quarta-feira, 19 de março de 2008

Yoga

- Relaxa as pernas, os braços. Relaxa os olhos, a boca. Relaxa o nariz.

(Relaxa o nariz?)

- Relaxa o abdômen. Relaxa o duodeno.

Ok, pra mim deu.

Eu, como quase toda a torcida do flamengo, sucumbi às aulas de yoga. Na minha primeira tentativa consegui ir até quase o fim. Mas quando me mandaram relaxar o duodeno, levantei e fui embora. Nem sei onde fica direito o duodeno!? Achei que aquele professor estava de sacanagem com a minha cara. Ele e todos os outros alunos porque pareceu que só eu não sabia como relaxar o duodeno...

Mas, atendendo aos pedidos da minha ex-piscóloga, eu continuei tentando. Achei uma outra no Jardim Botânico. Era perto do consultório dela e aí eu fazia tudo no mesmo pacote. Ia pra yoga cedo e depois direto pra sessão de análise. A aula até que eu estava gostando, mas já contei aqui que não deu para continuar mentindo nas sessões por não ter nada para dizer.

Continuei indo mais uns três meses só para a yoga. Só que perdeu um pouco o sentido morar na Urca e ir duas vezes por semana até o Jardim Botânico, às 8h da manhã, só para a aula de yoga. Acordar cedo, pegar trânsito, procurar vaga, só para relaxar o corpo? Acabei chegando à conclusão que ficar em casa dormindo me relaxava mais.

Aí, me mudei para Laranjeiras. Estava correndo na Urca. Mas como me mudei, agora, também não fazia sentido pegar o carro e ir até lá correr. E demorei até me conformar com o fato de correr no Aterro. Só tem gente feia! Bom, passei um dia por um lugar que pareceu bonitinho perto da minha nova casa e tinha yoga! Achei que o exercício milenar merecia mais uma chance.

Comprei roupinhas novas e confortáveis, um tapetinho besta daqueles e segui para fazer minha primeira aula. Bom, a prática (é assim que eles chamam) foi realmente muito boa. Acabei pingando e toda dolorida, alongada até a alma. Só que a professora não falava o ‘s’. Desconhecia o plural. Ou seja, no lugar do ‘relaxa o duodeno’ veio um ‘relaxa as perna’, ‘levanta os braço’... Impossível. Não havia jeito de prestar atenção em outra coisa. E a mulher lá, querendo que eu meditasse. Como, Jesus?

Tentei um outro professor nessa mesma academia, mas não deu certo porque esse fechava todas as janelas, não ligava o ar e nem os ventiladores. “É para fluir melhor a troca de energia grupal”. À merda ele e a energia grupal...

Acabei no Aterro. Sem yoga e com muito sexo. É mais barato. Há troca de energia; dependendo da intensidade, dá para ficar dolorida; e relaxa até o duodeno...

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