quarta-feira, 29 de julho de 2009

Confissões de uma Garota de Programa

Ah! o título aí chama atenção, não chama? Ainda mais num blog em que a autora vive se confessando... Mas, não. Não são minhas as confissões e não me auto-intitulei garota de programa. Já pensou uma grávida pervertida? Ai, credo.

Bom, vamos falar de cinema? Esse aí é o título do mais recente filme assistido por euzinha aqui. Para quem gosta e conhece, é do Steven Soderbergh, aquele diretor que hora filma pipocões como "Onze, Doze e Treze Homens e muitos Segredos", hora roda coisas estranhíssimas como um longa chamado "Bubble", em que a maioria das cenas são cabeças de bonecas. Só as cabeças.

Enfim, muito difícil desvendar essa pessoa. Não cheguei ainda a uma conclusão sobre se gosto ou não do sujeito. Por vezes, ele me soa meio pretensioso, um cara que se acha grandes coisas mas não convence muito. Tipo o que fez "Elefante". Como é o nome? Gus Van Sant! Esse pra mim é enganação total.

Mas voltemos às confissões da moça que se desgarrou da família. Não é ruim. Chega a ser interessante. Mas algo me incomodou bastante: essa mania de sair fragmentando o filme e misturar início, meio e fim, como se não houvesse amanhã. A sensação que eu tenho é que diferente de "Pulp Fiction", quando o Tarantino me pareceu analisar bem onde desordenaria cada pedaço, atualmente, neguinho picota, mistura tudo que nem cartas de baralho numa mesa e depois vai montando na ordem em que Deus quiser. E aí, em vez de super bem sacado, fica apenas confuso. Simples assim, muito longe da originalidade pretendida.

Mas, tirando o samba do crioulo doido na linearidade, o filme não é total perda de tempo. Até na proposta de inserir um contexto político e econômico num filme estrelado por uma atriz pornô legítima, se sai bem. Juro. A atriz é que não é lá essas coisas... Mas aí, acho que o problema está relacionado a minha expectativa. Como era uma sessão de cabine - já expliquei aqui que é uma exibição para jornalistas antes da estréia -, dei uma estudada antes de ir, porque deveria escrever profissionalmente sobre o filme depois. Aí, vê se me entendem: li que a estrela da produção era Sasha Grey, uma atriz pornô conhecida pela ousadia e pelas mais quentes perversões. Uhu, não?

Não. Magriiiinha, peitinho muxibinha e inexpressiva, coitada. Um cabelo de chapinha que não balança com o vento, sabe? E tirando as lingeries que são bem bacanas, o resto fica na vontade. Nada de bunda e nem de perereca. Não aparece nadica de nada da moça, nem uma cena mais forte assim... pra contar história. Um beijinho aqui, uma cruzada de perna ali e um cliente que é o ejaculador mais precoce que já vi. Ela ainda estava tirando a roupa! Bom, é isso. Cena de sexo que é bom, nada. O filme nos leva é na conversa mesmo. Mas taí, é bom de papo.

Fica bem aquém do chileno "Na Cama" - que fala, mas mostra -, mas ainda assim, vale a ida ao cinema. Nem que pela curiosidade de saber como funciona a cabeça de um cara que namora na boa uma puta de luxo. Sim, a moçoila tem um namorado fiel. Ou para ouvir frases bacaninhas como: "Se quisessem que eu fosse eu mesma, não me pagariam tanto por isso". E ponto pra trilha sonora. Também gostei.

sábado, 25 de julho de 2009

Já Pensou?

(texto de exercício para a oficina que estou fazendo. Vai destoar um pouco do meu tom aqui.)

Distância: mais ou menos 500 m.

'Parece a Isabella... Não, não. A Bel está com o cabelo vermelho. Se bem que ela vive mudando a cor do cabelo. Aliás, nunca vi ninguém mudar tanto de cabelo. Achei que essas coisas acontecessem só naqueles programas de TV, de transformação'.

Distância: 400 m.

'Ih, olha lá, será? Acho que é, hein. Não, não é não. Essa saia cafona não combina com ela. Ou será que uma pessoa que muda tanto de cabelo também muda de senso estético? Faz sentido....'

Distância: 300 m.

'Mas que merda! Tô chegando mais perto e parece que ficando mais cega! Esse diabo desses óculos escuros dela estão me atrapalhando. Não consigo saber se ela também está sofrendo para saber se me conhece ou não. Tá injusto esse negócio. Pera aí, cadê os meus óculos?'

Distância: 200 m. De óculos.

'Caceta. Dificultei pra ela e pra mim. Perdi as nuances. O jeito de andar! Vou me concentrar no jeito de andar. A Bel anda assim? Não me lembro. A gente não se vê há tanto tempo... Por que, né? Por que essa vida acelerada de hoje nos faz nos afastar de nossos amigos... Nem éramos tão amigas, mas... Ih, tô saindo do foco. A hora é agora. Atravesso ou cruzo? Ai meu Deus, é a Bel ou não é? E se for, quero ou não falar com ela? O que falo com ela, Jesus? Droga. Devia ter usado esse tempo pra criar um assunto'.

Distância: 100 m.

'Vai, decide. Anda. Não dá mais tempo. Tá passando carro? Não, não tá. O caminho tá livre para atrevessar. Última chance, Bel. Se você for você mesma, faça um movimento. Um aceno, uma sobrancelha, esboça aí um sorriso, mostre que você é você. Se não, vou atravessar sem culpa, hein. Quem não quis falar comigo vai ser você. A culpa será inteiramente sua. Eu nem gosto desses encontros, mas tô aqui, super disposta a te cumprimentar. E aí, o que vai ser?'

Distância: 50 m.

'Vou contar até 3. Um... Dois... Ôpa, isso foi um sorriso? Se foi, a Bel tá mudada mesmo. Cafona e meio borocochô. A risada dela era bem mais convidativa. Será que ela ficou chata? Que pena... Ela era tão engraçada... Ih, tirou o óculos! Ela vai falar. Deixa que ela começa'.

- Oi, tudo bem?
- Oi!
- Oi... Será que...
- Claro.
- É?
- Também estava na dúvida.
- Mas...
- Continua aqui na mesma rua?
- Então, a rua. Você...
- Eu não. Me mudei. Voltei pra Urca. Casei. Ih... aconteceu tanta coisa. (um assunto, por favor, um assunto...)
- Não. Eu...
- Menina, tô grávida!
- Ah... Parabéns. Olha...
- Quase 6 meses, já! É menino. Antônio Pedro. Ontem, a gente inventou um apelido para ele. Vai ser...
- Oi, olha só, eu acho que você está me confundindo com alguém.
- Bel?
- Não.
- Você não é a Bel?
- Não.
(...)
- Ufa! Ai, que alívio. Estava achando que esse cabelo não tinha nada a ver com você. Essa saia está péssima e seu sorriso tava muito estranho. A Bel é uma pessoa pra cima, sabe? Engraçada, bonita. É meio maluquinha. Cada hora tá com uma cara diferente. Por isso até que eu demorei pra saber se você era ela ou não. Aí, como você reagiu, não tive escolha e tive que me conformar. Mas agora que você falou... Que bom. Confesso que eu estava morrendo de pena de você. Da Bel. Comecei a falar que nem uma desenbestada para não dar chance de ouvir as desgraceiras. Achei que toda hora que você ia abrir a boca ia sair uma tia que morreu, um marido que te traiu, um chefe que te mandou embora... Não tenho saco pra história triste. E já tava me arrependendo amargamente de ter parado para falar com você. Tava pensando: 'Bem que esse óculos escuros num dia nublado tava dando pista...'. Mas no fundo, acho que eu sabia, sabe? Não podia ser a Bel. Eu devia ter desconfiado pela saia. Essa saia realmente... Mas por que raios você sorriu pra mim, afinal?
- Ia perguntar onde ficava a rua Maria Eugênia.
- Hum... É a segunda ali à direita, um pouquinho só mais pra frente.
- Obrigada...
- De nada. Você deu sorte deu parar. Por pouco não atravesso a rua e não íamos ter nos falado. Já pensou?
- Já.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Pessoa Luminosa

- Que pessoa luminosa...

Esse foi o 'elogio' irônico que recebi de um amigo que também faz às vezes de chefe num dos meus alguns trabalhos que faço pra pagar as contas. A observação veio após uma reclamação minha em voz alta a respeito de pessoas exageradas. Na hora, estava me referindo às que perdem a mão justamente nos elogios, olha só!

Mas manja (ainda não arranjei nenhum sinônimo melhor para 'sabe') aqueles e-mails com uma profusão de pontos de exclamação!!!!!!!!!!!!???? Ou aquelas pessoas que seguram alguns segundos totalmente desnecessários no 'ó' de 'que ótimo'!? Abraços que quase quebram as costelas? Apertos de mão que machucam nossos pobres ossinhos em movimentos que refletem até o queixo? E os tapinhas nas costas que nos deslocam de lugar!? Pois é. Por quê, meu Deus? Por quê?

Não me conformo. Sou do time que admira um sorriso de canto de boca ou um olhar sutil, mas gigante em emoções. Acho tão mais poderoso...

Tudo bem que esse amigo pode ter uma certa razão em sacanear o meu mau-humor muitas vezes aparente, mas é um mau-humor sincero! Não é uma ranzinzisse assim sem mais nem menos. É um mau-humor com conteúdo!

Já me importei muito com ele, o meu mau-humor. Mas hoje em dia temos uma relação boa. Saca (ah! achei outro sinônimo pra 'sabe') casamento que com o passar do tempo entra nos eixos e o casal pára de ser cri cri um com o outro? Tá, não sei se esse exemplo foi dos melhores. Há muitos casos em que acontece o contrário... Mas, enfim, sei lá. Tipo quando a gente vai deixando de ser adolescente e se conformando um pouco mais com o mundo e suas injustiças que não são assim tão direcionadas só a nós... Quando amadurecemos e aprendemos a nos admirar mais pelo que temos do que de lamentar pelo que não temos.

Pois é. Sou mau-humorada com uma certa frequência, meu braço é mais gordo e cabeludo do que eu gostaria, meu cabelo na frente precisa de secador e eu nunca terei a barriga almejada (agora então...). Mas tudo bem. Estou em paz assim. Em paz até com o fato de não gostar e de não compreender quem pensa diferente de mim. Lá na questão dos exageros...

terça-feira, 21 de julho de 2009

Rindo à Toa

"Rindo à Toa" não é uma frase, um título, uma ação... bacana? Pois é. Acho que de cara é simpático. Um livro, um programa, um filme, qualquer coisa com essa premissa mereceria minha atenção.

Então, fui mesmo ver um filme que aqui no Brasil ganhou esse título: "Rindo à Toa". Não sabia o que esperar, não tinha a mais vaga idéia da história. Pra falar a verdade, nem sei muito bem porque eu fui. Era uma cabine (uma sessão de cinema que as distribuidoras fazem para jornalistas no estranho horário das 10 da manhã). Mais um e-mail recebido dentre tantos outros. Mas olhei para a Sophie Marceau (ela estava rindo à toa) e me convenci. Valia o cinema com cara de sono e um possível encontro com alguém que já trabalhou com você em algum lugar e só por isso acha que pode sentar do seu lado.

Adorei. Assim, não entendi muito bem porque o título é "Rindo à Toa". Se alguém for ver e descobrir, me conta. Mas dei-me por satisfeita pelo fato do título ter me atraído até a sala de cinema. Na verdade, nem sei muito bem como dizer sobre o que é o filme. É que é sobre muitas coisas e ao mesmo tempo sobre coisa nenhuma. Alguns poderiam chamar de sessão da tarde, outros de perda de tempo... eu achei incrível. Uma surpresa agradabilíssima que me deixou oh! rindo à toa. Será que é daí que vem o título? Não. Não acredito que a autora ou quem quer que seja tenha tido essa perspicácia genial. Aliás, lembrei agora que há sim uma explicação que envolve um jogo de palavras com as iniciais do nome da personagem principal, na verdade com o apelido dela: Lol. O nome é Lola. Esse 'l', esse 'o' e esse outro 'l' são iniciais para algo em francês que pode ser traduzido como rindo à toa. Acho até que a referência é mais proposital ainda porque estou lembrando agora que em portugal em vez de escrever hahaha em seus e-mails e mensagens de texto, os portugas escrevem lol lol lol. (informação confirmada nesse exato momento com um patrício legítimo aqui do meu lado. mas ele não sabe o que significa, só usa.)

Sei que eu ainda não falei necas do filme, mas entendam que essa coisa do título me chamou a atenção desde o início. Só mais uma coisinha sobre 'lol': faz todo o sentido mesmo porque o filme trata do universo adolescente e é impossível entrar nesse mundo atualmente sem considerar internet, msn, mensagens de texto no celular etc. No filme, eles se comunicam assim o tempo todo.

Dei alguma pista sobre o universo do filme, mas nem de longe "Rindo à Toa" se restringe a analisar a pior fase de nossas vidas. É muito mais que isso.

Numa descrição chata, mas rápida, há uns seis ou sete personagens principais. Um grupinho comum de amigos do colégio. Cada um tem uma personalidade, cada um tem uma relação com sua família, cada um se veste de um jeito e todo mundo pega todo mundo. Uma espécie de "Barrados no Baile" em forma de longa e francês. Ui... Mas é bom. Juro. Confesso que se eu tivesse lido mais a respeito antes de ir, talvez tivesse mudado de idéia. Nunca ia me arrepender, mas ia sair perdendo. Acreditem.

Muito provavelmente o fato deu estar grávida tenha influenciado um pouco. Me peguei pensando na dificuldade de nossas relações com nossos pais e na posterior dificuldade que nós teremos com nossos próprios filhos. São muitas as possibilidades. São muitos os estragos. São muitas as alegrias. Mas, mais uma vez, insisto: são muitos os assuntos contidos no filme. Valeu à pena pra mim e pode valer pra um monte de gente diferente de mim. Pelo menos pra todos os que gostam de coisas simples, despretensiosas e, por isso mesmo, indispensáveis. Recomendo.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Ainda

Estou eu em mais uma mesa de suco, um pouco de saco cheio e me lamentando pelos chopps alheios bebidos sem culpa, quando, de fato, começo a me lamentar verbalmente para um amigo a respeito das agruras de meu 'estado' ou 'condição' (também muito usado para se referir a nós, grávidas).

Reclamei (de barriga cheia, já que nem está tão grande) do peso da barriga; de dores ocasionais na coluna; de calças que já não me cabem; do sono por vezes incontrolável... e do tal cara da corrida de outro dia. Lamentei pelo fato de ser ou, pelo menos, de estar uma expelidora de homens. Foi quando ele vira-se pra mim e diz:

- Não é por nada não, mas eu ainda te comia, Dri.

Num primeiro momento, achei fofo. Fiquei até felizinha. Depois, me segurei no 'ainda'. E, aí, fudeu. O 'ainda' me fez lembrar que eu ainda vou ficar muito pior. De um jeito que até esse amigo que encara qualquer coisa humana e do sexo feminino, me rejeitaria.

No meio dos meus devaneios sexuais depressivos, comecei a pensar no coitado do meu marido. Sim, porque ele também ainda me encara e, provavelmente, vai ter que continuar encarando. Sem opção. Sem a gente nunca saber muito se ele é que estará fazendo uma caridade por mim, de me comer assim mesmo, ou se eu estarei fazendo uma caridade por ele, de dar pra ele assim mesmo.

Que coisa, não? Taí um assunto que eu não sei se é muito conversado entre casais à beira de um filho iminente. Deveria ser. Acho que as pessoas, os coitados dos homens principalmente, devem ficar com medo de magoar a mulher tão sensível nesse 'estado'. E a mulher deve achar que vale o sacrifício, ela tem estado tão chata...

Enfim, não sei qual é ou será o meu caso exatamente. Mas juro que na hora, imagino que lá pelo 7º, talvez 8º mês, terei uma conversa franca com ele. Acho mais justo.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Super Bonita

Tenho épocas com a TV. Às vezes, vejo muito, às vezes, quase nunca ligo. Estou num momento televiso. Daqueles em que qualquer porcaria tá valendo. Ratinho entra na lista. Mas foi uma coisa que vi dentro do "Super Bonita", do GNT, que me inspirou a escrever meu pensamento louco do dia.

Mulheres, sabem aquela hora em que ficam passando uns produtos e seus preços na tela? Acho que chama até "Vitrine". Bom, fiquei mais de olho hoje porque, enfim, entrei para o hall das mocinhas que passam creme para tudo quanto é coisa, em todas as partes do corpo. Olha o que uma gravidez não faz! Foi só sair por aí ouvindo as ameaças de estrias, celulites e mais um monte de coisas horrorosas ditas por Deus e o mundo que me encontra e tem sempre um conselho pra dar.

Mas aí, queria dividir uma coisa que me deixa um pouco puta. Tá, sei que cremes bons, de marcas sensacionais, custam caro. Não é isso que me incomoda tanto. O que me deixa tiririca (uau! adoro usar palavras que quase nunca uso) é o tamanho deles. São uns potinhos microscópios pelos olhos da cara! Pô, o que custava o departamento de marketing, embalagem, sei lá quem é responsável por isso, fazer a coisa um pouquinho menos afrontadora!? Sei lá, faz um pote grande que por dentro engana e cabe pouco ou então dilui e faz render... Enfim, qualquer coisa. Mas me parece um insulto comprar um potinho pequenininho por R$ 456,00, que era o preço lá de um dos cremes da Lancôme. Tem que estar muito no desespero... E, pelo visto, há muitas mulheres desesperadas por aí. Porque se o troço continua assim é porque vende.

Eu proponho uma greve contra potes pequenos!

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Gestacional

Grávida é uma palavra 'ok'. Gravidez já é mais ou menos, sei lá. Agora, gestante e seus similares são o 'óh'!

Tá, sei que eu tenho uma coisa com a sonoridade das palavras um pouco mais aflorada do que o necessário, mas não consigo deixar de franzir a testa, numa atitude desconfortável, a cada vez que escuto palavras que machucam meus ouvidos.

Lê-las também me incomoda. Toda santa vez que sento no metrô e esqueço de levar algum jornal ou livro, me pego, sem querer, lendo tudo quanto é cartaz de propaganda, aquele mapinha lá das linhas que estou careca de conhecer e o tal aviso de que os 'bancos de cor laranja são preferenciais para idosos, gestantes e pessoas com crianças de colo'. Aliás, antes de reclamar de 'gestantes', quero compartilhar que sempre dou um sorrisinho com o 'banco de cor laranja'. Não é engraçadinho? Por que não bancos laranjas? Bobeira minha, eu sei, mas me cutuca o 'de cor laranja'. Parece escrito para retardados. Mas, enfim, o 'gestantes' é que é o assunto. Não gosto.

E, devido ao meu atual 'estado' (o que também é outra coisa que me incomoda. Essa mania de se referir à gravida como 'seu estado'), tenho escutado 'gestante' e, principalmente, 'gestacional' a torto e a direito. Essa semana mesmo, fui à médica e foram logo três seguidas:

- Adriana, vc sabe o que é hipotireoidismo gestacional?
- Não.
- Diabetes gestacional?
- Não.
- Doença trofoblástica gestacional ?
- Não!

Essa última é a mais feiosa, não é, não? Seja lá o que for, parece horrível. Fiquei assustadíssima, de olhão arregalado. Mas, calma, que eu não tenho nada disso. Foi só a médica tentando me informar e me dizendo para ler mais livros de grávida. Ela "reclamou" que eu não costumo ter muitas dúvidas e que isso é um pouco incomum.

Pois é. Mas sabe o que acontece? Não tenho muito saco pros tais livros. Atá ganhei. O maior deles, aquele "O que esperar quando você está esperando" (uhu, grande título!) e outros menores e um pouco mais inúteis como duas 'agendas da grávida', dados pela minha mãe, onde supostamente eu teria que ir anotando tudinho que está acontecendo comigo, dia-a-dia. Ai... Não dá preguiça só de ler? E para quê ela me deu duas é um mistério que ainda não descobri. Talvez, ela me conheça um pouco e achou que eu perderia algum, de tanto carregar pra lá e pra cá... Ou por saber que eu não ia aderir facilmente, comprou dois modelos para eu ter o que escolher. Ou então é doida mesmo e sai comprando tudo que vê pela frente. Ontem mesmo fui jantar na casa dela e ganhei o presente reservado para o Dia das Crianças. É, a criança nem existe ainda do lado de fora e já ganha presente. E, sim, ela não aguentou esperar até lá e deu antes! Imagina como será com dois bracinhos, olhinhos, perninhas e outros inhos aparentes!?

Mas, então, o livrão lá do título sagaz, eu até comecei. Mas consegui chegar ao 2º mês de 'gestação' só. O que, na prática, não estava ajudando muito, já que me encontro com uma barriga de 5 meses e meio. Sabe sensação de Deja Vú? "Ah, é mesmo... Aconteceu isso...". Aí, parei. Sei que eu podia pular pro 5º direto, mas isso é um problema interno. Não consigo ver filmes começados, nem ler livros do meio. Não adianta.

Aí, tô curtindo uma gravidez mais no estilo surpresa. Tá bacana, juro.

Twitter 2 - A Missão

Tô boba! A Cet Rio tem twitter! juro por Deus.

Estou eu, embicando na Lagoa Barra, fim de tarde, aí tá lá aquele painelzão eletrônico, bem na saída do último túnel:

Avenida Atlântica, bom.

Borges de Medeiros, lento.

Jardim Botânico, fluindo.

TWITTER@CETRIO_ONLINE

Levei um baita susto. Até a CetRio tem e usa o Twitter, menos eu! Sim, porque depois lá daquele episódio em que eu entendi do que se tratava e me cadastrei, nunca mais pisei lá. Até recebi rios de e-mails falando que um montão de gente 'now is follow me on Twitter', mas não me animei. E, aliás, esse povo todo segue o quê? Porque nunca escrevi uma linha lá. Mentira, no dia do cadastro coloquei algo como: estou trabalhando agora. Se o povo resolveu me seguir por isso, imagina a legião de seguidores que eu não ia ganhar se realmente escrevesse miniposts super interessantes!? Estou perdendo uma grande oportunidade... Foda-se. Só de pensar no sistema como esse troço funciona, já me dá uma puta preguiça.

Pensa bem: a idéia é seguir gente pacas, que, teoricamente, posta coisas lá numa frequência considerável. Se você ficar com o site aberto e realmente entrar numa de acompanhar a galera toda, o que mais você faz da vida???? Nada. Não vai dar tempo!

Entendo que o Ashton Kutcher tenha tempo de se dedicar ao seu twitter recordista. Atores, atrizes, celebridades... me parecem ter mais tempo ocioso do que nós, simples mortais. Mas olha a quantidade de vagabundo que segue o Ashton Kutcher! Jesus, como esse povo faz para pagar o aluguel?

Bom, vou me manter pura por enquanto. Não entro, não entro e não entro! Consegui essa proeza com o Msn, na época mais por incapacidade cibernética do que falta de vontade é verdade, mas nunca tive! E hoje me orgulho disso. Me poupou de grandes burradas.

Entrevistando Carlos Saldanha

Hora marcada para a entrevista: 14h40. Eram 13h30 ainda. Dava tempo de sobra. Entrei.

A Check List tava em promoção! E a coleção toda era no estilo larguinho. Para uma grávida que se recusa a entrar na Mom's e similares, convenhamos, era o paraíso. Só que há um problema com promoções. (Assim como com horários.) Você acha que está tudo barato e vai pegando, vai pegando, vai pegando. Gata, na soma, o susto vai ser pior do que se você tivesse feito apenas uma pequena loucura de comprar uma peça linda por um pouquinho mais...

Dois sustos! no total e no relógio. Sem pensar muito, lá foi o cartão na maquinha e a essa altura, eu só queria pagar logo. Eu tinha exatos 5 minutos para chegar ao local combinado. Para quem ia andando e curtindo as vitrines, um táxi no sinal foi um presente de Deus.

Ufa! Cheguei na hora. Ninguém do resto da equipe reparou que eu estava esbaforida. Só nas sacolas. Fingi que nem era comigo e puxei um papo sobre a beleza do Copacabana Palace. Meio ultrapassado, cá entre nós, mas ainda impressiona. Estávamos em busca do Salão Azul. E, uma coisa há que ser dita: tradição tem seu valor. Onde mais um local chamado Salão Azul seria inteiramente... Azul! O mundo perdeu a simplicidade de antigamente e o Copa está aí para lembrar como era gostoso o meu francês.

A entourage de Carlos Saldanha é simpaticissíma. E ele também! Além de pontualíssimo e de nada afetado, o cara é um amor de pessoa. Low Profile, fala baixo, presta atenção no que você diz, pergunta se está bom assim ou assado. Um fofo. Um pouco mais baixo do que eu imaginava, é verdade, mas Carlos Saldanha não é o tipo do cara que uma mulher se interessaria pelo porte atlético. Ele mesmo contou que era uma espécie de nerd do colégio e desde pequeno, já era fissurado em computador. Considerando que o moço já beira seus 41 anos, podemos dizer que ele foi de vanguarda. Hoje nerds e seus computadores são como gremlins por aí, mas há 20 anos, quando só levou a cuia para os Estados Unidos, foi preciso coragem.

Ok, ok. Saldanha nasceu com uma banda do bumbum virada pra lua, mas ralou pela outra banda. Sua sorte maior foi ter caído nas graças de Chris Wedge, um dos donos da Blue Sky e idealizadores da série "A Era do Gelo". O brasileirinho magrinho e talentoso conseguiu despertar a atenção do mestre que deu todas as chances para Saldanha crescer e aparecer. A missão foi mais do que cumprida e hoje ele é um dos brasileiros de maior sucesso no exterior. Senta na mesma mesa do chopp de Fernando Meirelles, Rodrigo Santoro, Walter Salles e mais alguma companhia. Já sua relação com Wedge permanece. Viraram bons amigos.

E isso tudo sem deixar de lado o amor pelo Brasil. O cineasta!, como merece ser chamado após dirigir sozinho os dois últimos longas de "A Era do Gelo", está sempre por aqui. Adora se intitular carioca e flamenguista... (usava até um relógio do time do coração). Desta vez, conseguiu unir o lançamento de A Era do Gelo 3 com o aniversário que está chegando, dia 20 de julho.

A paixão verde e amarela também vai estar estampada em seu próximo longa, que tem o sugestivo nome de "Rio" e conta a história de uma arara brasileira, criada em cativeiro americano, que está de volta, deslumbrada, a sua terra natal. "Mais ou menos como eu me sinto toda vez que o avião desce por aqui", diz um sincero Saldanha. Vem coisa boa por aí. Aguardem!

terça-feira, 14 de julho de 2009

Bateu

cena 1: menina meio distraída e pensando na vida anda pela orla da Urca, mais ou menos às 17h30. O sol já está caindo.

cena 2: na direção oposta vem vindo um cara correndo. Alto e atlético, mas sem fazer aquele estilo gostosão musculoso que usa regata. Roupa normal. Correndo sem afetações. Moreno. Um ar seguro, ar de 'sou homem, não moleque'.

cena 3: menina repara no cara.

cena 4: cara repara na menina.

cena 5: o momento em que os dois se cruzariam vai ficando próximo. Um esboço de sorriso vai aparecendo no rosto do cara. Um olhar de cada vez mais aprovação vai tomando conta da cara da menina.

cena 6: o cara começa a conferir o material da menina. Se desliga do olhar de aprovação dela, desce para o peito e... vira a cara rapidamente, num movimento desconcertado e aflito. A velocidade da corrida aumenta e ele atravessa para o outro lado da rua.

Juro. Foi assim. Assim que finalmente a ficha caiu. Que finalmente eu entendi. Estou grávida.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Ser ou Não Ser, Eis a Questão

Sabe quando saía um famoso quem na revista, no site de fofoca ou até no jornal e a profissão da pessoa era um combinado de atriz, modelo e apresentadora ou ator, modelo e jornalista? Então, isso está super demodé. A onda agora é se entitular com ocupações como: articulador de cultura geral. A essência do negócio continua a mesma: ou seja, a pessoa não é nada exatamente, mas agora com um certo ar de mistério. Quem lê, pensa: 'que porra é essa?'

Minha fonte foi a Revista de Domingo de ontem do Globo. Está lá na seção de gente descolada que frequenta o casarão do Parque Lage. Aliás, o próprio conceito de gente descolada já seria um assunto que daria pano pra manga. Mas olha o foco, Adriana, o foco. Bem, eu assumo que eu mesma tenho alguma dificuldade em preencher o campo profissão em listinhas de cadastro, matrículas e afins. Não é mais tão simples se definir neste mundo multifuncional de hoje. Não chego a ter uma crise de identidade, mas penso um pouco antes de escrever. E digo mais: não escrevo sempre a mesma coisa no espacinho em branco lá separado para isso. Depende muito da situação, do objetivo...

Teoricamente eu sou jornalista, me formei nisso. Mas assim, no duro, no duro, não sou não... Nunca trabalhei em jornal, salvo um estágio horroroso no Dia em que eu selecionava as fotos menos chocantes de tiroteiros e crimes diversos. Com o tempo, passei a ser produtora de TV. De um programa só, é verdade. Mas não pedem para especificar grandes coisas na maioria das fichas que preenchemos por aí. Mais com o tempo ainda, passei a ser roteirista. Do mesmo programa que eu era produtora, olha que original! Mas até que consegui fazer outros roteiros de assuntos, campos e propósitos diferentes. Diria que roteirista tá ganhando no que eu realmente faço da vida. Mas se eu quisesse me gabar e fosse bem ridícula, daria pra tascar um empresária. Ninguém perguntou o tamanho da minha empresa... Ela é pobre, mas é limpinha. E, por fim, nos últimos tempos tenho me aventurado no hall dos escritores. Muito, muito no início ainda, mas tô empolgada com o ofício!

Ou seja, imagina se eu sou uma descolada que frequenta o casarão do Parque Lage: Adriana Maia, 28, jornalista, produtora de TV, roteirista, empresária e escritora. Uhu!

Bem, meu ponto é (e aí, volto ao tal conceito de gente descolada): neguinho engana muito neguinho por aí. E a imagem de pessoas descoladas e bem-sucedidas é bem questionável.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Surpresa!

O mundo da internet provoca surpresas. Boas e más, é verdade. Mas estou me referindo às boas. Pode ter sido mera coincidência - e eu nem sou daquelas que acham que coincidências não existem. Acho super plauzível elas existirem -, mas, enfim, o fato é que assim que eu senti saudades deste querido espaço onde expresso minhas bobagens, aconteceu algo que me empurrou mais ainda pra cá. Ganhei um novo leitor. Pode ser um leitor esporádico, que me descobriu, perdeu um tempo aqui comigo e foi-se, sem nunca mais voltar. Mas esteja o moço onde estiver - e pelo que ele falou, ele está longe pra caralho! Literalmente, do outro lado do mundo, no Japão -, queria expressar o meu muito obrigada.

Depois de escrever aqui uma crítica safada sobre "A Mulher Invisível", decidi que voltaria a me 'forçar' a escrever mais, a escrever sempre. Como eu gosto deste ofício! E como eu sou acomodada, a ponto de deixar de lado mesmo o que eu gosto tanto apenas por falta de prática e preguiça. Mais preguiça que falta de prática... É, essa sou eu. Mas ressurgi! Como que de volta de uma ressaca tremenda, tomei uma neusa e despertei de novo para o mundo das idéias. Com direito a anotações no guardanapo e tudo! Pra não deixar passar nenhuma observação inútil. Como nos velhos tempos.

Imaginem a minha alegria quando abro meu querido blog esquecido e encontro lá uma série de comentários novos, de mais um ilustre desconhecido. Elogios sinceros, observações gentis... Todo o combustível necessário para ascender o fogo de uma escritora adormecida. Pedro Brasil, com certeza seu papel no mundo não é o de me trazer de volta, mas considere esta missão cumprida.

Agora, surpresa! Estou grávida. Gravidíssima, aliás. Já se passaram cinco meses que uma criança habita a minha barriga (ia escrever ventre, mas achei estranhíssimo, totalmente fora do meu estilo...). Ainda não estou uma elefanta, mas a barriga já aparece e talvez por isso eu esteja contando aqui. Sei lá, enquanto a coisa ainda era passível de disfarce, era como se fosse algo só meu ou uma espécie de segredo compartilhado com uma galera mais próxima mas, ainda assim, com uma aura de preservação.

A preservação foi pro cacete quando um taxista me perguntou se era macho ou fêmea, sem eu introduzir o assunto ou falar qualquer coisa sobre minha condição, digamos assim. "É macho". E aí, Antônio Pedro veio ao mundo.

Não sou uma mãe nata. Não daquelas que dizem que se sentem diferentes, que ganham brilho nos olhos e ficam com a pele e o cabelo mais bonitos. Minha pele e meu cabelo continuam exatamente iguais, não há nada de incandescente nos meus olhos e o tal do 'click' não veio. Não tomo banho fazendo carinho na barriga, ainda não tirei nenhuma foto olhando pra ela em PB e nem me sinto especial. Me sinto normal. Assim, bem estranho, normal.

Nos primeiros meses, em vez de enjôo matinal, sentia uma aziazinha noturna. Desejo zero. Só o de sentir menos sono, pelo amor de Deus! Nada de alterações de humor, chorar vendo comercial da Doriana ou uma sensibilidade geral à flor da pele. Nananinanão. Normal.

Mais pra frente, todo mundo me olhava e tinha certeza que era menina. O parecer veio na 16ª semana: é homem. Ih... minha mãe tremeu. Só cuidou de menina na vida. Minha família é um festival de mulheres barulhentas. E aprender a essa altura da vida, pra ela está sendo uma questão. Papai vibrou genuinamente. O menino será um alívio para o avô que aguarda há tanto tempo um companheiro pra ir ao Maraca. Não que ele não tenha se resolvido com a gente mesmo, mas eu e minha irmã, ainda que com uma simpatia grande pelas características masculinas, somos mulheres. Não tem jeito. Oh praga...

ELE ficou feliz, claro. Mas vou morrer sem saber exatamente qual é a forma desse homem expressar empolgação. Talvez o problema seja meu, de interpretação. Mas juro que se ele quisesse passar a vida sem querer que eu soubesse o que se passa na cabeça dele, conseguia fácil, fácil. O cara é difícil. Contido. Elegante. Não perde a compustura jamais. Um contra-ponto e tanto para a minha pessoa. Talvez o segredo do sucesso.

Voltando ao filhote aqui, ele está ótimo. Tem todos os dedos, duas orelhas, uma cabeça, um piru, duas bolas... Tudo nos conformes. E é bonzinho. Discreto. Até agora não senti nenhum chute sequer e ele está total se comportando. Desconfio que vai puxar o pai. Vê se eu tenho cara de que não vou fazer a minha mãe ficar enjoada, vou economizar espaço e não deixar a barriga dela crescer tanto, comer só o necessário para ela não engordar muito e deixá-la com o humor inalterado!? É, esse menino é a cara do pai! Ainda bem. Aprendi a amar um, já sei o caminho para amar a miniatura.

Bom, é isso. Hoje foi só para me dar as boas vindas, agradecer ao leitor de ocasião e contar a novidade velha. Daqui pra frente, prometo evitar ao máximo assuntos de mamadeiras e fraldas e ser apenas eu, uma humilde amante dos pensamentos (des)necessários. Conto com a atenção de vocês. até.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

A Mulher Ínvisível e, enfim, Selton Mello me decepciona

Então, após um pequeno atraso, fui ver "A Mulher Invisível", num cinema longe de mim, diga-se de passagem. Mas tudo bem. Estava querendo ver o filme há um tempão e tinha acabado de ler uma matéria sobre o Selton Mello no 2º Caderno, em que o óbvio era constatado: o cara é o melhor ator brasileiro da atualidade. Pelo menos, no cinema. Nada, nadinha, do que Selton tinha feito na telona - até agora - tinha me envergonhado.

Pois é, fato. Para tudo há uma primeira vez. E minha virgindade quanto ao talento nato de Selton foi brutalmente tomada. Tudo bem que o pior do filme não é ele. E nem diria que ele está ruim. Mas está over e meio sem saco. Tipo, o filme era raso demais pra ele, bobinho, sabe? Aí, Selton foi se meter a fazer algo diferente, foi sair do terreno de filmes estranhos que ele inacreditavelmente salva e se deu mau. Quer dizer, isso sou eu que acho, né. E parece que é só eu mesmo... É o que mais me intriga. Pessoas que eu julgava com um gosto parecido com o meu, acharam o filme 'ok'. Tá, nada demais, disseram, mas valeu o ingresso. Para mim, não. Fiquei entediada aos 15 minutos de filme! Isso não me acontecia desde "Lavoura Arcaica", que me deixou entediada aos 5.

Agora a bomba maior: o que menos me incomodou, aliás, a única coisa que não me incomodou foi ela: Luana. Verdade que a Fernanda Torres faz uma participaçãozinha lá. Depois descobri porquê: o irmão dela é o diretor. Fernanda foi dar uma força. E quando aparece é engraçada. Diria até que dá show, vide a cagada geral. Mas voltando a Luana... A moça está segura. Ou melhor, a moça é segura. Seja no barraco com Dado Dolabella, no "Altas Horas" de minivestido, na vida ou em "A Mulher Invisível", ela aparenta saber o que está fazendo. Ainda que seja uma merda federal. Estou falando do Dado...

Selton exagerou nas cenas em que contracena com ninguém. O roteiro deu várias viajadas. Uma tal de Maria Manoella, que eu nunca vi mais gorda, ganhou um papel importante - e desta vez ainda não descobri o mistério - e o amigo do Selton, o Vladimir Brichta, que até ontem eu achava engraçadinho e nutria por ele certa simpatia, também desandou.

Enfim, o filme é uma grande mierda, como dizem meus 'amigos' do Rock Bola. Mas quero deixar bem claro que só eu achei. Eu e meu querido marido. Não, não foi pra concordar comigo. Ele não faz esse tipo de coisa. Realmente, compartilha da minha opinião. Mas, bem, só nós dois. O casal que foi com a gente achou 'ok', Camila, minha sócia cool, também não se irritou, Paulette e seu digníssimo não acharam uma obra prima, mas se divertiram... Enfim, pessoas por quem eu nutro um profundo respeito, gostaram da bomba.

Mas fiquei com vontade de expressar a minha opinião. Está aí. beijocas.