terça-feira, 11 de março de 2008

Verdades e Mentiras

Primeiro eu queria compartilhar o quanto está ficando difícil essa história de escrever todos os dias. E ainda estamos entrando em março. Mesmo com carnaval colado no reveillon e ovos de páscoa nos supermercados em fevereiro! os dias do ano não diminuirão. Ao contrário, tem um a mais e eu estava achando isso o máximo lá no início, lembra? Pois é, mas verdade seja dita, agora estou meio em pânico.

Ainda falando a verdade e confessando coisas: comprei até uma caixinha chamada puxa conversa. Dentro dela há 135 cartões com perguntas aleatórias para quando faltar assunto. Assim que vi, comprei. Mas não queria usar. Foi só por segurança, eu acreditava na minha criatividade... Estou quase cedendo.

Mas hoje ainda não. Surgiu um papo verdades e mentiras e vou tentar espremer alguma coisa daí. Primeira verdade: eu minto. Não sei se muito ou pouco, mas minto quando é preciso. E sou a favor da mentira sim em muitos casos. Inclusive, quando eu sou a “vítima”. Acho mesmo que se mais mentiras do que verdades fossem contadas em determinadas ocasiões, o mundo seria menos rancoroso. Apesar disso parecer uma tremenda hipocrisia, não é. Na minha humilde maneira de ver e encarar a vida.

Sou contra a essas mães “modernas” que se acham inteligentes e maduras ao contarem logo pros filhos desde o início que coelhinho da páscoa e papai Noel não existem. Como assim? Eu adorava seguir as pistas do coelhinho e ir encontrando meus ovos em Ibicuí, onde todo mundo passava a Páscoa junto. E fiz isso até bem grandinha, mentindo feliz pra mim mesma e achando que todo mundo acreditava que eu ainda acreditava. Sabe? Todo mundo feliz.

Não me lembro em que momento eu saquei que papai Noel não existia. Mas não fiquei com raiva de ninguém por terem me enganado. E também nunca fiquei tentando descobrir como ele vinha pela chaminé se a minha casa não tinha lareira. Ninguém tem imaginação, não?

Na adolescência, na era do ‘Verdade ou conseqüência?’, eu escolhia verdade. Podia mentir o quanto quisesse... Minha mãe adorava uma amiga minha chamada Mariana. Era minha amiga mais íntima, dormia na casa dela com freqüência. Educada, com pais responsáveis, casa em Angra, um doce de menina. Mariana nunca existiu. Mas se não fosse ela, minha mãe e eu teríamos enfrentado muitas brigas desnecessárias.

Assim como o que eu escrevo aqui dia a dia evita tanta coisa... Aqui falo o que eu quero, o que eu acho, o que eu sinto. E falar a verdade aqui ou o que eu queria que fosse a verdade, muitas vezes me basta e me conforta até para mentir. Sim, porque há verdades que merecem ser guardadas e protegidas com a mentira que for necessária.

Nenhum comentário: