segunda-feira, 24 de março de 2008

Páscoa

Só para constar: o teatro de ontem também foi uma M, com letra maiúscula. Não vou contar quais peças vi neste feriado em respeito aos atores, mas PQP! Decidi que a minha cultura teatral vai se resumir apenas aos trabalhos do meu amado amigo Fernando Caruso. E olhe lá!

Agora, vamos nós: sempre adorei redação, mas tinha pavor de ‘tema livre’. No colégio, se a professora mandasse escrever sobre, sei lá, um assunto qualquer desses manjados tipo: como foram as suas férias, até assim, era mil vezes melhor do que “falem sobre o que quiser”.

Falar sobre o que quiser é um problema sério para a minha cabeça inquieta. Pelo simples fato de que ela passa o tempo todo que teria para escrever, pensando nas mil possibilidades sobre as quais ela poderia falar. Não funcionava comigo. Tema livre resultava nas minhas piores notas.

Mas hoje - aliás, desde que comecei nessa missão de escrever todos os dias de 2008 - estou com um problema um pouco ao contrário. Há dias em que é como se fosse quase obrigatório escrever sobre determinado assunto. Como hoje, domingo de páscoa. Como alguém que se propõe a publicar um livro chamado “366 – crônicas de um ano bissexto”, em que haverá uma crônica para cada dia do ano, vai passar batido pela Páscoa, pelo dia dos pais, dia das mães, pelo Natal?! Impossível. No carnaval, eu dei uma embromada, mas consegui não fugir do tema.

Bom, agora estou aqui embromando para escrever sobre a Páscoa. E não vale mais escrever sobre como a Páscoa foi cedo este ano. Já está repetitivo. O papel higiênico dos coelhinhos seria uma boa, mas já contei... Aí, ia falar do evento esconder ovinhos e tal, mas lembrei que também já gastei munição (burra!) num outro dia aí. Naquele que falei sobre Verdades e Mentiras.

Mas cabe um adendo. Atualmente não há crianças na minha família. Todos nós já estamos crescidinhos e já sacamos que o Sr. coelhinho de olhos vermelhos e pêlos branquinhos não põe ovos, quanto mais de chocolate.

O que, por sinal, merecia uma pesquisa. Por que diabos inventaram que um coelho põe ovos!? E o que o coelho tem a ver com a Páscoa? Mas aí, eu teria que estudar sobre a Páscoa em si... porque também não sou muito espertinha no assunto e nunca entendi como funciona esse mecanismo de que Jesus morreu e ressuscitou no 3º dia. Se ele morreu na sexta-feira da paixão não deveria, pelas minhas contas, ressuscitar no domingo. Mas enfim...

A questão é que é contar muito com a ignorância infantil... Nos dias atuais, então, em que crianças ensinam aos pais coisas como informática, por exemplo, é até compreensível que esteja cada vez mais difícil fazer os pequenos acreditarem no coelhinho.

Para mim, Páscoa, Dia das mães, Dia dos pais... todos esses eventos significam uma coisa principal: é dia de comer bem! É dia de almoço. E tirando um ou outro inconveniente familiar que dependendo do ano pode ser menos ou mais inconveniente, eu até que gosto. Principalmente porque continuo ganhando chocolate! Um sinal de que de um jeito ou de outro, ainda há resquícios da categoria criança na visão dos outros sobre mim! Feliz Páscoa!

Nenhum comentário: