segunda-feira, 31 de março de 2008

Super Dri Contra o Baixo Astral

Hoje é segunda-feira. Mas ainda assim, decidi ficar feliz. Aliás, tenho minhas dúvidas se o dia mais triste da semana é domingo ou segunda. A grande maioria dos namorados que se separam ou pedem um tempo não resistem ao primeiro domingo de solidão e acabam voltando atrás, mesmo que na terça terminem tudo outra vez.

Já as pessoas que estão só vivendo no marasmo da vida em geral, quando escutam a musiquinha do “Fantástico” (que nem tem mais aquela abertura empolgante com meninas saindo da água), caem na real e vêem que a segunda-feira e toda uma rotina cruel e empregatícia estão prestes a começar de novo. E se arrastam até terça, como se fosse possível impedir que o tédio tomasse conta.

Mas eu não estou vivendo rotinas. Nem no trabalho, nem na vida. Então, resolvi passar bem hoje.

É que, ontem no fim do dia, peguei um filme para ver que eu sempre achei que deveria ser uma droga. Mas domingo à tarde na locadora, a oferta não é das melhores. Aí, diante da xepa, peguei o tal filme para o qual eu torcia o nariz. Na verdade, só peguei porque ainda estava com a história de que eu estava gorda na cabeça. O filme é “Hairspray”, aquele baseado num musical da Broadway. E, no cinema, o papel de uma mamãe gorducha de uma filha também gorducha e dançarina, ficou com o John Travolta. Nem preciso explicar porque eu não levava fé, né?

Mas fui surpreendida. E, atenção, nesse caso muito surpreendida. Havia vários motivos para eu odiar o coitado do filme. Era sobre gordos num momento em que eu estava me achando enorme. O John Travolta que já não é bom há muito tempo fazia o papel de mulher, gorda e dançarina. E, o maior dos meus pesadelos!, era um musical. Não sou muito fã desses filmes em que, de repente, alguém sai rodopiando e cantando e, depois, os personagens voltam a dialogar normalmente.

Mas o astral é ótimo! O filme é divertido, bem-humorado e bem-resolvido. E o John Travolta deveria ter nascido mulher, gorda e dançarina. Talvez, desse mais sorte na carreira. Terminei leve, sabe? (e isso não é uma tentativa de trocadilho...). Apenas me inspirei nos gordinhos felizes do filme. Não cheguei a sair dançando pela casa, mas cantei.

E deu certo. Que Garfield não me escute, mas estou de bom-humor numa segunda-feira. Está tudo bem. Voltei a ser magra e feliz.

Cantinho do Fluminense

Mesmo com nova derrota para o Botafogo ontem... Ok, não valia nada e tal, mas perder é sempre uma merda. Mas foquemos no jogo de quarta, da Libertadores. Estarei lá.

Data do jogo :: 30.03.2008 :: 18h10
Local :: Maracanã :: (não vi. Fiquei com preguiça de ir para a casa do Pedrinho.)
Campeonato :: Estadual (2º turno) :: 7º jogo do Flu
Placar :: 3 x 1 (Botafogo x Flu)
Extras :: Not.

domingo, 30 de março de 2008

Jogador de Futebol

Já falei aqui que eu devia ter nascido menino. Por ‘n’ razões. Uma delas é o futebol. Em vários sentidos como: meu pai ter um filho homem pra brincar; eu ter aquele futebolzinho de toda quinta-feira com os amigos; poder falar mais palavrões; e entender um pouquinho mais do negócio...

Mas o fato é que eu adoro, assim mesmo. Apesar de não jogar nada... Até dei uma tentada nas aulas de Educação Física no colégio e num estranho campeonato no meu ex-trabalho. Mas não é a minha. E não sou de insistir. (tirando o tal Edu da época do colégio e outros pelo caminho...).

E adoro também o “Rock Bola”, aquele programa da rádio que já esteve em várias estações e agora está na “Oi FM”, que também já teve vários nomes... Enfim, escuto todos os dias. Corro anti-saudavelmente debaixo do sol do meio-dia só para ir escutando os rapazes. Assim, dá para almoçar vendo “Globo Esporte”. Amo o Tino Marcos. As matérias dele são as melhores. O texto é sempre inspirado. Queria ser que nem ele quando eu crescer. O “Esporte Espetacular” de domingo, apesar de não ter muito futebol, também gosto.

Bom, anteontem acho, um dos moçoilos do “Rock Bola” (até sei o nome deles, mas estou insegura agora para falar quem foi) disse uma coisa que eu sempre pensei e assino em baixo.

Acho uma palhaçada essa mania que jogador de futebol tem de casar com a namoradinha do colégio e ser pai aos 18 anos. A tal comemoração embalando bebê é mais manjada que vaso em exposição contemporânea... E Bebeto, quando fez a primeira vez, já estava em idade aceitável para ser papai.

Bom, vamos a Alexandre Pato. Ótimo, fez um golaço no jogo da Seleção Brasileira em Londres. Tem estrela o menino. Estreou bem. Aí, na hora de comemorar, faz o quê? Um coração para Stefany Brito. Pelo menos, ela é bonitinha. Porque ainda tem essa: tem uma cambada aí de jogador cheio da grana que pega mulher feia. Não pode. Nem em fim de festa. Bom, mas o fato é que Pato já fala em casamento com a pequena Stefany. E o garoto está na Itália, jogando no Milan! Não, Pato, não! Aproveita um pouquinho, rapaz.

Pato está precisando dar uma conversada, fazer um estágio com Ronaldinho Fenômeno, Adriano, Romário... Esse pessoal com mais experiência e PHD em night no exterior e mulheres. Está lançada a campanha: Não ao casamento de Alexandre Pato!

sábado, 29 de março de 2008

Ressaca

Antes, quero deixar registrado os meus Parabéns para... Fernando Caruso! Falei dele ontem e lembrei que hoje ele faz sei lá quantos aninhos... Beijo, Fernando. Te vejo mais tarde.

Agora, Ressaca. Nunca achei que eu fosse escrever a palavra ressaca sem estar me referindo à ressaca alcoólica ou à ressaca moral, a pior das ressacas... (aquela em que você faz uma merda fuderosa e no dia seguinte precisa encarar meio mundo ou uma pessoa só já basta para aquele ‘hum... o que eu fiz...’).

Mas estou de ressaca psicológica, acho. Não sei se o nome é esse. Mas é parecido com quando você fica cansada, mas não é fisicamente, sabe? Tô de ressaca do meu feriado intenso de guia turística e moça de família. Tá pensando o quê? Vai posar de boa moça durante três dias ininterruptos?! É difícil, rapa... Mas entrei tanto na personagem que até fiquei indignada com bundas e palavrões, como eu disse. Se eu não der certo como empresária, vou tentar a vida de atriz e serei mais um daqueles casos em que a pessoa fica no set o tempo todo incorporando o papel. Uma coisa, assim, meio freak.

Mas sério, freak foi o meu feriado. Juro. Estou até com dor de cabeça e isso não tem nada a ver com a quantidade de vinho ingerida. Aliás, acredite, passar por esses dias sem álcool seria impossível. Eu não teria chegado ao fim nem do primeiro ato. Agora estou aqui, inerte, jogada às traças, com uma cara péssima, um pijaminha muito do vagabundo e inchada. De novo, não há relação com o álcool.

A única coisa boa é que agora quem manda em mim em relação a trabalho, sou eu. E eu me dei folga. E decidi passar o dia deitada, sozinha, trocando de canal. Tenho que aproveitar esses momentos em que a TV e o controle são meus. Só assim consigo não ouvir a voz irritante do locutor do History Chanel ou do Overhauling, aquele programa que monta e desmonta carros.

Li uma vez que você podia traçar o perfil das pessoas de acordo com o que elas vêem na televisão.

Bom, meu perfil seria traçado através de “Big Brother”, filmes de mulherzinha, seriados das antigas como “Barrados no Baile”, “Friends” e “Sienfild” ou mais novos como “Lost”. Coisas trashes como Luciana Gimenez e Amaury Junior. Um Luciano Huck eventualmente. Soletrando! Quadros com gente humilde que se acertar o gol, ganha uma casa... Jornal Nacional jantando. Novela das Oito do meio em diante. “A Grande família”. “Pânico”. Alguma coisa do GNT. Alguma coisa do Multishow... O que sairia daí?

Minha leitura: eu gosto de coisas variadas. Cada dia quero ver um troço. E um programa não precisa ter nada a ver com o outro. E eles também não têm um ‘tema’ parecido. Ou seja, não sou uma pessoa constante. Aliás, bota inconstante nisso... Meu humor varia muito. E não sou intelectual. Entre profunda e rasa, fico na superfície.

Já meu marido tem dois temas: carros e História. E, não quero aqui que fique parecendo que ele é entediante (existe essa palavra?), mas o que ele vê na TV é. O que me deixa numa situação difícil para traçar o perfil do moço: uma pessoa centrada, responsável, infinitamente mais culto que eu, rico e bem-sucedido. É, essa história de que os opostos se atraem é uma grande verdade...

Cantinho do Fluminense

Teve jogo ontem, mas diante de meus afazeres familiares, fiquei impossibilitada de ver. Papai não viu do meu lado. Aflito como eu. Mas não havia nada que pudéssemos fazer... Pelo menos, ganhamos!

Data do jogo :: 23.03.2008 :: 18h10
Local :: Maracanã (não vi...)
Campeonato :: Estadual (2º turno) :: 5º jogo do Flu
Placar :: 2 x 1 (Flu x Vasco)
Extras :: Não sei.

sexta-feira, 28 de março de 2008

Exposições

Há uma coisa que eu costumo gostar menos que teatro: exposições. E com exposições, vou ser sincera, nem tento. Contemporânea, então, hum...

Primeiro de tudo: por que é que sempre cismam com o objeto vaso sanitário e afins? Sempre tem alguma instalação (outro nome que me irrita) que usa o vaso. Freqüentemente, de cabeça para baixo. Alguém precisa avisar a esses ‘artistas’ que isso não é mais original. Se é que foi um dia...

Bom, estava lendo jornal e uma imagem de algo parecido com o tal do vaso me parou e aí, fui ler a notícia: a Tate Gallery, que promove o mais importante prêmio das artes plásticas no Reino Unido, promove uma exposição que homenageia um movimento relacionado ao desconforto com um conflito (profundo, não?): o dadaísmo. O conflito era a 1ª Guerra Mundial. E o desconforto era o que os artistas de diversos países da Europa e dos Estados Unidos enxergaram como um conformismo da sociedade diante da lógica capitalista e dos interesses colonialistas tão fundamentais para a quebra da paz (ai, tô cansada já... muito difícil isso...)

Enfim, adivinha qual é um dos marcos do movimento? Uma peça chamada “Fonte”, uma das obras mais polêmicas e simbólicas do dadaísmo. Nada mais, nada menos que um mictório. E nem de cabeça pra baixo está...

Lendo mais, descubro que a peça é do francês Marcel Duchamp, quem inventou o conceito de arte-pronta, usando objetos simplórios, como um urinol! Vem cá, muito do preguiçoso esse francês, não é não? Que merda é essa de ‘conceito de arte-pronta’? E pior são os otários que caíram nessa historinha.

Não vou nem falar de quem continua pagando para ver a tal arte simplória... Mas não acaba aí. Para a minha surpresa, a obra de 1917, até hoje, desperta acalorados debates sobre seu valor artístico. Tentem imaginar uma penca de intelectuais discutindo a cerca do valor artístico de um mictório! Messie Duchamp deve rolar de rir no caixão.

Veja bem, se o moço não se divertiu muito em vida: o francês tinha prazer em confundir a todos quando convocado a explicar sua filosofia, especialmente por conta de sua mania de usar frases desconexas e neologismos. Irritava críticos e colegas. E gargalhava pra valer...

Para terminar e tacar um balde de água fria nos atuais artistas pós-modernos, um recadinho: Duchamp e mais dois ou três importantes artistas da época torciam o nariz para padrões estéticos. Então, galera, chega de vaso! Vamos parar de seguir padrões, ok!?

quinta-feira, 27 de março de 2008

Cada Coisa na sua Coisa

Fiquei falando tanto desta história de não ler signo em jornal, que agora leio sempre. Não tem mais jeito. Juro que esse é um hábito recente. E que eu continuo não levando a sério. Mas não consigo mais não ler. E às vezes, surgem umas coisas engraçadas. Por exemplo:

Pode acreditar de coração na sua boa estrela e no seu exausto anjo da guarda.

Sensacional isso. Ironia no horóscopo! Até meu horóscopo me sacaneia. “no seu exausto anjo da guarda”.

Ok, então. Resolvi dar folga ao meu exausto anjo da guarda. Ou seja, ficarei quietinha, sem sair do lugar, quase imóvel. Passarei o dia lendo. E é aí que eu queria chegar, por isso o título.

Naquele dia que fui ao aeroporto comprei um livro para ficar lá esperando a minha prima que, diga-se de passagem, demorou pacas para sair da portinha escura. E meus queridos parentes lá, segurando cartazes coloridos. Preferi ficar sentada, segurando um livro.

Bom, comecei a ler lá e não parei mais. São 500 páginas que prendem mesmo a atenção. É a história de uma mulher. Uma guerreira que nasceu na Somália, passou a infância e a juventude fugindo de guerras e ditadores de um país africano para outro, enfrentou todas aquelas atrocidades que as mulheres da África enfrentam como a mutilação do clitóris e outras barbaridades psicológicas tão doloridas quanto. E, enfim, já adulta consegue se refugiar na Holanda e dedica o resto da vida a denunciar as práticas absurdas de seu continente de origem.

Eu estou adorando o livro. Adoro histórias reais. É o que leio mais. Ainda mais quando consigo aprender coisas interessantes, históricas e culturais no pano de fundo. Sei tudo sobre a África agora. E fiquei louca para conhecer. Se possível, de jipão lá por dentro.

Mas meu ponto é: estou quase no fim e aí, de repente, vieram centenas de fotos dela e de todos os outros que fizeram parte de sua história. Fiquei decepcionadíssima. Eu já tinha construído a carinha e o corpo de cada um deles. Eles eram os meus personagens. E aí, me deparei com um monte de estranhos. Não gostei. Passei rápido e preferi continuar com a minha caracterização.

Essa é toda a graça de um livro. Mesmo que seja uma história real. Você imagina. Você interpreta. Você viaja. Por isso, muitas vezes, não gosto quando filmam um livro. Sempre são todos diferentes do que eu havia definido quando li. Freqüentemente, prefiro o livro que o filme. É isso. Sou a favor de cada coisa na sua coisa. Livro são palavras. Filmes vêm com imagens.

Cantinho do Fluminense

Só para terminar, não posso deixar de falar do jogo de ontem. Foi fácil. Ganhamos do Mesquita. E, diante de uma certa fragilidade da minha pessoa, fiquei até feliz quando eles fizeram um golzinho. Estava com peninha, sabe? E o melhor foi no fim quando Washington descreveu sua atuação, com uma sinceridade ímpar: “Foi horrível!”. Estou gostando muito desse rapaz.

Data do jogo :: 26.03.2008 :: 19h30
Local :: Maracanã (vi na casa do Pedrinho)
Campeonato :: Estadual (2º turno) :: 6º jogo do Flu
Placar :: 4 x 1 (Flu x Mesquita)
Extras ::
O 1º gol que foi contra. (mas não me peça para dizer o nome do rapaz mesquitense...)

E a péssima atuação do Washington. Não finalizou uma! Chances não faltaram.

quarta-feira, 26 de março de 2008

Na Casa do Pedrinho

Comercial é um negócio engraçado, né? Tem uns que simplesmente dão certo. Grudam. E não acredito que exista um grande estudo por trás. Claro que a maior parte que é bem-sucedida é boa mesmo, mas não dava pra saber antes se ia pegar ou não. Os que eu mais gosto, geralmente, são simples na forma. Mensagem rápida. (lembra que eu fico na superfície em matéria de TV...)

Bom, esse do menininho que só quer fazer cocô na casa do Pedrinho é mais um que eu adoro. Sei lá. Gosto do menininho. Da voz um pouquinho irritante dele. Do menino conseguir atuar sem atuar muito, afinal, ele é uma criança e é isso o que aparece na tela. E por último é porque sempre que vejo me vem à tona o fato de que realmente há coisas que só nos sentimos confortáveis para fazer em certos lugares.

Digo isso aqui na casa dos meus pais, onde o dono, por acaso, também se chama Pedro.

Acho que nunca falei aqui de um lado meu meio problemático em relação a arrumações. Sou um pouco neurótica com isso. Minha casa está sempre com tudo no lugar. Até demais, sabe? Estou sempre arrumando, arrumando, arrumando. Atenção! Arrumar é uma coisa. Limpar e cozinhar são outras completamente diferentes. Essa parte quem faz é a Santa Rose. Voltando... Uma meia no chão na hora de sair é capaz de me atrasar alguns segundos porque, certamente, vou catá-la e colocá-la lá em cima no cesto de roupa suja. E faço isso com um prazer bem esquisito.

Impossível eu chegar de viagem e deixar para desfazer a mala no dia seguinte. Durmo de madrugada, mas só depois de colocar tudo em seus devidos lugares. No início, as pessoas tentam me convencer de que é loucura, mas depois desistem ou se acostumam com esse meu estranho hábito.

Mas ainda tenho salvação. 1) porque minhas calcinhas não ficam armazenadas em degradée. e 2) porque na casa de papai (viu, pai, falei casa de papai!) eu não ligo para nada disso.

Esse é meu ponto. Aqui, eu chego; largo o sapato na sala; o casaco no chão do corredor; carrego o jornal pro escritório; ligo a TV no quarto da Taty; pego um Goiabinha na cozinha e deixo o armário aberto; berro pra minha mãe trazer mate pra mim; brinco no computador e, depois, esqueço ligado.

E não sinto nenhum comichãozinho. Nenhuma luta interior para conseguir não arrumar aquilo tudo. Simplesmente, aqui, sinto-me totalmente à vontade para fazer a zona que for.

Poderia parecer desleixo, falta de consideração porque não sou eu que vou arrumar depois. Mas não é. É um sentir-se bem mesmo. Um lugar onde não me preocupo com nada. Onde a minha cabeça não fica a mil. Há coisas que só consigo fazer na casa do Pedrinho. Tchau, que tem jogo do Fluminense.

terça-feira, 25 de março de 2008

Uma Pessoa Razoável

O que é ser uma pessoa razoável? Estou fazendo essa pergunta porque mais de uma pessoa, mais de uma vez, já me disse que eu não sou uma pessoa razoável. Só que, a princípio, me parece bom não ser uma pessoa razoável, não?

Razoável para mim não é nem bom, nem ruim. É, assim, razoável. Passa. O que, para mim, é pior do que ruim. Sou bem ‘não original’ nesse ponto. E vou na onda do ‘ame ou odeie’. Razoável não dá.

Mas quando falaram que eu não sou uma pessoa razoável, o ‘razoável’, no caso, era o bom, entenderam? Ser uma pessoa razoável é ser uma pessoa de bom-senso, me explicaram. É ser uma pessoa de medidas, uma pessoa de limites. Uma pessoa confiável, que passa segurança.

Pois é, o ‘razoável’ continuou me parecendo algo chato. Prefiro não ser razoável anyway! Mas não ser razoável me causa prejuízos. Emocionais, o que é muito pior. Eu acho ótimo não ser razoável, mas machuco a outra parte. E é sem querer. Porque eu não sou mesmo razoável. E aí, sofro e faço sofrer.

Só que também tem uma outra coisa sobre mim: sofro até certo ponto. Depois, chega. E esse ‘chega!’, chega rápido. Tá aí, arranjei uma coisa para a qual eu tenho limite. Tenho limite para sofrer. E ele é baixo.

Por isso, não adianta tentar fazer com que eu me sinta culpada. Não que eu não tenha a minha parcela de culpa. Admito, na hora. Mas não deixo ficar remoendo. Sou aquela que se delata no ato. ‘Quem tacou o giz no ventilador? Eu levanto o dedo’. A não ser que a coisa seja, assim, muito mais séria do que giz, aí, pode ser que eu negue até a morte. Mas no dia-a-dia, assumo meus erros, ainda que eu nem sempre concorde em chamá-los de erros.

Então, está dado o recado. Errei. Desculpa. Não dá pra falar ‘não vou fazer mais’. O máximo e sincero que pode sair de mim é: sinto muito. E, não, eu não sou razoável.

segunda-feira, 24 de março de 2008

Páscoa

Só para constar: o teatro de ontem também foi uma M, com letra maiúscula. Não vou contar quais peças vi neste feriado em respeito aos atores, mas PQP! Decidi que a minha cultura teatral vai se resumir apenas aos trabalhos do meu amado amigo Fernando Caruso. E olhe lá!

Agora, vamos nós: sempre adorei redação, mas tinha pavor de ‘tema livre’. No colégio, se a professora mandasse escrever sobre, sei lá, um assunto qualquer desses manjados tipo: como foram as suas férias, até assim, era mil vezes melhor do que “falem sobre o que quiser”.

Falar sobre o que quiser é um problema sério para a minha cabeça inquieta. Pelo simples fato de que ela passa o tempo todo que teria para escrever, pensando nas mil possibilidades sobre as quais ela poderia falar. Não funcionava comigo. Tema livre resultava nas minhas piores notas.

Mas hoje - aliás, desde que comecei nessa missão de escrever todos os dias de 2008 - estou com um problema um pouco ao contrário. Há dias em que é como se fosse quase obrigatório escrever sobre determinado assunto. Como hoje, domingo de páscoa. Como alguém que se propõe a publicar um livro chamado “366 – crônicas de um ano bissexto”, em que haverá uma crônica para cada dia do ano, vai passar batido pela Páscoa, pelo dia dos pais, dia das mães, pelo Natal?! Impossível. No carnaval, eu dei uma embromada, mas consegui não fugir do tema.

Bom, agora estou aqui embromando para escrever sobre a Páscoa. E não vale mais escrever sobre como a Páscoa foi cedo este ano. Já está repetitivo. O papel higiênico dos coelhinhos seria uma boa, mas já contei... Aí, ia falar do evento esconder ovinhos e tal, mas lembrei que também já gastei munição (burra!) num outro dia aí. Naquele que falei sobre Verdades e Mentiras.

Mas cabe um adendo. Atualmente não há crianças na minha família. Todos nós já estamos crescidinhos e já sacamos que o Sr. coelhinho de olhos vermelhos e pêlos branquinhos não põe ovos, quanto mais de chocolate.

O que, por sinal, merecia uma pesquisa. Por que diabos inventaram que um coelho põe ovos!? E o que o coelho tem a ver com a Páscoa? Mas aí, eu teria que estudar sobre a Páscoa em si... porque também não sou muito espertinha no assunto e nunca entendi como funciona esse mecanismo de que Jesus morreu e ressuscitou no 3º dia. Se ele morreu na sexta-feira da paixão não deveria, pelas minhas contas, ressuscitar no domingo. Mas enfim...

A questão é que é contar muito com a ignorância infantil... Nos dias atuais, então, em que crianças ensinam aos pais coisas como informática, por exemplo, é até compreensível que esteja cada vez mais difícil fazer os pequenos acreditarem no coelhinho.

Para mim, Páscoa, Dia das mães, Dia dos pais... todos esses eventos significam uma coisa principal: é dia de comer bem! É dia de almoço. E tirando um ou outro inconveniente familiar que dependendo do ano pode ser menos ou mais inconveniente, eu até que gosto. Principalmente porque continuo ganhando chocolate! Um sinal de que de um jeito ou de outro, ainda há resquícios da categoria criança na visão dos outros sobre mim! Feliz Páscoa!

domingo, 23 de março de 2008

Eu Tento...

Eu tento não discutir com a minha mãe sempre que estamos juntas. Eu tento gostar de comida japonesa. Eu tento não ficar mau-humorada quando estou com fome ou sono. Eu tento gostar de teatro.

Mas nunca sou bem-sucedida em nenhuma dessas tentativas acima. Mas não desisto. E, neste feriado, (estamos na Páscoa. Eu ainda não tinha tocado no assunto...) estou fazendo um intensivão de todas essas tarefas complicadas para a minha pessoa.

Começou ontem. Fomos à Santa Teresa à tarde ‘em família’. (Ah é! Esqueci de dizer que eu tento adorar estar rodeada de familiares do meu e do outro lado.) Minha vó e minha mãe foram comigo no carro. Eu não sei se é mais irritante discutir com ela ou ver ela discutindo com a minha vó e pensar: ‘nossa como é insuportável. Nossa eu e ela somos iguais!’ Eu discutia com minha mãe regras do Big Brother e ela discutia com minha vó a quantidade de subidas existentes para Santa Teresa.

Carros estacionados (é, eu disse carros. Eram três. Nos outros dois, vinham os portugueses. Já falei que eles se reproduzem mais...), começou a simpática brincadeira de andarmos por lá a pé num grupo de 11 pessoas. Uns mais lerdos, outros lá na frente, outros no meio da rua, uns reclamando, outros parando a todo momento, uns com fome, outros cansados, uns comprando... E eu pra lá e pra cá: “Cuidado com o buraco. Olha o carro. Sai do meio da rua. Olha lá o bondinho! Aqui tem artesanato. Querem comer alguma coisa? Mais rápido. Vamos mãe!”.

Algumas horas depois, exausta, despachei mamãe, mas ainda tinha uma jornada teatral pela frente. Era para ser uma comédia. E até era. Mas o moço exagerou um pouquinho, sabe? E foi aquela coisa meio descambada para a baixaria. Até ele chegar ao limite e mostrar a bunda! ‘Ai Jesus! O que vão pensar os portugueses?’

Nada. Os portugueses acharam ótimo. Engraçadíssimo. E eu é que saí de puritana na história, dando uma de vovó e reclamando do palavreado do rapaz. (francamente, Adriana...) Bom, chegou a hora do japonês. De novo, todo mundo achou ótimo e eu fui a chata que não comia nada. Nem saquê eu gosto. Uma lacuna quase imperdoável que eu carrego como um fardo desde que comecei a sair para jantar que nem gente grande...

Dormi tarde. Bem tarde. E precisava acordar cedo. Bem cedo. Mais um para entrar pra lista: eu tento acordar cedo numa boa. Hoje também não consegui. Levantei mau-humoradésima. O corpo todo doía. Tentei arriscar uma dengue pra ver se eu ficava em casa, mas não colou. Fui carregada para a Cidade Imperial. Fomos mostrar Petrópolis para eles. Assim, bem coisa de Paraíba mesmo: durante toda essa comemoração aí de 200 anos que a família real portuguesa veio ao Brasil, aí, eu fui lá com a minha família portuguesa. Nem preciso falar que estava tudo lotado, certo? Um inferno com sotaque português. Carregado.

Chegou o momento do mau-humor pela fome. Todos os restaurantes lotados. Trânsito. Um monte de gente pra juntar. Um monte de gente pra ter onde sentar. E muitas discussões entre eu e ELE no carro. Por alguma razão, que eu desconheço, meu marido acha que eu sei de tudo. Sei onde fica tudo. Conheço todos os lugares, restaurantes e caminhos do mundo. Teoricamente, no meu casamento eu sou um homem. O que dá a direção, que pega no volante, sabe? Se eu soubesse usar um mapa, não precisava nem de um pau para mudar de sexo. Pois bem, desta vez, eu não sabia para onde ir. O que deixou o rapaz muito irritado. Afinal, estávamos com a família dele e eles estavam esperando...

Fomos parar em Araras. No restaurante mais caro do mundo, mas Amém! O lugar era digno de recebê-los. A comida era boa.

A seguir: momento feirinha. Já disse que eu sou um homem, certo? Então, como um bom homem que se preze, odeio feirinhas! E, mais: odeio mulheres em feirinhas! E eram quatro delas! Não estou contando comigo. Três horas depois, (com uma bolsa na sacola. Já que estava lá, comprei algo.) voltamos para o Rio. E aqui estou eu, no meu único momento para relaxar do feriado. Porque daqui a 40 minutos, tenho outro teatro! E ELE já está berrando, mandando eu me arrumar.

Só que, a essa altura do campeonato..., não, eu não tento mais nada.

sábado, 22 de março de 2008

Casa de Ferreiro, Espeto de Pau

Olha o meu horóscopo do jornal de ontem (eu não leio horóscopo, hein...):

Bla blá blá. É a época do ano em que você está mais afetado pelas idéias ancestrais do seu inconsciente.

Caraca! Isso é... NADA. Assim como meu estado ontem, lembra? Um nada.

Bom, ainda meio sobre nada... Fui pegar o papel higiênico para me secar depois de fazer xixi agora e me deparei com um papel com motivos de coelhinhos! Minha casa é muito divertida no departamento: artigos do lar e alimentícios. Enfim, produtos em geral.

É o seguinte, meu respectivo tem um mercado. Aí, nossa casa, volta e meia, vira um depósito de coisas vencidas; produtos encalhados; ovos de páscoa em maio; e novidades.

Novidades (onde se inclui o papel higiênico temático) é o que eu mais gosto! Ainda na linha do papel higiênico de coelhinho, já usei papel toalha de vaquinhas por meses a fio. Amei! Uma coisa que me impressionou foi descobrir com os anos a quantidade de marcas de biscoitos que existem. Vai muito além do que se vende em camelô. Ele já trouxe uma imitação do Trakinas bizarra... A cara dos biscoitinhos parecia saída de filme de terror. Sonhei e tudo.

Minha geladeira já foi inteiramente entupida de sucos de laranja vencidos há pouco tempo que não podiam ser vendidos, mas não estavam estragados. Por isso, passamos uns dois meses bebendo e oferecendo só suco de laranja. Isso também acontece, mais freqüentemente, com iogurte. Prateleiras e prateleiras de iogurte.

E pacotes de comida congelada Sadia, que danificados também não servem mais para exposição? Ih... podíamos comprar um congelador só para caixas da Sadia. O legal é que é tudo surpresa! Vem só a embalagem de dentro, sem nada escrito. Aí, você escolhe um, põe no microondas e voilá! só vê o que vai comer na hora. Já me diverti assim muitas vezes. Aliás, foi assim que descobri que realmente odeio soja. Porque identificar o gosto de algo numa lasagna Sadia não é uma tarefa banal. Mas eu senti o gosto da porcaria da soja.

Todas as minhas amigas, no início, acham que deve ser incrível ter um marido dono de um mercado. Eu também achei. Mas não é assim tão prático. Ok, eu nunca faço compras, mas também não tenho a menor idéia do que virá para nos manter durante o mês. Depende muito dos preços, do que venceu, do que não vendeu... Enfim, do que eu já falei aí acima.

É aquela velha história... Casa de Ferreiro, espeto de pau. Melhor deixar o que tem de bom para vender e trazer o que tem de ruim pra casa, para não jogar fora. Português é quase judeu nesse aspecto.

E ai de mim se eu ousar ciscar fora do terreno. Chegar em casa com uma sacola do Zona Sul é a maior ofensa que eu posso fazer a ele. Já aconteceu e, acreditem, não foi legal. O menino ficou magoado um tempo. Daí em diante, passo fome, mas não entro em supermercado nenhum.

Não é à toa, que muita gente diz que eu sou um caso raro de quem casou e deu uma melhorada boa. Perdi uns cinco quilos ou mais, de quatro anos para cá. Vou lançar a dieta do ... ops, quase que eu falo o nome dele. Vou lançar a dieta DELE. Tchau que deu vontade de fazer xixi de novo. Vou lá para os meus coelhinhos. Ai, pensei numa coisa nojenta agora: imagina os coelhinhos sujos de nº 2? Vai ver que foi por isso que encalhou...

sexta-feira, 21 de março de 2008

Dia Esquisito

Era para eu estar muito, muito puta. Mas sabe quando você está com fome e a fome vai aumentando, você não come, aí, fica enjoada de fome, fraca, mole, até não sentir mais nada, uma espécie assim de estado anestesiado? Então, o meu ‘estar puta’ foi tão alto no grau do intensamente puta que, no momento, estou... Estou nada. Um ser sem reação, sem atitude. Anestesiada.

Todo mundo passa por aqueles dias estranhos em que tudo dá errado. Tudo. Pois é, mas já aprendemos que eu não sou muito de pensar no coletivo. Então, não importa se acontece com todo mundo. Quando acontece comigo é comigo CACETE! E eu não tenho o tal lado recomendável de Poliana de ver o lado bom das coisas. Não há nada de bom em um dia errado.

Acordei e fiquei trancada em casa. ELE, que merecia ser chamado de tudo quanto é nome, levou a chave dele no bolso e a minha na mão. E, não. Não há uma chave reserva. Uma terceira chave que fica em casa. Se eu devia ter feito? Sim, devia. Já quase fiz, milhões de vezes. Principalmente, após ficar presa dentro de casa. (não foi a 1ª vez.).

Enfim, ELE é muito ocupado. Trabalha, não brinca de escrever historinha que nem eu. Então, precisei recorrer à mamãe, que depois de falar 500 vezes que já avisou que isso ia acontecer, que eu devia fazer outra chave, disse que viria me soltar. Ela estava vindo. Então, achei que não teria problema eu sair pela janela (moro numa casa em uma vila) e ir comprar o jornal. Só que eu deixei a bomba ligada (sim, minha casa tem um sistema pré-histórico de abastecimento de água) e mamãe demorou. Muito. E, não. Não dava para entrar pela janela. Não é alto o suficiente pra pular pra sair, mas é alto o suficiente para não dar pra entrar.

Duas horas depois, aparece ela. Não falei nada. Mas quando entrei e vi a sala alagada, resmunguei até dizer chega. Mamãe não pôde ajudar a secar. Tinha hora no salão. Não sou boa com vassouras, rodos e afins. Parecia que quanto mais eu tentava enxugar, mas eu espalhava água. Até molhar um pacote que estava no chão. O pacote? O pacote continha todos os meus novos cartões. Abri desesperada o embrulho e coloquei-os para secar lá fora. Puta, retornei pra continuar enxugando gelo.

Quando voltei lá fora, os cartões haviam voado para a vizinha. Toquei na casa ao lado. Expliquei e pedi pra entrar e tentar recuperá-los. Consegui alguns de volta. Quando voltei, adivinha? A porra da porta tinha batido e a chave de mamãe estava dentro! CARALHO. CARALHO. CARALHO.

Toquei na vizinha de novo. Pedi para dar um telefonema.

- Tudo bem, minha filha?
- Não. Mas eu não quero falar, se não vou chorar.

E vi a cara dela de quem pensa: “sempre achei essa menina estranha...”.

Liguei para o celular. Ele não atende números desconhecidos. Liguei para o escritório. A secretária atende.

- Pois não?
- Quero falar com o ...
- Quem deseja?
- Adriana.
- Adriana de onde?
- SÓ ADRIANA!

Quando ele atendeu, chorei no telefone. Não consegui segurar. ELE do outro lado não entendeu muita coisa diante do meu desespero atropelado contando tudo ao mesmo tempo. Disse que já estava terminando e iria pra casa. Não quis ficar na casa da vizinha. Fiquei sentada do lado de fora da porta da minha casa de 15h às 19h. Sem jornal. Ficou do lado de dentro também.

ELE chegou. Eu havia pensado em milhões de palavrões pra falar quando ele chegasse, diante da demora do rapaz. Ensaiei. Mudei as falas. Ensaiei de novo. Mas aí, entrei no tal estado do nada. Anestesiada. Ele veio andando calmamente, me olhou ali suja, com roupa de lavar o chão, o cabelo preso meio torto... E disse apenas:

- Por que você não chamou o chaveiro?

CARALHO! POR QUE EU NÃO CHAMEI O CHAVEIRO?????????

quinta-feira, 20 de março de 2008

Yogoberry

Fui falar de yoga e olha aí... me lembrei de yogoberry! Algo que dá quase tanto prazer quanto sexo. Juro. Tá, o negócio é meio novo na minha vida. Talvez eu ainda esteja na fase da paixão. Mas o sorvetinho, que não é sorvete e não tem gordura – o paraíso de toda mulher – me pegou. Tô gamada.

Momento divulgação: é um frozen yogurt, espécie de sorvete cremoso à base de iogurte, nos sabores tradicionais ou chá verde (R$ 6,00 e R$ 7,00 pequeno; R$ 8,00 e R$ 9,00 médio; R$ 10,00 e R$ 11,00 grande), que podem ser combinados a dezesseis itens entre frutas frescas, granola, amêndoa, chocolate e sucrilhos. Por cada item é cobrado mais R$ 1,00. A loja fica na Rua Visconde de Pirajá, 282, ao lado da livraria “Letras & Expressões”, em Ipanema. Aberto todos os dias de 9h às 21h.

O mix dos sabores tradicional e chá verde, pequeno, sem diabo de item a mais nenhum é o meu preferido! Como com calma, devagar, saboreando. Amo muito tudo isso! Arranjei mais um motivo pra ir à praia cada vez mais ali por perto. Começo com a garrafinha de chá verde na areia e termino com um frozen yogurt na rua, no caminho de volta para o carro. Perfeito!

Para eu continuar escrevendo aqui porque não tenho mais nada pra falar sobre o Yogoberry - há coisas que não precisam de muitas palavras para serem ditas... (urg...) - Bom, para continuar o assunto, falarei de meus comes e bebes favoritos e suas histórias.

Quase não bebo água in natura. Acho sem graça, ruim na verdade. É muito difícil me ver bebendo água, água. Só quando realmente estou me esbaforindo de sede. Mas adoro água com gás. E essa tem uma história que minha mãe acha engraçadíssimo contar até hoje.

Mamãe, esta é pra você: quando eu era pequenininha e meus pais me carregavam para a praia do Leme todo fim-de-semana, um belo dia mamãe estava bebendo água com gás e eu pedi. Ela disse, então, que não ia me dar porque aquilo era água ruim. Pedi mesmo assim. (Sou teimosa desde criancinha...) E aí, não sei se gostei do troço de verdade ou só de birra, mas o fato é que passei o resto da minha infância pedindo água ruim aos garçons da Taberna do Leme, à mamãe e a todo mundo. Não me lembro quando passei a chamar de água com gás, mas demorou.

Mate. Bebo mate na mesma medida em que seria recomendável beber água. Cerca de 1 litro por dia, ou mais. Bem mais. E também há historinha: na primeira festinha infantil que mamãe me levou, eu não queria nada do que tinha para beber: água, que eu já não gostava, e refrigerante, que também não sou chegada desde nova. É, eu já era uma criança mala com comida e bebida... Resultado, minha mãe teve que ir ao bar da esquina comprar mate e colocar na minha mamadeira. A partir de então, só ia para festinhas levando minha própria mamadeira de mate. Com os anos, só troquei a mamadeira pela caneca. O mate permanece.

Hum, que mais que eu gosto muito? Não tô lembrando de nenhuma outra coisa de comer. Estou fiel ao Yogoberry... Ai, quer saber? Estou tensa porque o Fluminense vai jogar daqui a pouco. Não tinha um assunto desde o início. Vou nessa. Tchau.

Cantinho do Fluminense

Algumas horinhas depois e respirando bem melhor...
E o Fluminense passa o Libertad! 2 x1 neles! Tava realmente tensa. Papai tá longe. ELE também. Vi sozinha em casa... Aliás, foi o 1º jogo do Fluminense que vi no meu próprio sofá. Nem achei ruim, sabia? Gritei sozinha, xinguei sozinha. Só comemorar sozinha é que foi esquisito, já que eu também bebi sozinha e estou um poquito (em homenagem aos paraguaios) acima de meu estado normal.
NENSEEEEEEEE!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Data do jogo :: 19.03.2008 :: 19h30
Local :: Estádio Defensores del Chaco, em Assunção, Paraguai (colei da Internet...)
Campeonato :: Libertadores
Placar :: 2 x 1 (Flu x Libertad)
Extras ::
A chuteira laranja do Gabriel. Dá pra ver no escuro.
Luiz Alberto levou um tapinha fofo no bumbum de um adversário.
O Washington que não cabe na tela da TV, quando a câmera aproxima. Fica com a cabeça cortada.
E o goleiro paraguaio que grita coisas muito estranhas e já está meio passado, não está não?
E ah! Não sei se eu gostei desse uniforme do Fluminense...
Por último: Esse juiz, de paraguaio não tem nada...
Palmas para o Fernando Henrique.
Conca foi bem.
E o Thiago Neves ficou no Brasil e não avisaram a ele.

Êita... bêbado escreve...
Tchau.
NENSEEEEEEEE!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

quarta-feira, 19 de março de 2008

Yoga

- Relaxa as pernas, os braços. Relaxa os olhos, a boca. Relaxa o nariz.

(Relaxa o nariz?)

- Relaxa o abdômen. Relaxa o duodeno.

Ok, pra mim deu.

Eu, como quase toda a torcida do flamengo, sucumbi às aulas de yoga. Na minha primeira tentativa consegui ir até quase o fim. Mas quando me mandaram relaxar o duodeno, levantei e fui embora. Nem sei onde fica direito o duodeno!? Achei que aquele professor estava de sacanagem com a minha cara. Ele e todos os outros alunos porque pareceu que só eu não sabia como relaxar o duodeno...

Mas, atendendo aos pedidos da minha ex-piscóloga, eu continuei tentando. Achei uma outra no Jardim Botânico. Era perto do consultório dela e aí eu fazia tudo no mesmo pacote. Ia pra yoga cedo e depois direto pra sessão de análise. A aula até que eu estava gostando, mas já contei aqui que não deu para continuar mentindo nas sessões por não ter nada para dizer.

Continuei indo mais uns três meses só para a yoga. Só que perdeu um pouco o sentido morar na Urca e ir duas vezes por semana até o Jardim Botânico, às 8h da manhã, só para a aula de yoga. Acordar cedo, pegar trânsito, procurar vaga, só para relaxar o corpo? Acabei chegando à conclusão que ficar em casa dormindo me relaxava mais.

Aí, me mudei para Laranjeiras. Estava correndo na Urca. Mas como me mudei, agora, também não fazia sentido pegar o carro e ir até lá correr. E demorei até me conformar com o fato de correr no Aterro. Só tem gente feia! Bom, passei um dia por um lugar que pareceu bonitinho perto da minha nova casa e tinha yoga! Achei que o exercício milenar merecia mais uma chance.

Comprei roupinhas novas e confortáveis, um tapetinho besta daqueles e segui para fazer minha primeira aula. Bom, a prática (é assim que eles chamam) foi realmente muito boa. Acabei pingando e toda dolorida, alongada até a alma. Só que a professora não falava o ‘s’. Desconhecia o plural. Ou seja, no lugar do ‘relaxa o duodeno’ veio um ‘relaxa as perna’, ‘levanta os braço’... Impossível. Não havia jeito de prestar atenção em outra coisa. E a mulher lá, querendo que eu meditasse. Como, Jesus?

Tentei um outro professor nessa mesma academia, mas não deu certo porque esse fechava todas as janelas, não ligava o ar e nem os ventiladores. “É para fluir melhor a troca de energia grupal”. À merda ele e a energia grupal...

Acabei no Aterro. Sem yoga e com muito sexo. É mais barato. Há troca de energia; dependendo da intensidade, dá para ficar dolorida; e relaxa até o duodeno...

terça-feira, 18 de março de 2008

Biscoito Chinês

Estou sem assunto. E, de novo, vou usar o truque de falar de coisas que já aconteceram há um tempão...

Um belo dia aí do mês passado ou retrasado, fiz uma coisa que eu não fazia há muito tempo. Pedi comida chinesa (não é isso o que eu não fazia há tempos) e comi um daqueles biscoitos da sorte. (é isso o que eu não fazia há muito tempo). E aí, olha a profundidade da minha sorte: ‘No coração não se manda. Se você pensa que manda no seu, não deixe que ele vá longe demais’.

Dei até uma engasgada. Que coisa mais forte para se abrir assim em um biscoitinho vagabundo, num dia qualquer à tarde, almoçando em casa, sozinha. Uma daquelas situações que, sem querer, te obrigam a dar uma pensada. Uma pensada que você não daria normalmente. Uma pensada mal-vinda. O tipo de pensada que pode acabar com um dia, que pode te deixar de mau-humor. E antes, você estava ótima.

Vamos lá: pensemos. ‘No coração não se manda’. Ok, concordo. Agora é que vem a parte que me cutucou: ‘Se você pensa que manda no seu, não deixe que ele vá longe demais’. Seguinte: eu não penso tão assim que mando no meu, mas vamos combinar que em certas ocasiões dá para ver claramente que o bichinho vai fazer merda se sair por aí sozinho, não dá não? E aí, já que a gente já sabe o final, não custa nada dar uma freada no moço. Para o bem dele e, por conseqüência, para o nosso próprio bem.

E aí, encaixa. Nesse ponto, você está impedindo que ele vá longe demais. Certo? Só que algo que eu achei que era uma coisa boa, bonita, digna de palmas, foi posta em xeque por um biscoitinho vagabundo. Esse biscoito está me dizendo que eu estou perdendo algo por não deixar meu coração burro ir longe demais. A imagem que me veio à cabeça agora é a de um burrinho mesmo, aqueles jegues de estrada que andam de tapa olho para não fazer besteira. Talvez eu trate meu coração como um jegue de vez em quando, sim. Mas é para ele não morrer atropelado!

E estou eu aqui agora me explicando para uma espécie de entidade do biscoito... ‘Sr. Deus do biscoito, o Sr. não acha que em algumas situações a gente deve antever que está na hora de parar? Não é melhor segurar as rédeas, antes que o estrago seja grande para todo mundo? Qual é a porra da vantagem de deixar o bicho solto e vê-lo dando com os burros n’água!?’

Resumindo, sou a favor de deixar o coração na meia trava, sabe? Deixa ele ir, mas fica de olho no freio de mão e, se preciso, dê um cavalo de pau. Melhor ficar tonta, zuretinha das idéias, do que causar um acidente de maiores proporções. Sabe aquela história de que o pior não é bater e se matar, é bater e matar os outros? Pois é, dependendo do seu estado de loucura e imprudência, você pode atropelar um velhinho, uma criança... E ficar vivo. É melhor segurar o coração...

segunda-feira, 17 de março de 2008

Boa Ação

Já falei aqui que eu sou possessiva com coisas, não já? Aliás, para que mentir? Com coisas e pessoas. Com coisas não me importo tanto, assumo numa boa. Com pessoas, tenho uma certa vergonha de admitir, mas é mais forte que eu. Sei que é feio e que eu não suporto ninguém que me prenda, mas adoro sentir que algo ou alguém é meu, mesmo que isso seja meio ilusão. Mas, vou falar de coisas.

Hoje tomei uma decisão muito difícil. Decidi dar toda a minha antiga coleção de papéis de carta para alguém. Tenho essa coleção há 20 anos. E, mesmo grande e sem usufruir mais dela, nunca tive coragem de me desfazer. E olha que a minha irmã já esperneou mais de dez vezes para tentar me convencer. Não conseguiu. Eu era irredutível. Tinha um ciúme absurdo dos meus papéis coloridos, perfumados e lindos. Aí, eles ficaram pegando poeira num armário na casa da minha mãe.

Fui até lá para procurar aquelas fotos dos sorrisos que eu tirei no aeroporto. Não achei as fotos, mas achei os papéis de carta. Intactos. E, para a minha surpresa, não amarelados. Aí, folheei um por um e foi gostoso. Mas no fim, me deu uma sensação triste deles estarem ali, guardados e escondidos há tanto tempo. Achei que, enfim, era a hora de passar adiante, para alguém que fosse aproveitá-los mais e melhor. A essa altura do campeonato, minha irmã já não é mais uma candidata, apesar de ter ficado tiririca, quando eu contei da minha decisão.

Fiquei pensando em para quem eu poderia dá-los. E aí, lembrei de uma pessoinha fofa, que eu adoro e que vai amá-los. O nome dela é Ana de Santa Rita. Conheci quando fui a Portugal em 2006. Ela é uma priminha DELE. Filha de uma prima de 1ª grau. Conheci trocentos parentes nesta viagem e foi ela por quem eu mais me apeguei. Uma dessas coisas meio sem explicação da vida. Passei 15 dias na Terrinha, e, por incrível que pareça, foi tempo suficiente para eu, uma desconfiada e antipática assumida, morrer de amores por uma garotinha de, na época, cinco anos. E ela, idem. O que é mais incrível. Afinal, ninguém gosta de mim assim, tão rápido. Queria trazê-la de volta junto comigo. De verdade.

Aí, vem a parte ruim. Prometi cartinhas pra ela, disse que mandaria presentes do Brasil etc. Quem me conhece, já deve ter desconfiado que eu desapareci. Sou eu. Mas ela é uma criança e não merecia. Nunca mais vi e nem falei. Na verdade, nem sei se ela lembra de mim. Mas é para ela que eu vou dar os meus exatos 532 papéis de carta de tudo quanto é gênero. Vou mandar por um outro primo que está aqui e vai voltar pra lá depois da Páscoa.

Vai acompanhado de uma cartinha dizendo que eu comecei minha coleção com sete anos, a idade dela agora. Beijinho, Aninha. Espero que você goste.

Cantinho do Fluminense

Jogamos ontem. Não vi. Tava dormindo... Mas ganhamos de 2 x 0, num jogo mais ou menos, segundo papai.

Data do jogo :: 15.03.2008 :: 18h10
Local :: Maracanã (vi nos braços de Morfeu)
Campeonato :: Estadual (2º turno) 4º jogo do Flu
Placar :: 2 x 0 (Flu x Americano)
Extras :: necas

domingo, 16 de março de 2008

Mil Maneiras de se Levar um Fora

O moço de ontem e outras cositas más me inspiraram a escrever sobre os foras fenomenais que já levei na vida. Não vou lembrar de todos, óbvio. Foram muitos. Mas falarei dos mais memoráveis e até engraçados. Para vocês que vão ler, claro.

Farei um momento meio catártico (é assim que escreve isso? Pêra aí, que eu vou ver)......... Sr. Google disse que está certo. Então, vamos lá:

Na linha do ex-professor de inglês que me acha feia, mas interessante e achou legal me dizer isso, já fui recusada porque o cara estava fazendo a Dieta dos Pontos. E, sim, me falou exatamente assim. Tá vendo, gente? A verdade nem sempre é a melhor opção. Diz que não pode e pronto. Não sou dessas que perguntam por quê.

Ainda no quesito verdade, uma vez tomei na cara assim: ‘Não, hoje estou a fim de ver um videozinho. Não estou na pilha de fuder. E você não é mulher de se contentar só com um filme’.

Saiu-se bem o rapaz, não? Me esculachou, mas deixou a situação assim meio esquisita sem eu ter muito como reagir. E, quer saber, ele estava coberto de razão. Assistir a um vídeo não é coisa que se faça com qualquer um. Afinal, são, no mínimo, cerca de duas horas só você e o outro. Assuntos precisam surgir eventualmente. Não pode ficar aquela situação constrangedora. E há que se ter liberdade para sair da posição ‘abraçadinho’, na qual a minha resistência é inteiramente baixa. Isso sem falar na hipótese de alguém soltar um pum! Ou seja, requer grande intimidade. Sexo é muito mais informal.

Outro: me liga um sujeito que eu não falava há tempos.

- Olha! Quantos milênios? O que te fez lembrar de mim?
- É que acabei de terminar com a minha namorada e você é a primeira da lista no meu celular.

Verdade de novo. Talvez uma explicação plausível para eu ter dado bastante na vida seja o simples fato deu me chamar Adriana. Sou a primeira da lista de muita gente... Diria que de quase todos. Quase só concorro com outras Adrianas. (Tá vendo!? Se eu me chamasse Natália, seria quase santa. E, paiê!, foi você quem escolheu meu nome... se fudeu!)

Devo ter tirado a oportunidade de muita gente... Por isso que Vanessas, Priscilas, Sabrinas... viram putas. Ninguém come as meninas casualmente, aí elas viram profissionais para acelerar o processo.

Já ganhei ‘não’ porque o cara estava muito bêbado e também porque ele não estava bêbado o suficiente. Não, porque ele tinha outra. Não, porque eu tinha outro. Não, porque ele queria namorar. Não, porque ele não queria namorar...

Enfim, acho que no meu saldo total, com certeza, já disse muito mais sim do que não. E já ganhei mais não do que sim. Mas, fazendo a média, aproveitei bem até onde deu.

sábado, 15 de março de 2008

Dodói

Tô dodói. Aí, não estou conseguindo ficar sentada no computador pra escrever. Essa chuvinha que não pára, também não está ajudando... (tá vendo como um laptop tem, sim, utilidade pra mim! Todo mundo fala que eu não preciso. Preciso sim! Se eu tivesse, poderia estar escrevendo na cama).

Estou molenga. Lerda e mais emotiva. Não, não estou grávida. E além deu não estar no período de TPM, já falei que não tenho essas frescuras... Mas estou num dia frescurento. Bobona. Acontece de vez em quando. Quando estou assim, doentinha, meu lado mulherzinha aflora e se revela em toda a sua falta de originalidade.

Até a minha resistência na posição “abraçadinho” aumenta. Só não consigo comer papinha. Nunca consegui. Odeio. Fico olhando essas mães zelosas que fazem papinha pro filho e provam antes de dar. Eca. Tem gente até que come aquelas papinhas da Nestlé porque adoram. Eca. Eca. Eca.

Tadinho do meu filho... Vai queimar a boca, comer comida salgada, sem sal... não vou provar a papinha antes nem a pau! Aliás, acho melhor eu passar essa tarefa de ‘dar papinha’ para alguém. Se não o bichinho não vai comer, olhando a minha cara de nojo. Ai, chega. Tô ficando enjoada. Vou voltar pra debaixo das cobertas.

sexta-feira, 14 de março de 2008

Inveja entre Irmãs

- Oi. Vem cá, eu já te dei aula, não dei?
- Já.
- Adriana. Irmã da Tatiana, não é isso?
- Isso.
- Dei aula para a sua irmã também. Ela era mais bonita, mas você é bem mais interessante.

Uau. Não entendi. Isso foi uma cantada? O cara realmente achou que eu ia gostar da observação?!

Bom, uma certa inveja entre irmãos, mais entre irmãs (mulheres), é normal, não é? Claro que é. Eu tenho, de vez em quando, da minha. Graças a Deus nossa diferença de idade é grande e aí, não passamos pela fase da competição por exemplares do sexo masculino. (esse aí acima, é totalmente indiferente) Até porque eu ia me dar mal. A mocinha nasceu mais bem acabada mesmo. Mas eu sou mais inteligente. (Apesar de preferir ter nascido a mais bonita.) Mas enfim...

Minha irmã quebrou o pé dias atrás. E eu senti uma invejazinha. Nunca quebrei nada! Isso para uma criança é quase um trauma (sem trocadilhos). E mais: nunca usei aparelho, nunca usei óculos e só fui tomar ponto quando tirei os quatro sisos e já velha.

Quem nunca quebrou nada deve entender ‘a dor’ que é nunca ter tido um gesso para chamar de seu, para os amigos escreverem recadinhos. Só tenho recadinhos em camisa de colégio. Mas não é a mesma coisa.

Pelo menos, estamos em épocas mais avançadas e não se usa mais gesso. Agora são botinhas horrorosas que dizem ser mais práticas. Mais práticas ok, mas o gesso era muito mais cool. Quebrar o pé e colocar botinha é que nem comer uma mulher sensacional e não contar para ninguém. (não faço a menor idéia do porquê usei um exemplo como se eu fosse um homem...)

Bom, mas a questão é mais profunda. É que ela já quebrou pé, braço, perna; abriu queixo, testa, joelho... e eu nadica de nada. Falei que eu era mais inteligente... Mas que saco! Por que ela já teve milhões de gessos e pontos e eu não? Ela já é loira! Ficou com tudo. Assim não dá...

Meus pais, há um tempo, quando eu realmente me importava por ela ser loira e eu não, falavam que eu tinha nascido com os olhos claros. Ahã. Na praia, debaixo de um sol escaldante, dentro d’água com o reflexo do mar, vocês tem que ver. Meu olho fica verdinho.

Que mais? Ah, a menina nasceu para a prática de qualquer esporte. É uma anta no colégio, mas conseguiu ficar em pé na prancha de surfe na primeira aula. Era a melhor na ginástica olímpica, mas tiraram a garota de lá porque ela já não era muito alta (Ah! Sou seis centímetros maior que a Taty.) Volley, o esporte obrigatório da minha família, ela também não permaneceu pela altura, mas jogava direitinho. Futebol, judô, qualquer porra. Tatiana se adapta. Eu fiquei só no volley e naquelas coisas básicas de menina: ballet, sapateado e jazz. Mas assim que deu, saí fora.

Moral da história: ela é mais bonita, se quebra (e se diverte) bem mais e não se preocupa com essa bobagem de estudar e ganhar dinheiro. Para isso, ela tem uma irmã.

Valeu, Tatinha! Melhoras...

quinta-feira, 13 de março de 2008

Centro da Cidade

Eu já disse mais de uma vez que quando eu morrer eu prefiro ir para o inferno que para o céu. Sempre tive a impressão de que o céu é meio sem graça, uma coisa assim... em tons pastéis, sabe? Não me atrai. Mas se o inferno for que nem o Centro da Cidade, quero morrer no limbo!

E o pior é que eu sempre esqueço de como é infernal, até ir lá de novo. Essa porcaria de memória, pra variar, me passando pra trás. Vou de tempos em tempos com espaços muito longos entre um e outro, aí acabo esquecendo da experiência do demo.

Bom, hoje fui lá, após, sei lá, janeiro do ano passado quando fui comprar coisinhas pra minha festa de aniversário carnavalesca. Não lembro da pós-volta, mas lembro da pré-ida. A mesma empolgação desta vez. Toda feliz indo comprar artigos mais baratos e úteis. Na época: confete, serpentina, balas, pirulitos, poás... Hoje: capas de DVDs, CDs, envelopes... coisas para a minha nova empresa.

A gente sai achando que vai fazer um negoção, sentindo-se super espertos e econômicos. Mas esse é mais um dos eventos que eu pagaria para não participar se eu lembrasse antes...

Gente. Aglomeração de pessoas. Gente saindo pelo ladrão. Calor. Não é possível que o inferno seja tão quente. Nem o deserto. Aí, vem a história do pesquisar preços... para mim a pior parte. Você já está no inferno e alguém arranja um jeito de descer mais uns degraus.

Sempre vi admirada episódios do Globo Repórter sobre pessoas humildes (vulgo, pobres. É isso mesmo. Se não precisasse, duvido que fizesse...) que mostram aquelas mulheres guerreiras que compram cada item em um supermercado diferente, procurando sempre pelo mais barato! (ôpa. Achei o tema 4 do Globo Repórter).

Pela TV até é admirável, mas não o bastante para seguir o exemplo. E pesquisar no Centro da Cidade é quase a mesma tortura. Andar pelo meio daquelas pessoas todas, debaixo de sol, para achar uma diferença, sei lá, de 10,00 não compensa! Fora que é praticamente impossível voltar à primeira loja (fatalmente a mais barata desde o início). Além de infernal, aquilo é um labirinto. Todas as ruas e lojas iguaizinhas. E aí, tome de mais tempo rodando e procurando para, no fim, desistir e comprar em qualquer uma mesmo.

Ainda tem a tensão de segurar a bolsa para não ser assaltada e a parte corna do final de carregar sacolas pesadas até o metrô de volta. Sim, porque qual é o sentido de voltar de táxi se você foi lá economizar dinheiro...

Olha, que me perdoe o meu marido e toda a família dele, mas ô coisa de português...


Cantinho do Fluminense

Eu estava receosa desde antes do jogo. E o negócio não foi muito bom não... Empatar com o Resense?! Não foi nosso dia, nem do Washington.

Data do jogo :: 12.03.2008 :: 21h45
Local :: Maracanã (vi na Barra)
Campeonato :: Estadual (2º turno) :: 3º jogo do Flu
Placar :: 2 x 2 (Flu x Resende)
Extras :: Nada de extras

quarta-feira, 12 de março de 2008

Famosa

Pessoas mais velhas - isso não é uma crítica é um fato - têm dificuldades de entender esse negócio de mundo virtual e suas conseqüências. Por isso, contar para minha avó que eu tenho um blog e nada é a mesma coisa. Ela até deu uma risada, disse um “que bom”, mas com uma entonação como se eu tivesse comprado algo que eu queria muito.

Minha mãe é de uma geração abaixo, mas ainda está na etapa ‘se acostumando a mandar e-mails’. E já tentei passar uma tarde inteira tentando explicar que provedor é uma coisa e uma página que hospeda e-mails é outra. Para ela era impossível ter que entrar na internet pela Globo.com e ter um e-mail do IG. Como eu também não sou das mais espertinhas para explicar tecnologia, não chegamos a lugar nenhum. O maior problema é que eu me guardo em minha ignorância e aprendo apenas os passos básicos para fazer o que preciso sem perguntar muito o porquê das minhas ações. Mas mamãe quer entender. Aí, é pedir muito...

Bom, mamãe também não achou incrível eu ter um blog e eu também não achei incrível ter que explicar pra ela que um blog não é um e-mail, nem um provedor, nem uma página que hospeda e-mails. Passei para papai.

- Pai! Agora eu tenho um blog! Meus amigos acham que eu escrevo bem. Até já mostrei pro Fernando. E ele também gostou! Já pensou se um dia eu conseguir escrever um programa de TV e ficar famosa!?
- (pausa) Silêncio. Ele franze as sobrancelhas.
- Pai?
- Promete que você nunca vai posar nua?
- (pausa minha agora. Até lembrei da Janete...)
- Não.
- Não?
- Não prometo nada, pai. Mas acho que até lá, quando e se eu ficar famosa, ninguém mais vai querer que eu pose nua.
- Ih... O que não falta é plástica por aí.
- Ah é.
- Promete que você nunca vai fazer plástica?
- Têm mais chances deu nunca fazer plástica do que nunca posar nua. Sou mais cagona do que burra de dispensar altas quantias em dinheiro.
- Tomara que eu esteja morto.
- É, pelo tempo que eu acho que vai levar e pelo quanto você bebe, há grandes chances.
- Tá me matando, minha filha?
- Não. Você que prefere morrer a me ver pelada.
- Eu não. Mas o porteiro, o mecânico da rua, meus sócios, os vizinhos... Melhor tá morto, mesmo.
- Tá. Vamos ver como você vai estar até lá. Se eu achar que você ainda está em condições de ser sacaneado, levo em consideração. Mas se você estiver precisando de uma operação caríssima, eu poso.
- Você faria isso por mim?
- Acho que daria para pagar a operação e ainda ficar com um pouco. Quero ser muito famosa! E ainda ‘poso’ de boa moça, oh que maravilha...
- Você iria me usar, então.
- Os dois lados ganham.
- É verdade. Se eu não precisar da operação, posso pedir outra coisa?
- O quê?
- Uma casa em Teresópolis com três Pastores Alemães.
- E a sua vergonha?
- Por isso que eu estou pedindo a casa em Teresópolis.
- Tá bom. Tchau, Pai.
- Ah, Adriana!
- Oi?
- O que é um Blog?

Desisto...

terça-feira, 11 de março de 2008

Verdades e Mentiras

Primeiro eu queria compartilhar o quanto está ficando difícil essa história de escrever todos os dias. E ainda estamos entrando em março. Mesmo com carnaval colado no reveillon e ovos de páscoa nos supermercados em fevereiro! os dias do ano não diminuirão. Ao contrário, tem um a mais e eu estava achando isso o máximo lá no início, lembra? Pois é, mas verdade seja dita, agora estou meio em pânico.

Ainda falando a verdade e confessando coisas: comprei até uma caixinha chamada puxa conversa. Dentro dela há 135 cartões com perguntas aleatórias para quando faltar assunto. Assim que vi, comprei. Mas não queria usar. Foi só por segurança, eu acreditava na minha criatividade... Estou quase cedendo.

Mas hoje ainda não. Surgiu um papo verdades e mentiras e vou tentar espremer alguma coisa daí. Primeira verdade: eu minto. Não sei se muito ou pouco, mas minto quando é preciso. E sou a favor da mentira sim em muitos casos. Inclusive, quando eu sou a “vítima”. Acho mesmo que se mais mentiras do que verdades fossem contadas em determinadas ocasiões, o mundo seria menos rancoroso. Apesar disso parecer uma tremenda hipocrisia, não é. Na minha humilde maneira de ver e encarar a vida.

Sou contra a essas mães “modernas” que se acham inteligentes e maduras ao contarem logo pros filhos desde o início que coelhinho da páscoa e papai Noel não existem. Como assim? Eu adorava seguir as pistas do coelhinho e ir encontrando meus ovos em Ibicuí, onde todo mundo passava a Páscoa junto. E fiz isso até bem grandinha, mentindo feliz pra mim mesma e achando que todo mundo acreditava que eu ainda acreditava. Sabe? Todo mundo feliz.

Não me lembro em que momento eu saquei que papai Noel não existia. Mas não fiquei com raiva de ninguém por terem me enganado. E também nunca fiquei tentando descobrir como ele vinha pela chaminé se a minha casa não tinha lareira. Ninguém tem imaginação, não?

Na adolescência, na era do ‘Verdade ou conseqüência?’, eu escolhia verdade. Podia mentir o quanto quisesse... Minha mãe adorava uma amiga minha chamada Mariana. Era minha amiga mais íntima, dormia na casa dela com freqüência. Educada, com pais responsáveis, casa em Angra, um doce de menina. Mariana nunca existiu. Mas se não fosse ela, minha mãe e eu teríamos enfrentado muitas brigas desnecessárias.

Assim como o que eu escrevo aqui dia a dia evita tanta coisa... Aqui falo o que eu quero, o que eu acho, o que eu sinto. E falar a verdade aqui ou o que eu queria que fosse a verdade, muitas vezes me basta e me conforta até para mentir. Sim, porque há verdades que merecem ser guardadas e protegidas com a mentira que for necessária.

segunda-feira, 10 de março de 2008

Viajar

Desta vez não vou tentar ser engraçadinha. O objetivo é outro. Aliás, não tem objetivo. Só quero falar sobre viajar. Sobre quanto eu gosto de viajar. E sobre quanto eu viajava bem mais e, a partir de certo ponto na vida, passei a viajar bem menos. E sobre quanto isso me faz falta. E sobre como eu percebi isso, viajando.

Começa pela estrada. Tem gente que não gosta de dirigir em estrada. Diz que dá sono, que é perigoso e tal. Eu adoro. Se possível, de janela aberta. Com o vento batendo no rosto, mesmo se estiver um calorão. Tem gente que também odeia caminhão em estrada. Tá, um fileirão deles é mesmo insuportável, mas um ou outro de vez em quando no caminho, é divertido, vai... Ultrapassar é divertido. Prefiro estrada de dia. A paisagem fica mais bonita e o sol batendo no rosto é mais gostoso. Continuo mantendo o hábito de criança de olhar as vacas pastando. Adoro vacas, lembra? Vem daí o negócio. E sem muita explicação, que já ensinei que mania não precisa de explicação.

Outro hábito que eu cultivo é o de me perder. Assim, meio de propósito. E aí, parar, perguntar, conversar, conhecer. Nessa ordem. Não gosto de reservar lugares. Gosto de ver, de escolher, de decidir na hora. Nem sempre isso é possível, dependendo de com quem se está casado, mas insisto. Às vezes ganho, às vezes perco. Às vezes dá certo, às vezes não. Mas quando não dá certo, também é divertido. As histórias que ficam, que marcam, geralmente são de algo que pareceu que não deu certo, mas acabou dando, sabe?

Também adoro viajar sozinha. Mesmo que isso tenha ficado mais raro ainda do que viajar apenas. Mas, uma vez ou outra, vou. E aí, sou outra. Tiro férias até de mim e todo mundo sai ganhando. Volto outra.

Não tenho muitas preferências. Praia, montanha, pra fora, pra dentro, longe, perto, pousada, hotel, casa de alguém... Curto quase todas as aventuras. Até porque, acho mesmo que o que eu mais gosto é o percurso. E, sim, prefiro viajar de carro, quando isso é possível e encaixa no meu tempo. Não me cansa. Claro que estou falando de uma média, sei lá, de 4 horas dirigindo. Se não, óbvio, canso que nem todo mundo. Sou diferente, mas sou humana e minha bunda é pequena.

Acabei de chegar de viagem. Essa história de ganhar um jipe deu um empurrão e tanto para freqüentarmos mais as estradas da vida. Tomara que não seja fogo de palha. Que eu volte mais a respirar outros ares. A conhecer outros sotaques. Que eu tenha mais histórias. Que eu volte, mesmo, a ficar menos no mesmo lugar.

domingo, 9 de março de 2008

sábado, 8 de março de 2008

Mauá



Cantinho do Fluminense

Acompanhei. Mesmo à distância. Mais uma goleada!

Data do jogo 08.03.2008 18h10
Local Maracanã (restaurante O Filho da Truta)
Campeonato Estadual (2º turno) 2º jogo do Flu
Placar 5 x 2 (Flu x Friburguense)
Extras Dodô se machucou...

sexta-feira, 7 de março de 2008

Aeroporto

Estou, aos poucos, voltando a ter voz. Mas a derrota do Flamengo no dia seguinte a uma goleada histórica do Flu atrapalhou um pouco a minha recuperação.

Bom, ainda na linha – o que um jipinho não faz – até eu estou me impressionando comigo mesma. Tenho andado num bom-humor de se admirar. Minha família não está entendendo nada... Estou a mais prestativa das filhas, das irmãs, das netas, das primas.

Minha querida prima Stéfane, chegou hoje de uma temporada de três meses nos Estados Unidos. E eu me ofereci, atenção ME OFERECI, para ir buscá-la no aeroporto às 8h da manhã. ÀS 8H DA MANHÃ! E FUI DE BOM-HUMOR! É ou não é incrível? Meus pais, minha avó e, principalmente, minha irmã acharam. Acho que eles nunca tinham me visto sorrindo a essa hora antes. E olha, que eles me conhecem desde que eu nasci. Taty, desde que ela nasceu.

Bom, mas agora quero falar de aeroporto. Fui buscá-la porque queria andar mais no meu filho, mas também porque amo aeroporto. Sou boazinha, mas ordinária. Começa pelo cheiro. Nem todos os aeroportos do mundo (até porque não conheço todos) têm o mesmo cheiro, mas todos têm um cheiro que nenhum outro lugar tem. E eu adoro. Tanto quanto amo cheiro de gasolina, querosene e qualquer tipo de solvente. Se nascesse menina de rua, tava fudida.

Bom, depois tem pessoas. Um monte de pessoas juntas, diferentes, de tudo quanto é lugar, vestidas de formas mil, falando em línguas e sotaques diversos, e a, maioria, está feliz. Ou porque está indo ansioso pra algum lugar, ou porque está esperando ansioso pra encontrar alguém, ou porque está ansioso e aliviado por estar voltando pra casa. Viajar é ótimo. Mas às vezes, voltar pra casa é um alívio tão intenso quanto fazer xixi, após horas segurando.

Mas o fato é que o clima reinante em um aeroporto é positivo. A energia é boa. É um lugar de circulação. Ninguém fica ali muito tempo, logo não deixa carga ruim. Uma vez, quando eu estava indo pra Disney com 18 anos, e o vôo tava atrasado horas, decidi estrear logo a minha máquina recém-adquirida. E na época - ai meu Deus, tô velha... ainda não havia máquina digital - gastei um filme de 36 poses (era o máximo de então! Como vivíamos antes?) com fotos de gente sorrindo. Eu fui andando pelo aeroporto e, quando via um sorriso, click!

Só revelei quando cheguei ALIVIADA ao Brasil de volta. E, quase todas ficaram ótimas. Foram as fotos que eu mais gostei da viagem. Mais ou menos 36 sorrisos, de cores, idades e intensidades diferentes. Não é o máximo? Eu acho.

É isso. Adoro aeroporto. Mesmo que não seja para viajar efetivamente. E ah! Ganhei um monte de presentes! Tchau, pessoal.

quinta-feira, 6 de março de 2008

Goleada

FLUMINENSE OLÊ, OLÊ, OLÊ. OLÊ, OLÊ, OLÊ. FLUMINENSE OLÊ, OLÊ, OLÊ. OLÊ, OLÊ, OLÊ.

Impossível falar de outro assunto. Até porque estou rouca e só sai isso aí acima. Entrou no automático.

Fluminense. Festa da torcida. Libertadores depois de anos. Contra um time argentino (e não faz a menor diferença se é um time novo...) e 6 X 0!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Eu disse 6 x 0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

FLUMINENSE OLÊ, OLÊ, OLÊ. OLÊ, OLÊ, OLÊ. FLUMINENSE OLÊ, OLÊ, OLÊ. OLÊ, OLÊ, OLÊ.

Sei que não tem nada a ver uma coisa com a outra, que a Libertadores tá apenas começando. Mas da última vez que fiquei tão feliz assim, foi na final da Copa do Brasil, em que o Fluminense foi campeão, ano passado. Eu estava a noite inteira no lugar certo e na hora certa.

FLUMINENSE OLÊ, OLÊ, OLÊ. OLÊ, OLÊ, OLÊ. FLUMINENSE OLÊ, OLÊ, OLÊ. OLÊ, OLÊ, OLÊ.

Goleada na Libertadores. Estão dizendo que vai entrar pra história. Eu sei lá se vai entrar pra História, mas pra minha história vai. Já entrou.

FLUMINENSE OLÊ, OLÊ, OLÊ. OLÊ, OLÊ, OLÊ. FLUMINENSE OLÊ, OLÊ, OLÊ. OLÊ, OLÊ, OLÊ.

Hino do Fluminense
Lamartine Babo

Sou tricolor de coração
Sou do clube tantas vezes campeão
Fascina pela sua disciplina
O Fluminense me domina
Eu tenho amor ao tricolor

Salve o querido pavilhão
Das três cores que traduzem tradição
A paz, a esperança e o vigor
Unido e forte pelo esporte
Eu sou é tricolor

Vence o Fluminense
Com o verde da esperança pois
Quem espera sempre alcança
Clube que orgulha o Brasil
Retumbante de glórias
E vitórias mil

Sou tricolor de coração
Sou do clube tantas vezes campeão
Fascina pela sua disciplina
O Fluminense me domina
Eu tenho amor ao tricolor

Salve o querido pavilhão
Das três cores que traduzem tradição
A paz, a esperança e o vigor
Unido e forte pelo esporte
Eu sou é tricolor

Vence o Fluminense
Com sangue de encarnado
Com amor e com vigor
Faz a torcida querida
Vibrar com a emoção
Do tricampeão

Vence o Fluminense
Usando a fidalguia
Branco é paz e harmonia
Brilha com o sol da manhã
Qual luz de um refletor
Salve o Tricolor

quarta-feira, 5 de março de 2008

Segredo da Felicidade

Clichezão: Fórmula da Felicidade. Mas acho que encontrei a minha com minha querida sócia. Nossa fórmula é: ela cede pouco e eu desisto rápido.

Ontem, em mais um dia empreendedor estruturalmente, montamos uma estante. Corrigindo, ela montou uma estante. Eu segurei as tábuas, quando não deixei todas elas caírem ao mesmo tempo.

Bom, a questão é: não sou uma pessoa fácil no geral. Mas descobri que sou ótima pra se ter como sócia. Pelo simples motivo de que não sou daquelas que batem o pé até o outro concordar com a minha opinião. Gosto que concordem com a minha opinião, claro. Mas se isso demorar mais de cinco minutos (e estou sendo bem generosa...) desisto com prazer. E assim, a gente vai indo. Quando concordamos, ótimo. Quando não concordamos, ótimo também porque aí vale a opinião dela, sem desgaste.

Isso deveria ser uma coisa horrível, mas, acreditem, não é. Eu não sou boba. Não ia sair por aí ficando sócia de qualquer uma. Em questões de trabalho, sou extremamente seletiva. E nesse caso de sociedade, eu era virgem! Por isso, escolhi a dedo (com trocadilho) com quem eu ia me meter.

A estante ficou ótima. Esse é mais um ponto em que a gente se complementa. Ela se dá super bem com coisas práticas e montáveis. Eu sou uma negação. Tudo + Nada = Tudo!

Bom, agora não tem mais nada pra pintar, nem pra montar, nem pra comprar. Ih... O que faz agora? Sabe quando a gente era menor (estou falando com moças de minha faixa-etária) e brincava de Barbie? (meninas hoje não brincam mais de Barbie...) Então, era o máximo arrumar a casa toda, colocar uma roupa na boneca e... E depois desarrumava tudo porque o legal era montar a casa, brincar em si era meio bobinho.

Minha sócia me mata se ouvir que tô falando que agora o que vem é meio bobinho... Não é não, hein! Você tem razão. Já concordei! É isso aí. Mão na massa que eu não tenho mais idade pra brincar de Barbie, como diria mamãe...

terça-feira, 4 de março de 2008

Fácil Adaptação

Ele foi vendido mesmo. Meu carro. E já veio outro. E, olha, desta vez a adaptação foi super fácil. Diria que... No ato. Incrível. E ELE ainda fez surpresa. Não é fofo? Aliás, ele gostou de estar sendo chamado de ELE. Falou que parece Deus. ‘Meu querido, atualmente, você é um Deus pra mim’. O que um jipinho não faz com uma mulher...

Mas, tadinho, penou pra conseguir concretizar a tal surpresa. Fui levada quase arrastada, pelos cabelos. Também, olha o aproach do rapaz: chegou dizendo que tínhamos que ir pra barra, almoçar na casa dos pais dele, assim do nada. E eu lá, puta, emburrada, reclamando que estava o maior sol e blá blá blá. Consigo ser insuportável quando eu quero. (Quando não quero também não é raro...).

Aí, ele pára numa concessionária. O que me deixou mais puta ainda, porque ele vem fazendo isso há meses. Concessionária pro moçoilo é que nem parque de diversões. Ele ama. E já passei por isso tantas vezes... A gente indo pra algum lugar e ele pára e fica lá minutos a fio, vendo carros que ele não vai comprar. Sim, porque ele adora trocar de carro. Mas demora anos até se decidir. Um saco. E ele ainda quer que eu participe, sabe? Então, até aí morreu Neves. Não desconfiei de nada.

Não queria sair do carro. Ele, de novo, precisou me puxar pelos cabelos. E eu lá, reclamando, reclamando e reclamando. A próxima cena foi um carro se aproximando da gente. Um cara pára o tal carro. Desliga. E sai com a chave na mão. E aí, me entrega.

E, não. Não houve momentos de silêncio ou demora seguida de perguntas idiotas como: Meu Deus, é pra mim???? Não. Sou espertinha e entendo rápido. Rápido até demais. Arranquei a chave do moço, entrei no carro e parti dali mesmo, pra dar uma voltinha. Deixei até meu benfeitor do lado de fora.

Depois, já devidamente adaptada, aí sim: saí, corri, pulei no colo dele, gritei e todas essas coisas de mulher eufórica.

Thanks. Você, decididamente, superou minhas expectativas. Estou que nem criança. Toda feliz, mostrando meu brinquedo novo por aí e até fazendo algumas concessões como dar carona para um ou outro selecionado. “Vou de Jipe... se sabe....”. Até.

segunda-feira, 3 de março de 2008

Como Agradar uma Mulher

Tenho passeado por blogs de amigos e amigas. Quero ser in. Ficar antenada nas últimas novidades dos blogueiros. Vamos ver quanto tempo isso vai durar... Tenho uma antipatia natural por tudo que envolva grupos. Mas isso é um outro assunto...

Enfim, uma amiga (minha comentarista mais assídua!) escreveu sobre como nós mulheres somos chatas e difíceis de agradar. E aí, ela inteligentemente chegou à conclusão através de dicas simples, que não seria tão difícil assim fazer uma mulher feliz. Basta querer e prestar um pouquinho mais de atenção. E é verdade, ela tem razão.

Fiquei lendo todas as dicas que ela deu e imaginando na hora, milhões de sorrisos femininos iluminados e sinceros. Cada vez mais eu ia dando razão e concordando que a maioria das mulheres ficaria satisfeitíssima com coisas corriqueiras, mas de extrema importância como: repararem no seu corte de cabelo. Fui sorrindo, concordando e aí, de repente, dei uma parada. ‘Uau! Não quero quase nada disso, tirando a parte de ganhar flores, sei lá porquê’.

Amar uma mulher como se fosse a última. Vinícius também disse, mas eu e minhas neuroses não agüentamos tamanha pressão. Pra merecer esse privilégio, eu teria que corresponder expectativas e já falei algumas vezes do meu problema com expectativa...

Flores, já falei adoro!, café da manhã na cama nunca deu muito certo. Além dos meus problemas com comida, quase nunca tenho fome de manhã. Aí, o efeito é contrário, porque eu não como o que o cara fez com tanto esmero e deixo o moço magoado. E pessoas magoadas...

Segurar a porta do elevador e abrir a porta do carro. Ok, podem fazer. Mas, juro, estão aí duas coisas que eu não reparo. Não entra nem no subconsciente de ações sutis que deveriam contar pontos a favor. Eu realmente não ligo. Não faz a menor diferença. E, na maior parte das vezes, eu tô andando tão rápido e pensando em outra coisa que eu abro a porta antes do cara ter a chance de fazê-lo. Corte de cabelo e roupa nova. Podem elogiar. Mas me preocupo mais com a reação das outras mulheres.

‘Chame-a de linda mil vezes ao dia’. Uma vez por semana está de bom tamanho, heim... E eu nunca acreditaria que sou mais bonita que a Camila Pitanga e a Luana Piovani, pelo simples fato de que eu não acho e estou devidamente conformada com isso.

Não tenho TPM Por incrível que pareça. Pílula é a maior invenção da humanidade. Evita bebê e TPM. Já falei. Pílula é a minha religião. Todo dia de manhã, sem falta. E alcançarás às graças desejadas...

Mas tenho crises. Muitas. E fico de mau-humor mais freqüentemente do que eu gostaria. Mas, nessas horas, quero homens bem distantes. Nada de tentar me entender. Já é um trabalho difícil pra caramba pra mim. Imagina outro dando pitaco?! Não. E será que eu fico bonitinha com cara de brava? Desconfio que não.

Não fico chateada se ele for jogar bola com os amigos. Queria é que ele fizesse isso mais vezes para eu poder sair mais com as minhas amigas! E se alguém me disser que quer ficar comigo para o resto da vida... babau. No dia seguinte, não tô mais lá. É batata, Ana B.

Por isso, um conselho:
homens, leiam as dicas da minha querida amiga -http://aquidentrodopeito.blogspot.com/ - e fiquem bem longe de mulheres parecidas comigo.

:: Cantinho do Fluminense ::

Ontem teve jogo. 1º do segundo turno do Estadual. Vi só metade. Ganhamos de 3x1 e tal, mas não teve muita emoção...

Data do jogo :: 01.02.2008 :: 18h10
Local :: Maracanã (casa de alguém)
Campeonato :: Estadual (Carioca) – 2º turno 1º jogo do Flu
Placar :: 3 x 1 (Flu x Cabofriense)
Extras :: Sem extras

domingo, 2 de março de 2008

Depilação

Tá, eu sei que esse assunto é super manjado, que já circulou um texto ótimo sobre depilação na internet e que todas as histórias são meio parecidas. Mas aconteceu comigo. Acabei de chegar. Então, vou contar.

Em primeiro lugar, o nome da minha depiladora é Adriana. E isso foi mais ou menos proposital. Quando cheguei lá pela primeira vez, (lá é o salão na rua da minha mãe, o qual me mantenho fiel até hoje), eu podia escolher entre Janete, Creuza ou Adriana. Bom, eu iria entregar uma parte importante da minha intimidade a essa mulher. Mensalmente. Fiquei com a Adriana. Adriana ainda é loirinha, de olhos azuis. E engraçada. Adriana é ótima. Cruzei com o santo da moça.

Vou pular a explicação da parte do ‘completa’ ou ‘simples’. Essa é a história que circula por aí e todo mundo já leu. E, a quem interessar possa, vario. Às vezes completa, às vezes simples. Não me pergunte porquê. Depende muito da minha tolerância à dor no dia. Atualmente, nem sinto quando Adriana passa e arranca cera das minhas pernas. Continuo conversando tranqüilamente. Adriana tem uma filha que é uma peste. Adoro escutar e opinar nas histórias sobre a garota problema.

Agora, quando chega lá, aí é um momento de concentração. Respiro fundo e não abro a boca. Não grito, engulo. Às vezes, suo. Na primeira vez, fiz um lado só. Saí metade macaca, metade bunda de bebê. Mas alguém, na época, merecia meu esforço. Minha primeira depilação de virilha foi aos 15 anos. Deus! Como eu tomava banho até então!? Porque isso é um fato. Ninguém se depila só pra outros, se depila pra você também. É horrível se olhar no espelho e ver a mata atlântica. Até hoje, a sensação é a mesma. Quando acaba a sessão tortura, me sinto uns 2kg mais leve. Saio quase flutuando, não fossem os restos de cera grudando e me trazendo à realidade...

Bom, a enrolada toda aí, foi pra dizer que hoje fui lá e Adriana não estava. Ficou dodói. Mas eu precisava me livrar de pêlos estranhos. Sem falta. Fui com a Janete. Pergunta de praxe:

- Simples ou completinha?

Completinha foi dose... E para responder? Como eu ia falar ‘completinha’. Improvisei um “tudo”.

- Tudo o quê? Atrás também?

Oh God! Que moça mais indiscreta. Cadê a Adriana???????

- Não precisa.
- Olha, fica feio na foto, hein.

Que foto, Jesus? O que essa mulher está falando...

- Deixa de ser fresca. Mulher grávida, antes do parto, tira tudo. Não fica nenhunzinho.

Mais um motivo para eu adiar minha função maternidade.

- Se vai ser tudo, é melhor tirar a calcinha. Se não, gruda.

Adriana não manda eu tirar a calcinha. Ela pega uma fitinha e amarra pra ficar mais fina... Mas, é verdade, sempre gruda. Bom, em 5 minutos, Janete já tinha me aterrorizado de novo quanto ao assunto ‘ser mãe’ e me chamado de modelo de revista pornô e de frouxa. Janete mexeu com meus brios. Sem calcinha, falei:

- Tira tudo, Janete. E se precisar que eu fique de quatro, avisa.

sábado, 1 de março de 2008

Carro

- Onde está a chave reserva do seu carro?
- Por quê?
- Porque eu quero mostrar aqui para alguém.
- Alguém quem?
- Um cara aqui da vila.
- Para quê?
- Onde você está, Adriana?
- Na academia.
- Por que você leva a chave do carro para a academia?
- Para que você quer a chave reserva do meu carro?
- Porque eu quero vender!

Sabia! Era o que eu temia. Mulher precisa renovar o guarda-roupa de ano em ano. Talvez, em menos tempo. Homem tem que trocar de carro. E o meu marido é um homem ao quadrado, nesse caso. Ele não precisa apenas trocar o carro dele, ele troca o meu também. Sei lá, o cara enjoa, dá coceira, não sei o que acontece. Já falei aqui de manias. Cada um com a sua, não me incomodo. Mas quando a mania do outro ultrapassa fronteiras, aí a coisa muda de figura.

Desde que a gente está junto, é assim. Estamos casados há três anos. Já tive três carros e ele também. (O carro tem prazo de validade, lembra? Dois anos é o limite). Ele quer testar outros modelos, outras cores, sei lá que porcaria ele quer testar. Só sei que em um momento o carro é sensacional, econômico, bonito, blá blá blá e, um tempo depois, é uma bosta.

Agora, o mais bizarro disso tudo é que nesse tipo de mania, eu devia ficar ao lado dele. Não sou eu que enjôo de tudo, que quero provar tudo, que adoro coisas novas? Pois é. Pela lógica, eu deveria adorar mudar de carro. Mas quem disse que eu tenho lógica? Não tenho. Nenhuma. E odeio ficar trocando de carro toda hora.

Me apego, acontece sempre. E o pior é que começo sem gostar muito do novo veículo. Torço o nariz, fico lembrando do último, passo meses reclamando. Aí, de repente, começo a olhar para o meu carrinho com outros olhos e vou deixando ele com a minha cara. Esse tem uma vaquinha de pelúcia, tem alguns Cds com histórias, tem meu cheiro. Meio narcisista isso, não? Mas tem. Meu carro tem meu cheiro, tem a minha cara. É a minha casa. É isso, meu carro é a minha cabaninha. Sabe, quando a gente é criança e adora brincar de cabaninha? É meu carro. Ali, eu fico sozinha, escuto o que eu quero, canto alto, falo pelos cotovelos (sozinha! Que odeio dar carona, já disse.), me sinto segura e protegida.

Adoro mudar de casa, quase nunca me apego ao lugar onde eu moro. Mas odeio mudar de carro. Vai entender...

Minha relação com esse carro de agora começou pior do que as outras. A gente não tinha absolutamente nada a ver um com o outro. Não fui com a cara dele na hora. De cara, porque me tiraram um prazer que para mim faz todo o sentido na hora de dirigir: a embreagem. Existe toda uma dancinha com os pés que complementam o ato de dirigir em si. Esse carro não tem o terceiro pedal. Demorei um tempo para me acostumar (saía dando freadas bruscas por aí, já que achava o freio quando ia pisar na embreagem) e muito mais tempo para parar de reclamar. Mas parei.

E comecei a gostar de ficar mais alta. E aprendi um jeito de fazer ele arrancar, mesmo sem embreagem, conheci outras maneiras de se usar o freio de mão, coloquei a vaquinha... Bom, hoje gosto dele. E estou triste mais uma vez porque ele vai embora. Mais ou menos quando uma babá é demitida ou quando um cachorrinho morre. ‘Por que eu me apaguei de novo?’

É isso. Deixo aqui um adeus saudoso.