sexta-feira, 10 de julho de 2009

Surpresa!

O mundo da internet provoca surpresas. Boas e más, é verdade. Mas estou me referindo às boas. Pode ter sido mera coincidência - e eu nem sou daquelas que acham que coincidências não existem. Acho super plauzível elas existirem -, mas, enfim, o fato é que assim que eu senti saudades deste querido espaço onde expresso minhas bobagens, aconteceu algo que me empurrou mais ainda pra cá. Ganhei um novo leitor. Pode ser um leitor esporádico, que me descobriu, perdeu um tempo aqui comigo e foi-se, sem nunca mais voltar. Mas esteja o moço onde estiver - e pelo que ele falou, ele está longe pra caralho! Literalmente, do outro lado do mundo, no Japão -, queria expressar o meu muito obrigada.

Depois de escrever aqui uma crítica safada sobre "A Mulher Invisível", decidi que voltaria a me 'forçar' a escrever mais, a escrever sempre. Como eu gosto deste ofício! E como eu sou acomodada, a ponto de deixar de lado mesmo o que eu gosto tanto apenas por falta de prática e preguiça. Mais preguiça que falta de prática... É, essa sou eu. Mas ressurgi! Como que de volta de uma ressaca tremenda, tomei uma neusa e despertei de novo para o mundo das idéias. Com direito a anotações no guardanapo e tudo! Pra não deixar passar nenhuma observação inútil. Como nos velhos tempos.

Imaginem a minha alegria quando abro meu querido blog esquecido e encontro lá uma série de comentários novos, de mais um ilustre desconhecido. Elogios sinceros, observações gentis... Todo o combustível necessário para ascender o fogo de uma escritora adormecida. Pedro Brasil, com certeza seu papel no mundo não é o de me trazer de volta, mas considere esta missão cumprida.

Agora, surpresa! Estou grávida. Gravidíssima, aliás. Já se passaram cinco meses que uma criança habita a minha barriga (ia escrever ventre, mas achei estranhíssimo, totalmente fora do meu estilo...). Ainda não estou uma elefanta, mas a barriga já aparece e talvez por isso eu esteja contando aqui. Sei lá, enquanto a coisa ainda era passível de disfarce, era como se fosse algo só meu ou uma espécie de segredo compartilhado com uma galera mais próxima mas, ainda assim, com uma aura de preservação.

A preservação foi pro cacete quando um taxista me perguntou se era macho ou fêmea, sem eu introduzir o assunto ou falar qualquer coisa sobre minha condição, digamos assim. "É macho". E aí, Antônio Pedro veio ao mundo.

Não sou uma mãe nata. Não daquelas que dizem que se sentem diferentes, que ganham brilho nos olhos e ficam com a pele e o cabelo mais bonitos. Minha pele e meu cabelo continuam exatamente iguais, não há nada de incandescente nos meus olhos e o tal do 'click' não veio. Não tomo banho fazendo carinho na barriga, ainda não tirei nenhuma foto olhando pra ela em PB e nem me sinto especial. Me sinto normal. Assim, bem estranho, normal.

Nos primeiros meses, em vez de enjôo matinal, sentia uma aziazinha noturna. Desejo zero. Só o de sentir menos sono, pelo amor de Deus! Nada de alterações de humor, chorar vendo comercial da Doriana ou uma sensibilidade geral à flor da pele. Nananinanão. Normal.

Mais pra frente, todo mundo me olhava e tinha certeza que era menina. O parecer veio na 16ª semana: é homem. Ih... minha mãe tremeu. Só cuidou de menina na vida. Minha família é um festival de mulheres barulhentas. E aprender a essa altura da vida, pra ela está sendo uma questão. Papai vibrou genuinamente. O menino será um alívio para o avô que aguarda há tanto tempo um companheiro pra ir ao Maraca. Não que ele não tenha se resolvido com a gente mesmo, mas eu e minha irmã, ainda que com uma simpatia grande pelas características masculinas, somos mulheres. Não tem jeito. Oh praga...

ELE ficou feliz, claro. Mas vou morrer sem saber exatamente qual é a forma desse homem expressar empolgação. Talvez o problema seja meu, de interpretação. Mas juro que se ele quisesse passar a vida sem querer que eu soubesse o que se passa na cabeça dele, conseguia fácil, fácil. O cara é difícil. Contido. Elegante. Não perde a compustura jamais. Um contra-ponto e tanto para a minha pessoa. Talvez o segredo do sucesso.

Voltando ao filhote aqui, ele está ótimo. Tem todos os dedos, duas orelhas, uma cabeça, um piru, duas bolas... Tudo nos conformes. E é bonzinho. Discreto. Até agora não senti nenhum chute sequer e ele está total se comportando. Desconfio que vai puxar o pai. Vê se eu tenho cara de que não vou fazer a minha mãe ficar enjoada, vou economizar espaço e não deixar a barriga dela crescer tanto, comer só o necessário para ela não engordar muito e deixá-la com o humor inalterado!? É, esse menino é a cara do pai! Ainda bem. Aprendi a amar um, já sei o caminho para amar a miniatura.

Bom, é isso. Hoje foi só para me dar as boas vindas, agradecer ao leitor de ocasião e contar a novidade velha. Daqui pra frente, prometo evitar ao máximo assuntos de mamadeiras e fraldas e ser apenas eu, uma humilde amante dos pensamentos (des)necessários. Conto com a atenção de vocês. até.

5 comentários:

Paula disse...

Muito bom! feliz pela volta.... eu estava com saudades! beijão!

Ana B. Galeão disse...

eu tb tava com saudade!
que bom que vc voltou!
beijo

xxx disse...

Êêêêêêêêêêêêêêêêêê!!
Volta! Volta!!
Adorei!
Beijocas

Amanda Hora disse...

Uau, parabéns! Para mim, que só te conheço através de seus textos, foi uma baita surpresa! E Antônio Pedro é um nome lindo!
bjoss

Adriana disse...

thanks pessoal pelos incentivos, parabéns e etc e tal. vou dando notícias! juro q com mais frequencia agora. a fase da preguiça do início da gravidez passou!
beijos