se destaca de cara pela ‘graceza’, ainda que essa palavra não exista.

Ou seja, o meu ‘quê’ não é a graça. Até porque quero morrer quando esbarro naquelas pessoas que riem alto ou de si mesmas e quando emplacam uma piada acham que a onda é nunca mais parar. Sem falar naquele tipo de humor mongol. Mongol para o ruim. Porque tem mongol fofo. Mas estou falando aqui daquele mongol estilo “Debi e Lóide”. Não curto.

Tá. Então o que é que um homem precisa ter para me chamar atenção? Acho que mais do que a graça é a inteligência. É isso. Adoro um homem inteligente. Mas, veja bem, não se trata de um CDF de oclinhos, que sabe a lista de todos os presidentes do Brasil e que numa roda é capaz de dizer que: ‘não, o Obama não é o primeiro presidente negro dos Estados Unidos. Em mil seiscentos e sei lá o quê, houve um homem que...’ e blá blá blá. Deus que me livre.

É uma inteligência de sacada, saca? Uma inteligência sedutora. Mas sem ser forçada. Ninguém merece aqueles galãs de meia-tigela. Aliás, todas nós merecemos. Mas numa fase muito específica da vida. É naquele momento lá e acabou. Um canastrão não se sustenta. Só serve para comer, para entrar no linguajar masculino.

Estou falando é daqueles que fazem comentários certeiros. Que fazem rir sem estardalhaço. E que não precisam contar a piada para todo mundo. Só para você. Um homem seguro o bastante para fazer a vida a dois não se tornar um martírio a dois. Um cara com um humor de Woddy Allen, mas que não se pareça nada com ele, se é que me entendem...

Pronto, pergunta respondida. Meu tipo é engraçado sem exagero; inteligente e sedutor na medida certa; bem-humorado, mas não precisa ser sempre; e seguro pra caralho. Simples, não?

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Chuveiro, chuveiro...

Não faça assim comigo! Chuveiro, chuveiro, você é meu amigo...

Pois é, o meu chuveiro é um excelente candidato a ouvir essa música. Ele funciona bem só quando ele quer. Desde que nos mudamos, vivemos uma vida de surpresas quando o assunto é a hora de tomar banho. Nunca se sabe o que virá. No primeiro dia que viemos dormir no apartamento, ele simplesmente não esquentou. Achamos que era a pressão da água. Não havia força suficiente para armar o aquecedor. Que se foda o que foi, o que eu sei é que acabamos, tarde da noite e exaustos da mudança, de toalhinha em punho para tomar banho na minha mãe, que mora perto. Com direito a piadinhas:

- Mas já? Eu sabia que assim que você voltasse a morar perto de mim, ia começar de novo a usufruir das coisas por aqui.

Ela ficou sem resposta. Estávamos cansados demais para discutir. No dia seguinte, falamos com a proprietária e, até ela mandar alguém para verificar a força da água, ficamos tomando banho frio. Aquele dos pulinhos, sabe? Bem escroto.

Descobriu-se, após uma semana, que o problema era mesmo o aquecedor. Chamou-se o homem do aquecedor. Claro, ele só poderia vir daqui a dois dias. Mais banhos frios. Depois que ele veio e consertou, achamos que tudo estava resolvido. Nada.

Primeiro descobrimos que, mesmo com o aquecedor consertado, não é possível usar os chuveiros dos dois banheiros ao mesmo tempo. Aquela coisa bem casa de praia, manja? Se fulano liga lá em baixo, quem estava tomando banho em cima dá um berro porque a água ficou gelada. Aqui em casa é assim. E isso é um baita problema quando estamos atrasados para sair e não planejamos a escala do banho. Alguém se fode. Ou todos, se o programa for conjunto.

Mas não acaba aí. Mesmo tomando banho um de cada vez, há dias em que ele simplesmente não esquenta o suficiente. Ou então, é preciso deixar apenas um filete de água para ela sair quente. Um inferno. Ou não. Até no inferno, é quente...

E ninguém consegue resolver está merda. Não é a pressão da água. Há dias em que dói as costas e outros em que caem só pingos. O aquecedor hora acende com um barulhão empolgado, hora só duas chaminhas...

Ou seja, o mais comum aqui é rezar. Reza-se antes de ir tomar banho e pede-se para que o chuveiro esteja de bom-humor. Não sei se é porque eu não tenho muita fé. Mas todos se dão melhor do que eu. Meu chuveiro definitivamente não é meu amigo.

domingo, 23 de novembro de 2008

Help!

I need somebody, help! Preciso de alguém para me ajudar nas atualizações muito mais rápidas que eu no mundo virtual e, especificamente, no mundo dos blogs.

Bom, alguns sabem que só comecei aqui porque minha querida amiga Liliam fez o dever de casa. Foi ela quem fuçou, escolheu, modelou e organizou meu blog. Depois, só me passou um login e senha - que, acreditem, nem me dei ao trabalho de mudar.

Aí, estava eu agora perambulando por blogs alheios por aí e fiquei pasma! Há tão mais a ser feito! Existem ferramentas incríveis como colocar um treco lá para as pessoas que acompanham aparecerem; um negócio chamado 'feed' que faz com que, quem queira, receba sempre meus novos posts; uma escala para votação sobre o post da vez; enquetes e etc etc etc. Fiquei morrendo de inveja e querendo esses recursos todos para mim também.

Dei uma olhada rápida no administrador do meu blog e, óbvio, minha paciência não me ajudou a encontrar atalhos e macetes. Ou seja, continuo na idade da pedra em se tratando de ferramentas para blogs.

Aí, se alguém quiser dar uma dica, sinta-se totalmente à vontade.

Fora isso, domingão terminou super bem: Flamengo tomou de 3 x 2. Melhor ainda se não deram um pênalti claro para eles. Para verem como é bom. E o Fluzão bateu o Inter. Ainda teve o Vasco que perdeu. Mas isso eu nem fico tão feliz. Não desgosto do cruzmaltino. Enfim, como bem resumiu meu amigo Renato: que dia perfeito, não?

sábado, 22 de novembro de 2008

3 Vezes Amor

Esse é o título de um desses filmes que chamam ‘de mulherzinha’. Aqueles que os namorados odeiam ver e só o fazem obrigados. Ainda assim, quase sempre dormem. Mas eu adoro esse gênero de filme. Assumo que há muita porcaria nesse meio, mas há coisas ótimas também. Desde aquela sensação boa que fica na gente de que é possível sim viver uma linda história de amor até alguns pensamentos mais profundos e filosóficos sobre certos aspectos do ‘felizes para sempre’, ‘almas gêmeas’ e similares.

Resumindo a história do filme, é sobre a vida de um cara e seus amores da adolescência até a vida adulta. Não, não é bem isso. Bem, o foco é esse tal cara e suas namoradas pelo caminho. Na verdade, três. São três as mulheres realmente importantes que passaram pela vida dele. Ah, e tem a filhinha que é pra quem ele conta a história de sua vida e seus amores, o que dá um charme todo especial à coisa. Achei o formato bem original. Gostoso de ver. Ainda mais porque quem faz a tal menininha é aquela garotinha de “A Pequena Miss Sunshine”, uma graça.

Enfim, as três moças são completamente diferentes uma da outra. Mas todas são apaixonantes no que lhe cabem. Até ele, o fodão aí da história, é a mesma pessoa, mas com cada uma delas exerce um ‘eu’ diferente. E foi isso o que mais me chamou a atenção. As mulheres são três, mas poderiam muito bem ser uma só. Com tanto que houvesse três homens. Explicando: não acho que cada pessoa tem um ‘papel’ definido. Ela exerce um papel de acordo com quem está e com as circunstâncias.

A primeira mulher é a namoradinha do colégio e da faculdade. O primeiro amor. Eles se conheceram numa cidade pequena e prometeram casar, ter filhos e serem felizes para sempre. Só que ele sai dessa cidadezinha para seguir seu sonho profissional. Não a abandona. Promete voltar para buscá-la. Mas em NY, claro, ele conhece a vida além dos horizontes demarcados de antes. E junto com o além horizonte, vem uma morena, altamente sexy, inteligente e transgressora, que namora um cara bem mais velho e famoso. Não ficam juntos de cara, mas acabam se envolvendo após alguns outros acontecimentos. E a terceira é uma fofa, maluquete, que ainda não decidiu bem o que quer fazer da vida e, enquanto isso, sai por aí com a intenção de se divertir sem neuras. Não ficam juntos de cara também e ela vira uma espécie de melhor amiga e step ao longa da vida dele.

Com quem ele fica no final, eu não vou contar. Vejam o filme. Meu ponto aqui não é esse e sim que eu, por exemplo, poderia ser qualquer uma dessas mulheres. Tudo depende de com quem eu estou e quando e porquê eu conheci tal pessoa. Me imagino muito bem como a transgressora sexy ou a maluquete desencanada. Um pouco menos como a namoradinha de infância, mas mesmo assim consigo. A questão é: dá para ser qualquer um desses personagens.

O próprio cara, mesmo sendo um só, exerceu, como eu falei, cada hora um papel dependendo da mulher que ele tava. Para a namoradinha do colégio, de única opção, ele passou a ser um fardo. O homem especial e bom pai para os filhos dela, mas que também significava uma vida de conhecimento e diversão limitada. Para a morena, ele era uma opção mais normal ao bêbado e excêntrico coroa por quem ela era realmente apaixonada. E ainda por cima, estava de quatro por ela. Quem não adora um homem babando por você? Atenção que é bem diferente de homem chiclete. E para a terceira, ele era o inatingível. E por isso mesmo, acabou virando seu grande amor. Ao ser vista como a amiga bacana, para quem ele podia contar tudo, ela sim caiu de amores e nutriu esse sentimento por anos e anos, se contentando com migalhas.

Até que, uma delas diz uma frase que ficou na minha cabeça: ‘não existe esse lance de pessoa certa. A pessoa certa é a que você está no momento em que você pensa em dividir a sua vida com alguém’. Aí, ele pergunta: ‘Então, você está dizendo que não é quem e sim quando?’. E ela conclui: ‘Exatamente’.

Isso me fez pensar. Quanta gente não sofre horrores na hora de terminar com aquele namorado que está na sua vida desde que você tinha 15 anos? Como largar esse cara? Mas como não largar? Só porque você conheceu ‘a’ pessoa cedo demais está fadada a conhecer só ela na vida? Injusto. Ao mesmo tempo em que é injusto descartar uma pessoa tão sensacional só porque você quer beijar mais bocas. Mas é compreensível. É justo casar com um traste só porque já se tem 37 anos e a maré não está para peixe? Talvez, não. Mas continua sendo compreensível.

Claro que você precisa gostar um pouco do ser que está ao seu lado. Mas o momento fala bem mais alto que qualquer outra coisa na hora de juntar os trapinhos e subir um degrau na escada da vida. Olhou para o lado nesse momento e é hora de decidir se quem está ali serve, pelo menos razoavelmente, para subir com você.

Ou seja, tem sorte é quem encontra ‘a’ pessoa ‘no’ momento. Se fode aí quem encontra antes ou depois. Perdeu, playboy.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Ô Cabeção...

Título sugestivo, mas não é nada disso. Na verdade, me inspirei no título devido a um comentário de minha querida amiga Paulette que me chamou a atenção para um erro geográfico num post, que ela achou ter sido cometido pelo meu marido, mas fui eu mesmo... Óbvio, a essa altura, não está mais lá. Quem viu, viu. Quem não viu, não vai ver mais. Falando em erro, uma outra querida amiguinha, a Deca, cometeu a maior gafe. Foi zoar meu digníssimo dizendo que ele não sabe brincar, e quase estraga também a brincadeira (prefiro chamar assim) de não poder colocar o nome do sujeito aqui.

Bom, feitos esses primeiros apontamentos, o ‘ô cabeção’ aí é porque eu me esqueci de fazer um texto em homenagem a partida Brasil 6 x Portugal 2. Como pude, não é mesmo? Pois é. Pensei na hora, criei passagens, anotei destaques e... me esqueci. É que foi tão fácil, né?!

Mas, então, o jogo foi quarta, hoje já é sexta, mas ainda assim, acho que o evento merece algumas palavras.

Primeira coisa: o uniforme dos portugueses. Um pouco justo além da conta, não? Tudo bem que temos o ‘metrossexual’ Cristiano Ronaldo como capitão, mas não me pareceu algo esportivo e confortável. Ainda sobre Cristiano Ronaldo – pano rápido: por alguns instantes achei que o ‘C’ na braçadeira dele fosse de Cristiano... – o gajo tem uma pose de pombo muito estranha. É que ele é atlético e tal, mas meio fino. Sei lá... não fica nem lá, nem cá, sabe? Destaque também para a indumentária de Pelé. De longe, quando tive a impressão de tratar-se de um manto branco, ri o achando vestido de Pai de Santo. Com a câmera mais de perto e o azul bebê revelado, ninguém traduziu melhor que Paulette: Pelé estava de pijama. As gravatas verde-limão de Galvão e Falcão foram outro ponto alto da festa. Dunga tava lá de camisa rosa, mas Dunga não surpreende mais. At all. Quem surpreendeu foram nossos jogadores que, finalmente!, resolveram mostrar intimidade com a bola.

Assistimos na cobertura alugada em Ipanema por outros portugueses, amigos de nossos primos portugueses que também estão por aqui de passagem. Ontem, eles desejaram não estar. Eram dez portugas contra apenas dois brasileiros: eu e ELE. Meu marido e sua educação de lorde se mantiveram contidos, com poucas manifestações. Eu e minha educação de moleque tiramos todos os sarros possíveis e imagináveis dos patrícios. A cada gol era uma comemoração, uma dancinha e uma combinação de gritos e sacaneadas diferentes. Considerando que foram 6 ‘golos’, não é de se estranhar que nenhum deles quis sair para beber com a gente depois. Nem os que moram comigo. Dormiram lá.

Por fim, só uma revolta aqui registrada contra, de novo, Cristiano Ronaldo. Cheio de marra e jogando nada, o cara me dá um tapinha na nuca do meu Thiago Silva. Nessa hora, eu me irritei. O fato só fez com que eu comemorasse ainda mais cada gol e cada defesa do melhor zagueiro do Brasil, que jogou um jogo completo na Seleção pela primeira vez. Muito bem, diga-se!

Ah! E uma informação derradeira: vi ontem o ‘novo’ Indiana Jones e Mr. Harrison Ford ensina que: tratando-se de escorpiões, quanto menor, mais perigoso. Não sei porquê, mas achei que seria útil guardar isso por algum motivo. E quis dividir.

Bye, bye!

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Suíte II

- Adriana, você já falou alguma vez com o vizinho aqui de cima, o mais alto?

(pequena pausa para pensar no que dizer)

- Por quê?

- Sei lá. Ele veio agora, quando eu tava subindo, me perguntar quem era o quê de quem aqui em casa.

- E o que você respondeu???

- Que eu morava com a minha mulher e os outros dois eram meus primos de Portugal, ué...

- PQP! Que merda. Nem um dia!

- Hã?

- Eu tava fazendo mistério. E você estragou tudo. Não deixou o menino na dúvida nem um dia.

- Como assim?

- Ontem, ele me perguntou isso também e eu falei que não ia contar.

- E para quê isso?

- Sei lá. Brincadeira.

- Adriana, eu não acredito que você deu condição para o vizinho!?

- Deu condição é muito bom! Tem umas palavras e combinações que só você ainda usa...

- Jura que você tá dando mole pro vizinho de cima?

- Ah, eu fico sozinha o dia todo. Não vejo ninguém. Antes eu trabalhava num lugar enorme, cheio de gente. Pô, tô batendo cabeça na parede aqui!

- Caralho...

- Mas você viu o sotaque dele que bonitinho...

- É, meio lá do nordeste, né?

- De Pernambuco.

- Como você sabe a diferença entre o sotaque de Pernambuco, Bahia ou Alagoas?

- Não sei.

- E da onde surgiu Pernambuco?

- Sei lá. Da minha cabeça.

- Vagabunda e doida mesmo. Coitado do pernambucano...

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Competência

Estava lendo um livro e chego na seguinte frase: ‘A competência é atraente’. Isso me fez esquecer completamente a leitura de lá e vir correndo escrever cá. (esse ‘escrever cá’ foi em homenagem a meus primos portugueses).

Mas não é? Para mim, foi como um clique. Eu sempre soube da minha admiração por pessoas realmente boas em alguma coisa. Mas nunca tinha parado para analisar bem. Ficava no campo subjetivo. No bolo ‘o que me atrai em alguém’.

Mas depois de ler essa frase hoje, estou com isso na cabeça. Adoro olhar para alguém que sabe o que está fazendo. Sabe dessas coisas que você não se liga muito, mas que de repente faz todo o sentido? Explicando: acabei de perceber um lado do meu marido que me chama a atenção. A tal da competência. E é muito mais do que competência profissional. É competência na vida. Até quando ele carrega vários engradados de cerveja, um empilhado em cima do outro, e sobe trinta lances de escada durante a organização de uma festa para mim, eu me pego parada, olhando de longe. É uma segurança interna. Um tomar as rédeas da situação. Resolver o problema. Uma auto-suficiência natural sem precisar cobrar nada de ninguém e nem explanar aos quatro ventos o quanto ele é eficiente. Apenas é. Está nele. Falando de trabalho, então, uma vez fiquei observando o moço em seu ambiente profissional. O cara consegue dar ordens na maior elegância. É atencioso e ao mesmo tempo ligado em cada detalhe que está acontecendo à volta dele. Foi assim que eu descobri que ainda era apaixonada por ele, num período de crise braba. Fui até lá para terminar tudo pela enésima vez quando, de repente, me vi babando de novo. Fui embora sem ser vista e com a crise resolvida. Sempre que eu não sei exatamente o que fazer ou até sei, mas não estou muito certa daquilo, ligo pra ele para escutar o que o menino tem a dizer. Nunca falha. Sem tomar posição, ele consegue me mostrar um caminho. Incrível.

Mas o negócio aqui não era para ser sobre ele e sim sobre a magia da competência. Desde adolescente quando nos apaixonamos por caras um pouco mais velhos, a coisa passa por aí. Ainda que a competência seja meio fútil... competência para dirigir, para ter carro, para pagar o motel... Depois a maioria vira um bando de incompetente. E nosso interesse se desliga um pouco dos músculos sensacionais e se volta para cabeças pensantes e seres inteligentes. Conheci pouca gente interessante na vida. Interessante e competente então... Ih... esses são raros. Mas existiram. Seja uma sensibilidade especial para enxergar as pessoas e nossa passagem pela vida, seja um jeito de amar e ser amado em que é preciso muita competência, seja uma coragem e uma loucura além dos padrões ou até uma cabeça com idéias originais e transformadas em belos produtos.

Enfim, tiro o chapéu para quem me desperta da inércia por sua competência natural. Aliás, ontem fui a mais um dos espetáculos com a participação do meu amigo querido Fernando Caruso. Genial. Tenho tanto orgulho desse menino. E mais orgulho ainda de, mesmo nessa loucura toda de falta de tempo para tudo e todos, termos conseguido manter uma amizade competente.

Na falta de um final, que se fechem as cortinas. Palmas aos competentes.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Suíte

- Oi, Adriana, tudo bem?
- Oi.
- Eu que canto.
- Oi?
- No banheiro, aquele dia. Eu que cantei com você.
- Oi!
- Me explica uma coisa?
- Fala.
- Como vocês funcionam, afinal?
- Vocês quem?
- Você e mais três homens aí.
(...)
- Por quê?
- Sei lá. Curiosidade. Três homens e uma mulher... Já tentei várias combinações e todas são esquisitas. Vocês são todos irmãos? É a menos estranha.
- Não.
- Como é, então?
- Não vou contar.
- Hã?
- É, sei lá. Tipo uma brincadeira. Vamos ver se com o tempo você adivinha.
- Você é meio maluca, não?
- a hã.
- Ok. A gente se esbarra por aí. Tchau, Adriana.
- Como você sabe meu nome?
- Eu que pego as cartas no correio e deixo aí na porta. Já chequei lá e só vem coisa no seu nome. Só tem você de mulher, então...
- Como é o seu?
- Não vou contar. Vamos ver se com o tempo você adivinha....

Pô, e o menino ainda tem um sotaque de Pernambuco bem de leve, sabe? Só para dar um charme a mais... ok, ok. Dar mole para o vizinho já é demais. Amanhã eu conto. a hã.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

O Sapo

Nada de idéias. Aí, abro meus sites usuais de fofocas e está lá: Marcelo Camelo está namorando uma ninfeta cult: Mallu Magalhães. Dizem até que ele está pensando em acrescentar um ‘l’ ao Marcelo dele. Assim seriam Marcello e Mallu. Uma nova modalidade escrota de se declarar amor eterno no mundo das celebridades. Pelo menos é mais fácil de tirar que tatuagem. Se Deborah Secco e Alessandra Negrini tivessem pensado nisso...

Continuando: mais um namorado de Luana entra na porrada. Desta vez, não foi a moça que apanhou, mas o ex de Ivete que agora pega Luana sentou o sarrafo num outro alguém aí que diz ter apenas conversado com a moça. Luana está precisando tirar umas férias bem longe do Leblon...

E cansei. Parei aí. Decidi não me aproveitar das cagadas alheias em busca de assunto.

E foi então que, agora há pouco, em minha corrida diária, estou lá serelepe escutando meu Rock Bola reprise quando – juro - pula um mega sapo na minha frente. Dá para imaginar meu susto, o breque que quase partiu minha coluna ao meio e o grito fenomenal que saiu da minha boca, certo?

Paralisada, dei uma olhada para os lados para ver a reação das pessoas ao meu show particular. Ninguém. Não tinha um ser sequer em plena orla da Urca às 8h45 da noite. Meu primeiro sentimento foi de alívio: ‘Ufa, ninguém viu meu micão’. Mas instantes depois me bateu uma certa tristeza. Ninguém para compartilhar um sorriso cúmplice. Ninguém para gargalhar de uma cena com um ‘quê’ de bizarra. Ninguém para rir de mim...

Achei um baita de um desperdício.

domingo, 16 de novembro de 2008

Pimba na Portuguesa

Pô, ontem, enquanto eu ainda estava bêbada, tinha bolado um texto super criativo e cheio de trocadilhos que na altura pareciam incríveis sobre o fato deu levar os portugueses ao maracanã para ver Fluminense e... Portuguesa!

Bem, esqueci tudo. Mas o que importa é que metemos 3 x 1 na Portuguesa. E eu estava lá!

NENSE!

sábado, 15 de novembro de 2008

Dos Populares

Olha, não sei se é porque estamos na reta final e o povo está sentindo, mas o fato é que estamos na melhor fase dos comentários. Quase uma roda de bar. Aproveitando a deixa dos encontros de fim de ano que já já começam a pipocar por aí, estou pensando até em fazer um amigo oculto (que nesse caso seria oculto mesmo!).

Bom, estou de saída para a praia, coisa que não faço há tempos. Mas deixo aqui uma pequena tirada de uma nova figura, um novo jornaleiro! Estava sentindo falta do meu velho amigo da banca da Praça São Salvador, vamos ver se ganho um novo aqui na Urca. Mas, ao contrário do antigo, esse fala bastante!


- Esse trabalho deixa a gente meio sem vida.

- É.

- Pelo menos aqui, nunca fui assaltado. Mas não tenho tempo para quase nada.

- Você é casado?

- Não. Fiz esse curso aí, mas não passei não.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Pessoas que a gente Esquece

Antes, esclarecendo: o ‘dar mole’ a que me referi é algo bem inofensivo. Ou não é pensado para que seja um perigo. É muito mais gostar de gente interessante e se mostrar empolgada com isso do que uma coisa ‘piranhão’, sabe? Esqueço que tenho mais leitores do que eu acreditava possível e que dentro desse grupo há pessoas que não me conhecem tão bem. Algumas delas ficaram cabreiras comigo. Não precisa. Falei de onda e, ok assumo, um pouco também para afrontar a tal pessoa que falou a frase lá para mim. Mas viremos a página:

- Oi!

(...)

- Tudo bem, Adriana?

- A hã. (e um sorriso amarelo)

- Como você está? Quanto tempo!

- Bem.

- Você não lembra de mim, né?

(...)

- Não tem problema. Fulano. Do Céu.

(...)

- Saía sempre eu, você, a Beltrana e mais outras pessoas que eu esqueci o nome...

- Ah! Estou lembrando. Você teve uma filha?

- Tive.

- Lembrei. Com a Ciclana.

- É.

E não tínhamos mais assunto. Até porque eu só lembrei disso mesmo. Até vieram algumas cenas na minha cabeça e tal, mas nada muito firme. Não consegui lembrar pra onde exatamente a gente ia. Nem conversas significativas ou algum dia significativo. Até porque a Beltrana é aquela tal que eu me libertei após anos de cativeiro. É de se esperar que eu tenha apagado algumas coisas referentes a ela e minha vida com ela no passado.

Mas, enfim, me deu um certo arrepio pensar que há várias pessoas que já passaram pela minha vida em algum momento que, se eu nunca mais encontrar, estarão esquecidas eternamente. Nem encontrando ajuda muito...

Tá. Não é preciso grandes dramas. Se a pessoa fosse importante mesmo, eu lembraria. Não sei. Será? Me perguntaram outro dia em quem eu dei o primeiro beijo. Fiquei na dúvida. Falei um nome, mas dei uma rateada. E, nesse caso, lembrei do nome, mas não consigo ter lembranças das sensações lá do beijo. Nenhuma. Não sei nem dizer se eu achei bom ou ruim. Nem como eu estava antes. Se eu estava aflita, se foi de surpresa, se foi de caso pensado, o que aconteceu depois... Nada. Branco.

Tentei fazer uma espécie de retrospectiva da minha vida. Fiquei um tempo pensando e vendo qual seria a primeira memória de criança que eu tenho guardada. De novo, só coisas misturadas, confusas, imagens embaçadas. Nada muito claro. Lembrei de algumas amiguinhas de infância, do porteiro da minha creche!, mas de alguma professora... nenhuma. Fui para o tempo de pré-adolescente e consegui resgatar alguma coisa das brincadeiras de pique-esconde pelo prédio e veio todo o meu grupinho da época na cabeça. Mas não vale muito porque eles ainda moram no prédio dos meus pais e eu ainda os vejo. Talvez por isso eu não tenho esquecido deles....

Depois, dei uma cansada. Fiquei desestimulada. Mas saí desse exercício com uma certa nostalgia, uma saudade não sei muito bem de quê, ou melhor, de quem. Porque é uma saudade de gente. Mas gente que eu não lembro direito, ou não lembro nada. E, talvez por isso, foi uma saudade maior, mais dolorida.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Mole

- Dri, você dá mole para todo mundo.

Há um tempo, na adolescência e tal, talvez essa afirmação fosse me incomodar. Mas com a minha cabeça atual, aliás minha cabeça de um tempo já, eu apenas respondi:

- É, é verdade.

Engana-se quem pensou aí que a minha resposta foi do tipo: “falem o que quiser, não estou nem aí” ou “não vou perder meu tempo com essa pessoa”... Não, não. É porque é verdade mesmo. Dou mole. Não para tooodo mundo. Mas diria que também não é assim para um grupo tão restrito.

Dou mole para todo mundo que me interessa. Para todo mundo que eu daria numa situação de liberdade ideal. Mas aí há conceitos e um regime aí que diz que eu não posso efetivamente concretizar o ato. Mas não diz que eu não posso jogar charme, usar vestido ou calça de cintura baixa, escrever umas coisas engraçadinhas que ficam meio no ar, dar uma encostada na perna e no braço meio sem querer...

Até meu marido me sacaneia com isso e ele mesmo diz que eu sou uma vagabunda. Ia escrever ‘no bom sentido’. Mas não é bem isso. É só um vagabunda sem a intenção de ofender. Enfim, ele deve se garantir pra caralho. E esse é um dos motivos da gente estar junto até hoje.

Mas para terminar: não tem gente que é cinéfilo, que pinta, coleciona selos, faz rali? Então, meu hobby é dar mole.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Uma Externa e Duas Kombis

Ôpa! Estava precisando. De um dia diferente e divertido. Eu, a rua e o povo e suas idéias.

Externa em Duque de Caxias. A principio, ninguém merece. E foi assim que eu acordei às 6h30 da manhã. Me sentindo uma corna de acordar de madrugada e partir para Caxias.

Mas eis que logo no caminho de ida, em plena Washingtom Luís, dei meu primeiro sorriso do dia. Diria mais, hein. Foi um dos poucos sorrisos a essa hora em toda a minha vida. Mas não agüentei. Eu lá, puta, com aquela cara amarrada e resmungando do trânsito, quando à minha frente aparece uma Kombi com o seguinte adesivo no vidro traseiro:

TÁ COM PRESSA? SAI MAIS CEDO

Mais???? Mas tive que rir... do jeito que eu mais gosto. Eu e eu. Mais ninguém. Num momento em que uma gargalhada vem do nada e quebra todo um clima pesado e sem muita razão de ser.

Mas a coisa não parou por aí. Já em Caxias - ‘debaixo de um sol que faz até lacraia andar na ponta do pé’, segundo meu companheiro de labuta, vulgo Boaz, o melhor e mais engraçado camera man da cidade - sentados em um pitoco no meio de uma avenida de mão dupla em pleno centro efervescente da região, a espera de um caminhão específico que tinha que passar em um local e um ângulo específicos, quando passa outra Kombi com o motorista nos olhando. Ele nos encara, ri, larga a mão na buzina e me sai a seguinte pérola pelos altos falantes da Kombi, numa daquelas vozes caricatas usadas nessas buzinas engraçadinhas de carro de paraíba:

TÁ SOFRENDO?

E mais uma vez caí na gargalhada. Desta vez, em conjunto, o que também é uma delícia. Convenhamos, uma pessoa sentada num pitoco, no meio de uma avenida em Caxias, com caminhões, ônibus e poeira rolando soltos, suando em bicas e rindo da vida, é uma coisa a ser louvada. É ou não é? Para mim, merece ser comemorado.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Abrindo para Colaborações

Então, já que a original não anda lá essas coisas, estou abrindo para colaborações. Carol vem participando intensamente. Bem, hoje o espaço será aberto, merecidamente e com justiça, a uma outra leitora assídua que - não é de hoje e sei lá se por influência minha ou não - vem escrevendo suas peripécias de maneira muito bem-humorada.

Com vocês, Paulette e uma das suas aventuras com entregadores e afins:

Pelamordedeus, me aconteceu um episódio pra lá de estranho, posso contar?

Chamei um técnico para limpar meu filtro de água. Ele acabou de sair daqui e estou até agora cho-ca-da com os momentos vividos.

Primeiro de tudo, o dia dele vir era sexta e a fera não apareceu e nem avisou. Chegou hoje, uma segunda-feira às seis da tarde, totalmente do nada.

Eis que me surge um cidadão de meia-idade, feliz além da conta - tipo alegre demais para o horário e dia da semana - de calça jeans semi-baggie e camisa florida. Já chegou se apresentando: "Oláááá, prazer, Alcântara!".

Achei estranho, mas vamo lá.

Já entrou entrando, lavou a mão no tanque, olhou o filtro de água e me soltou a seguinte pérola:

"Pô, Gata, esse filtro não tem como limpar não!!!".

Fiquei muda, olhando para um ponto fixo - tipo zero reação - tamanha a minha surpresa com o tratamento dispensado por Alcântara com suas clientes.

Quando ele viu minha (não) reação, resolveu consertar, e mais uma vez se superou:

-"Foi mal, qual o nome da Primeira-dama?"

Dali em diante, confesso que não sei mais o que veio depois. Entrei numa espécie de transe protetivo contra falas esquisitas. Só sei que depois que Alcântara foi embora, minha empregada contou que foi paquerada por ele também e que o sujeito ainda tentou pegar o telefone da "gata".


Olha, francamente....... não sei não.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Quebra Galho

Carol, minha assessora para assuntos especiais, é muito eficiente. Foi lá pesquisar e encontrou a origem do, segundo ela, ditado mais velho do mundo. Data da época do homem das cavernas e a coisa se passou da seguinte maneira:

“Um neanderthal magricelo estava doido para conquistar uma neanderthala, não tão magricela assim. Ele precisava daqueles porretes para dar na cabeça dela, mas não conseguia nem quebrar um pedaço de pau. Daí, pede para seu irmão mais parrudinho: QUEBRA ESSE GALHO AÍ PRA MIM, BROU”.

E assim surgiu o primeiro ditado popular...

Carol super quebrou meu galho! Aliás, me veio uma idéia aqui. Posso fazer um blog em 2009 só com explicações para ditados populares. Hein, hein!? Assunto é o que não falta.

Até.

domingo, 9 de novembro de 2008

Onde?

O diálogo abaixo aconteceu ontem. Não havia colocado ainda porque estava preocupada e não podia fazer piada. Ainda. Mas agora que eu sei que não é grave, me liberei para reproduzir.

Estava eu presa lá no tal rio que falei, quando toca o meu celular:

- Adriana?

- Oi, João.

- Escuta, é que o Rex está a sangrar.

- O quê?

- Está a sangrar, o Rex.

- O que houve?

- Não sei. Eu cheguei agora e está a sair sangue.

- Onde?

- Em baixo.

- O quê? Está sangrando onde, João?

- Lá.

- Lá onde, João? O que está acontecendo?!

- Está a sangrar de lá.

- João! Caralho, onde?

- Da pila?

- O quê?

- Pila!

- No piru?

- É, sim.

- Pqp, João! Então, fala!

Bom, liguei para o veterinário de outro telefone ao mesmo tempo e eles resolveram lá com um remédio naquele momento. O Rex está bem. Fez exames e tudo indica que, como os coroas, ele está com uma inflamação na próstata. Vai ser castrado... Aliás, soube hoje que essa é a melhor forma de se evitar problemas e câncer na próstata. É só arrancar as bolas. Simples assim.

Mas o que foi João constrangidíssimo no telefone para falar piru?! Dei boas gargalhadas mais tarde...

sábado, 8 de novembro de 2008

Rio Bonito Off Road

Exerci, pela primeira vez, a função de navegadora. Achei que eu ia odiar, mas adorei. É o máximo! Tem que pensar rápido, mandar, gritar, berrar com o motorista. E entender um calhamaço de instrução lá que, tá, mistura tempo, quilometragem e velocidade, mas que, com a graça de Deus, não é um mapa. São só desenhos! E ainda saí com o filme feito. Fui meio que para fazer um favor porque não tinha ninguém para ir com ele. Dei uma de boa moça e esposa companheira. Mas, no fim, eu é que me diverti horrores! Adrenalina pura. Lama, pedra, buracos mil, areia, riachos, morros, valas e até passar por cima de urubus! E, por último, um senhor rio onde ficamos presos. Mas com a ajudinha de um troller camarada, deu para seguir. Enfim, adorei esse negócio. Seguem algumas fotos. Não deu para tirar muitas porque era muita coisa para eu fazer ao mesmo tempo. E, ainda que eu goste de off road, minha essência é feminina.













sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Quando um não quer... Dois brigam sim.

Impressionante a popularidade dos ditados... populares! Há! Piadinha ruim, né...

Mas, enfim, meu leitor assíduo Francisco explicou ‘nas coxas’, que na verdade é mais uma expressão que um ditado. Segundo ele, “as pessoas faziam as telhas de barro, conformando-as nas coxas”. Estou chegando à conclusão de que todos os ditados que não entendo se referem a telhas e telhados... Bem, mas alguém me explica ‘quebrar o galho’!? Onde quebrar o galho poderia ser encaixado como ‘me faz um favor’? Por que quebrar o galho de alguém seria uma coisa boa???? Carol, te vira aí!

Continuando a me aproveitar do tema já que a minha criatividade não anda lá essas coisas, vou abusar um pouquinho mais. Na verdade, vou pegar só o mote de um outro ditado ‘quando um não quer, dois não brigam’ para também expor aqui que isso nem sempre é verdade.

Eu, por exemplo, odeio brigar. Não estou falando daquelas discussõezinhas bobas que começam e acabam ali na hora. Pequenas explosões do dia-a-dia. Não, essas eu tiro de letra e acho que são saudáveis para qualquer tipo de relacionamento e até para as nossas cabeças. Uma extravasada é bom de vez em quando. Ficar guardando tudo para si é péssimo. Eu não guardo.

Mas, enfim, me refiro a brigas mais cascudas. Aquelas que duram dias, semanas, meses e até anos. Aquelas que causam um mal estar tão grande que faz você fingir que ainda está dormindo, só para não encarar a pessoa do seu lado ao acordar. Que te deixa mais quieta, mais triste, menos viva. Uma espécie de pedrinha no sapato que incomoda 24 horas.

Uma briga no ar, um assunto mal resolvido, um tema sem solução é capaz de atingir tudo. O telefone toca e só de pensar que pode ser a pessoa com quem você está brigado, já te faz caminhar para atendê-lo com uma expressão mais séria. A voz muda de tom. A respiração fica mais difícil. As pernas pesam. O tempo se arrasta.

Não combino com brigas. Me corrói por dentro. Não gosto de climão. Não gosto de falar no mesmo assunto dez mil vezes. Não gosto de não conseguir chegar a um acordo. Por isso mesmo, na maior parte das vezes, eu cedo. Sempre cedo. Prefiro abrir mão de uma opinião ou de uma vontade, de um filme, de uma comida, de um lugar para viajar... do que ficar do lado de alguém mal-humorado, emburrado, ou - o que me dá mais arrepios - alguém naquele silêncio proposital e agressivo.

Muito poucas vezes na vida eu não pude recorrer a essa opção: ceder. Mas infelizmente em determinadas ocasiões não há outro jeito e aí, mesmo quando um não quer, dois brigam.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Caraças

Carácolis! Acabei de fazer uma descoberta que não vai mudar em nada a minha vida, nem a de ninguém, mas que eu fiquei tanto tempo dando gargalhadas sozinha que quis compartilhar. Aliás, diga-se, gargalhadas bem-vindas.

Então, desde que conheço meu sogro, acho muito engraçado quando ele diz algumas palavras que, pra mim, são invencionices da cabeça dele. Adaptações à la seu Antônio. Um dialeto todo próprio que aprendi a achar simpático com o tempo. Nunca falei dele aqui. Mas temos uma relação incrivelmente boa, levando em consideração que trata-se de um patriarca português bem ranzinza e com cara de poucos amigos. É dos meus, sabe? Não sai indo assim com a cara de todo mundo. Mas foi com a minha. De uma maneira impressionante que causa até uma certa inveja entre meus concorrentes, o outro genro e a outra nora, e até entre os próprios filhos dele. O homem me escuta, sei lá porquê. Se eu falo que a parede é verde e ele estava falando que era azul, muda de idéia no ato. Já se é um dos filhos que insiste... ih... ele discute até não poder mais.

Enfim, Seu Antônio é meu defensor e meu fã e espalha isso aos quatro ventos. Como eu falei, isso me causa mal estar às vezes, mas tenho que admitir que adoro. Aliás, pensando aqui agora, o fato dos meus sogros serem tão benevolentes e simpáticos comigo, é um dos motivos deu manter meu casamento. Falam tão mal dessa espécie por aí, que é melhor eu garantir meus sogros gente boa. Já escutei tanta história de amiga... Eu só tenho história boa para contar e engraçada.

Pois então, uma das palavras que Seu Antônio vive falando por aí é ‘caraças’. Até minutos atrás, eu achava que era uma maneira fofa que meu sogro fofo arranjou de adaptar ‘caralho’. Eis que eu estou passando agora pelo corredor e Miguel, vendo um jogo de futebol em que o time dele perdeu um ‘golo’, solta um: “Caraças!”. Voltei na hora:

- Oi?
- Quê?
- O que você disse?
- Quando?
- Agora.
- Golo?
- Não, depois.
- Caraças?
- É. É assim mesmo, caraças?
- Sim.
- Você aprendeu com o Seu Antônio?
- Não, caraças.
(risos)
– Oi?
- Claro que não. Caraças é caraças.
- Jesus, o que é caraças?
- Caraças.
- Não é caralho?
- Não, é caraças.

Ou seja, ‘caraças’ é uma espécie de palavrão muito usado por todo e qualquer português e não apenas pelo meu querido Seu Antônio. E eu há oito anos achando bonitinho ele não querer falar ‘caralho’... Morri de rir.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Santa Carol...

Hoje o espaço aqui será todinho cedido para explicações recebidas recentemente sobre meu post dos ditados populares. Gente! Me senti o próprio Xexéu recebendo e-mails de leitores com explicações para as dúvidas publicadas. Seguem elucidações da minha querida amiga e leitora Carol:

“Santinha do pau oco - Lembra na aula de história, quando lá no Brasil Colônia os contrabandistas traficavam ouro em pó dentro das estátuas de santos para ninguém desconfiar e enviavam pra Portugal? Daí que vem esse nome...”.

Carol, confesso que, se você não falasse, acho que nunca mais lembraria do Brasil Colônia. Mas não é? Brasil Colônia. A gente só fala nele nas aulas de colégio mesmo... E, Carol, também não sei se lembro da história aí do contrabando ou se fiquei sugestionada a lembrar depois que você falou. Mas acho que, sim, lembro de algo parecido. De qualquer forma, muito obrigada!

Agora, essa explicação aí logo abaixo foi realmente esclarecedora. Eu não sabia. Nunca soube. E gostei de saber!

“Sem eira, nem beira - Antigamente as casas das pessoas ricas tinham um telhado triplo: a eira, a beira e a tribeira como era chamada a parte mais alta do telhado. As pessoas mais pobres não tinham condições de fazer este telhado, então construíam somente a tribeira ficando assim: sem eira nem beira".

Ôpa! Então eu também não sabia o que era beira. E presumi-se que hoje em dia todo mundo é pobre... Não se vê eiras e beiras por aí. Mas atenção que Carol mandou uma foto para ilustrar! Olha aí, minha gente, um telhado com eira, beira e tribeira!

Valeu, Carol! Beijocas a todos.


terça-feira, 4 de novembro de 2008

Adesivos de Carro

Infelizmente, eu não portava uma máquina fotográfica no momento em que vi um dos adesivos de carro que mais me chamaram a atenção na vida. Meu celular também não tem câmera. Talvez, essa tenha sido uma das únicas vezes em que eu acharia isso útil. É, porque para usar câmera de celular para efetivamente tirar fotos, do tipo posadas e tal, acho o óh. Com raríssimas exceções, as fotos ficam uma merda. Foco passa ao longe. A não ser, claro, esses celulares incríveis, mas que, desculpa, andar com isso ou uma câmera de verdade, em tamanho, é a mesmíssima coisa.

Enfim, o assunto é o tal adesivo. Não vai causar o mesmo impacto que causou em mim, no cenário lá da rua e tal, mas ainda assim vale à pena transcrever aqui.

QUEM AMA, CHUPA

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Ditados Populares

Capa do jornal hoje: Brasileiros elegem as vans o melhor transporte do Rio. Estou super in...

Bem, estava escrevendo um negócio lá e coloquei um ditado popular no meio. Mas aí, parei para analisar e comecei a divagar sobre ditados populares. Seguem as minhas divagações:

“O pior cego é aquele que não quer ver”. Isso porque quem falou esta pérola a primeira vez não era cego literalmente e não sabe a merda que deve ser não enxergar lhufas.

“Pimenta no cu dos outros é refresco”. Fico pensando, será que alguém já colocou pimenta no cu? Assim, para dar uma tesdadinha. Vou enviar essa sugestão para aquele programa “Caçadores de Mitos”. Já pensou? Ou um Jack Ass da vida...

“Dá mais que chuchu na serra”. O chuchu já foi tema aqui. E imagino que na serra realmente haja muito chuchu. Mas nunca vi e nem desconfio de como seja uma plantação de chuchu. E, olha, acho que a maioria das pessoas também nunca viu.

“Santinha do pau oco”. Esse é de um grupo de ditados que eu nunca parei muito para pensar no significado, mas, agora agora, o que veio na minha cabeça foram aqueles coelhos de chocolate que a gente ganha na páscoa todo feliz e quando morde, esfarela tudo porque só tem a camada de fora. Ou seja, engana trouxa.

“Sem eira, nem beira”. Vou morrer sem saber o que é eira.

“Antes tarde do que nunca”. Nem sempre, hein.

“Aqui se faz, aqui se paga”. Nem sempre, hein.

“Cada macaco no seu galho”. Talvez, o melhor de todos os ditados.

“Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”. Pensando literalmente, de novo, a gente sabe que a força da água até consegue corroer a pedra. Mas pqp! Haja paciência. Eu não tenho não.

“Devagar se vai ao longe”. Mesma coisa. Zzzzzzzzzzzzz...

“Deus ajuda, quem cedo madruga”. Também vou morrer sem ser ajudada por Deus. Dormir é uma das minhas ‘ações’ preferidas.

“Depois da tempestade, vem a bonança”. Tipo: “não dá para ficar pior”. Olha, sempre dá.

“Deus escreve certo por linhas tortas”, isso encaixa em “desculpa para boi dormir”, que não faz o menor sentido, mas é exatamente isso. Mas, pera aí, merece um segundo de análise: desculpa para boi dormir. Hum.... não saquei a relação. Aliás, boi dorme? Fecha o olhinho?

“Está na chuva é para se molhar”. Não concordo com isso sempre não. Até porque dificilmente quando começa a chover as pessoas ficam lá na boa... Eu até gosto, mas mais do sentido literal do que do que o ditado quer dizer.

“Melhor um pássaro na mão, que dois voando”. Um pouco conformista. E se eu tiver um periquito na mão, enquanto voa o gavião?

“Pau que nasce torto, morre torto”. Sou um exemplo vivo de que isso não é verdade.

Bem, poderia ficar aqui até amanhã. Adorei esse tópico, assunto, enfim... mas vou indo.

domingo, 2 de novembro de 2008

Vou de Van, ‘ce’ Sabe...

Andei de van. Confesso. Tanto tempo evitando este transporte horroroso e acabei sucumbindo. Por livre e espontânea pressão, que fique bem claro.

Sempre achei que um dia isso ia acabar acontecendo. Mas na minha cabeça seria muito no futuro, quando eu tivesse amigas velhinhas, companheiras de teatro. Bem, as velhinhas estavam lá.

O programa? Uma ida com uma legião de portugueses à quadra da Mangueira. Quem inventou? Bem, eu não fui. Por que me meti nessa? Digamos que eu fui metida.

E, assim, após um sábado nublado e passado em casa dormindo e vendo TV, tive que incorporar a mulata que existe em cada um de nós e partir para o samba no pé. Diante das minhas concorrentes lusitanas, eu realmente dei um show.

Mas calma, que isso já foi mais tarde. Não quero pular a parte mais significativa da noite, a van. Quando ela embicou na garagem do meu prédio, deu para ouvir claramente lá de cima e eu jurava que um caminhão estava no portão. Não, era a van. Mas não era assim, uma van. Era tipo: A Van. Uma van de Itu. Lá dentro, exatos 17 portugueses entre 15 e 80 anos. Sim, foi uma saída eclética. Tinha gente de todas as cores e sabores.

No trajeto de ida, o som ambiente foram histórias de família. Partindo do princípio que eu ainda nem aprendi quem é quem direito, dá para concluir que não entendi nada. Fui muda até lá. Não conseguia nem acompanhar o timing das risadas para disfarçar. Era tudo tão desordenado por si só que não precisei fazer esforço. Ninguém notou que eu não estava participando.

Dentro da Mangueira, me senti um pouco mais em casa. Um pouco menos estrangeira. Isso só até os garçons cobrarem 60 pratas só para a gente sentar em uma mesa. Pensei em me revoltar, mas diante da gringalhada colorida ao meu redor, achei que o garçom estava sendo bem mais sensato do que eu.

E tome de caipirinha. Português já é um povo espalhafatoso e escandaloso originalmente, imaginem mamados!? Viram italianos, o único povo - que eu me lembre - que grita ainda mais. Talvez, gregos. Mas, ainda bem, não chegaram a quebrar pratos e copos.

Agora, portugueses mamados e tentando sambar foi um show à parte. O melhor da noite para mim, que comecei a achar que tudo havia valido à pena só para chegar até ali.

E, por fim, a volta. A volta na van. Bem, na volta na van, eles cantaram. Todos juntos. Todas aquelas músicas que a gente acha que só tem em filme ou comercial caricato. Mas é real. Eles cantam. Exatamente daquele jeito. Fui muda e voltei calada, mas foi uma das noites mais divertidas do ano. Não que eu vá repetir...

sábado, 1 de novembro de 2008

Obrigada

Bem, não é segredo para ninguém que frequenta este humilde blog que eu não ando em meus dias mais inspirados. Por cansaço; por um pouco de tristeza por saber que minha trilha aqui está chegando ao fim - pra quem não sabe, esse blog teve data pra começar e tem data pra terminar: dia 31 de dezembro -; ou porque eu não sou tão boa assim mesmo.

Mas fiquei muito feliz com alguns antigos leitores que me incentivaram e com novos que apareceram justamente neste momento de crise. É aquela história... na saúde e na doença. Gostei bastante de ter sido empurrada para frente por gente que gosta de mim ou por gente que simplesmente gosta ou já gostou do que eu escrevo.

A inspiração não apareceu milagrosamente, mas estou mais felizinha. Graças a vocês. Obrigada de verdade, do fundo do coração. São pessoas que por algum motivo se identificaram com o que saiu da minha caixola e esse é um dos melhores presentes que existem. Pra mim, claro.

Vamos ver se amanhã eu surjo com algo bem interessante. vou me esforçar. beijos e brigada!