sábado, 22 de março de 2008

Casa de Ferreiro, Espeto de Pau

Olha o meu horóscopo do jornal de ontem (eu não leio horóscopo, hein...):

Bla blá blá. É a época do ano em que você está mais afetado pelas idéias ancestrais do seu inconsciente.

Caraca! Isso é... NADA. Assim como meu estado ontem, lembra? Um nada.

Bom, ainda meio sobre nada... Fui pegar o papel higiênico para me secar depois de fazer xixi agora e me deparei com um papel com motivos de coelhinhos! Minha casa é muito divertida no departamento: artigos do lar e alimentícios. Enfim, produtos em geral.

É o seguinte, meu respectivo tem um mercado. Aí, nossa casa, volta e meia, vira um depósito de coisas vencidas; produtos encalhados; ovos de páscoa em maio; e novidades.

Novidades (onde se inclui o papel higiênico temático) é o que eu mais gosto! Ainda na linha do papel higiênico de coelhinho, já usei papel toalha de vaquinhas por meses a fio. Amei! Uma coisa que me impressionou foi descobrir com os anos a quantidade de marcas de biscoitos que existem. Vai muito além do que se vende em camelô. Ele já trouxe uma imitação do Trakinas bizarra... A cara dos biscoitinhos parecia saída de filme de terror. Sonhei e tudo.

Minha geladeira já foi inteiramente entupida de sucos de laranja vencidos há pouco tempo que não podiam ser vendidos, mas não estavam estragados. Por isso, passamos uns dois meses bebendo e oferecendo só suco de laranja. Isso também acontece, mais freqüentemente, com iogurte. Prateleiras e prateleiras de iogurte.

E pacotes de comida congelada Sadia, que danificados também não servem mais para exposição? Ih... podíamos comprar um congelador só para caixas da Sadia. O legal é que é tudo surpresa! Vem só a embalagem de dentro, sem nada escrito. Aí, você escolhe um, põe no microondas e voilá! só vê o que vai comer na hora. Já me diverti assim muitas vezes. Aliás, foi assim que descobri que realmente odeio soja. Porque identificar o gosto de algo numa lasagna Sadia não é uma tarefa banal. Mas eu senti o gosto da porcaria da soja.

Todas as minhas amigas, no início, acham que deve ser incrível ter um marido dono de um mercado. Eu também achei. Mas não é assim tão prático. Ok, eu nunca faço compras, mas também não tenho a menor idéia do que virá para nos manter durante o mês. Depende muito dos preços, do que venceu, do que não vendeu... Enfim, do que eu já falei aí acima.

É aquela velha história... Casa de Ferreiro, espeto de pau. Melhor deixar o que tem de bom para vender e trazer o que tem de ruim pra casa, para não jogar fora. Português é quase judeu nesse aspecto.

E ai de mim se eu ousar ciscar fora do terreno. Chegar em casa com uma sacola do Zona Sul é a maior ofensa que eu posso fazer a ele. Já aconteceu e, acreditem, não foi legal. O menino ficou magoado um tempo. Daí em diante, passo fome, mas não entro em supermercado nenhum.

Não é à toa, que muita gente diz que eu sou um caso raro de quem casou e deu uma melhorada boa. Perdi uns cinco quilos ou mais, de quatro anos para cá. Vou lançar a dieta do ... ops, quase que eu falo o nome dele. Vou lançar a dieta DELE. Tchau que deu vontade de fazer xixi de novo. Vou lá para os meus coelhinhos. Ai, pensei numa coisa nojenta agora: imagina os coelhinhos sujos de nº 2? Vai ver que foi por isso que encalhou...

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