segunda-feira, 17 de março de 2008

Boa Ação

Já falei aqui que eu sou possessiva com coisas, não já? Aliás, para que mentir? Com coisas e pessoas. Com coisas não me importo tanto, assumo numa boa. Com pessoas, tenho uma certa vergonha de admitir, mas é mais forte que eu. Sei que é feio e que eu não suporto ninguém que me prenda, mas adoro sentir que algo ou alguém é meu, mesmo que isso seja meio ilusão. Mas, vou falar de coisas.

Hoje tomei uma decisão muito difícil. Decidi dar toda a minha antiga coleção de papéis de carta para alguém. Tenho essa coleção há 20 anos. E, mesmo grande e sem usufruir mais dela, nunca tive coragem de me desfazer. E olha que a minha irmã já esperneou mais de dez vezes para tentar me convencer. Não conseguiu. Eu era irredutível. Tinha um ciúme absurdo dos meus papéis coloridos, perfumados e lindos. Aí, eles ficaram pegando poeira num armário na casa da minha mãe.

Fui até lá para procurar aquelas fotos dos sorrisos que eu tirei no aeroporto. Não achei as fotos, mas achei os papéis de carta. Intactos. E, para a minha surpresa, não amarelados. Aí, folheei um por um e foi gostoso. Mas no fim, me deu uma sensação triste deles estarem ali, guardados e escondidos há tanto tempo. Achei que, enfim, era a hora de passar adiante, para alguém que fosse aproveitá-los mais e melhor. A essa altura do campeonato, minha irmã já não é mais uma candidata, apesar de ter ficado tiririca, quando eu contei da minha decisão.

Fiquei pensando em para quem eu poderia dá-los. E aí, lembrei de uma pessoinha fofa, que eu adoro e que vai amá-los. O nome dela é Ana de Santa Rita. Conheci quando fui a Portugal em 2006. Ela é uma priminha DELE. Filha de uma prima de 1ª grau. Conheci trocentos parentes nesta viagem e foi ela por quem eu mais me apeguei. Uma dessas coisas meio sem explicação da vida. Passei 15 dias na Terrinha, e, por incrível que pareça, foi tempo suficiente para eu, uma desconfiada e antipática assumida, morrer de amores por uma garotinha de, na época, cinco anos. E ela, idem. O que é mais incrível. Afinal, ninguém gosta de mim assim, tão rápido. Queria trazê-la de volta junto comigo. De verdade.

Aí, vem a parte ruim. Prometi cartinhas pra ela, disse que mandaria presentes do Brasil etc. Quem me conhece, já deve ter desconfiado que eu desapareci. Sou eu. Mas ela é uma criança e não merecia. Nunca mais vi e nem falei. Na verdade, nem sei se ela lembra de mim. Mas é para ela que eu vou dar os meus exatos 532 papéis de carta de tudo quanto é gênero. Vou mandar por um outro primo que está aqui e vai voltar pra lá depois da Páscoa.

Vai acompanhado de uma cartinha dizendo que eu comecei minha coleção com sete anos, a idade dela agora. Beijinho, Aninha. Espero que você goste.

Cantinho do Fluminense

Jogamos ontem. Não vi. Tava dormindo... Mas ganhamos de 2 x 0, num jogo mais ou menos, segundo papai.

Data do jogo :: 15.03.2008 :: 18h10
Local :: Maracanã (vi nos braços de Morfeu)
Campeonato :: Estadual (2º turno) 4º jogo do Flu
Placar :: 2 x 0 (Flu x Americano)
Extras :: necas

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