domingo, 27 de setembro de 2009

Jogo Rápido

Não sou saudosista. Aliás, minha memória nem permite, já que sou péssima para lembrar das coisas. Tenho uma espécie de Alzheimer para iniciantes. Mas, enfim, li uma frase que me chamou atenção e tive vontade de deixar registrada aqui:

"No passado, até o futuro era melhor"
O contexto era mais interessante ainda, comparando uma sessão de fotos para uma capa de discos nos anos 60 e como seria a mesma sessão hoje em dia, com tudo a que essas produções atualmente têm direito. Do trailer com ar-condicionado ao maquiador particular de cada astro. A ideia (sem acento) geral da matéria era fazer uma ode à simplicidade, coisa rara nos dias atuais. Como grande defensora do conceito de vida e coisas simples, adorei.
Pra quem quiser ler, tá na revista de domingo do Globo. É a reportagem sobre a capa do disco "Abbey Road", dos Beetles.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

"500 Dias com Ela"

Sigo com comentários sobre filmes do Festival do Rio:

Hoje foi a vez de conferir "500 Dias com Ela", uma comédia indie fofa com a atriz que fez a namorada do Jim Carrey em "Sim, Sr.". Linda. E um linda normal, atingível. Por isso, mais linda ainda. Bom, tô parecendo meio lésbica e nem é da beleza de Zooey Deschanel que quero falar.

Quero falar sobre se apaixonar. E sobre de como a gente esquece como é isso. Antes que alguém pense que estou em crise amorosa, não é isso. Estou bem-casada, bem-resolvida, feliz com a ideia de começar uma família com um pimpolho na barriga e sem neuras quanto ao que me espera no futuro ao lado do mesmo cara. Mas...

Mas quando a gente se depara com uma história interessante que faz com que aquilo bata não só como um filme, mas como uma experiência de sentidos, é inevitável se pegar lembrando, pensando, buscando histórias parecidas que aconteceram ou poderiam acontecer com a gente.

No meu caso, fiquei mais no poderiam ter acontecido. Claro que já me apaixonei. Mas eu era tão novinha que além de não lembrar exatamente como foi, hoje minhas lembranças pareceram meio bobocas e infantis. Afinal, eu era mesmo uma estudante do ensino médio e coisas como meu objeto de paixão sentar na carteira ao lado da minha já era um grande sinal e assunto para uma semana de recreio.

O que me deixou com gosto de quero mais vendo o filme foi uma paixão em idade mais avançada. Onde as coisas, pensamentos, diálogos, atitudes, reações me pareceram bem mais interessantes com minha cabeça atual. Claro que como todo casal apaixonado, ou solitário que curte uma paixão não muito correspondida, as reações, diálogos e atitudes às vezes pareciam sair da boca e de alguém do ensino médio. Mas é que com 20 e poucos anos os pensamentos e as consequências podem ser muito mais interessantes do que com 13, 14. E era isso que me instigava o tempo todo.

Não sou a favor de trocar uma vida estável e feliz por uma aventura em que muito provavelmente não vai dar em nada. Principalmente, quando você está muito mais apaixonada por seu objeto de paixão do que ele por você. Taí um risco que não vale à pena correr. Mas o que me deixou vidrada na tela é como quando o negócio é forte mesmo, você esquece o risco e a sensatez. É isso que a gente esquece como é. Ou que muita gente nem chegou a sentir.

A pessoa ou a paixão pela pessoa te toma tanto o tempo, a cabeça, a vida que você simplesmente nem tem a opção de ponderar se aquilo vale à pena ser encarado. É cego mesmo. O que me leva a uma reflexão: o amor não é cego coisíssima nenhuma. Quando você ama, sabe muito bem de todos os defeitos da pessoa amada, mas escolhe permanecer com ela. Tem dias bons e ruins, mas ainda assim, não questiona se ama ou não. Tem coisas no outro que você gostaria de mudar, mas engole por causa das outras coisas que ele tem de bom. Não gostaria de ouvir e ver certas coisas, mas releva porque na hora de dormir, acaba olhando pra ele e percebendo mais uma vez que seu lugar é ali. Enfim, não que você saiba exatamente porquê ama aquele indíviduo, mas sabe que ama e ponto. É suficiente, claro e forte o bastante para te manter ali, por escolha.

Agora a paixão, sim, é cega. Você não enxerga nenhum defeito, ou não liga mesmo pra eles, chegando a achá-los engraçadinhos. Não dá chance para a realidade e caga para as pessoas que você possa machucar. Paciência, o que você está sentindo não é controlável. Como se a culpa não fosse sua. É instintivo, animal. Você não enxerga nem o pior: que você vai quebrar a cara. No momento da paixão mesmo, você não tá nem aí. Um momento, um dia, uma noite, um fim de semana ao lado daquela pessoa que você simplesmente venera vale mais do que todo um futuro detonado adiante. Quem era tímido, fica corajoso. Quem era contido, fala barbaridades. Quem era apagado, do nada passa a sorrir. Quem era preguiçoso, ganha um gás invejável.

Normalmente dura muito pouco, é verdade. Mas ainda assim, quando você lembra que existe, quando você escuta a história de alguém, quando vê um filme... a vontade de também viver aquilo de novo ou pela primeira vez gruda na cabeça por um tempo. Não dá para evitar.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

"Julie & Julia"

Em tempos de Festival do Rio, voltarei a falar um pouquinho de cinema.

Hoje assisti a "Julie & Julia", com a dupla que arrasou em "Dúvida": Meryl Streep (que, aliás, arrasa sempre) e Amy Adams.

Nada demais. Uma Sessão da Tarde do futuro. Mas, pra mim talvez tenha sido mais interessante do que para a maioria. Explico: a história é de uma jornalista/escritora meio perdida na vida que um belo dia, com a ajuda do fofo do marido, decide criar um blog com um objetivo claro: contar a experiência de reproduzir as 300 e alguma coisa receitas descritas num livro de culinária. O projeto da moça teria início e, principalmete, um fim!

Qualquer semelhança é mera coincidência, mas me vi ali várias vezes. Foi exatamente o que me aconteceu no ano passado. Recém-saída do meu emprego arrastado de sete anos num mesmo canal de TV, joguei tudo pro alto com coragem. Mas aí, veio o período do marasmo. Não estava fazando nada e não sabia que rumo tomar. Numa conversa despretenciosa no sofá com ELE, acabei levantando cheia de gás para colocar em prática o "366 - Crônicas de um Ano Bissexto". Eu começaria a escrever crônicas diárias e de tema livre no dia 1º de janeiro e iria até o dia 31 de dezembro.

Bom, quase um ano depois do término do projeto, fico feliz de ter conseguido realizar o que eu mesma me propus. Coisa muita rara. Hoje minha vida está bem diferente. Estou fazendo mil coisas, feliz de novo profissionalmente, sem tempo livre para quase nada e muito prestes a ser mamãe. Ou seja, objetivos não me faltam. Mas, ainda assim, sinto saudades da época em que me dedicava com afinco ao meu querido blog de bolinhas, que hoje permanece mudado e cor-de-rosa, mas sem a frequência de outrora.

Por isso, foi gostoso assistir ao filme e lembrar de mim mesma. Saí leve.

Só tem uma diferença básica: no cinema, a menina faz um sucesso tremendo com seu blog, descoberto e seguido por milhares de leitores, e termina recebendo um montão de propostas para escrever livros, virar filme e participar de programas de TV. Essa parte me deixou meio cabisbaixa com a vida real. Já pensou se minha história continuasse igual a dela até o fim?!

Mas ok, estou feliz. Acabei de publicar um conto num livro e estou trabalhando na minha área com um monte de projetos de que tenho gostado muito. De certa forma, o blog tem a ver com isso sim. Me ajudou a encontrar caminhos, a me soltar mais pra escrever, a me conhecer melhor, a acreditar mais em mim. Sem desmerecer, é claro, meus 17 leitores (que nem o Veríssimo e o Xexéu) que me seguiram fielmente e também foram responsáveis por essa confiança ganha de lá pra cá.

Ou seja, se você estiver meio sem rumo na vida, que tal escrever um blog? Pra começar, dê uma olhada em "Julie & Julia" em busca de inspiração.

Beijo e até mais.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

VV

"Viver a Vida" tá mostrando potencial pra bombar! E uma Helena estreante, mulher e negra nunca teve tanto espaço num mesmo capítulo. Só da Taís Araújo!

E é dela que quero falar. Taís está bem na novela das 20h, que há muito começa às 21h... A moça só fica esquisita quando contracena com ele, o maior garanhão galã de todos os tempos: José Mayer. Tô louca pra ver como a galera do Casseta vai chamar o personagem. Mas voltando a Taís, a moça tá super desprendida, natural, segura o drama lá nas cenas com a irmã mala... mas quando esbarra com seu José, dá tilt. Fica meio durona, fala umas coisas que soam estranhas, uns movimentos de ballet, sei lá... Tô achando que Taís fica nervosa ao lado do bicho papão de atrizes da Globo. Lázaro Ramos que se cuide. Um diálogo de hoje entre os dois:

- Já percebeu que eu estou te perseguindo, né?
- Já. Já percebi sim. E na verdade eu gosto dessa perseguição. (olhar que era pra ser confiante) - Acho... picante.

Acho picante??????? Jesus, coitada de Taís Araújo. Deu pra ver que ela tava com vergonha de dizer o texto. Oh Seu Manoel... Pega leve com a Taís...

Piores Invenções Modernas

Uma das piores coisas que já inventaram foi ar-condicionado com controle remoto. Está acabando com as minhas noites de sono e, a longo prazo, com meu casamento. Eu quero frio, ele quer mais quente, aperta daqui, aperta dali, aperta de novo e ninguém prega o olho...



E já começo a me divertir com os diálogos de Manoel Carlos:

Taís Araújo ou Helena, para os já iniciados na novela: "Tenho uma irmã que me ocupa e preocupa".

Que sacada! Que jogo de palavras! Que gênio!
E eu aqui... nas minhas historinhas que não rendem 1 centavo...

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Entreouvido por aí


"Meu pai era louco pra eu me casar com um judeu. Porque ele era careca e queria usar aquele chapeuzinho na cerimônia".

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Zé Fini.

Meu problema: tenho que dispensar a mulher que faz acupuntura na minha cachorra. Sim, a minha cachorra faz acupuntura, mas não é esse o assunto. O assunto é dispensar, terminar, acabar, limar, cortar, banir alguém da sua vida.

Por que esta merda é tão difícil para alguns mortais, inclusive, eu?! Digo inclusive eu porque, acreditem, eu não tenho o menor perfil de quem não teria culhão para isso. Mas não tenho. Nem saco, nem culhão. Vendo por este ângulo, sou comprovadamente uma mulher.

Desde o namoradinho do colégio, passando pela amiga mala, namorados mais sérios, minha única experiência com uma psicóloga, empregadas, parceiros de trabalho... até todo tipo de prestadores de serviço, incluindo aí a acupunturista animal, que eu não sei como olhar na cara da pessoa dignamente e dizer: Zé fini.

Com o namoradinho do colégio eu fiquei brincando de gato e rato um tempão, até ele entender e ficar magoadíssimo. Da amiga mala, eu só me livrei com o tempo e o devido amadurecimento que, se não me deu coragem pra chutá-la pra escanteio, pelo menos me fez parar de ter medo da infeliz. Os namorados mais sérios me odeiam e me acham uma louca bipolar, que mudou de uma hora para outra fazendo com que eles não aguentassem mais a relação. A psicóloga ganhou dinheiro por umas dez sessões desnecessárias onde, por não ter mais nada o que falar, eu inventava coisas. As empregadas foram devidamente dispensadas pela minha mãe. Parceiros de trabalho foram aturados bem mais do que deveriam. E os prestadores de serviço...

Bem, cada caso é um caso. No caso específico da acupunturista, o assunto tem me deixado tão nervosa que no dia que a mulher veio, eu tinha mandado a cachorra pro veterinário e esquecido da acupuntura... Ou seja, além de estar prestes a demití-la, eu criei um segundo problema por fazê-la ir até a minha casa à toa naquele dia. Nem preciso dizer que a demissão ficou pra depois e que ela ainda me levou a grana da passagem.

O fato é que a próxima sessão está chegando e eu ainda não descobri a melhor forma de dizer que não queremos mais contar com os serviços dela. Não sei se falo por telefone; se espero ela vir até aqui de novo, falo na cara e dou outra vez o dinheiro da passagem; se espero ela vir, falo na cara, mas deixo ela realizar a última sessão na Lua, num clima escroto, e pago pela última vez; ou se deixo ela vir, espero a sessão acabar, pago e digo no fim, vendo ela ir embora escrotamente também.

Enfim, estou sofrendo.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Manoel Carlos Vem Aí

Aproveitando o gancho de que uma nova novela de Manoel Carlos está prestes a estrear, deixo aqui uma passagem verdadeira com um digno personagem do Leblon, que eu presenciei ontem:

Eram umas 8h da noite e eu estava atrasada para encontrar umas amigas, no apartamento de uma delas, localizado no bairro mais in do Rio de Janeiro. Só que me toquei que estava de mãos vazias. Feio porque este seria o primeiro encontro do que propomos ser uma série e também seria minha estréia na casa dela. Ôpa! Um Zona Sul. Entrei.

Grávida e gulosa, passei reto pelos frios e fui ao cantinho que cheirava a pão de queijo. Queria um montão, tipo padaria, mas o educado atendente, que não me deixou pegar os pãezinhos sozinha, agora colocava-os um a um no saquinho. Sugeri que ele virasse a bandeja toda direto no saco, mas ele me explicou calmamente que estava muito quente, aquilo era uma estufa. Ok, esperei impaciente.

Uns cinco minutos depois e com menos pãezinhos do que eu queria inicialmente, mas foi o que deu para esperar, vi que as filas estavam meio grandes. Aí... Lembrei que eu sou uma gestante! E fui serelepe para o caixa preferencial. Grávida ali só eu, o resto era o quê? Velhos! Olha eles aí de novo... Bom, o problema é que a caixa, apesar de bem novinha, também parecia bem debilitada e lenta!

Mas é agora que chego no climax de meu relato: a minha frente, estava uma senhora muito elegante, loira, chiquerésima.

Atendente lesa: Cartão Zona Sul, Sra.?
Sra. elegante: Não trouxe, mas vou te dar o CPF. Pera aí.

Momentos de caça ao CPF em sua grande bolsa dourada.

SE: 523256899000 (assim, tipo espoleta. E jogou o cartão lá dentro de volta)
AL: Pode repetir mais devagar, Sra.?

Mais alguns momentos para uma 2ª busca.

SE: 5-2-3-2...
AL: Dona Ivone?
SE: yes!

Assim mesmo, a velha soltou um 'yes' para a caixa do Zona Sul, empolgadíssimo, como se ela estivesse na conversação do inglês junto com suas outras amigas elegantes. Não aguentei e ri sozinha. Por um tempo. Até porque a mocinha lá do caixa ainda demorou pra registrar e a velha demorou para catar moedas na carteira. Mas, a essa altura, meu mau-humor já estava longe e eu só conseguia rebubinar a fita na minha cabeça e colocar no play de novo pra ver a dondoca responder 'yes'!

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

O assunto ainda é 'velho'

Então, o assunto 'velhos' continua permeando meu humilde universo. Pra quem não tá update aqui, há pouco tempo uma confusão com o fato deu ter chamado minha avó de velha normal me deu dor de cabeça. Já passou. E a velha tá ótima.

Mas, eis que ontem, sou pega de surpresa por uma conversa, no mínimo, inusita com outra velha: uma vizinha.

- Ai, você tá ótima!
- Brigada, D. Mercedes. (aliás, ôh nome bom pra vizinha né, não? D. Mercedes. Perfeito.)
- Tá de quanto tempo?
- Quase oito meses.
- Nossa! Que bom. Fico aliviada.
- Oi?
- É. Ai, menina, não suporto gente gorda.

Sutil como um elefante, a simpática velhinha não? Que ela não me ouça a comparando com o bichão...

Bom, velhos são realmente uma espécie à parte dos mortais pra mim. Acho que eles - mais que as crianças até, de quem, de certa forma, já esperamos coisas malucas -, tem o dom de nos surpreender. Nem sempre positivamente, é verdade. Mas vale à pena o risco. Já me diverti inúmeras vezes com uma espécie de 'tô de altos da vida', que muitos deles assumem como conduta. É como se soubessem que estão no final, numa fase em que voltam a ser café com leite.

Há os que se intregam, se deprimem ou, não por culpa deles, adoecem e não conseguem curtir esses acréscimos do terceiro tempo. Mas há muitos - e tomara que seja a maioria! - que aproveitam e conseguem marcar golaços, garantindo a posteridade.

Minha avó com certeza é desse time vencedor, cheio de garra. Aos 80 anos, ela está prontinha pra cuidar do bisneto; caminha na orla duas vezes por semana; sabe o nome de todos os personagens de todas as novelas; se diverte tentando acessar a internet; não se conforma com a TV de plasma que fizeram ela comprar, mas que insiste em deixar as atrizes da Globo todas gordas; e fica felíssima com o poder que a mesada da vovó exerce sobre os netos. Numa atitude mais do que madura, ela chuta pra escanteio chatices de que só seria amada pelo dinheiro e faz bom proveito das regalias que uma vovó nada mão de vaca pode ter.

Não sei como é Dona Mercedes na vida, mas ela me parece falar o que dá na telha. Ou seja, deve render outras tiradas ótimas, que eu gostaria muitíssimo de ouvir.

E, por fim, me lembrei agora da avó de uma amiga minha que inventou que estava ficando surda para só atender a chamados quando estivesse afim. Atenção porque a coisa foi sofisticadíssima com direito ao médico de cúmplice. Ela conseguiu convencer o doutor de que já tava muito... velha para aturar encheção de saco e que tinha tido uma ideia ótima, mas que precisava dele para embasar cientificamente a grande sacada. Ele topou. E assinou o laudo. Foram mais fundo: combinaram uma observação devidamente redigida, dizendo que aparelhos de surdez não adiantariam no caso dela. A velha astuta já morreu e não me lembro exatamente quando seu plano perfeito foi descoberto. Mas não é sensacional?! Desde que escutei essa história, guardo comigo, com uma vontade grande de imitar a esperta senhora quando chegar a minha vez de aproveitar o fim da vida.

Bom, é isso. Um brinde aos velhos e velhas por aí. Pelo menos, aos sábios.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Suíte do break-up de Thiago Martins e Fernanda Paes Leme:

"Estamos em momentos diferentes".

Esses atores só são criativos trabalhando... Mais manjado que isso só o "não é você, sou eu..."

Suíte do Gazolla:

Após se submeter a uma angioplastia, Raul Gazolla declara: "Começa agora a 3ª parte da minha vida".

Bom, a 1ª ele explica que foi antes da morte de Daniella Perez, a 3ª é a que está vivendo agora. A 2ª... Bem, a segunda, nem ele lembra...

Guiness:

"Jackson é enterrado após 70 dias"
"Livros dão Dicas para Mega-Sena"
Depois dizem que os autores de auto-ajuda é que são picaretas... Se bem que, ta aí, enfim um tema que pode ser considerado de auto-ajuda!

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Uma velha nada Normal

- Porra, Nana, você chamou a vovó de 'velha normal'.
- Hã?
- Ela vai ficar puta.

Queria propor aqui - e quem sabe até eu mesma me animo a fazer - uma cartilha para escritores que ameaçam sair do privado e se tornam públicos, ainda que muito humildemente.

Sempre cultivei um arzinho assim meio rebelde. "Escrevo o que eu quero e ninguém tem nada a ver com isso!". Mas agora me dou conta de que era muito fácil fazê-lo no anonimato.

Um simples lançamento (pra mim não foi nada simples. Eu adorei! mas simples no sentido de sem grandes holofotes) me abriu as portas para o que pode ser um mundo infernal de conversas tete à tete com pessoas que possam vir a se sentir mal representadas em meus escritos.

Que eu escrevo frequentemente inspirada na minha pessoa e na minha vida, não é segredo pra ninguém. Pelo menos, para ninguém que lê o meu blog ou para quem eu mando meus textos. Mas houve um certo exagero na crítica da minha simpática irmãzinha lá em cima. Porque, justamente, neste caso específico - no conto que foi publicado na Coletânea Humor Vermelho, da qual já tenho muito orgulho! - não fiz isso tão displicentemente. Juro de pés juntos que é mentira! Que a história é inventada. E atenção porque posso estar decepcionando vários leitores que foram lá, compraram o livro e leram minha hitorinha à lá humor negro achando que foi mais uma das maluquices que aconteceram comigo. Não foi. Não assim.

Agora, é claro que peguei alguns fatos aleatórios e meti lá. Coisas corriqueiras. Toques muito sutis, referências. Como o fato da minha avó ter sido mesmo muito mais nova que o meu avô. Coloquei lá 30 anos, nem sabia se era essa a real distância temporal entre eles. Não interessa. Peguei um fato ao acaso qualquer, que me veio à cabeça no momento em que eu escrevia e tasquei lá: "ele já estava tão velhinho... Porra! 96 anos é vida pra caceta! Na verdade, ele sempre foi velho. Tá, avô é velho. Mas o meu era mais velho do que o velho normal para avô. Era quase trinta anos mais velho que a minha avó, que é uma velha normal".

Bendita hora!

O pior é que Tatiana fez sua pertinente observação bem no comecinho da noite. O que me fez permanecer com a pulga atrás da orelha o resto da 'festa'. Pqp!

Aí, chega a minha mãe com seu exemplar para eu autografar. Ótimo, ia me distrair um pouco. É sempre bom ter ali sua mãe com orgulho de você, certo? Mas aí, não aguentei:

- Mãe, a Taty falou que a vovó ia ficar chateada com o que eu escrevi, mas não tô falando dela. Eu...
- É. Comprei pra ela também que não pôde vir e me pediu, mas agora que eu li, também fiquei um pouco na dúvida se devo dar.
(...)

A pulga foi promovida a grilo. Eu realmente estava grilada. Nada, nem ninguém mais que surgisse lá para me cumprimentar tirava meus pensamentos da sentença inconveniente. De todas elas, aliás. Da que eu mesma escrevi ingenuamente, sem nem sonhar com a 'fama'. Da que a minha irmã escolheu para me parabenizar e agora a da minha mãe...

A noite demorou a passar. Fiquei lá um tempão fazendo sala pros queridos que foram lá me ver; depois jantei com amigos e cunhados; e só depois de meia-noite, entramos no carro para voltar para casa.

- Pô, a Tatiana e a mamãe me deixaram meio tensa dizendo que a vovó vai achar que escrevi sobre ela.
- É, gente mais velha pode entender assim mesmo.

Bacana.

Não achei uma alma boa, capaz de perceber que eu precisava ouvir algo totalmente diferente.

Bom, cheguei em casa e liguei pra velha:

- Vó.
- Oi, minha filha, pôxa eu não pude ir... Sabe o que é? Estou com a perna ruim. Está difícil de andar. Eu tenho que ver isso. Antes que eu pare de vez, né? Sua mãe já marcou um monte de exames pra mim... (mais dez minutos falando).
- É, vó. Tem que se cuidar.... Olha só, a Tatiana me deixou meio encucada porque no conto que escrevi falo de avó, de avô que foi cremado, de Cachoeira Paulista, de Muriqui... mas não é sobre vocês, entende? Só me inspirei em alguns fatos reais. Sabe tipo novela? Que nem quando a Glória Perez põe os personagens vivendo uma situação que aconteceu parecida na política... Enfim, é ficção. Fiz uma novela usando algumas referências.
- Sei. Que legal. Vou gostar!
- Pois é. Tem uma hora lá que falo que a minha avó é uma velha normal.
- Ué, mas eu sou uma velha normal mesmo.
- Não. Mas eu não falo nesse sentido. É que falo que o vovô, aliás o avô do conto, era muito velho, mais velho 30 anos que a minha avó que é uma velha normal. Entendeu? Normal de idade.
- Ele era 25 anos mais velho que eu só.
- Tá. Não importa. Aí é que tá. Tá vendo? É disso que estou falando. Não são vocês. É parecido só.
- Ah... Tá bom. Mas encucada com o quê?
- Disso. De você ler e ficar triste, achando que eu fiz pouco caso, que não tive cuidado ao me referir a vocês.
- Mas você não disse que não é a gente?
- Isso! Não, não é.
- Tudo bem.
- Ai, que bom, vovó. Eu tava tão preocupada... Tomara que você goste. É engraçado. Um humor negro, sabe? Tipo... Sei lá, "Vamp". Não tô achando nenhuma novela boa agora pra dar de exemplo.
- Tá bom. Vou ler. Sua mãe vem aqui me entregar o seu livro amanhã. Mas você falou lá no início de Cachoeira Paulista e o quê?
- Muriqui.
- Não, não. Foi Ibicuí. Em Ibicuí que jogamos as cinzas do seu avô.
- Mas, vó, lembra que não são vocês...
- Ah é... Mas, oh, Cachoeira Paulista tá certo.

Adoro a minha avó. Adoro escrever. E isso foi uma homenagem real! a uma velha nada normal.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Antiguidade é posto


Ator Raul Gazolla é internado em SP

Não se sabe o motivo. Mas o melhor da nota é o fim, quando explicam de quem se trata:

Raul Gazolla foi casado com a atriz e bailarina Daniela Perez, assassinada em 1992. O corpo da jovem, na época com 22 anos, foi encontrado num matagal, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, com 18 perfurações, oito delas no coração. O ator Guilherme de Pádua e sua mulher, Paula Thomaz, foram responsabilizados pelo crime e condenados.
Ninguém achou nada mais atual para falar do Raul...

Sem Gracinhas


Toda de Branco, Sarah Jessica Parker filma "Sex and the City 2"

Eu não sabia! Oba.

Parece mas não é




"Em dia de escritório na praia, Palmeira leva a Filha"



Ou é escritório ou é praia. E ou é trabalho, ou leva a filha. Muitos elementos desconexos...


Mas, foda-se. Repara só na segunda foto: Não parece o Romário?

Oh My God!


"Thiago Martins e Paes Leme se Separam"



'O rompimento foi há cerca de um mês, mas eles continuam bons amigos', garante assessoria


Ufa.. ainda bem. Que susto...

Piada Interna

Só pra quem é tricolor...

"Renato Gaúcho é demitido; vice do Flu diz que Cuca assume o time"

Puta merda! que azar.


"Jogador perde a perna após ser atingido por Raio"

O Exemplo que vem de Cima

"Prefeito é o 1º Morto por Nova Gripe em Goiás"
Segunda hoje que eu brinco com o que não devo... Sorry. Again.

Britney entediada é um perigo

Britney Spears transforma seguranças em loiras
Cantora mostrou o resultado da brincadeira em seu site oficial



Sem ter muito o que fazer e sem idéias para uma nova enfiada de pé na jaca, Britney Spears decidiu se divertir com seus seguranças de estimação.

E nosso Dado americano continua...

Após ter dito que não lembrava do ocorrido, Chris Brown declara:

'É claro que eu lembro de ter batido em Rihanna'.

"Como disse várias vezes antes, estou envergonhado e arrependido pelo que aconteceu. Queria poder ultrapassar este momento e mudar as coisas, mas não dá".

Uma do EGO que ninguém é de ferro...


"Madonna cai na piscina de Roupa"

Aí, o resto do assunto da matéria é: O que será que ela está querendo esconder?

Ai, meu Deus, o que será? O quê?.... deve ser duro trabalhar no EGO.

Uma Manchete que já Basta


"Para a Igreja Maradoniana, Deus é 10"

Igreja Maradoniana?! Sim, seus fiéis cultuam Maradona e escrevem Deus em espanhol (Dieus) com o número '10' no meio: D10s.

E atenção para os detalhes:

"Seus cultos ocorrem duas vezes por ano".
Transformar-se em um membro da Igreja Maradoniana requer certa habilidade: fazer gol com a mão, igual (ou parecido) com o que Diego fez na Copa do Mundo de 1986. Só assim o fã de Maradona poderá receber o título de seguidor.
E o melhor! (Atenção para o 9º!)

DEZ MANDAMENTOS DA IGREJA MARADONIANA

1 - Amar o futebol acima de todas as coisas
2 - Declarar amor incondicional a Diego e ao futebol
3 - Espalhar os milagres de Diego em todo o universo
4 - Não proclamar Diego em nome de um só clube
5 - A bola não será manchada (sobre problemas extra campo)
6 - Defender a camisa argentina e respeitar as pessoas
7 - Honrar os templos onde jogou e seus mantos sagrados
8 - Predicar os princípios da Igreja Maradoniana
9 - Levar Diego como segundo nome e colocar no filho
10 - Não ser cabeça de garrafa térmica e que a tartaruga não fuja (frase dele)

Questão de Eficiência


Olha como nos Tigres Asiáticos, as coisas realmente funcionam:

1) Um maluco decidiu escalar uma torre de 452m na Malásia.

2) Antes de prender o lunático, que façamos uma foto bacana.

3) Mandou-se um helicoptero para o local pra fazer figuração.

Simples assim.

Bom Dia. Começando a Ronda.

"Aos 66 anos, morre o ministro do Supremo Carlos Alberto Direito".

Tenho total noção de que essa notícia não era para ser engraçada, mas não é engraçadinho o cara se chamar 'Direito'?! Tá, parei.