terça-feira, 25 de março de 2008

Uma Pessoa Razoável

O que é ser uma pessoa razoável? Estou fazendo essa pergunta porque mais de uma pessoa, mais de uma vez, já me disse que eu não sou uma pessoa razoável. Só que, a princípio, me parece bom não ser uma pessoa razoável, não?

Razoável para mim não é nem bom, nem ruim. É, assim, razoável. Passa. O que, para mim, é pior do que ruim. Sou bem ‘não original’ nesse ponto. E vou na onda do ‘ame ou odeie’. Razoável não dá.

Mas quando falaram que eu não sou uma pessoa razoável, o ‘razoável’, no caso, era o bom, entenderam? Ser uma pessoa razoável é ser uma pessoa de bom-senso, me explicaram. É ser uma pessoa de medidas, uma pessoa de limites. Uma pessoa confiável, que passa segurança.

Pois é, o ‘razoável’ continuou me parecendo algo chato. Prefiro não ser razoável anyway! Mas não ser razoável me causa prejuízos. Emocionais, o que é muito pior. Eu acho ótimo não ser razoável, mas machuco a outra parte. E é sem querer. Porque eu não sou mesmo razoável. E aí, sofro e faço sofrer.

Só que também tem uma outra coisa sobre mim: sofro até certo ponto. Depois, chega. E esse ‘chega!’, chega rápido. Tá aí, arranjei uma coisa para a qual eu tenho limite. Tenho limite para sofrer. E ele é baixo.

Por isso, não adianta tentar fazer com que eu me sinta culpada. Não que eu não tenha a minha parcela de culpa. Admito, na hora. Mas não deixo ficar remoendo. Sou aquela que se delata no ato. ‘Quem tacou o giz no ventilador? Eu levanto o dedo’. A não ser que a coisa seja, assim, muito mais séria do que giz, aí, pode ser que eu negue até a morte. Mas no dia-a-dia, assumo meus erros, ainda que eu nem sempre concorde em chamá-los de erros.

Então, está dado o recado. Errei. Desculpa. Não dá pra falar ‘não vou fazer mais’. O máximo e sincero que pode sair de mim é: sinto muito. E, não, eu não sou razoável.

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