segunda-feira, 22 de junho de 2009

Do ato de não se ir mais à praia, aos 4 meses de gravidez

Sabe uma torta de limão que tá linda na vitrine da padaria, mas quando você morde cadê o gosto? Uma viagem pra Europa, que tem obrigação de ser incrível até pelo que se gastou por ela, mas quando você volta, achou assim... mais ou menos. Seu ator preferido está no filme do ano. Você vai lá conferir e adora o filme, curte a história, acha todo mundo bem, mas o seu protegido... sei não, devia estar com dor de barriga nos dias das filmagens.

Isso tudo pra dizer que não posso mais ir à praia. Exatamente para não causar esse tipo de sensação de 'o que diabos aconteceu?' nas outras pessoas. No início da gravidez, grande parte das mulheres não parecem grávidas. Mas também não estão no melhor de sua forma física. Uma barriga assumida de chopp ou de uma criança é autêntico. Uma massa desforme e mal resolvida é extremamente desagradável. Você não pode fazer regime. Não tem controle sobre o crescimento do ser ainda estranho. E não pode pendurar um cartaz escrito: não parece, mas juro que estou grávida.

Entendo que esse desabafo faça com que eu pareça uma pessoa nada humilde. Dizendo que há muitas pessoas que olhariam pra mim na praia, e que à priori me achavam gostosa. Desculpa. Não quis dar essa impressão. Até porque nunca fui isso tudo, mas dava pra frequentar Ipanema. Pelo menos em épocas que não procediam Natal, Ano Novo e similares.

Enfim, prefiro mesmo não frequentar areia nenhuma enquanto meu amado filho não resolver sair do armário. E pra quem acha tudo isso uma besteira, espere até acontecer com você. É praga mesmo. Você vai ver!

sábado, 6 de junho de 2009

Don't Look?

Ouvi em algum lugar por esses dias a seguinte comparação: "Sabe quando você fica olhando para a água enquanto ela esquenta e parece que nunca vai ferver? Então, é a mesma coisa. Não olha, se não, não vai acontecer".

Não me lembro exatamente o que não ia acontecer. Aliás, deu pra ver que não me lembro de quase nada... Mas o espírito da questão é que me interessou, que me interessa. O "não olha".

A gente vive reclamando que a vida está passando rápido demais, que os meses vôam, que - Caramba! - já estamos no meio do ano. E isso me fez pensar que, talvez, a sensação seja essa porque a gente não está olhando muito pra ela, pra vida.

Não podemos olhar para a chaleira, mas temos que prestar mais atenção no que acontece à nossa volta. Se ligarmos o piloto automático e ir colocando a água no fogo, enquanto tomamos banho, para quando sairmos já estar na hora de colocar o macarrão e enquanto ele acaba de cozinhar, a gente se veste pra estar pronto na hora de comer, enquanto lemos o jornal, a vida vai continuar passando num piscar de olhos.

Concordo que vivemos a era da informação, que tudo está acontecendo ao mesmo tempo agora, mas acho que ainda dá para segurar o ponto da água. Ainda acho que é uma questão de opção. E você?