segunda-feira, 30 de junho de 2008

Cóccix Revelador

Alguém aí sabia escrever direito o nome do ossinho que fica no finzinho da coluna? Eu confesso: não sabia. E demorei um tempinho no google até achar a grafia correta, já que comecei procurando por ‘cóx’. Mas não é por isso que ele é revelador. Meu ossinho é revelador porque, por causa dele, tive a confirmação de uma das qualidades que me faltam na vida.

Papo com o professor ex-gatão de Pilates agora há pouco:

- Meu ossinho está doendo.
- Qual ossinho?
- O cóx.
- Ah, é porque você não tem bunda.

Que liberdade é essa? Como é que ele manda isso na minha cara, assim? Tá, eu sempre soube que não tenho bunda, mas daí a ouvir da boca do professor de Pilates é demais... Fiquei olhando para a cara dele. E ele nem tchum. Não tava nem aí para a minha falta de bunda. Ou seja, ainda bem que já desisti de idolatrá-lo há tempos. Não teria a menor chance.

Aliás, esqueci de contar outro papo recente com ele que também eliminou qualquer tipo de interesse.

- E o Fluminense, hein? (eu estava com a camisa)
- Você é Fluminense?
- Não, mas a minha esposa (é, ele fala esposa...) é fanática.

Pois é, já vi esse filme. Tenho um exemplar assim em casa e está de bom tamanho.

Para acabar – é, hoje não será muita coisa em homenagem a bunda que me falta – minha mãe já quebrou cóccix!? Não é esquisito? Segundo ela, caindo do ombro do meu avô, na praia. E olha que areia é fofa, hein... Já deu para sacar de quem eu puxei o shape tábua traseira, não?


Ai, meu Deus.. 2 dias só! 2 dias!

domingo, 29 de junho de 2008

Ibitipoca Domingo

Um bicho estranho:


Meu carro viajado:


Os pés misteriosos dele...


e um peixe no céu:


Cantinho do Fluminense

Voltei de viagem ouvindo Botafogo e os garotos de Xerém. 0 x 0, mas parece que os botafoguenses tomaram um sacode, hein...

Data do jogo :: 29.06.2008 :: 18h20
Local :: Maracanã
Campeonato :: Brasileiro
Placar :: 0 x 0 (Botafogo x Flu)

E o que interessa: 3 dias! Apenas 3 dias para eu voltar a respirar normalmente. Confesso que nem o ar puro da serra de Minas Gerais conseguiu me fazer esquecer a data mais importante do ano.

sábado, 28 de junho de 2008

Ibitipoca Sábado

Estrada na ida:


Um touro no meio do caminho:


Janela do Céu:


um girassol:


um piquenique:


e um pôr-do-sol:


4 dias...

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Eu apareço no Google!

Uma homônima desconhecida me deixou feliz! Querida Dri mineira, outro abraço enorme. Tentei te responder, mas seu perfil não estava disponível... Coisas desse mundo virtual, moderno e de vontade própria. Mas deixo aqui a minha gratidão por ter me proporcionado duas alegrias:

O fato, por si só, de não me conhecer e deixar lá um comentário. (você não imagina como isso é uma espécie de vitória!).

E, também, por ter me avisado de que apareço em pesquisas no Google.

Já brinquei de me procurar no grande guru cibernético inúmeras vezes e nunca havia me achado. Era frustrante.

Agora, sou uma pessoa mais completa e sintonizada.

Sintonizada e atrasada. Estou viajando. Não dá mais tempo de me alongar.

Tá friozinho com sol! Melhor temperatura do mundo.

Beijocas,
dri

5 dias, hein!

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Resultados

1º resultado: 4 x 2 LDU. E, por incrível que pareça, dei graças a Deus por ter ficado aí. Renato Gaúcho foi mais longe, acha que saímos no lucro. Thiago Neves tem quase certeza que o gol dele foi o gol do título... Caralho... Me sinto uma espécie de mulher de malandro com o meu time. Amo na mesma intensidade em que levo porrada. É um sofrimento do início ao fim do apito. E hoje não colocarei cantinho lá embaixo. Todo mundo sabe quanto foi, onde foi, com quem foi e etc. Teria várias coisas para falar, mas quero apagar o 1º tempo que nem o Luiz Alberto e irei me recolher até semana que vem, no Maracanã! E que esse papai do céu aí do Fernando Henrique também guarde bem a energia dele.

2º resultado: Depois de muito me descabelar, lembrei que o moço tem paixão por carros antigos. Carros em geral, mas os antigos são uma espécie de xodó. Foi um ponto de partida. Queria dar alguma coisa relacionada a esse universo. Queria dar um carro propriamente dito, mas ainda não cheguei lá. E uma miniatura seria muito mixuruca. Então... resolvi usar Camila e suas habilidades manuais. (Ficou esquisito isso, né? Parece que contratei Camila para brincar com o rapaz...). Mas não. Paguei Camila para presenteá-lo. (ôpa! A coisa continua estranha...). Camila fez um quadro é isso. Camila é boa. (tá foda...). Mas a menina é realmente boa com as mãos. Uma artista. Bom, ele foi seu primeiro cliente (...). Ela fez uma espécie de montagem com gravuras de carros antigos lado a lado. Ficou fofo.
Olha só:


E, para não dizer que eu nunca dei flores para ele...



O menino adora jujubas. Aí, dei um arranjo de jujubas!
Eu que fiz. Mentira. Shshshsshsh

6 dias para o Maracanã. Um jogo de vida ou morte. Pro meu pai, literalmente. Não sei nem como ele não morreu desta vez. Nunca vi o cara da cor que ele ficou ontem. Preocupante.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Combinações Astrais

É hoje! É hoje que o Fluzão joga o 1º jogo da final contra o LDU e é hoje que eu faço três anos de casada. (E foi hoje também, há 13 anos, que o Renato Gaúcho fez o histórico gol de barriga que nos deu o Carioca de 1995).

Há muito tempo, eu disse uma frase que hoje li parecida numa revista furreca e do século passado no consultório da minha dentista. Vou escrever a minha versão que é melhor: ‘pessoas muito parecidas funcionam, mas não se sustentam’.

E, repara só, é verdade. Claro que é. Eu, por exemplo, me imagino namorando um monte de gente que eu adoro, que pensa como eu, que entende os meus pontos de vista, que se diverte com as mesmas coisas, lê livros parecidos e por aí vai. Mas só me imagino casada com meu atual marido, que não tem absolutamente nada a ver comigo.

A maioria dos meus amigos próximos ‘seguem meu estilo’, digamos assim. Vieram mais ou menos dos mesmos lugares, foram criados mais ou menos da mesma maneira, passaram mais ou menos pelas mesmas fases. Fiquei, namorei, saí com um montão deles. Mas fui acabar com um cara que quase não fala a minha língua. Aliás, diria que, muitas vezes, não fala mesmo. Mas foi assim, sem se entender, que a gente foi ficando, ficando, ficando. Incrível, não?

O início foi o mais complicado. Tinha a parte do ‘tudo é novidade’, mas na maioria das vezes as novidades vindas dele, não me agradavam muito. Não tínhamos nenhum amigo em comum. Nenhum! Nunca tínhamos nos visto antes. Falávamos de coisas totalmente diferentes. Ele era contra absolutamente tudo o que eu havia feito na vida e eu continuava contando minhas histórias sem freio.

Por um motivo astral que até hoje eu não sei explicar, a gente foi se sustentando. O negócio foi se ajeitando aos trancos e barrancos e a coisa engatou, para a alegria da minha família que já havia se conformado com a hipótese deu não casar nunca, alardeada por mim durante muito tempo.

Acabei sendo a primeira a casar de todas as minhas amigas. Meu pai foi resistente até o fim. Foi o último a acreditar que a coisa era séria. Quando se abriram as portas da igreja, ele apertou minha mão, olhou firme pra mim e disse: “é isso mesmo?”. Acho, do fundo do coração, que se eu dissesse ‘não sei’, ele teria saído correndo comigo dali, sem pensar.

Lá se foram oito anos desde que começamos a namorar. E quer saber? Continuamos muito diferentes. Ninguém fez grandes mudanças para se adaptar ao outro. Acho até, que se isso acontecesse, o caldo entornava. Somos os mesmos de antes com alguns aninhos de vida a mais.

Muita gente - aliás, acho que quase todo mundo - não entende mesmo como a gente existe enquanto casal. Tirando a minha família que se livrou de um problema, nem os meus amigos entendem muito bem e nem os dele.

E há quem ache que a nossa vida, então, é um inferno. Não é. Não é mesmo. Brigamos muito pouco, apesar de nos desentendermos e discordarmos bastante. Fazemos várias coisas ao contrário e diferente da maior parte dos casais. Eu falo tudo. Ele escuta tudo. Eu sou imatura. Ele é impressionantemente acima dos meus ataques e crises. Não consigo ficar presa. Ele sabe. E solta. Solta e puxa no momento exato. Dou escândalo, ele fica quieto. Não tenho certeza de nada. Ele tem uma segurança inabalável. Falo o que não quero falar. Ele entende exatamente o que eu queria dizer.

‘Pai, é. É isso mesmo.’ Só faltava ele torcer de verdade para o Fluminense...


7 dias para a final histórica no Maracanã.

terça-feira, 24 de junho de 2008

Leitura Dinâmica

Mentira. Só coloquei esse título porque achei bonitinho e tem mais ou menos a ver. Mas as leituras de que vou falar não são dinâmicas. Não são dinâmicas no sentido de que não apenas passo o olho. Eu leio mesmo. Com interesse, vontade e curiosidade.

Mas estou vivendo um conflito. Já vivia antes, mas piorou de uns tempos para cá. É o seguinte: nós, seres do novo milênio, da modernidade, somos bombardeados com muita informação. E isso está quase dando pau no meu HD à medida que, em vez de selecionar e descartar, venho acrescentando coisas novas para ler.

Teve uma época em que tentei ler dois jornais – O Globo e A Folha de São Paulo -, mais duas revistas semanais – Veja e Época -, e mais um livro da vez. Não deu. Acabava com tudo acumulado e passava o fim de semana na piscina tentando colocar a leitura em dia. Fiquei só com O Globo e o livro por um tempo.

Aí.... Bom, aí foram entrando os sites informativos (estou considerando qualquer tipo de informação, sem preconceitos). Globo.com; Terra, Ego, Planeta Bizarro e uns outros aí de fofocas. Fiquei com O Globo, Globo.com e Ego.

Aí de novo..., resolvi entrar na era dos blogs. E danei de ler blogs alheios para checar como anda o mercado. E fico horas a fio a ler. É impressionante a capacidade que outros mortais como eu têm de escrever besteiras interessantes. Não consigo parar de ler. Passei meses com olheiras. Dormia muito tarde lendo tudo de todo mundo. Começou a afetar a minha vida profissional e sexual.

Achei que era hora de diminuir.

Bom, hoje estou com O Globo; Globo.com; Ego; “A Menina que Roubava Livros”; e blogs que leio com mais ou menos freqüência.

blog do Fernando Caruso - http://bloglog.globo.com/fernandocaruso -;
da Isabella Saes - http://www.isabellasaes.com.br -;

... e de outros que vou entrando pelos outros. Uma coisa meio amigo do amigo, que nem orkut.

Um parêntese aqui para falar uma coisa: comerciais. Já havia falado do ‘na casa do Pedrinho’. Tá, mas é que há mais dois comerciais que me divertem atualmente: o do Niely Gold com o Richard Gere. (o que é aquele homem falando “que cabelo lindo”!?); e o do chocolate Twix com os três caras falando “caramelo”, “biscoito” e “chocolate” como se estivessem numa espécie de ataque epilético. Adoro!

Niely Gold: http://br.youtube.com/watch?v=4QqGrObUgL8

Twix: http://br.youtube.com/watch?v=8DIuyi4-3mI


É AMANHÃ, hein! E faltam ‘só’ 8 dias para o Maraca.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

E agora?

Antes, um espaço para o meu horóscopo. Fazia tempos que não aparecia nada filosófico e engraçado nele. Apareceu:

Corte vínculos afetivos com a situação que está dolorosa para você. Mas atenção! Cortar, sim; esquecer, não. Senão não se aprende nada com a experiência.

Pois é, mas adoro vínculos...

Bom, vamos lá: sabe quando uma data importante está distante e aí, mesmo que o tempo vá passando, a sua impressão é que a ocasião especial ainda vai demorar. Pois é. Me fudi. Mais uma vez.

Depois de amanhã, faço aniversário de casamento. Três anos. E fui achando que estava longe e agora me desesperei. Não por me dar conta que estamos mais um ano juntos. Até aí, tudo bem. É que não pensei em nada para dar para ele. E não tenho a menor idéia se ele vai fazer alguma coisa ou me dar alguma coisa diferente. Estou em pânico. Vou ficar arrasada se ele fizer algo fofo e eu der, sei lá, uma camisa.

E o pior é que eu sou boa nessas coisas. Não sou daquelas de fazer coisas mirabolantes tipo ‘siga pistas’, presentes feitos a mão, caixas dentro de outras caixas... mas costumo ter idéias simples e de impacto. Costumo. Mas desta vez, estou totalmente perdida. Não sei nem por onde começar.

Sei que devemos viajar. Já peguei ele algumas vezes olhando o guia 4 rodas. E quando ele faz isso é porque vem viagem por aí. Tomara que seja só isso. Só, não. Adoro viajar. Mas tomara que não seja a viagem e mais alguma coisa significativa.

Eu nunca sei quando ele vai aprontar. Ele é, talvez, a única pessoa que eu conheço que realmente sabe planejar, disfarçar e fazer uma surpresa. Ou então eu sou muito desligada mesmo... o que é muito provável.

Não agüento mais dar objetos com gravações. Quando fizemos 1 ano dei tipo uma placa de vidro com metal onde gravei parte da letra de uma música e a data. No segundo ano, gravei outra vez a data num mega canivete suíço. E já gravei outras coisas em outros objetos. Canetas, pesos de papel... Acho que estava tentando marcar território. Agora, cansei.

Tenho uma amiga muito esperta que soube fazer de uma situação ao acaso algo simbólico, relativamente barato, e que resolveu o problema dos presentes para o resto da vida. No dia do casamento dela, ela e o marido acharam uma moeda rara e antiga de outro país aí qualquer no chão e guardaram como um amuleto da sorte. Aí, quando eles fizeram 1 ano, ela ‘fez ele achar’ outra moeda antiga de um outro país. No 2º ano a mesma coisa e assim por diante. Eles farão uma coleção de moedas raras que ficarão num pote de cristal na sala e terão história para contar aos netos.

Eu iniciei uma coleção de objetos gravados, mas enjoei deles...

Bom, é isso. Achei que escrevendo aqui, me dedicando ao assunto por alguns minutos, talvez tivesse uma luz. Nada... Tô ferrada.

2 dias para o 1º e 9 para o 2º!

domingo, 22 de junho de 2008

Super-Gêmeos Ativar!

Forma de um som de periquito! Não sou velha. Peguei aí a tal da geração internet numa idade razoável. Deu para me acostumar com a revolução tecnológica. Mas não paro de me surpreender com esse mundo virtual, meio buraco negro, onde há de tudo, sem limites visíveis e imagináveis. A internet hoje é capaz de tudo.

Por quê? Por que estou aqui a falar de internet? (nossa, saiu meio português de Portugal, não?) Bom, porque eu precisava achar um som hiper, super, mega específico para colocar num vídeo que eu estava editando e achei o barulho estranho, exatamente como eu estava na cabeça em, sei lá, três minutos. E olha que eu nem sou das mais espertas e sagazes para descobrir páginas e sites incríveis.

Há que se falar do google. Sem ele a internet seria, aí sim, um grande buraco negro desconhecido. E é aí que entro no meu título criativo.

Internet e Google são uma espécie de Super-Gêmeos. Juntos são capazes de tomar a forma de qualquer coisa e nos salvar das mais perigosas situações. O resto da liga da justiça seria composta pelo Windows e seu mestre Bill Gates, o Youtube, o Emule, o Hotmail e outros heróis menos famosos só para encher a sala de justiça, mas que ninguém lembra direito o nome.

Minha irmã não sabe muito bem quem são os Superamigos. Tirando a Mulher Maravilha e o Super Homem, não sabe citar mais ninguém.

- Tem aquele da água também, não tem?
- Tem, Taty. Adivinha o nome dele?
- Sei lá. Aguaman.
- Quase Taty. Quase...
- Como é?
- Aquaman.
- Ah, é que eu não terminei o curso de inglês.
- Hã?

Enfim. Já meus pais se confundem com os novos personagens.

- O que é eMule?
- É um programa para baixar música e vídeos da internet, pai.
- É para burros?
- Não, pai. Não é difícil. Eu te ensino, vem aqui.
- Não. Tô perguntando porque o deseinho do ícone é de um burro, oh. É para burros?
- É uma mula, pai.
- Ah! Mule, mula. Que coisa. É para mulas?
- ...

Fiquei seriamente preocupada com o meu futuro. As coisas estão mesmo cada vez mais complexas de serem entendidas e operadas. O que será que meus filhos e netos vão saber que eu não sei? Angustiante isso. Terá algo mais incrível que a Internet e o Google!?


Ninguém soube tirar a minha dúvida do Coritiba X Curitiba. Nem papai. Só um lá que falou que talvez seja porque a torcida deles se chama Coxa. Aí, pegaram o ‘co’ de coxa e fizeram um combinado com Curitiba. Sei não... Continuo achando estranhíssimo.

3! dias para o 1º e 10 para o 2º. Agora sim está com cara de contagem regressiva!

sábado, 21 de junho de 2008

Relatividade

Para uns, eu não fiz nada o dia todo. Para muitos outros e para mim, eu fiz tudo.

No jogo passado da Libertadores, Flu X Boca, um iluminado e paciente amigo meu ficou cinco horas na fila para comprar nossos ingressos. Matou o trabalho, ficou sem comer, em pé e blá blá blá. Falei que ele era louco e tal, que eu não teria agüentado ficar tanto tempo e mais blá blá blá.

Não é que agüenta!? Claro que agüenta. Quando você está lá, você agüenta. É incrível.

Fui dormir ontem bem tarde, escutando o povo que já estava na fila cantar sem parar. No início, estava achando divertido. Mas quando o sono bateu de verdade, fechei a janela e liguei o ar-condicionado.

Sonhos. Sonhos são estranhíssimos. Sonhei que eu não conseguia chegar ao Fluminense para comprar os ingressos. Depois, quando eu chegava, o clube não estava mais lá e aí, eu tentava ir para o Maracanã, mas estava só de camisola na rua (?)... Enfim, loucuras desse nível.

Às 7h o despertador e o telefone tocaram ao mesmo tempo. Era o amigo iluminado da outra vez me acordando para começarmos a saga, agora na vida real.

Ele saiu da Tijuca e foi ver a situação do Maracanã, enquanto eu fui à pé para as Laranjeiras. Graças a Deus, o clube continuava lá. Não fiquei na fila do lado de fora, que – juro – às 8h da manhã já estava lá na General Glicério. Compro lá dentro. Mas a fila também não estava nada animadora.

Bom, fiquei. Fui ficando. Sozinha. Renato, o amigo, já tinha desistido do Maracanã e ido para São Cristóvão. A minha fila estava andando rápido demais. Desconfiei, mas senti uma ponta de felicidade. Óbvio que a minha desconfiança tinha cabimento. Quando cheguei lá na frente, descobri que era uma fila para pegar uma senha!

Minha senha: número 804. Fiquei. Sozinha. Mas, numa situação mais confortável: na arquibancada, na sombra, vendo um jogo treino da galera. Estavam lá os Thiagos Silva e Neves, meu querido Conca, Somália! - tinha até me esquecido dele - e mais uns gatos pingados. Renatão passou, fez um alongamento básico e sumiu.

Já o Renato amigo torcedor desistiu também do São Cristóvão e foi encontrar minha irmã na Gávea. Após algumas horas, eles me ligaram para falar que havia acabado lá também. Taty apelou e ligou para o Toti, amigo do papai e vice-presidente alguma coisa do clube. Ele atendeu!, mas falou que só podia confirmar se dava ingresso para gente na quinta de manhã.

Ou seja, eu lá dentro das Laranjeiras, era a última esperança para garantir nossa ida ao principal jogo da História do Fluminense. Fiquei.

No tempo em que estive lá sentadinha e escutando a mulher no microfone chamar número por número desde o nº1, eu conversei com um monte de desconhecidos, encontrei alguns conhecidos, recusei uma praia, comi só um Trio para não gastar dinheiro, senão não daria para comprar ingresso para todo mundo e tomei espôrro pelo telefone porque avisei que não iria comparecer a um almoço lá do lado dele.

- Você está aí desde que horas?
- 7h30.
- Você está maluca? São 13h30 da tarde.
- Eu sei.
- Você vai ficar aí o dia todo, não vai fazer mais nada?

Para uns, não fiz nada... mas para mim, fiz tudo. Às 14h30, já com Renato e o irmão lá comigo, conseguimos encontrar um outro amigo que tinha uma senha um pouquinho melhor e sentimos na mão, orgulhosos, nossos ingressos suados.

Tomados de um alívio indescritível, fomos encher a cara ali mesmo. Merecíamos. Nós e outros sócios e torcedores satisfeitos. Todo mundo como numa mesa só.

Exausta, fui resgatada por ele que me tirou lá de dentro um pouco à força. Me apeguei ao lugar em que estava a tanto tempo... No carro, no ínfimo percurso do Fluminense até em casa, já apaguei. Tadinho, me trouxe nos braços até o sofá. Subir a escada já era demais...

Acordei agora e, por um momento, cheguei a pensar que tinha sido mais um sonho. Por via das dúvidas, corri até a bolsa e verifiquei os ingressos. Estavam lá. Que venha a final de 2 de julho! NENSE!

Cantinho do Fluminense

Então, passei dias achando que eu sempre tinha escrito o nome da cidade de Curitiba errado. Tudo porque estou a semana toda lendo no jornal que o Fluminense ia jogar com o Coritiba (?). Mas, descobri que não sou burra. A pessoa que escolheu o nome do time que é incoerente. Fluminense enfrentou o Coritiba de Curitiba. Que diabos...

Data do jogo :: 21.06.2008 :: 18h10
Local :: Na casa deles
Campeonato :: Brasileiro
Placar :: 2 x 1 (Coritiba x Flu) :: E a lanterna continua.

Mas... faltam só 4 dias para o 1º e 11 para o 2º. O negócio está voltando a esquentar...

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Crianças

- Tia Dri, eu engoli um caroço de Tangerina. Será que vai nascer uma tangerineira em mim?

- Acho que não.

- Se nascer, ela vai sair pela boca, pelo nariz ou pelos ouvidos?

(pausa)

Resposta pensada: pelo cu.

Assunto delicado. É perigoso falar de crianças. Há sempre o risco eminente ou iminente – assumo, não sei a diferença neste momento – de alguém se magoar. Falar mal do filho dos outros faz qualquer pai ou mãe virar bicho. Por isso, não citarei que pentelho ou pentelha travou o diálogo acima comigo. Mas é um pentelho encravado.

Não tenho com crianças o que tenho com velhinhos, por exemplo. Velhinhos conseguem o que querem de mim. Sinto pena e compaixão imediatas. Mas crianças, nem todas. Crianças remelentas, melequentas, sujas não são bonitinhas aos meus olhos. Minha mãe diz que quando eu tiver o meu, não vou me importar. Tomara.

Mas há muitas crianças mal educadas por aí. E elas têm habilidades incríveis como falar palavras como ‘tangerineira’. Pensa bem. Essa criança não é uma dissimulada? Ela consegue falar tangerineira!? A peste é inteligente e vai arranjar algum jeito de te infernizar a vida.

Essa peste específica não é nem de longe bonitinha. E passou longe do fofa. Tem um olhar ameaçador, sabe?

A essa altura já deve haver um pelotão me censurando. Pensando: ‘como pode, ela falar assim de uma criança?’ Meu Deus!

Por que todas as crianças do mundo têm que ser imaculadas? Por que temos que partir do pré-suposto que eles todos são pequenos anjinhos? Não podem existir diabinhos? Gente que nasce meio podre já? Nem estou falando que a culpa é sempre dos pais. Não estou julgando a educação que ninguém dá a seus rebentos. Só estou defendendo um ponto: nem todas as crianças são dignas de confiança.

Pronto, falei.

5 para o 1º e 12 para o 2º.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Cheia de Amor pra Dar

Querida Deca, eu te amo. Muito. Você é a amiga mais bem-humorada, divertida, engraçada, bonita e moleca que eu tenho. E olha o problema que você acaba de me arrumar! Vai ter gente reclamando... Mas é verdade.

Desde que te conheci, fiquei mais leve, menos dura (estou falando da minha personalidade. Continuo pobre...), mais descontraída e feliz. Não imagino meus anos de PUC e Globosat sem você. Foi tudo uma festa.

Você foi a grande responsável por eu ter me fantasiado pela primeira vez num carnaval após a infância e te agradeço por isso. Graças a você, meu período de intervalo de namoro foi incrível. Não deu tempo nem de sofrer. Ele que não me ouça...

Por você, conheci gente alegre e de tudo quanto é tipo. Nunca vi... oh garota para se dar bem com todo mundo! Mais que isso. Oh garota danada que faz gente como eu, que não preza pela simpatia, se dar bem com todo mundo. É isso. Uma das grandes lições que aprendi com você é que vale à pena sorrir de bobeira para quem passa. (Vai que ele é gatinho e está solteiro...)

Por causa de você fui e voltei tantas vezes de Niterói, achando que estava ali na esquina. São momentos, tardes, dias tão gostosos que iria até a pé, sem nem ligar. E uma pessoa maravilhosa, não é de se admirar, vem de pais maravilhosos. Invejo com muito carinho a relação que você tem com seus pais, a união e a alegria da sua família toda. O casamento da sua irmã foi o melhor que eu já fui na vida. (estou incluindo o meu) E olha que eu nem conhecia muita gente. Seu pai de cartola, na frente, comandando a bateria da Mangueira é uma das imagens que guardarei na memória.

Não consigo lembrar de você sem ser com um sorrisão no rosto. E os dentes perfeitos, filha da p...

Sabe quando a gente é adolescente menina e não gosta muito de ter amigas muito bonitas para não sumir do lado delas? Sumo do seu lado com prazer e com orgulho. Isso hoje. Mas tenho certeza que se tivesse te conhecido antes, não seria diferente.

Sua beleza física é admirável, mas seu recheio é infinitamente mais significativo. Uma criança grande. Uma amiga gigante. Uma mulher de 1,70 e muitos. Você é um exagero só. Mas não faz mal à saúde. Nem um pouquinho. Love U!

Não é por nada não, hein... mas este Brasil e Argentina foi muito do sem graça. Fluminense e Boca foi infinitamente mais interessante.

Teimoso esse Dunga. Deixa todo mundo zangado (piadinha nível ‘ELE’)

Enfim, faltam 6 dias para o 1º e 13 para o 2º...

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Ex-marido

Já passou de meia-noite. Então, já posso escrever de novo. É que não quero perder o frescor da coisa. Acabei de debater o assunto no carro, voltando para casa. Estou com um probleminha básico. Um detalhe na minha vida que está atrapalhando a minha imagem. É que toda mulher moderna e bem-resolvida que se preze tem um ex-marido, certo? Pois é. Eu não tenho. E não está combinando com o meu estilo independente, cool, prafrentex...

Levei a questão ao meu próprio marido. Segundo ele, eu ainda estou nova. Dá tempo dele desistir de mim. Ele disse que deve me largar quando eu estiver com uns 40. Foi aí que me emputeci. Ah não. Com 40 não! Se for largar, tem que ser antes.

- Quando? Agora?
- Não. Mas precisamos impor um limite.
- Qual?
- Sei lá. Um limite que ainda dê para eu ter filhos.
- Filhos? No plural?
- Sim. Acho que quero dois.
- Porra, então tenho que te largar logo. Você não é mais nenhuma garotinha...
- De novo essa história. Sou sim. Tenho cara de criança.
- Já contou isso pro seu útero?
- 33.
- O limite?
- É. Se você for me largar tem que ser até os 33.
- E você acha mesmo que vai conseguir casar de novo aos 33, desesperada e sem filhos?
- Não estarei desesperada. Tem um monte de gente que casaria comigo.
- Quem?
- Não vem ao caso.
- Coitado. Avisa para ele que é melhor não pedir referências.
- Eu posso ter filho antes, com você mesmo e depois separar. Aí, é mais fácil alguém me querer.
- Com dois filhos e um ex-marido?
- E daí? É super moderno. São as famílias do novo milênio. Uma salada. Dois pais, duas mães, um monte de irmãos. O negócio é casa cheia!
- Casa cheia e dinheiro.
- É verdade. Custa mais caro.
- Divórcio também. Custa uma grana.
- Quanto?
- Não sei direito. Mas já fui ver uma época e era tão caro que desisti.
- Como assim? Você ia se separar de mim?
- Claro né, Adriana. Só casei com você.
- Por que você nunca me disse?
- Já disse várias vezes.
- Não. Que foi ver quanto custava o divórcio. Eu podia dividir os custos.
- Não, não podia.
- Joga na cara que eu ganho pouco, joga.
- Você ganha pouco.
- Eu ganho pouco, serei uma separada sem filhos e com 33 anos ou com dois filhos e um ex-marido e você não vai dar referências. Talvez seja melhor eu ficar com você mesmo.
- Eu também acho.
- Mas lá pelos meus 30, uma coisa meio crise e tal, a gente pode se separar só para os olhos da sociedade e depois voltar? Assim eu ganho um ex-marido para a minha imagem e no fim das contas fico com você mesmo. Olha, é mais moderno ainda! Pode ser assim, então?
- Não sei. Vou pensar.
- Até quando? Tem que ter um limite...

7 dias para o 1º e 14 para o 2º...

terça-feira, 17 de junho de 2008

Estilo

Falei aqui que fui no Fashion Rio, né? Então, não tem nada para fazer lá, a não ser ficar olhando a roupa dos outros. Eu fui meio básica. O máximo que havia de ousadia em meu look - é assim que fala – eram uns brilhinhos na alça do vestido. O resto era sem graça toda vida perto das cores, estampas e criatividade de 90% das pessoas que circulavam pelo local.

Pois é. Criatividade. Sou criativa em diversas áreas da minha vida. Para escrever, no trabalho, para dar presentes... Mas para me vestir, esse meu lado aflorado não aflora. Além de uma baixa resistência a coisas desconfortáveis, desconfio que seja por causa de um pouco de falta de paciência e dinheiro. Ainda assim, há quem diga que uma cabeça criativa na moda consegue montar os tais looks sem gastar muito. Bom, eu não sou uma dessas cabeças.

Sou uma reles mortal que adoro comprar roupas, mas costumo não conseguir fugir do preto e do clássico. Não gosto de porcaria e me recuso a entrar em determinadas lojas que, para o meu marido dá no mesmo - mas não dá -, mas não enlouqueço. Adoro calça jeans e blusa branca. Mas a blusa branca não precisa ser Hering e a calça tem que ter uma modelagem quase feita para mim. Aliás, um parêntese rápido: (amo homem de camisa social branca e calça jeans. Fico louca. Uma coisa meio mal educada que não consegue parar de olhar. Juro. Não precisa nem tirar a roupa. Vem assim mesmo e me joga na parede).

Bom, voltando ao estilo fashion de ser, também queria falar de algo um pouco contraditório que sempre me pega como uma armadilha. Há coisas que sem saber muito bem porquê você passa a gostar e quer usar. A explicação é simples: está na moda. Nessa temporada, aconteceu isso comigo com os shorts de tecido usados com meia calça opaca escura ou colorida. Acho que cai super bem e viva! ficou ótimo em mim também. Mas aí... Eis a contradição: você quer usar porque está na moda, mas, ao mesmo tempo, passa a não querer mais porque está todo mundo usando. É claro, pombas! Se está na moda, vai todo mundo usar.

Enfim, o fato é que comprei um monte de shorts e meia de tudo quanto é cor e agora não consigo mais usá-los. Está aí parte da explicação de porquê nós mulheres vivemos comprando roupas novas. É porque só dá para usá-las num raro intervalo entre ‘estar na moda e o mundo está usando’. É um intervalo mínimo, sutil mesmo. E é por isso também, maridos, que nós quando limpamos o armário para fazer doações há um monte de roupa nova. É, essas pegaram um intervalo curtíssimo ou nem chegaram a ser usadas porque perdemos o timing. Acontece. Com todas as mulheres. É super normal e, agora, depois desse testemunho aqui, muito compreensível.

8 dias para o 1º e 15 para o 2º...

segunda-feira, 16 de junho de 2008

A Caixa de Adriana

Preparem-se para saber mais um causo da vida de uma garota inquieta, eu.

Em um determinado momento da minha infância, lá pelos 11, 12 anos – sim, na minha época, isso ainda era considerado infância, Graças a Deus! – cismei com mitologia grega. Acho que foi porque comecei a ver algo no colégio e também porque ganhei aquele “Livro de Ouro da Mitologia”.

Bom, a questão é que fiquei encucada com a historinha da Caixa de Pandora. Para quem não sabe ou não lembra, um breve resumo:

Pandora foi a primeira mulher criada por Zeus. Uma espécie de Deus, tão sacana quanto o da Bíblia. Ele criou a tal Pandora e deu na mão dela, UMA MULHER, uma caixa, cheia de coisas, que ela não podia abrir. Óbvio que a moça abriu e fudeu com a humanidade dali em diante. Da caixa saíram a velhice, o trabalho, a doença, a loucura, a mentira e a paixão. E ficou lá no fundo a esperança. A tal última que morre...

Essa idéia de uma caixa fechada cheia de coisas meio aleatórias é que ficou na minha cabeça. Aí, um belo dia de tédio total em um fim de semana em Ibicuí - lá onde minha família tem casa, já contei -, resolvi pegar uma caixa de papelão e colocar coisas dentro. Lembro que botei uma panelinha da minha coleção, um pedaço de um pano de prato, um batom de mamãe, um papel de carta, mais alguns cacarecos e um pires que tirei da louça de vovó, escondido. E enterrei. Uma coisa meio cachorro.

Não, nunca fui lá desenterrar o negócio. Na verdade, nem lembro o local exato mais. Mas isso foi meio de propósito. Enterrei com um sentimento romanceado de que algum dia, alguém muito tempo depois, desenterraria meus segredos. Pelo que sei, eles ainda estão enterrados.

Mas por que estou falando isso tudo? Porque ontem, na capa da revista de Domingo do Globo (olha ele aí), saiu a foto de um prato que foi encontrado enterrado. Lembrei do meu pires. Do pires de vovó, perdão. E fiquei pensando algumas coisas que queria compartilhar aqui:

Por que diabos dão tanto valor a coisas que, muito provavelmente, não são nada demais? Os caras fazem um alarde imenso porque encontraram pedaços de um prato de louça portuguesa, numa escavação no Centro da Cidade. Uma relíquia do século XVII! Relíquia por quê? E se esse prato fosse algo como uma louça de dia-a-dia que uma pessoa qualquer comprou numa espécie de Casa & Vídeo das antigas? Vai que é um pires que uma criança travessa enterrou de brincadeira no quintal da avó? Enfim, qual é o valor fenomenal que há num prato? E que História toda é essa que um prato quebrado pode contar?

Fico imaginando arqueólogos importantíssimos de dois séculos a frente encontrando a minha caixa de papelão. Olha o puta trabalho que os caras vão ter para tentar montar meu quebra-cabeças! Vão perder anos e anos de pesquisas tentando achar uma lógica num batom ao lado de uma panelinha minúscula e um papel de carta. Daí, vão traçar toda a história de um povo que viveu há 200 anos.

Sei lá. Eu acho essa história de fósseis e sítios arqueológicos um trabalho muito do chutado. Neguinho sai achando e chutando um monte de significados e teorias impressionantes. Fora que cadê a relevância de saber da história do fulano, dono do prato, no século XVII? Ele podia ser qualquer um. Podia ser eu! Pena que não estarei aqui quando acharem a minha caixa...

Faltam 9 dias para o 1º jogo e 16 dias para a final.

domingo, 15 de junho de 2008

Nada Óbvio

Lembra da crônica do pastel? Aquela que eu falava em sair da rotina?

Bom, primeiro eu quero falar como é gostoso voltar a ler um livro. Estava há um tempo só na leitura do dia-a-dia (que, pra mim, significa O Globo e Globo.com. Sou totalmente vendida para a máfia do falecido Roberto Marinho) e bobeiras, como blogs alheios, revistas de fofocas e sites de celebridades. Bobeiras essenciais para a minha vida, hein! Não estou menosprezando.

Enfim, estou de volta a uma leitura construtiva. O livro é “A Menina que Roubava Livros”. (ok, estou atrasada. Todo mundo já leu. Mas isso é comum. Sempre leio um pouco atrasada. Li “O Código Da Vinci” bem depois do burburinho).

Mas o fato é que estava me sentindo superficial demais, sem conteúdo. Nada contra. Mas acho que não pode estender muito essa fase vazia. O ideal é ir revezando, equilibrando. Uma “Caras” aqui, um Machado de Assis ali, um “Ego” acolá, um Nelson Rodrigues...

E eu, com minha mania de pinçar frases, bati o olho em mais uma que me encantou. A situação era a seguinte: uma mãe e uma filha, que viajavam num trem, foram surpreendidas com a morte do filhinho menor. As pobres precisaram saltar na estação seguinte e enterrar o pequeno. Fazia um frio horroroso. E, após a saga toda, as duas pegaram outro trem para continuar o destino anterior. Nesse momento, em que a menina senta, ela diz a seguinte pérola (sem ironia, nesse caso):

“E seguimos viagem como se tudo tivesse acontecido”.

Não é genial? A gente sempre usa certas frases, expressões, de um determinado jeito, engessado. Às vezes, nem prestamos atenção no significado. Vira defaut. E, de repente, se invertermos o sentido, olha só que coisa mais profunda.

Perdi a conta de quantas vezes falei “como se nada tivesse acontecido”. Na maioria delas, meio puta com alguém ou com um tom meio debochado. ‘Fulana falou comigo, na maior cara de pau, como se nada tivesse acontecido’. ‘Entrei, peguei minhas coisas e saí, como se nada tivesse acontecido’. E etc, etc, etc.

Agora, sentiram o peso embutido nesse ‘como se tudo tivesse acontecido’ da menina do livro? Toca fundo. Mostra dor, sofrimento. Enfim, me fez prestar uma atenção do cacete e sentir profundamente aquele momento ficcional. Essa é uma das grandes coisas que me faz querer escrever bem. Esse poder pelas palavras de mexer com as pessoas.

PS: E o Jamelão, hein... Vai com Deus...

Faltam 10 dias para o 1º jogo e 17 dias para a final.

sábado, 14 de junho de 2008

Casais

Ih... Ontem foi sexta-feira 13. Nem reparei.

Bom, vamos lá: casais podem ser algo muito perigoso. Não os casais em si. Mas um grupo de casais. E não estou querendo falar de swing, estou pensando apenas num grupo de casais amigos. Um grupo que se forma por ‘n’ mil motivos: ou porque trabalham juntos; ou porque as mulheres são amigas antigas e acabam colocando os maridos na roda; ou vice-versa. Esse é o meu caso. Tenho, vivo, faço parte – melhor assim – de um grupo de casais que se formou porque os meninos eram amigos da faculdade e, à medida que foram namorando e casando, inseriram suas mulheres no contexto. Eu sou uma dessas mulheres.

E, por uma benção divina, nosso grupo vive em total harmonia. Mentira. Às vezes, sai um pega pra capá ou outro. Mas, quando acontece, é entre cônjuges. E, atenção, essa seria uma situação com bem mais chance de dar errado. Os homens já eram amigos. As meninas é que tiveram que se conhecer, se aceitar e se gostar. Ao contrário, é infinitamente mais fácil. Homens são muito menos seletivos e exigentes em qualquer tipo de relação...

Mas nos adoramos. Não me lembro exatamente do início. De como fomos nos aproximando. Mas a coisa foi acontecendo naturalmente e hoje nos vemos numa média de duas vezes por mês. Viajamos umas duas vezes por ano e trocamos e-mails ‘sacaneativos’ toda semana.

E estamos tão unidos e vivendo felizes para sempre que até fizemos, anteontem, um Dia dos Namorados Grupal. Foi ótimo. Muito melhor que ficar só com ELE... Afinal foi o nosso... caralho! 8º dia dos namorados. Ah! Ganhei um pijama, só pra ficar registrado. Esqueci de dizer o que havia ganhado dele lá no dia 12. (mas, por incrível que pareça, gostei. Foi útil. É fofinho e estava sem para esses dias frios. É um empresário. Um homem de visão!)

Enfim, somos um grupo feliz. Vivemos numa espécie de seriado americano. Cada um tem um perfil.

Ficou definido que eu sou a saidinha disfarçada. E que ELE, o trouxa, comprou gato por lebre. Sou muito mais fachada que interior, digamos assim. Uma puta do pau oco. Fala, fala, mas, na hora do vamos ver, foge da raia. Além de trouxa, ele também faz às vezes de piadista. Ganha no volume, sabe? Faz tanta gracinha que, em algum momento, acerta.

Temos ainda o moço das tiradas rápidas, que sacaneia todo mundo, mas mais - bem mais - a mim. Mas assumo que tenho mania de deixar a bola quicando. A próxima é a nossa estudiosa e inteligente (alguns dizem que a moça é muito séria... não pode brincar com ela). E ela acaba de passar em mais uma fase de um concurso sinistro. PARABÉNS, Paulette! É quem vai ficar rica e nos sustentar.

Falta ainda a menina mais barata do grupo. Uma espécie estranha que gasta dinheiro de menos em coisas básicas como roupas, bolsas e sapatos. E que por isso, por ter outros valores, é a mais admirada pelos homens. E, por último: o prefeitinho da galera. O boa-praça, que está sempre de bom humor, topa tudo e abraça demais, segundo sua respectiva.

Somos os 6!

Faltam 11 dias para o 1º jogo e 18 dias para a final... (saco...)

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Submundo do SMS

Sabe aquela pergunta capciosa: “onde vão parar as canetas Bics?” Todo mundo já perdeu, pelo menos, uma na vida. E foi comprando ou roubando outras para substituir. Pois é, mas para onde vão as perdidas? Para o mesmo lugar que vão os guarda chuvas de 5,00 reais e as mensagens e torpedos não recebidos.

Há tempos queria falar sobre isso. Pensa bem. Quantos torpedos você já mandou que não chegaram ao destino deles? Eu já mandei vários. Mas há um torpedo pior do que o que não chega. É aquele que chega muito tempo depois. Tipo no dia seguinte, quando o que está escrito ali, muito provavelmente, já até perdeu a validade. E quem mandou nem lembra que fez essa burrice.

Celular sempre foi um perigo para bêbados. Mas enquanto eles só faziam ligações eram mais justos. Você tá fazendo a merda de ligar e alguém fez a merda de atender. Daí em diante, o que se fala e o que se escuta é de total responsabilidade das duas partes. Agora, torpedo não. Torpedo, uma pessoa manda e você não tem a opção de não ver. (Até tem, mas não conheço ninguém na face da Terra que receba um torpedo e consegue, simplesmente, não ver. A não ser a minha avó que não sabe como faz e, se bobear, nem o que é um torpedo...). O fato é que um torpedo tardio é ainda pior porque a pessoa que fez a merda não está mais consciente e o que recebe a merda atrasada fica meio sem entender o contexto. Uma coisa assim, acordando às 9h da manhã para trabalhar e vê escrito em seu celular: “já estou no décimo chopp. Beijo na boca”.

Essa frase recebida às 2h da manhã quando o outro lado também está se divertindo em algum lugar pode ser muito bem recebida e até gerar um bate papo quente madrugada adentro. Mas às 9h da manhã, com a pessoa acordando, o que vai acontecer é que ela vai ficar puta. Achar que o outro só pensa nela quando bebe e vai ficar de mau-humor o resto do dia. Olha aí a merda feita...

Mas o que eu queria falar é dos torpedos que nunca chegam. Esses, sim, um mistério do mundo tecnológico que podem causar estragos de maiores e menores proporções. Quantas vezes você fica se perguntando se o diabo da mensagem terá chegado ou não? ‘Como assim ele não vai responder?’; ‘Será que ele não gostou?’; ‘Será que exagerei?’; ‘Ai, meu Deus, não devia ter mandado...’. E aí, fudeu. Para uma pessoa completamente paranóica como eu, por exemplo, que tem pavor de pegar no pé alheio e faz de tudo para não ser chata, isso é mais do que suficiente para sumir do mapa. E, semanas, meses ou até anos depois, descubro que o torpedo nunca chegou ao seu destino...

Ou outra: você fica ali um tempão para tomar coragem e mandar a bendita mensagem. ‘send’. E ela cai no buraco negro... Não parece que as máquinas, às vezes, têm vontade própria? E, de novo, para paranóicos como eu isso é uma espécie de sinal que me avisa que não era para eu ter mandado mesmo. E me fecho outra vez.

Quem foi que disse que tecnologia avança a nossa a vida, hein? Sou mais um olho no olho. Sem dúvidas. Sem ‘send’, sem ‘clear’ e, o melhor: sem aquele ‘você tem certeza que deseja apagar essa mensagem?’.


E aí, foi engraçado? Menina, tô tensa com essa coisa de ser engraçada, agora. Que merda.

Cantinho do Fluminense

Nem vi o jogo. Mas papai não gostou. Enfim, empate. E continuamos lá atrás no Brasileiro.

Data do jogo :: 12.06.2008 :: 20h30
Local :: Acho que foi no Maracanã
Campeonato :: Brasileiro
Placar :: 1 x 1 (Flu x Santos)


Faltam 12 dias para o 1º jogo e 19 dias para o grande embate final. (só um comentário: quem foi o infeliz que definiu que a final seria um século depois da semi? O puto tinha uma viagem marcada na época, não é possível!)

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Dia dos Namorados

Sabe qual foi o meu primeiro presente de Dia dos Namorados? Um coração de chocolate, vermelho e grandão. Eu era uma criança e quem me deu o presente foi meu pai. Um pra minha mãe e um pra mim, as mulheres da vida dele. Tatiana, coitada..., nem pensava em existir ainda.

Bom, não é segredo pra ninguém (ninguém mesmo. Nem precisa ser meu leitor assíduo aqui pra saber. Está na minha cara ultimamente. Dou pinta fácil), que minha atual paixão atende pelo nome de Fluminense Futebol Clube. E que estou aguardando ansiosamente pelo presente que ele vai me dar que tem dia e horário marcadíssimos.

Bom, mas enquanto isso, eis o que acontece para a minha surpresa - boa surpresa, é bom deixar claro -: papai desencavou os velhos tempos e resolveu me dar, anos e anos depois, um outro presente nesta data comercial e que deixa o trânsito e os restaurantes do Rio de janeiro um inferno na Terra!

Ganhei dois pingentes com o escudo tricolor. Não é fofo? E olha só o que é mais fofo: sabe por que ganhei dois? Lembra que eu disse aqui que odeio ganhar coisas de valor porque morro de medo de perder e acabo não usando? Pois então, papai espertamente e dotado de uma sensibilidade que eu desconhecia lembrou disso. E me deu dois! Foi o jeito sensacional que ele encontrou de fazer eu usar o negócio no pescoço. Eu guardo um e assim uso o outro sem pânico. Gente, é ou não é o homem da minha vida?

Antes que me achem realmente uma doida varrida e fanática (não que eu não seja...) quero registrar que se trata de uma coisa discreta. Coloquei atrás, na argolinha do fecho do cordão que eu já usava. Quando me interessa, jogo ele pra frente. E beijo o escudinho que, pelo visto, se tornará uma espécie de amuleto.

Não tem mais jeito. Estou mesmo completamente inserida nesse contexto tricolor. E a coisa foi acontecendo meio sem eu perceber. É engraçado lembrar como tudo começou. Eu torcia pro Flu porque não gostava de ver papai triste. E adorava ver papai feliz! Mas era só por ele. Com o tempo e a paixão por outros tricolores, eu acabava torcendo para o bem da minha relação ‘conjugal’. Mas perdi o controle. Totalmente.

Vivo aquela relação intensa de amor e ódio. E fazer as pazes? Como é bom fazer as pazes com o Washington depois daquele período sem gols, com o Thiago Neves. Como é bom estar nas nuvens com o Conca e viver entre tapas e beijos com o Fernando Henrique. Estar ali naquele período da paquera com o Dodô. E ainda tem o Renato Gaúcho. Nenhuma mulher resiste a um canastrão... Hoje, posso falar que torço por mim mesma.


Ps: Uma coisa engraçada para você, Marquitos: (Se fudeu. Agora, pegarei no seu pé até o fim!)

Ontem fui ao Fashion Rio com um convite que era duplo.
Aí, entrego para a mocinha da porta, que diz:

- Cadê seu acompanhante?
eu, tentando ser engraçadinha... – Não quis me acompanhar.
(surrealmente, a menina engata num papo)
- Jura? Por quê? O que aconteceu?


Faltam 13 dias para o 1º jogo e 20 dias para o grande embate final.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Engraçadinha

E-mail recebido:

“Vou falar uma coisa que eu acho que você não vai gostar. Nem eu sei exatamente se é bom ou ruim. A questão é: acho que você está escrevendo melhor. À medida que está fazendo com que quem lê se envolva cada vez mais, dia a dia, com uma história aí que está sendo contada desde janeiro. Mas... Sempre tem um ‘mas’. Não dou boas gargalhadas há um bom tempo”.

É verdade. Não gostei. E também não sei muito bem porquê. Talvez porque seja verdade. Não tenho sido muito engraçada. Mas não é por mal. É natural.

Acho que a dinâmica é mais ou menos como a de um relacionamento qualquer. No início, a coisa é mais pavão. Todo mundo quer aparecer mais. Há uma cobrança interna de contar piadas boas, estar sempre bonita, ser interessante o tempo todo. É a fase da paixão, que, por si só, já é um combustível e tanto para se ter energia de ser interessante o tempo todo. Vamos combinar que é cansativo.

Bom, mas o tempo vai passando e sim, como o fulano disse, o envolvimento vai ficando maior. E junto com ele vem a intimidade e um certo relaxamento que não precisa ser encarado como desleixo. Não é passar a se vestir mal e a não ligar para ser ou não interessante. É apenas um sentir-se bem. Um sentir-se mais à vontade. Um comportamento mais aconchegante e sincero. É aí que eu queria chegar.

Carrego uma característica totalmente inerente. Ser sincera. Sou muito. Sempre fui. E é batata. Isso aparece naturalmente. E apareceu aqui. Venho aqui todos os dias. Às vezes, escrevo antes de escovar os dentes de manhã. Ou mulambenta, com roupa de deputado. E até nua se a inspiração bater. Não me incomodo. Adoro vir aqui todo dia. Me sinto em casa. Acolhida, segura, amada. Lida.

Por isso, é inevitável que o que saia de mim seja, muitas vezes, sem graça. Sou sem graça também. Bastante. Que nem todo mundo. Poderia fazer um esforço maior para tentar ser sempre engraçadinha? Poderia. Mas não controlo. Me envolvi.

Então, será assim. Às vezes, bom. Às vezes, ruim. A Vida como Ela É.



Faltam 14 dias para o 1º jogo e 21 dias para o grande embate final.

terça-feira, 10 de junho de 2008

Ei, você aí, me dá um pescoço aí!

Imagina que maravilha, se a gente pudesse ir até o hospital e comprar um pescoço novo! Uma perna, um braço, o que fosse. Assim, numa consulta médica. Como se a gente tivesse quebrado o braço, mas em vez de gesso (ou a tal botinha escrota do novo milênio), o médico, simplesmente, colocasse outro braço no lugar.

Eu estava precisando de um pescoço novo. O meu desaprendeu a ficar sentado de frente para o computador. E não é a cadeira. É o pescoço. Acreditem. Não sei mais o que fazer. Nem eu, nem o professor gatão do Pilates (que, aliás, não contei aqui, mas tem língua presa. Não dava para ser tão perfeito...).

Não estou dando força para o tráfico de órgãos, só de membros, embora pescoço não seja um membro. Falando em membro, já pensou a fila para comprar um piru novo!? Ia ficar assim ó de homens e mulheres desesperadas.

Meu pai queria joelhos novos para voltar a jogar bola. Não que ele tenha parado de jogar com os dele ruins mesmo. Mas ia ser um ótimo negócio para todos nós que escutamos o homem urrar de dor quase todo final de semana. E, no próximo, está lá entrando em campo outra vez.

Esteticamente também seria um grande adianto. Pra essas pessoas que tem uma perna mais curta do que a outra, por exemplo. Vai lá e experimenta vários modelos, até cair perfeito. Tipo roupa ou sapato.

Cabelo não vale. Mulheres enlouquecidas por fios lisos iriam inflacionar o mercado. Ia acabar virando bagunça.

Voltando ao meu pescoço, ele ainda não deveria estar fora do prazo de validade. Só tem 27 anos e no início nem era muito usado. Viveu relaxado um tempão. Não está na hora ainda de reclamar aposentadoria. E ele está muito enganado se acha que vou usar aquele treco de pescoço. Muito pior que a botinha escrota...

Faltam 15 dias para o 1º jogo e 22 dias para o grande embate final.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Bobagem

Vou falar uma bobagem. Não que o que eu venho falando aqui não seja bobagem. Mas imagina então a bobagem da bobagem!

Então, quero falar do meu celular. Do meu novo celular. Aliás, a relação estabelecida ultimamente entre nós e esses aparelhos daria uma tese, não? Ficamos totalmente dependentes desses negocinhos escandalosos. Outro dia, achei que tinha perdido o meu. Vocês precisavam ver como fiquei. Com os nervos à flor da pele. Parecia que eu tinha perdido dinheiro! O que atualmente nem é mais verdade porque é só você assinar lá um documento dizendo que você será fiel a sua operadora por mais um ano, que te dão o aparelho que você quiser. E essa história de que carregamos a vida lá, porque todos os nossos contatos estão ali dentro também está ficando meio fora de moda com a nova onda dos chips. É só passar as informações para um computador e sair por aí à vontade, podendo perder seu celular. Mas não adianta. Ameaçou ter perdido, vem aquela tremida do dedão do pé ao couro cabeludo.

Enfim, mas o assunto é o meu celular. Uma coisa mais específica. Não tive muitos celulares. Tive aquele amigo, lembram? Um tijolinho gorducho. Tive mais dois que eu usei bastante tempo e o meu penúltimo que era o que eu mais gostava. Ele não tinha nada demais. Até tinha câmera, mas que só serviu pra tirar fotos do meu afilhado e de um escudo do Fluminense da camisa de um amigo. Fora isso, nunca usei aquela merda. Bom, ele morreu. Do nada. Simplesmente não acordou mais. E levou as várias poses do meu afilhado e o meu amado escudo embora com ele. Fiquei realmente irritada. Foi em um dia importante de trabalho e eu tive que me virar nos trinta.

Bom, fui lá assinar o contrato de fidelidade mais uma vez e ganhar outro companheiro. Estamos juntos a duas semanas, mais ou menos. E a coisa não está funcionando bem. Não sou exigente. Não preciso de altas tecnologias, como já disse. Mas faço questão de coisas básicas como, por exemplo, OUVIR a pessoa do outro lado da linha! E, não pessoal, não é o volume! Dez pessoas já me fizeram essa pergunta e eu juro que está no máximo. Também não estou surda. Já testei em celulares alheios.

Estou me sentindo enganada. E o pior é que escolhi o danado só porque ele era vermelhinho. Vermelhinho, mas ordinário... Olha aí, lições de vida aplicadas a um singelo celular. Quem mandou escolher pela aparência?

Enfim, pra trocar de novo, tenho que esperar um período de, pelo menos, três meses. Até lá, só comprando outro. E aí, não dá. Vai que eu perco essa bodega.... Eu não gosto de ganhar nada muito caro. Sei lá, tipo jóia, por exemplo. Odeio. Porque fico tensa toda vez que eu vou usar. E não é com medo de ladrão, é deu perder mesmo. O que eu tenho, eu não uso. O que me causa outro tipo de problema, mas que eu acho mais administrável que o que eu teria se eu perdesse as ‘jóias da coroa de Portugal’...

Enfim, não falei que era bobagem? Pois é. Mas é uma bobagem que anda na minha bolsa todos os dias e vem me causando incômodo. Perdão.

Só para terminar, já que o tema é bobagem... Me revoltei com a nova novela das 20h que começa às 21h. Primeiro capítulo que eu vejo: está a Glória Menezes lá descobrindo falcatruas do Murilo Benício e aí, na hora de sair da empresa falsa do moço, se despede de um dos capangas assim: ‘- Obrigada, Marconi.’ Mas que falta de originalidade. Marconi Ferraço nem saiu da boca do povo e já repetiram o nome dele?!

Ainda a mesma novela e a mesma falta de originalidade. Li ontem, na Revista da TV, uma carta de Gilberto Braga falando dos 30 anos de “Dancing Days”. Ouvi falar muito dessa novela, mas não é da minha época. Então, foras as meinhas de lurex e a Sônia Braga, não sabia mais nada a respeito da trama. Eis que descubro que a sinopse gira em torno de duas mulheres que disputam o amor de uma jovem. Uma mulher acabou de sair da prisão e quer reconquistar a filha, criada pela irmã rica e dondoca. (?!) Meu Deus! É a mesma história de “A Favorita”. Assim não dá...

Cantinho do Fluminense

Rapidamente, que já falei muito...
Data do jogo :: 08.06.2008 :: 16h
Local :: No Sul
Campeonato :: Brasileiro
Placar :: 2 x 1 (Grêmio x Flu)


E agora, o que interessa: faltam 16 dias para o 1º jogo e 23 dias para o grande embate final.

domingo, 8 de junho de 2008

Formato de Cabeças

Talvez este seja o assunto mais estranho de que vou tratar aqui. Quero falar de formato de cabeças. Nada de filosófico, a coisa é anatômica mesmo.

Há formatos de cabeças em que um arco de cabelo, por exemplo, cai super bem. E eu acho lindo arco de cabelo. Mas usei muito pouco na vida. Mais um que ‘não é para mim...’.

Tudo isso porque vi na praia uma menina que tem o formato ideal para... usar arco de cabelo e ela estava com um. É uma coisa meio boneca. Meio quadrado, meio oval, mas sem ser cabeção. Acho super charmoso. A menina fica com um ar de Lolita, de pura, de limpa, de rica, sei lá. Fica com cara de anos 50. É, é assim uma coisa de outra época. Há formatos de cabeça que combinam com épocas específicas.

Homens sofrem mais que as mulheres quando têm um formato de cabeça estranho. Nós temos cabelos que podemos usar grandes, cheios, presos, soltos, meio presos, com arcos... Existem vários recursos que nos ajudam a disfarçar uma cabeça indesejada.

Mas eles têm poucos. Até tem os que usam cabelo comprido, mas nem sempre fica bom. Aliás, na minha opinião, quase sempre fica ruim. A não ser no meu marido que vive uma situação ao contrário. Ele não tem um formato de cabeça estranho, mas tem um cabelo muito bom e que cresce incrivelmente rápido e aí sempre usa meio grandinho.

Crianças são os seres que mais sofrem com formatos de cabeça. Freqüentemente, o tamanho fica desproporcional ao corpo. O que tem de criança cabeçuda por aí... Pior que cabeçuda é aquela cabeça que é maior na parte de cima, sabe? Uma coisa vaso de planta, com testão. Tadinhos... Geralmente, dá uma ajeitada com o tempo.

Não sei também se é pior a cabeça pirulito, um cabeção num corpo fininho, ou aquela cabecinha num corpão. Os dois são muito esquisitos.

Indo além um pouquinho, há os sem-pescoço. O que, inevitavelmente, chama a atenção para a cabeça. E o resultado final não é legal.

Há cabeças que têm uma espécie de ovo atrás. Também não curto. E vários homens de ovo na cabeça insistem em usar o cabelo raspado. Fica parecendo que eles têm um super galo atrás.

Cabeças parecidas com aquele filme insuportável que passa toda hora, como é?, “Cônicos e Cômicos”!, também tem. Achatadas também. E, de novo, não é legal.

Bom, falando assim, parece que tenho uma cabeça ótima, né? Tenho. Pelo menos, no formato.


Faltam 17 dias para o 1º jogo e 24 dias para o grande embate final.

sábado, 7 de junho de 2008

Achei!

Achei uma coisa que realmente me alegra por morar exatamente onde eu moro. Minha vizinhança é tricolor. É mesmo. O povo de Laranjeiras veste a camisa, é impressionante. Não precisa estar em época de jogo importante e nem é só em dias seguidos a vitórias. Não. As pessoas realmente são Fluminense e divulgam isso felizes e contentes.

Claro que o fato deu morar muito perto do clube em si, ajuda. Mas que é fofo ver um monte de criancinhas uniformizadas por aí, é. Elas e seus papais e mamães os levando orgulhosos e, muitas vezes, vestidos a caráter também. Gente, é lindo. Tem uniforme de tudo quanto é tipo, de tudo quanto é tamanho, de tudo quanto é época. É uma salada de grená, verde e branco pelas ruas.

Juro. É muito difícil ter um dia em que eu saia na rua e não esbarre com um conterrâneo do mesmo time. E isso é muito legal também porque um incentiva o outro. Ando muito mais vestida de Fluminense hoje em dia do que antes. Ganhei a camisa oficial e comprei outras duas de modelos para meninas na lojinha do clube. Uso toda hora. Vou quase sempre para o Pilates com uma delas. Adoro andar pelas Laranjeiras e receber sorrisos dos meus vizinhos. Não é raro, trocar comentários com um ou outro, ainda mais perto de jogo. E ninguém se importa se eu sou mulher. Tá vestindo a camisa, é do nosso time.

Quando eu fazia natação lá, várias vezes, eu chegava mais cedo só para ver a aula de natação para nenéns. Ta aí, esses eram momentos em que eu pensava feliz da vida em ter um monte de filhinhos tricolores.

Bom, é isso. Resolvi escrever sobre o Flu mesmo porque, ontem, quando tentei me desvirtuar, saiu uma coisa um pouco mal-humorada. Fiquei com remorso de ter falado tão mal do meu bairro. Aí, saí hoje na rua pra comprar jornal e passei por uns quatro ou cinco tricolores uniformizados como eu. Foi então que tive vontade e a idéia de escrever sobre as Laranjeiras. Tá dito.

Continuando as obs...

Falei ontem do tal técnico metido lá que disse que só tivemos sorte. Bom, especialmente pra ele, segue abaixo, uma das célebres frases de Nelson Rodrigues que já havia sido citada aqui mas não completa.

"Sem sorte você não chupa nem um chicabom,
você pode engasgar com o palito ou ser atropelado pela carrocinha."


Faltam 18 dias para o 1º jogo e 25 dias para o grande embate final.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Conhecendo o meu Bairro

E arredores. Não é segredo para ninguém que eu odeio onde eu moro atualmente, uma espécie de Laranjeiras que poderia muito bem ser no Flamengo. Assim como não vou com a cara da praça São Salvador, do Largo do Machado e do Catete. Nunca na vida imaginei que iria morar nesse Centro da Cidade resumido.

Mas moro. Por circunstâncias da vida e por culpa minha. Estava morta de medo de envenenarem meus cachorros e aí, peguei a primeira coisa/casa que apareceu. Muitas mulheres fazem isso na vida amorosa, eu fiz com a minha vida residencial. E, como a maioria das mulheres burras, estou arrependida da minha decisão repentina. Mas, que nem elas, não posso reclamar muito. Afinal, quem escolheu essa droga fui eu... E aí, vou agüentando. E com fé e esperança de que a situação e eu iremos mudar em breve.

Enquanto isso, vou andando por aí de vez em quando. E, de vez em quando também, acho umas coisas interessantes que não chegam a ser vantagens, mas amenizam, num grau ínfimo é verdade, o meu dia-a-dia.

Hoje, por exemplo, descobri onde é a Galeria Condor. Sim, moro aqui há quase dois anos e nunca tinha posto meus pezinhos lá. Mas me lembro de já ter ouvido falar nela na minha infância. Provavelmente, pela minha mãe. Enfim, na galeria Condor tem vários botequinhos de comida árabe. Amo esfihas e quibes! Foi um almoço feliz e vou voltar.

Lá também tem lojinhas que vendem calcinhas baratas; umas duas lojas de acessórios e roupas bacanas; e um salão hiper, mega barato! Fiz pé, mão e escova e paguei bem menos do que o de costume lá na rua de mamãe. E aí, pronto. Vou mudar minhas necessidades femininas para lá. Mais perto, dá para ir a pé (é, moro bem mal mesmo...) e é mais em conta. Só não traio a Adriana, a depiladora. Na minha amiguinha só ela mexe. Mas, pelo menos, é só uma vez por mês.

Continuando mais além, o tal Centro da Cidade resumido pode ser útil. Eu nunca tinha andado a pé pelo Catete. Nunca! Só havia passado de carro e, mesmo assim, não tinham sido muitas vezes. Até que gostei. É mais vazio. Não tem um mar de gente atravessando a rua junto. E os preços são baixos igual. Eu e Camila compramos diversas coisinhas bonitinhas de escritório. Passeamos pelas Lojas Americanas e comemos num restaurante natural também baratésimo.

Descobri livrarias. Uns camelôs que vendem tic-tac (presilinhas) e faixa de cabelo. Passei longe e dando tchauzinho para o supermarcado Zona Sul, no qual não posso entrar. Anotamos o endereço de um lugar que faz recarga de cartucho de tinta de impressora barato. Vi onde fica, só por curiosidade, lojas de material de construção e coisas de casa.

Que mais? Chega. Foi isso e já está de bom tamanho. Voltei a me trancar em casa, onde, inevitavelmente, me sinto melhor. Mas valeu.


Duas ‘obs’ ainda sobre o Flu...

1) Revi o jogo pela TV e todos os gols um milhão de vezes e tenho que admitir que Dodô foi peça chave. Mas é que sei lá... falta alguma coisa ainda no moço. Não sei direito o que é. Mas retiro o pouco caso que fiz dele ontem.

2) Vai pra PQP! o técnico do Boca que disse que a gente só passou porque teve sorte. Pelo São Paulo e pelo Boca. Ok, que a sorte seja bem-vinda, mas, desta vez, foi ele que fez pouco caso da gente. CALA-TE BOCA!

Faltam 19 dias para o 1º jogo e 26 dias para o grande embate final.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Para a Posteridade



“...muita gente poderá objetar que eu estou exagerando.
e daí?
só os imbecis não exageram.
ai de nós, se não fossem os exageros LIBERTADORES!...”


Nelson Rodrigues


Cantinho do Fluminense

Vamos aos fatos: jogo nervoso. Boca arrebentou como de costume, mas nós, incrivelmente, resistimos bastante tempo, depois tomamos um e fomos buscar e depois foi só felicidade. Não sei quem deixou o Washington bater uma falta, mas não é que o moço botou a bola lá dentro, rapaz!? Meu querido Conca fez o segundo e Dodô, que ainda não me convenceu totalmente que honra a camisa tricolor, fez lá o terceiro aos 47, num jogo que o juiz demorou uma eternidade para acabar. Quase que ele acaba antes do tempo é com a minha garganta, diga-se. Fui de cadeira. E estava puta por isso antes de ir, mas o estádio tava tão lotado, tão fodamente entupido de tricolores que me senti na arquibancada anyway. É isso. A comemoração foi com papai. Não agüentei não ir para os braços do meu herói e grande responsável pela minha paixão por esse time.

Data do jogo :: 04.06.2008 :: 21h50
Local :: Maracanã! Fui de cadeira, mas era tudo uma coisa só.
Campeonato :: Libertadores 2º e decisivo jogo da semifinal.
Placar :: 3 x 1 (Flu x Boca) Washington, Conca e Dodô.

E começa a contagem regressiva!

Faltam 20 dias para o 1º jogo e 27 dias para o grande embate final no Maraca! Haja coração... NENSEEE!

quarta-feira, 4 de junho de 2008

É Hoje

Me comportei aí quase uma semana, quietinha sem falar do Fluminense. Vocês não imaginam o quanto foi difícil....

Mas hoje não tem jeito. É hoje! É hoje o jogo decisivo do Flu contra o Boca na semifinal da Libertadores. E temos chance, hein!

Como eu disse, desta vez estarei no Maracanã, papai que me perdoe. Aliás, estou contando os minutos para ir pra lá. Juro. Nem dormi esta noite. Olha a hora que eu acordei?! São 8h40! Tô nervosa.

E, ah!, hoje não há serenidade que resista. Se tudo der certo, só volto pra casa amanhã.

terça-feira, 3 de junho de 2008

Repercussão

Uau. Estou escrevendo aqui há mais ou menos 150 dias e nunca um ‘post’ tinha dado tanta repercussão quanto o ‘Sozinha’ da madrugada de sábado. Recebi e-mails indignados, outros me sacaneando horrores e mais uma penca com perguntas estranhas do nível: ‘Você está grávida?’.

Se eu dissesse que eu fiquei surpresa com a reação alheia, estaria mentindo. Mas confesso que foi um pouco além do que eu podia imaginar. Meus amigos e amigas ficaram preocupados. Sei lá se comigo ou com medo deu estar mudada. Como disse um: ‘tomara que você não mude a sua personalidade’. E foi do fundo do coração, sabe? A pessoa realmente se preocupou e ficou apreensiva, com medo deu estar sendo trancada em cativeiro e forçada a virar ‘uma esposa’.

Não, não mudarei minha personalidade. Não sou capaz, nem tentando. Ela é mais forte que eu... E também não estou trancada em cativeiro. Só estou mais caseira, isso é vero. E, querem saber a verdade, a mais pura verdade?

O principal motivo da minha fase reclusa é... PREGUIÇA. È isso mesmo. Estou trabalhando em casa e, conseqüentemente, passando mais tempo em casa. E isso faz com que eu sinta uma preguiça enorme na hora de sair. Trabalhando na rua era diferente. Antes de vir para casa, eu dava uma passadinha aqui, outra ali... Agora, eu tenho que sair daqui pra voltar para cá. Dá uma preguiça...

E aí, devido a essa reclusão inesperada, acabei aprendendo a gostar, a curtir coisas que antes eu não dava muita bola. Coisas do tipo, tentar cozinhar, desenhar, escrever outras coisas de outros projetos ‘mais sérios’, conversar mais. Enfim, estou sim num outro ritmo. Mas nada muito preocupante.

Me conheço – aliás, vocês também deviam me conhecer – e sei que isso não vai durar para sempre. É apenas uma fase. Mas estou gostando dela. Eu e ele, claro. Que só falta soltar fogos. Acho que o moço não dormia tranqüilo tantas noites seguidas assim desde antes de me conhecer. Mas, daqui a pouco, até ele vai estar de saco cheio da minha fase.

De qualquer forma, foi bom saber que meus amigos me amam do jeitinho que eu sou.

Beijocas a todos.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Não é para Mim...

Bem-vindos a junho! Ia falar isso ontem e esqueci.

Bom, o tema ainda é moda, roupas e afins. Então, sabe coisas que você gostaria muito de usar, mas não usa porque não são para você? Sei lá, não cai bem. Não encaixa. Não fica. Mas eu queria tanto...

Hoje tava dirigindo e, nesse clima de friozinho, vi um monte de moças e senhoras elegantésimas em seus chales e cachecóis. Acho lindo! Chiquérrimo. Compõe, sabe? E parece tão gostoso, aconchegante, fofucho. Mas não adianta. Já tentei zilhões de vezes. Eles simplesmente não ficam em mim. Não param. Não combinam. Nem em casamentos. Aquele clássico chalezinho em cima do vestido de alcinha. Nem esse. Coloco e o negócio não se ajeita, fica todo troncho. Não fico nem perto de elegante. É um desastre.

Aliás, roupas de casamento de um modo geral não combinam muito comigo. Fico muito melhor num vestidinho mais despretensioso, numa calça com corte legal, shorts, saias. Mas coloca um vestido frufru, um salto e um chale em mim? Perco a graça na hora. É instantâneo mesmo.

Maquiagem e eu também não é uma equação positiva. Poderia muito bem ser porque eu não sei me maquiar. Mas não é só isso. Já fui maquiada por profissionais e também não gostei. Adoro as fotos do meu casamento, tirando as que eu apareço. Considerando que eu era a noiva, são muitas... E o pior é que morro de inveja das minhas amigas que tem um armário lotado daquelas maquiagens caríssimas e lindas. Queria tanto que eles (os produtos de maquiagem) gostassem de mim.

Outra coisa que também me dá uma certa tristeza é não ser muito dada a cremes. Mas isso é mais por preguiça mesmo. Passo um ou outro de vez em quando. Mas admiro quem tem aquele ritual de beleza com vários cremes para passar. Minha amiga Cândida tem um específico até para o cotovelo! Incrível. É o cotovelo mais macio, branquinho e cheiroso que eu conheço.

Calças largonas e confortáveis. Essas já insisti muitas vezes também. Fica tão bem nas vitrinis. Nas moças na rua. Parece tão confortável. A minha cara. Até o momento em que eu as visto. Já dei tanta calça largona, perdi a conta. Todas novinhas.

Sapatos de bico fino. Outro acessório que dá um ar super elegante a quem usa. Menos a mim. Me sinto uma bruxa. Uma bruxa com o maior dedão do mundo. Também já comprei alguns sem sucesso.

E, por último, estampas de oncinha, zebrinha e similares. Juro que gosto quando vejo em uma ou outra selecionada. Mas não é para mim...

Cantinho do Fluminense

Éramos os penúltimos no Campeonato Brasileiro. Só o Ipatinga estava atrás. Agora, depois de perder pro Flamengo, acho que de repente alcançamos a lanterna... Mas, foco na Libertadores que é o que interessa no momento.

Data do jogo :: 01.06.2008 :: 18h10
Local :: Maracanã
Campeonato :: Brasileiro :: Acho que é o 4º jogo.
Placar :: 1 x 0 (Fla x Flu)
Gol de pênalti. Esse negócio de pênalti está ficando freqüente em jogos do Flu... só que agora foi pro adversário.

domingo, 1 de junho de 2008

Mulher de Cinza

Todo mundo conhece o armário da Mônica, não conhece? Aquele que todos os vestidos são iguais e vermelhinhos? Então, tô que nem a Mônica, só que cinza!

E o mais estranho é que eu nunca gostei muito de cinza. Sempre achei meio sem graça, sóbrio demais, sério. Coisa para esposas...

Mas, neste outono só tenho vestido cinza. E tudo que eu tenho comprado é cinza. Cinza escuro, cinza claro, cinza prata... Mas tudo cinza! Até meu carro novo é cinza. Cinza grafite. Minha vida está monocromática e eu nem percebi isso acontecendo... (Será um sinal? Oh God...)

Como estou neste momento: sapatilha prata; bermuda social cinza grafite; blusa branca; casaquinho cinza prata. (calcinha branca de bolinha preta). E hoje, comprei mais duas blusas. (aliás, ando comprando muito... nunca tive esse problema de mulher enlouquecida que gasta rios de dinheiro em roupa, mas tô ficando assim. E tomando broncas homéricas por isso.) Enfim, as duas blusas novas seguem o mesmo tom: cinza.

Tudo bem que deve estar na moda e as lojas devem estar com bastante coisa cinza para vender, mas, ainda assim, estou achando um pouco exagerado. Já tive essa fase com o roxo. Estou com uma coleção de blusas, vestidos e bolsas roxas no armário. Usei tanto só roxo que, claro, enjoei.

Enjôo de tudo nessa vida. É um problema. Enjôo de comidas, de roupas, de cores, de amigos... É. Enjôo até de amigos, vê se pode? E aí, troco a coleção... Só deixo aqueles coringas no armário que são os que caem bem sempre e te salvam de várias armadilhas. Sim, estou falando de roupas e de amigos.

Cinza me lembra dia nublado. E dia nublado é diferente do friozinho simpático e ensolarado. Cinza me lembra pombos! E eu odeio pombos. Odiei Veneza. Cheio de pombo e com um canal lá muito do sem graça e fedido. Para andar na palhaçada lá da gôndola era caro pra cacete e vapt vupt. Romântico é o C...!

Voltando ao cinza... Me lembra... homens grisalhos! Esses até têm seu charme. Curto, às vezes. Que mais? Cinza lembra rato. Mas já falei de pombo e é quase a mesma coisa. Cinza me lembra aparelhos eletrônicos de um modo geral. DVDs, televisões, sons... tudo monocromático que nem eu.

Pois é. Imagino alguém agora pensando: ‘hum, cinza me lembra o quê? Ah! Cinza lembra a Adriana’. Vou ter que dar um jeito nissso...