sábado, 22 de novembro de 2008

3 Vezes Amor

Esse é o título de um desses filmes que chamam ‘de mulherzinha’. Aqueles que os namorados odeiam ver e só o fazem obrigados. Ainda assim, quase sempre dormem. Mas eu adoro esse gênero de filme. Assumo que há muita porcaria nesse meio, mas há coisas ótimas também. Desde aquela sensação boa que fica na gente de que é possível sim viver uma linda história de amor até alguns pensamentos mais profundos e filosóficos sobre certos aspectos do ‘felizes para sempre’, ‘almas gêmeas’ e similares.

Resumindo a história do filme, é sobre a vida de um cara e seus amores da adolescência até a vida adulta. Não, não é bem isso. Bem, o foco é esse tal cara e suas namoradas pelo caminho. Na verdade, três. São três as mulheres realmente importantes que passaram pela vida dele. Ah, e tem a filhinha que é pra quem ele conta a história de sua vida e seus amores, o que dá um charme todo especial à coisa. Achei o formato bem original. Gostoso de ver. Ainda mais porque quem faz a tal menininha é aquela garotinha de “A Pequena Miss Sunshine”, uma graça.

Enfim, as três moças são completamente diferentes uma da outra. Mas todas são apaixonantes no que lhe cabem. Até ele, o fodão aí da história, é a mesma pessoa, mas com cada uma delas exerce um ‘eu’ diferente. E foi isso o que mais me chamou a atenção. As mulheres são três, mas poderiam muito bem ser uma só. Com tanto que houvesse três homens. Explicando: não acho que cada pessoa tem um ‘papel’ definido. Ela exerce um papel de acordo com quem está e com as circunstâncias.

A primeira mulher é a namoradinha do colégio e da faculdade. O primeiro amor. Eles se conheceram numa cidade pequena e prometeram casar, ter filhos e serem felizes para sempre. Só que ele sai dessa cidadezinha para seguir seu sonho profissional. Não a abandona. Promete voltar para buscá-la. Mas em NY, claro, ele conhece a vida além dos horizontes demarcados de antes. E junto com o além horizonte, vem uma morena, altamente sexy, inteligente e transgressora, que namora um cara bem mais velho e famoso. Não ficam juntos de cara, mas acabam se envolvendo após alguns outros acontecimentos. E a terceira é uma fofa, maluquete, que ainda não decidiu bem o que quer fazer da vida e, enquanto isso, sai por aí com a intenção de se divertir sem neuras. Não ficam juntos de cara também e ela vira uma espécie de melhor amiga e step ao longa da vida dele.

Com quem ele fica no final, eu não vou contar. Vejam o filme. Meu ponto aqui não é esse e sim que eu, por exemplo, poderia ser qualquer uma dessas mulheres. Tudo depende de com quem eu estou e quando e porquê eu conheci tal pessoa. Me imagino muito bem como a transgressora sexy ou a maluquete desencanada. Um pouco menos como a namoradinha de infância, mas mesmo assim consigo. A questão é: dá para ser qualquer um desses personagens.

O próprio cara, mesmo sendo um só, exerceu, como eu falei, cada hora um papel dependendo da mulher que ele tava. Para a namoradinha do colégio, de única opção, ele passou a ser um fardo. O homem especial e bom pai para os filhos dela, mas que também significava uma vida de conhecimento e diversão limitada. Para a morena, ele era uma opção mais normal ao bêbado e excêntrico coroa por quem ela era realmente apaixonada. E ainda por cima, estava de quatro por ela. Quem não adora um homem babando por você? Atenção que é bem diferente de homem chiclete. E para a terceira, ele era o inatingível. E por isso mesmo, acabou virando seu grande amor. Ao ser vista como a amiga bacana, para quem ele podia contar tudo, ela sim caiu de amores e nutriu esse sentimento por anos e anos, se contentando com migalhas.

Até que, uma delas diz uma frase que ficou na minha cabeça: ‘não existe esse lance de pessoa certa. A pessoa certa é a que você está no momento em que você pensa em dividir a sua vida com alguém’. Aí, ele pergunta: ‘Então, você está dizendo que não é quem e sim quando?’. E ela conclui: ‘Exatamente’.

Isso me fez pensar. Quanta gente não sofre horrores na hora de terminar com aquele namorado que está na sua vida desde que você tinha 15 anos? Como largar esse cara? Mas como não largar? Só porque você conheceu ‘a’ pessoa cedo demais está fadada a conhecer só ela na vida? Injusto. Ao mesmo tempo em que é injusto descartar uma pessoa tão sensacional só porque você quer beijar mais bocas. Mas é compreensível. É justo casar com um traste só porque já se tem 37 anos e a maré não está para peixe? Talvez, não. Mas continua sendo compreensível.

Claro que você precisa gostar um pouco do ser que está ao seu lado. Mas o momento fala bem mais alto que qualquer outra coisa na hora de juntar os trapinhos e subir um degrau na escada da vida. Olhou para o lado nesse momento e é hora de decidir se quem está ali serve, pelo menos razoavelmente, para subir com você.

Ou seja, tem sorte é quem encontra ‘a’ pessoa ‘no’ momento. Se fode aí quem encontra antes ou depois. Perdeu, playboy.

5 comentários:

isabella saes disse...

hahaha!!! adorei a concusão! beijos.

Paula disse...

amei esse filme! Aluga Má-Fé, comédia romântica francesa fofa. Vi ontem e amei! beijo

Adriana disse...

ôba! oh, pode me indicar sempre filmes de mulherzinha. A-do-ro!

Bel, acho q vc se encaixa nas pessoas de sorte, pelo que vi, leio e escuto.
beijocas!

Suellen Analia disse...

Opa! Buenas tardes! rs

Cá estou eu, em Cabo Frio, numa tarde chuvosa, que clama por um filme desse estilo! rs
Que cruel vc, hein?!

Eu tenho até medo de olhar pra o lado na hora de subir a tal escada. Tenho medo porque, se eu tropeçar em algum degrau... sei não, viu? Será um aviso?
Ainda eu, que vivo confusa.

Um beijo, Dri!
Adorei!!!

Amanda Hora disse...

Eu normalmente ñ gosto de filmes no estilo comédia romântica, mas esse parece ser bem legal. Só de ler seu post sobre o filme já me fez pensar sobre essas questões, em qual estilo de personagem eu me encaixo na maioria das situações. Não consegui chegar a nenhuma conclusão, vou tentar chegar vendo o filme rsrs

Bjoss