quinta-feira, 31 de julho de 2008

Ando Meio Desligado...

Decididamente, eu deveria escrever mais sobre putaria. Impressionante como o assunto dá repercussão. Ganhei três comentários num intervalo de menos de duas horas que havia publicado a minha idéia de Salada Mista para maiores. Meu próximo projeto de livro ou o que quer que seja será pornográfico, erótico, o nome que quiserem dar à putaria. Então, combinado. Dia 31 de dezembro de 2008 encerra-se o ‘366 – Crônicas de um Ano Bissexto’ e em 1º de janeiro de 2009 começa o ‘69 – e Putarias Afins’.

Por hora, vou contar um causo que me aconteceu: estava eu ouvindo o programa “A Hora do Blush” com, de novo, a minha querida amiga Isabella Saes, (o de novo é porque tenho falado da moça aqui.) quando ela conta que o marido achou seu celular na geladeira! Essa é Isabella. Mas olha, não fico muito atrás. Também sou desligada.

Ainda no programa, ela pediu para que os ouvintes mandassem suas histórias de maluquices desse nível para lá. Bom, não mandei para lá, mas vou escrever aqui.

A primeira vez que fiz mapa astral foi há uns três anos. Dois anos depois, ou seja, há um ano atrás mais ou menos, resolvi repetir a experiência e com a mesma mulher. Liguei, marquei e, no dia, fui para o endereço que eu havia guardado junto, aliás, com o telefone com o qual agendei a nova consulta.

Bem, cheguei na hora marcada e depois de tocar a campainha, uma menina abre a porta:

- Oi.
- Oi, eu marquei com a Regina.
- Minha mãe está no banho.
- Posso esperar?
- Pode. Entra.

A decoração da sala estava diferente é verdade, mas já havia se passado dois anos. Fiquei ali no sofá novo por mais de vinte minutos, quando Regina adentra o recinto. Regina também estava diferente, mas já havia se passado dois anos...

- Pois não?
- Oi, marquei com você, Adriana.
- Não estou me lembrando. Mas tudo bem. Senta.
- O que vai ser?
- Não é você quem tem que saber?
- Que desenho você quer?
- Do mapa?
- Vai ser um mapa?
- Como assim?

Mais uns minutos e descobri, enfim, que essa Regina não era a Regina de antes. Essa Regina que se mudou para o apartamento da outra Regina é tatuadora! Oh God! A Regina astróloga me esperava há quarenta minutos no Leblon! Foi assim que nunca mais fiz mapa astral e quase ganhei um mapa tatuado no corpo.

Cantinho decepcionado

Nem falei do jogo de domingo com o Cruzeiro aqui. Mas perdemos. E, ontem, perdemos de novo. Pelo mesmo placar: 3 x 1. Desta vez, acho que foi contra a Portuguesa. Não vi. Mas acho que agora o Renato vai.

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Salada Mista

Fui reler meu texto sem saco de ontem e fiquei com ‘salada mista’ na cabeça. A Salada Mista brincadeira de criança. De adolescente, talvez. Se bem que as minhas Saladas Mistas começaram aos 11, 12 anos. Considero criança. Dei meu primeiro beijo ainda criança. Não, não foi numa Salada Mista. Até o beijo, de língua, minhas Saladas Mistas eram só aperto de mão, abraço, beijo na bochecha e estalinho. Aliás, havia uma outra brincadeira: pique-estalinho. Um ótimo treinamento para as corridas da aula de educação física. Sim, porque ninguém queria ser beijada pelo gorducho suado. É, funcionava assim: meninos corriam atrás das meninas. Pegou, tem que receber um estalinho.

Mas a salada mista era mais focada. Já que quem tapava o olho da pessoa estava devidamente mancomunado com ela. E aí era tudo combinandinho. E, eu, depois do primeiro de língua decidi que podia brincar da salada mista nível 2. Agora, podia chupão. Na boca e no pescoço. É, daqueles que deixavam um roxo indesejável, mas que, no fundo no fundo, dava um certo orgulho.

Assumo que gostava da brincadeira. Sempre gostei de beijar. E era um jeito de beijar sem ser chamada de galinha. Afinal, estava tudo dentro das regras. Beijei quase a minha turma toda da 5ª série. Menos o gorducho suado. Esse eu fui beijar muito tempo depois, quando ele ficou impressionantemente alto e atlético e – importante - nada vingativo.

Se eu tivesse que dar um peso para o beijo no relacionamento, ficaria nuns 70%. Juro. Quando estou beijando e sinto que tem sintonia, me entrego rapidamente e escuto os sininhos imaginários. Um beijo bom acaba com mau-humor, com baixa auto-estima e cura ressaca. É. Funciona comigo. Posso estar péssima, me arrastando, com cara de cansada. Mas se acontece um beijo mágico, vem energia lá de dentro e posso dançar forró até de madrugada. Com direito a rodadinhas, hein.

Mas sempre fiquei pensando por que a Salada Mista se prendeu ao universo infanto-juvenil. Olha que falta de senso de oportunidade de nós todos. Quando estamos mais crescidos e aprendemos coisas interessantíssimas de se fazer com o coleguinha, ficamos inibidos. Aí, a brincadeira vira verdade ou conseqüência. Tá. Em algumas conseqüências alguém fala para fulano beijar ciclano. Mas Salada Mista é muito mais objetivo. Fora que, com as devidas atualizações, as opções poderiam se transformar em chupada, dedada, mamar peitinho, 69 e o que a imaginação mandar. Olha que ótima maneira de legalizar uma suruba! Da mesma forma que quem brincava de Salada Mista estava protegido pelas leis do jogo, hoje em dia ninguém seria piranha, promíscua e essas coisas. Tudo em prol da brincadeira.

ps: E atenção! A macumba chegou ao universo virtual. Vale à pena dar uma conferida. - http://www.macumbaonline.com

terça-feira, 29 de julho de 2008

TV por Assinatura

Oh, dormi pouco. Acordei super cedo. Entrevistei um cara mala que me deu um chá de cadeira de meia hora e ainda tive que ouvir: ‘Se eu soubesse que era uma princesa, não deixava tanto tempo esperando’. Que espécie de diretor de empresa fala ‘princesa’? Juro. Inacreditável. E o homem não falava nada. Enrolava que era uma beleza. Foi um parto tirar alguma informação útil do sujeito. No fim, disse que não acreditava que eu era jornalista – é muito novinha... - e que era uma pegadinha do Gugu. Céus! Ele ainda vê Gugu. Enfim, estou totalmente sem saco hoje. Aí, segue uma embromação aí embaixo. Mas uma embromação sincera:

A TV fechada está precisando de uma faxineira. Ou melhor, de uma pessoa como eu, que arruma e organiza as coisas como ninguém! O troço está uma zona. Virou uma salada. Mista!

Antes, dava para saber mais ou menos onde encontrar o quê. Telecines e HBOs passavam filmes. Sony, Warner, Fox passavam séries americanas. Multishow programas para o universo jovem. GNT era voltado para a mulher madura e por aí ia.

Agora, não. Passa tudo em tudo quanto é canal. Todos eles passam filmes. As séries ficam trocando de lugar toda hora. E, volta e meia, encontra-se bizarrices como a novela “Escrava Isaura” (a 2ª versão, sem a Lucélia Santos) no Fox Life?! O que é isso? O Fox Life está passando um programa que foi do SBT?????

Sei que inventaram uma lei aí que obriga os canais pagos a exibirem sei lá quantos por cento de programação nacional, mas daí a elegerem uma novela do SBT é demais! E eu pago esta porra!

Bom, foi só um desabafo.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

A Arte de Contar Piada

Ainda sou outra. A mudança permanece. Só para constar.

Bem, é muito difícil contar uma piada direito. A pessoa precisa ter o dom para a coisa. Decididamente, não é para qualquer um. Aliás, diria que é para poucos. Eu, por exemplo, não estou incluída nesse grupo seleto. Do qual, assumo, gostaria de fazer parte. Acho que um dos prazeres da vida é fazer rir. Ok, existem outras maneiras de alcançar esse objetivo, maneiras que eu utilizo diga-se, mas uma piada bem contada que consegue uma gargalhada bem dada deve ser uma delícia para quem conta.

Eu sou de riso fácil. Rio de qualquer bobeira. Nasci pré-disposta a sorrir. E adoro ser assim. Tem tempo que não tenho aqueles ataques de bobeirol, nos quais a barriga fica doendo de tanto dar risada sem saber muito bem porquê. E nem estou falando de recursos alucinógenos. Estou me referindo ao riso solto e natural.

Mas o fato é que está cheio de gente por aí que acha que pode contar piada e não pode. E esse coitado é tão mala nessa hora que nem os amigos conseguem dizer que essa não é uma de suas habilidades.

Sem puxar o saco, juro, mas meu pai é um ótimo contador de piadas. Aliás, de piadas e de causos. Exagera que nem eu, dá aquela manchete sensacionalista e tal, mas o cara é cativante. Sustenta. E olha que ele nem é daqueles performáticos, sabe? Que faz sotaques, mímicas, caras e bocas. Não. Ele é rápido no gatilho. Sem paciência, também que nem eu, vai direto à graça da coisa. Sem perder o timing. Invejável.

Mas tem esses outros tipos que, dependendo do talento, até dão para encarar. Meu amigo Fernando Caruso é desses que faz suspense e alonga um pouquinho a história até ter certeza de que estão todos de olhos grudados nele. Funciona. Morro de rir.

Tem gente que é palhaço por escrito: e-mails, mensagens... mas, ao vivo, é sem graça toda vida. Se a pessoa tem essa consciência e se limita ‘ao papel’, ótimo. Quando não tem, é uma decepção misturada com crise de identidade dos outros em relação a ela. Como assim? É a mesma pessoa? Será? Que coisa...

Como falei não sou boa nisso, mas para fechar, vou tentar deixar escrita a última contada por papai, que me inspirou a escrever sobre piadas hoje:

O coroa (bem coroa mesmo, na casa dos 80) chegou no médico e mandou para o doutor:

- Dr., minha mulher de 20 aninhos está grávida! Ela disse que eu sou o pai. Você acha que fui eu mesmo, Dr.?

- Vamos com calma. Deixa eu contar uma história: um caçador saiu para caçar e na hora em que ele atirou, saiu da arma um guarda-chuva. Manja aquelas armas de mágico?

- Sei, sei.

- Então, mas, mesmo assim, o bicho na frente dele caiu mortinho.

- Ah doutor, foi outro que atirou...

- Exatamente.

domingo, 27 de julho de 2008

A Outra

Ninguém muda, amadurece da noite para o dia. 'É um processo lento', convencionou-se dizer e saber. Que nem um primo que você não vê muito. Estava-se lá quando o moleque nasceu e depois rolava umas visitas de tempos em tempos e vinha o susto: ‘caramba, como você cresceu!’. Mas nem os pais dele e nem ele perceberam essa mudança acontecer. Ou seja, o susto é só para quem está longe. Nunca para quem está perto.

Pois bem, eu mudei. Assim, vapt vupt. Num fim de semana. Se alguém notou? Sei lá. Provavelmente ainda não. Mas eu notei. E essa é a originalidade da coisa.

Viajei sábado de manhã de um jeito e voltei agora, domingo à noite, de outro. Totalmente diferente. Para onde eu fui? Bem, fui para Aparecida. Mas a minha mudança não tem nada de religiosa. Por que eu fui? Porque a minha avó me pediu. Mas a minha mudança também não tem nada a ver com a minha avó. E nem com ninguém. Só comigo.

Ela, a mudança, também não foi programada e nem anunciada. Não estava achando que precisava mudar. Para melhor ou para pior? Não sei. Acho que nem um nem outro. Apenas mudei.

Enfim, só achei esquisitíssimo perceber que eu mudei. É uma sensação clara e, por isso, estranha. Nunca tinha sentido antes.

Pode ser que amanhã eu desmude de novo. Mas, pelo menos por enquanto, sou outra.

sábado, 26 de julho de 2008

Ivan Lins

Sempre digo por aí que a minha habilidade musical é quase nula. Sou uma anta para saber quem canta o quê. Grupos ou conjuntos - como diria a minha amiga Isabella - estrangeiros então... Ih... Confundo tudo.

Mas uma coisa me impressiona: quando é o Ivan Lins, eu não erro. Apenas sei. Oh cara mala... Lembro que quando eu era pequena e descobri que a Lucinha Lins, que fazia “Pluft – O Fantasminha”, era casada com ele, passei a achá-la antipática. É isso mesmo. Não gosto do Ivan Lins desde pequenininha.

Por quê? Sei lá. É assim, de graça. Não o conheço e ele nunca me fez nada, além de chatear os meus ouvidos. Mas somos incompatíveis. Dessas coisas inexplicáveis da vida...

Tudo nele me irrita do ritmo musical, ao sorriso blasé e as movimentações exageradas no piano. Ele tem um filho. Chama-se Cláudio Lins e fez uma novela do Manoel Carlos em que era par da Carla Marins. Mala. Tal pai, tal filho. Sobrenome Lins é pré-requisito para ser um homem chato, meloso, pegajoso, de voz meio desafinada e cara de bonzinho. Otário escrito na testa, manja?

Acabei. Só queria deixar aqui o meu ódio gratuito do Ivan Lins. Bobo, né? Para mim, não. Acreditem.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Uma Palhinha de Quem é Meu Pai

Falo do moço aqui o tempo todo e já dei várias pistas de quem ele é. Mas hoje quero deixar um típico relato de quem é Pedro Luiz Benevides e Maia.

Toda quarta janto lá, na casa dele. É dia de jogo, faz com que eu os veja, pelo menos, uma vez por semana, não tem comida na minha casa... Enfim, é um encontro com vantagens para todos os lados. Pois bem, anteontem, estive lá novamente. E, aí, ele comentou que iria ao médico (ainda as dores na lombar...) na minha rua no dia seguinte. Ele começou falando que iria almoçar na minha casa. Depois, disse que só ia me visitar. Em seguida, soltou que não queria atrapalhar e que estava brincando. Mas, dois minutos depois, perguntou de novo se havia algum problema ele ir. Continuou falando que só queria dar uma passadinha para ver a Lua. E isso invadiu a noite adentro. Com papai toda hora tocando no assunto e mudando de idéia.

- Não quero atrapalhar, hein.
- Não tem problema, pai.
- Talvez nem dê tempo. Se ele demorar para me atender como da outra vez, vai ficar apertado.
- Ok, pai. Me avisa.
- Mas aí, eu posso só dar uma entradinha. Vejo a Lua.
- Pode ir, pai.
- Mas eu não quero incomodar.
- Não vai incomodar, pai. Amanhã, aliás, é o melhor dia. É o dia da Rose. É o único que tem comida na hora.
- Ah, então, melhor. Vou sim, então.
- Combinado.
- Devo chegar lá para o meio-dia.
- Tudo bem.
- É muito cedo para você almoçar? Qualquer coisa, faço uma horinha.
- Não, pai. Tudo bem.
- Tem certeza? Você sabe que eu não gosto de atrapalhar.
- Tenho certeza, pai. Sem problemas.
- Olha lá, hein. Não quero me meter na vida de ninguém.
- Pai, você só vai almoçar na minha casa.
- Tá, de qualquer forma, eu te ligo antes. Vai que dá algum problema.
- Ok, pai.

De manhã, claro, toca o meu telefone:

- Oi. Sou eu. Ainda não estou indo, não. Calma. Era só para confirmar seu telefone. (?)
- É esse mesmo, pai.
- Estou aqui e devo ser atendido daqui a pouco. Se atrasar muito, te aviso.
- Não precisa, pai. É só vir quando acabar.
- Não, não. Eu te ligo.
- Ok, pai.

Ainda bem, não atrasou e ele só me ligou de novo para dizer que estava na porta:

- Eu espero. Se quiser trocar de roupa, alguma coisa, não tem problema, eu espero.
- Vou abrir, pai.

E, enfim, almoçamos.

Entenderam de onde vem o meu pavor em incomodar quem quer que seja? Olha, de onde eu vim!?

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Barbie

Fiquei tão feliz ontem...

As crianças da minha vila estão de férias. Que nem todas as outras crianças... Enfim, aí escuto os pestinhas brincando e se esgoelando o dia todo. Até hoje à tarde, essa não era uma situação agradável. Mas tudo mudou quando escutei da minha janela uma frase espontânea e sincera de uma das meninas:

- Vamos brincar de Barbie?

Fui invadida por uma sensação que misturou nostalgia, alívio e esperança. É que, de verdade mesmo, eu não achava mais que as crianças atuais ainda brincavam de Barbie. Juro. Acreditava piamente que isso era coisa do passado junto com os desenhos do Pica-Pau e do Tom & Jerry, junto com outros brinquedos como Pega-Varetas, Quebra-Gelo, Operação, Sr. Batata e etc etc etc. Achei que todo o Almanaque anos 80 tinha ficado para trás. E isso sempre me deixou triste.

Pode ser precipitado, mas ficava desanimada quando pensava nos meus filhos que ainda nem existem brincando só de vídeo-game, grudados na internet e vendo desenhos que eu não entendo.

Mas hoje quando ouvi a mocinha sugerindo a brincadeira vi que eu estava errada e que alguns brinquedos e brincadeiras da minha época ainda resistem. Fiquei na janela olhando. Não pensei em ser descoberta. Mas fui. Criança é fogo. Não é que ela percebeu que eu estava prestando atenção:

- O que você está olhando?
- Vocês brincarem.
- Por quê?

Nesse momento, fui invadida de novo, mas agora de uma preguiça animal de imaginar como eu ia explicar todo o meu momento poético para uma menina de uns 8 anos. Bom, acho que eu demorei tanto para responder, que ela resolveu falar de novo:

- Quer brincar com a gente?

Sem saber o que responder e um pouco pega de surpresa, saiu:

- Eu não tenho Barbie.
- A gente te empresta. Mas não pode ser a Barbie Praia e nem a Barbie Noiva. Você pode escolher entre a Camponesa e a Dominatrix?
- Dominatrix?
- É. É do meu irmão.

Na minha época, os meninos não brincavam de Barbie. Mas também não tinha a Barbie Dominatrix...

- Fico com a Camponesa.
- Então, desce.
- Tá, mas só um pouquinho. Tenho que voltar a trabalhar.

Fiquei com as meninas até as mães chamá-las para jantar. Dormi feliz.


Cantinho do Fluminense

Ai, tantas coisas... Adoro futebol. Muito melhor que filme de suspense. Há reviravoltas incríveis. O jogo – o 1º sem os Thiagos – parecia que ia ser um pequeno massacre dos vascaínos em cima da gente. Salvo, o Leandro Amaral que começou mostrando que é tricolor de coração ao perder um gol que nem eu perderia, o desenrolar da coisa estava triste. Mas no final, tudo mudou. Sai Maurício, entra Tartá. O ritmo muda. Vem Somália. E Washington estava num dia um pouco melhor. Empatamos, 3 x 3. Para quem estava tomando de 3 x 1, é um Sr. resultado, num jogo eletrizante como anuncia a Globo.com. Dodô. Bem, Dodô segue sem me impressionar...

Data do jogo :: 23.07.2008 :: 21h45
Local :: Maracanã :: Vi lá no Pedrinho mesmo. Mas sábado, eu vou.
Campeonato :: Brasileiro
Placar :: 3 x 3 (Flu x Vasco) :: Washington num lance afoito e confuso que deu certo; Washington de novo de pênalti. É, ele não errou!; e o garoto Tartá.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Alongamento

Tô com pressa. Vou falar rapidinho sobre aula de alongamento. De qualquer tipo, mas que inclua um professor. No masculino mesmo. No feminino, também seria desagradável, mas um pouco menos.

Seguinte, eu sou louca. Ok. Mas, além disso, tenho outro problema: encasqueto com as coisas. Acho que já mencionei. Pois bem, estava lá fazendo mais uma das minhas aulas com meu professor desinteressante e CASADO quando precisei fazer um exercício em que as minhas pernas ficavam completamente arreganhadas quase de cara para ele. E o quase aí foi bondade minha.

Na hora em que me vi naquela posição/situação, imediatamente me veio à cabeça a possibilidade de estar com um furo na calça no meio das pernas ou uma mancha ou uma linha descosturada... Enfim, fudeu! Não conseguia pensar em mais nada. E todas as novas posições a partir dali, foram tensas até que eu conseguisse checar a situação das minhas partes baixas (partes baixas serve para mulher também ou só para homem?).

Bom, estava tudo ok. Mas quem disse que consegui me desligar do tema daquele dia em diante.

E aí, sabe o que eu fiz? Parei de usar minhas calças antigas e comprei mais três novas, todas pretas. E só vou para a aula de calcinha também preta. Assim, deixo a minha mente tranqüila para poder respirar, me concentrar e essas outras baboseiras de aula de Pilates...

terça-feira, 22 de julho de 2008

Penélope Charmosa

Não vou falar da Penélope. Falarei de mim mesma. Como disse ontem, desde que descobri que os meus posts podem ser encontrados no Google, tento colocar uma coisa mais ‘comercial’ quando dá.

Quero falar de charme x beleza. Nunca fui a mais bonita do colégio. Era a Fernanda Cidade. Nunca fui a mais bonita da turma da faculdade. Era a Deca. Nunca fui a mais bonita do trabalho. Era a Thais. Nunca fui a mais bonita de nada, de lugar nenhum. Nem em casa, já que a minha querida irmã se ocupou do posto.

Mas... mas sempre ganhei no charme. E entendam charme como quiserem.

Talvez, a beleza seja mais útil quando se é mais nova. Dã. Sei que parece óbvio, mas estou me referindo a ‘mais nova’ mesmo, tipo até os 15 anos. É que até aí, nenhuma mulher é charmosa. É galinha, é piranha e etc. Quando as cabeças ficam mais evoluídas e os homens menos idiotas, a gente passa a ser vista como charmosa. Daí, ser mais útil ser a linda e pura antes só.

Lembro como se fosse hoje de dias torturantes na sala de aula quando entrava um inspetor com um buquê de flores para alguma das lindas. Nunca ganhei flores na escola, nem na faculdade, nem no trabalho (a não ser do meu marido e aí, não vale). E, pensando bem, não iria ficar nem um pouco confortável na situação. Odeio situações que me deixam constrangida e vermelha com pessoas me olhando. Acho péssimo. Mesmo. Mas não consigo esquecer o diabo das cenas das flores trazidas pelo inspetor, pela secretária e etc.

Mas o mundo é justo nesse aspecto. Costuma ser. E, freqüentemente, as lindas e puras se tornam as ‘sem sal’, ‘sem molho’, ‘sem pimenta’, o tempero que quiserem. Isso quando elas não ficam gordas. Acontece muito. Deve ser a urucubaca das outras.

Às vezes, alguém lá em cima se desliga e solta umas que eram lindas e, depois, ainda ficam charmosas. Uma espécie de bônus que, para mim, não deveria valer. A competição já é cruel com cada uma em seu lugar.

Enfim, meu ponto é: não estou dizendo que é melhor ser mais bonita ou ser mais charmosa, mas a gente usa o que tem não é mesmo?


Ps. importante: Me pediram para colocar foto de biquíni. Hahaha. Brigada pelo interesse, mas fica para a próxima...

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Praia para Bebês

Na verdade, eu ia colocar “Mico” no título. Mas, seguindo a linha de busca no google, achei que “Praia para Bebês” seria mais facilmente pescado. Deve ser, pelo menos. Porque ontem, domingo, parecia que só eu estava achando incrível a estrutura montada no Arpoador para bebês e crianças pequenas freqüentarem a sua própria praia.

O mundo está mesmo muito evoluído. Tem tudo quanto é brinquedo; piscinão na areia; carrinhos mil estacionados e enfileirados na calçada numa boa, dizem que ninguém rouba porque o cara da barraca olha (é, há flanelinha de carrinhos, mas é de graça. No máximo, uma água de coco para colocar na mamadeira das crianças); barracas com direito a algo relacionado à praia dos bebês escrito, não me lembro exatamente o quê; trocador e etc etc etc. Um parque montado no território mais livre que há, que possibilitou a pais e mães continuarem freqüentando a praia sem que os pentelhos quisessem ir embora rápido. Genial.

Uma coisa me impressionou. Tudo bem que era domingo, mas mesmo assim. É que não vi nenhuma babá no recinto. Não é incrível? O parquinho lá foi tão bem aceito pela sociedade de Ipanema que são os próprios pais e mães que tomam conta dos seus filhos com prazer. Ou seja, o negócio é realmente eficiente e prende a atenção dos pequenos a ponto dos pais acharem que são capazes de dispensar a folguista. Fiquei de boca aberta. Queixo caído.

Por que fui até lá? Tenho um afilhado que mora no Arpoador. E ele, com 1 ano e 7 meses, freqüenta a praia bem mais que eu. O point do garoto é lá. Tentei forçar a barra e levá-lo até a Vinicius, onde costumo ir, mas não teve jeito. Estávamos andando na calçada e, quando chegou a bebelândia, ele simplesmente parou me olhando como quem diz: ‘Chegamos’. Foi aí que levantei a cabeça e enxerguei o paraíso na areia.

Fui me adaptando aos poucos. Estava tentando descer com o carrinho numa mão e ele, na outra, quando rapidamente um rapaz devidamente uniformizado, com a mesma coisa escrita da barraca, me socorreu e me mostrou o estacionamento. Cheguei a exitar em deixar tudo ali, mas ele me garantiu que estava tudo bem. Confiei nele. Depois, me ofereceu a tal água de coco. Entendi que era uma forma de pagamento em ambiente infantil e aceitei. Ele mesmo pegou a mamadeira na bolsa do Arthur e a trouxe de volta cheia.

Descemos e, nesse momento, saquei que os brinquedinhos que eu havia trazido para ele brincar na areia eram totalmente inúteis diante daquilo ali. É como levar uma criança a Disney e oferecê-la a sua boneca ou o seu carrinho. ‘Não, brigada’. Fiquei preocupada em relação às outras crianças. Mas ele tinha amigos. De longa data, parecia. Rapidamente, se enturmou e, aparentemente, não precisava mais de mim. Pensei no que fazer. E me veio uma idéia.

Acompanhem: não tenho assim o corpo de uma garota de Ipanema. Ok, nunca deixei de ir à praia por isso (tá, deixei algumas vezes). Mas nunca pude sair serelepe, desfilando, achando que eu estava abalando. Aí, o que eu pensei: num ambiente de mães de recém-nascidos e crianças pequenas, eu devia estar bem, certo? Melhor ainda: todos ali iriam achar que eu era a mãe da criança. Ou seja, eu estava ótima! Tirei a roupa toda. Fiquei quase nua, ali naquele lugar família.

Minha felicidade durou pouco. Mães e mães de Ipanema são coisas bem diferentes. Foi passando o tempo e elas foram aparecendo, vindas do mar, para trocar com os pais. E elas é que estavam ótimas. Até as grávidas! Acreditem. Tinha uma lá com uns 8 meses, do segundo filho! E era só a barriga. Vaca... E eu achando que os pais não olhavam para mim em respeito aos pequenos. Nada. Estão muito bem servidos em casa.

Mas, por orgulho, continuei pelada e dando uma leve encolhida na barriga. Mas tudo começou a ficar meio sem graça. O paraíso estava virando inferno. E o Arpoador se transformava numa espécie de Posto 9. Achei que era hora de ir embora quando um dos rapazes uniformizados veio me chamar atenção porque eu estava sentada na cadeirinha das crianças, brincando com o Arthur. Micão. Senti os olhares das mais experientes.

Pegamos o carrinho e fomos embora. Ele que volte lá com a mãe dele.

domingo, 20 de julho de 2008

Dona Flor

E seus três maridos! A partir de agosto serei uma espécie de Dona Flor só que com três maridos. Todos europeus, importados da Terrinha.

O meu marido mesmo, né, que já está aí. Se apegou, fazer o quê? E mais dois primos dele portugueses que vão morar com a gente por um ano.

No início, fiquei um pouco apreensiva, depois, resolvi gostar da experiência. Gosto de casa cheia. De gente inteligente e divertida para conversar. Já conheço os dois. São ótimos. E muito mais educados que os brasileiros no aspecto de cuidar das coisas deles. Eles cozinham, lavam, passam, arrumam. Em Portugal não tem empregada e eles moram sozinhos. Bom, vamos ver como eles se comportarão por aqui.

Não acho que eles irão atrapalhar muito. Ok, teremos um pouco de falta de privacidade, mas acho que compensa com uma mexida na rotina. Gosto de qualquer mudança. Já falei isso aqui 300 vezes. Adoro dar uma sacudida no ambiente. Nesses tempos em que estou meio encolhida em casa porque trabalho aqui, vai ser ótimo ter mais barulho.

E, segundo o marido oficial, iremos viajar mais ainda para mostrar aos meninos as belezas do Brasil e sairemos mais. Pelo menos, eu, que ganhei a incumbência de levá-los para se divertir no Rio, já que essa é mais a minha. Ele vai levar a museus, parques, bibliotecas e outras coisas chatas. Eu levo para a praia, pra Lapa e por aí pela noite. Adorei essa combinação. Ganhei um passe livre e obrigatório para sair, do meu próprio marido. Não é genial? E com dois gajos bonitinhos do lado. Novinhos. Um tem 21, o outro 23. Minha irmã e quem quiser mais, podem se divertir e diverti-los à vontade. Faço gosto.

A parte ruim é que a minha viagem a Portugal que aconteceria em junho, depois em julho e depois em agosto, agora foi para setembro. Para dar um tempinho pros meninos se adaptarem uns dois meses aqui com a gente até poderem ficar sozinhos.

Bom, seremos uma família feliz. Eu, ele, Camila (que passa bem mais tempo do dia dela aqui do que em sua própria casa), os dois meninos que chamam Miguel e João e nossos mascotes Lua e Rex. Seremos quase a família Jolie-Pitt.

Cantinho do Fluminense

Para mim, já deu de Renatão. Não agüento mais jogar no desespero. O jogo foi ‘u óh’. Terrível, lento, chato para caceta com muito poucas ressalvas. O coitado do Thiago Silva é uma murália solitária. Thiago Neves é um guerreiro com gás até dizer chega. E só. Meu Conca Snoopy não apareceu muito. Dodô perdeu todas. E Washington... Washington é Washington. Faz presença. É simpático e, às vezes, acerta. Somália está chegando e tal. Mas, do fundo do coração, não sei o que será de nós sem os Thiagos...

Data do jogo :: 19.07.2008 :: 18h20
Local :: Maracanã :: Ninguém quis ir comigo...
Campeonato :: Brasileiro
Placar :: 1 x 0 (Flu x Figueirense) Quem? Ora, quem... Thiago Neves.



ps: E a Dercy, hein? Mórreu. Achei que eu não estaria viva para ouvir essa notícia. Valeu Dercy, você foi guerreira. Vai virar a santa protetora dos palavrões. Estamos precisando mesmo proteger a sacanagem que resta no mundo... sacanagem em seu sentido literal, por favor.

sábado, 19 de julho de 2008

Desastrada

Antes, respondendo à pergunta recebida por e-mail: ‘No seu dentista tem Playboy?’ Não, mas já falei que o jornaleiro é meu amigo. Aliás, deu ibope esse negócio de dentista. Que coisa, não? Às vezes, faço um esforço sobre-humano para tentar escrever algo que preste e passa em branco. Outras, deixo sair qualquer baboseira e minha caixa de e-mail lota. Me pediram até o telefone da minha dentista! E ah! também me avisaram que o comercial é da Colgate Total 12.

Agora, o tema do dia: Como é possível uma pessoa esbarrar em tudo? Estaria acabada se eu fosse cega. Sem desmerecer os cegos. (ficou esquisita essa frase, né? Mas não vou tentar consertar, senão vai piorar).

Bom, desde pequena. Sou cheia de roxos. Adoro tudo quanto é quina, beirada de cama, de mesa, maçaneta. Tropeço bem mais que uma pessoa normal. Fui estudante da PUC. E não podia usar aqueles saltos Ana Bela. Se as menininhas arrumadinhas e delicadas viravam o pé toda a hora com aquele troço, imagina eu?!

Às vezes, acho que não tenho noção da dimensão do meu corpo. Mais ou menos quando você pega o carro de outra pessoa para dirigir e se sente meio estranha até se adaptar com o tamanho e proporções do carro alheio. Então, estou freqüentemente com a sensação de que estou dirigindo o carro de outra pessoa. E displicente ainda por cima! Porque quando estamos nos adaptando, dirigimos com cuidado, olhamos mais o retrovisor e tal. Eu não. Saio desembestada por aí a bater em tudo. Ainda bem que, pelo menos nesse caso, os ossinhos que sofrem são meus.

Não sei se dói mais no ossinho da bacia, mãos, ombros ou o mindinho do pé. Acho que o mindinho, hein...

Sabia que quando eu tinha uns 15 anos fui proibida pela minha própria mãe de ir para o curso de inglês de bicicleta? É que saía meio atrasada e ainda passava por aquele percurso fatídico de colocar e tirar a bicicleta do elevador para chegar até a portaria. Resultado: roxos. Roxos freqüentes. Aí, minha mãe começou a achar que o negócio estava ficando preto... e proibiu. Juro por Deus. O que aconteceu? Eu tinha que ir a pé e era relativamente longe. Se eu já chegava atrasada de bicicleta... Saí do curso, óbvio.

Quase todas as minhas camisas de políticos, bancos e patrocinadores diversos têm um rasgo na manga. São blusas de ficar em casa, certo? E em casa é o lugar mais perigoso pra mim nesse tema ‘esbarrar em coisas’. Não perdôo nenhuma maçaneta. Aliás, elas é que não me perdoam. Tô passando, elas me seguram.

É isso. beijo de uma desequilibrada.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Comercial de Dentista

É, o negócio é meio nonsense, estou com dificuldades de passar minhas idéias para o papel. Mas é que foi um sentimento forte que eu senti que queria dividir.

Estava almoçando e vendo TV agora há pouco, quando entra um comercial que não sei bem se era de pasta de dente, de uma Oral B da vida, de um dentista específico ou de uma associação de dentistas. Bem, o fato é que a mocinha lá faz a seguinte pergunta:

- “Olá, quando foi a sua última limpeza?”

Tenho várias coisas a dizer. A primeira, e que bateu mais forte na hora, é que eu tinha acabado de vir do dentista e acabado de fazer uma... limpeza! Bom, não é assim uma coincidência daquelas que a gente acha que pode ser um sinal e vai mudar as nossas vidas, mas não deixa de ser, no mínimo, engraçado. Pelo menos para mim, que vivi a situação. Ri sozinha e respondi (também sozinha):

- “Agora há pouco!”

Fiquei um tempinho ainda me divertindo com o fato pitoresco (cara, sabia que eu não sei exatamente qual é a melhor hora de empregar ‘pitoresco’?). Mas, logo depois, o comercial já tinha acabado, mas, ainda assim, comecei a analisá-lo e achei a coisa toda meio antipática. Essa pergunta não é boa ‘Quando foi a sua última limpeza?’. Né? Não sei vocês, mas eu imaginei uma lavagem intestinal. Ainda mais com aquele cenário todo branco, frio, a mocinha vestida de médica.... Sei lá, impliquei com o negócio.

Tudo bem que eu nem lembro do que é o anúncio e não sei o que eles queriam com ele. Vai ver que é uma campanha para o brasileiro ir mais ao dentista e fazer mais limpezas. Mas, sei não, mesmo nesse caso, não me convenceria. Eu não iria registrar isso e pensar: ‘Olha, preciso de uma limpeza’.

Acho que o lance do dentista funciona mais no boca a boca, sem trocadilho. A minha (dentista) é super eficiente. Me manda um e-mail de seis em seis meses me avisando que a minha boca venceu e junto uma listinha das coisas escabrosas que podem acontecer com ela, caso não seja limpa. Funciona. É a mesma abordagem agressiva dos maços de cigarro com aquelas fotos assustadoras atrás.

Bom, para terminar esse troço todo meio sem sentido, vi a Playboy da Natália. E mesmo com aquela peitaria toda só uma coisa ficou na minha cabeça:

‘Que sobrenome escroto: Cassassola’.

Né, não? Beijo.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Não Gosto de Japonês

De nenhuma espécie. Homens japoneses não me atraem. A única vez em que considerei ir ao Japão foi quando o Fluminense ameaçou ir para lá também. E, o ponto principal, odeio comida japonesa.

Tá, eu sei que já disse isso há um tempo aqui, quando falei que eu era chata para comer. Mas quero dedicar um post inteiro à iguaria. Porque me atrapalha. Vive me atrapalhando. E é chato para caralho. Para se ter uma idéia do quanto eu odeio japonês, não consigo comer para me livrar das chatices que esse fato me causa.

Pensa bem, seria muito mais fácil eu engolir o troço a ter que ouvir e ouvir por aí tantos questionamentos, ensinamentos e experiências pessoais alheias. Se bem, que no ‘tema’ japonês todo mundo só tem uma experiência. Ninguém é original. É sempre aquela história de que ‘no início eu também não gostava, mas depois fui indo e hoje eu adoro!’. Foda-se! Isso pode ter acontecido comigo com cerveja. Japonês, não. Já tive meu início, a minha primeira, segunda, terceira... vez e não teve jeito. O negócio não desce.

Começa pelo cheiro. Acho bizarro. Talvez, a minha falta de interesse em conhecer o Japão seja porque no meu inconsciente o país inteiro tem aquele cheiro. Não entendo mesmo como alguém pode adorar uma comida que sai daquele futum. E alou! Os restaurantes japoneses estão entre os programas mais românticos que existem. Hã? Como alguém conquista alguém num lugar fedorento?????

Não sou dessas que tem nojinhos mil e que fica pensando em como a comida nos restaurantes são preparadas lá dentro da cozinha. Mas no japonês o moço fica ali na minha cara fazendo a comida que eu vou comer com o maozão! Sem nem uma luvinha. E não tem essa de que quando cozinha, as bactérias morrem. Porque não cozinha!

Aí, vêm aqueles pedaços de coisas enormes que precisam ser enfiados inteiros na boca. Na boa, jura que é romântico um casal tentando mastigar um trolhão de peixe cru? No meu imaginário, não é. Só fico com a boca cheia assim em uma determinada situação. E não tem ninguém me olhando de frente.

Pulei a parte dos palitinhos. Nem me darei o trabalho. Apesar de também achar estranho comer de palitinho ser encarado de uma forma tão elegante. Para mim, fica mais para pré-histórico.

E depois disso tudo aí, como pode eu ainda me importar por não gostar dessa merda? Pois é. Me importo. Sofro. Me sinto excluída, anormal. Fico triste mesmo por não fazer parte de um grupo tão bem-resolvido e acima de questões tão simplórias. Estou quase procurando um grupo de auto-ajuda. Deve ter. Tem de tudo nessa área. Deve haver um ‘Não Apreciadores de Japonês Anônimos’.

É isso. Meu nome é Adriana, tenho 27 anos, e não sou viciada em japonês.


Cantinho do Fluminense

Então, o time adversário era bom, tem fama, um técnico picão e tal... mas estávamos indo bem. Washington desencantou e tudo! Mas algo de muito estranho aconteceu no reino do 2º tempo.

Data do jogo :: 16.07.2008 :: 21h45
Local :: SP
Campeonato :: Brasileiro
Placar :: 3 x 1 (Palmeiras x Flu) :: Thiago Silva estava esquisito. Thiago Neves foi bem. Não senti a menor falta do Cícero e Dodô continua não me convencendo.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Submissão

Gente! Toni Sá saiu no Caderno Ela de sábado passado! Só vi hoje. Está aí a prova de quem duvida que eu leio jornal atrasado. Eu leio.

Bom, então, não sou submissa. Mas, todos nós, sei lá porque, às vezes, somos totalmente controlados por algo ou alguém, não somos? É incrível. Não dá para saber por que acontece, como acontece. Mas acontece. E obedecemos prontamente, sem pestanejar.

Estou falando sobre isso porque a vassoura da minha casa quebrou. Aí, Rose precisava de outra. Fui lá comprar. Voltei de vassoura nova. Azul, bonita.

- Essa não serve, Adriana.
- Por quê?
- Porque é mole. É ruim. Tem que ser de piaçaba.

Eu – Eu, Adriana - dei meia volta e fui de novo na rua comprar a vassoura que ela queria. Vê se pode?

E não foi a primeira vez, hein! Rose já fez eu voltar na Casa e Vídeo para trocar um pirex redondo por um quadrado. Segundo ela, para lasagna é muito melhor quadrado. “E com tampa, Adriana!”. Pensando bem, até faz sentindo... A tampa, nem tanto. Nunca vi uma lasagna que coubesse direitinho dentro do pirex, sem aquela cagadinha transbordante.

Faço tudo o que o meu afilhado – um pirralho de 1 ano e 7 meses – quer. E ele nem sabe falar! Mas obedeço, prontamente. Ele vai fazendo gestos e eu vou indo por eliminação até acertar. Se não, ele chora. E, se tem algo que ele sabe fazer bem, é chorar. Dá até orgulho da goela do menino.

Também sou pega de surpresa às vezes e obedeço por não ter tido tempo de entender a situação. Uma vez, eu estava na igreja (é, eu tava na igreja) e uma senhorinha simpática me mandou cortar um monte de papéis e eu cortei. Explicando: eu estava esperando para ser atendida para conseguir marcar o batizado do mesmo fofucho aí acima. Aí, a velhota, como quem não quer nada, me pediu para apanhar uma tesoura que estava numa mesa ao meu lado. Peguei e fui lá dar a ela. E aí, então:

- Ah, minha filha, você não quer cortar esses cartõezinhos enquanto espera, não?

Não respondi. Não precisou. E ela nem reparou. Me deu os cartões e voltou ao que estava fazendo. E eu cortei todos eles. Chegou a minha vez, mas ela viu que eu ainda trabalhava e disse que ia passar uma moça na minha frente enquanto eu terminava. E falou assim... como se estivesse me fazendo um favor.

É aquela história... Manda quem pode, obedece quem tem juízo (ou falta de atenção). Até.

terça-feira, 15 de julho de 2008

Autoconhecimento

Já disse aqui que simpatizo com a Martha Medeiros, não já? Já. Então, peguei uma passagem de um texto dela de uma coluna da Revista de um domingo aí qualquer e vou desenvolver minhas idéias hoje através disso.

“Quanto mais nos relacionamos com os outros, mais conhecemos a nós mesmos. E é uma boa surpresa descobrir que, afinal, gostamos de quem a gente é”.

Gosto muito, mas muito, mais de mim hoje em dia do que há, sei lá, mais ou menos 5 ou 6 anos atrás. De tudo. Fisicamente, emocionalmente... Mas, principalmente, corajosamente. Não sei se ficou claro. Acho que não. Mas vou explicar.

Nunca fui muito comum, normal. Sempre pensei um pouco diferente. Mas, demorou até eu poder ser eu. Por um milhão de motivos, mas o mais forte deles, sem dúvida, era falta de ‘taco’, de culhão mesmo. E acabava ‘seguindo’ a maioria, ‘agradando’ aos outros.

Claro que com a idade, a maturidade, a independência vai ficando bem mais fácil fazer o que se quer, mas, ainda assim, é preciso coragem. E essa coragem foi vindo naturalmente a mim na medida em que fui me relacionando mais verdadeiramente com outras pessoas. E veio mais ainda depois que eu comecei a escrever todos os dias. Para outras pessoas. O que não deixa de ser um relacionamento.

E, juro, foi mesmo uma ótima surpresa. Adoro escrever. Sempre gostei. Mas ter encontrado uma forma de escrever todo dia está sendo terapêutico. Me faz um bem incrível. E, além de estar me conhecendo mais, estou também gostando mais de mim.

Mas nada disso estaria acontecendo se eu não soubesse que há gente lendo. E é aí que entra o relacionamento. Saber que há cabeças, olhares, vidas, opiniões diferentes do outro lado me ‘escutando’ por curiosidade, por interesse, por livre e espontânea vontade fez com que eu acreditasse muito, mas muito mais, em mim.

Juro por tudo que é mais sagrado (nossa, cafona isso, né?) que eu sou outra depois disso aqui. Outra mais segura, mais confiante, mais corajosa ainda, mais... mulher, pra aproveitar a cafonice já inserida.

Enfim, eu preciso desesperadamente me relacionar com outros, o tempo inteiro. E sinto pena, do fundo do coração, de quem não gosta de pessoas.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Censura

Gente, olha só como as coisas são... Eu me censurei. Exatamente. Eu, quando fui escrever aqui ontem queria falar de outro assunto totalmente diferente do que o que falei. Tanto que saiu um negócio super frio, um fato que já aconteceu há tempos. Enfim, achei, senti que não fluiu como flui normalmente.

Esse incômodo (de não ter falado o que eu realmente queria), junto com uns três e-mails recebidos, me fizeram reconsiderar e tentar expor meu real desejo de ontem. Os e-mails me questionavam sobre a ‘crise dos 8 anos’ do meu marido. As pessoas queriam saber o que aconteceu depois do nosso diálogo desconfortável.

Olha, eu poderia falar aqui e nas respostas desses e-mails que não foi nada demais e tal, que eu exagerei, que quis fazer graça e que, na realidade, não é nada muito preocupante. Aliás, faço isso aqui com freqüência. Isso de exagerar os fatos para melhorar a piada.

Pois bem, dessa vez não. É real. A crise existe. Talvez, por isso eu tenha me censurado. Porque o assunto é sério. E fiquei travada de dividir com todo mundo. Não quis ser invadida. Ainda mais depois de ler a reportagem de capa da revista de Domingo. Leram? A 1ª blogueira lá que ficou famosa no Brasil? Então, eu com essa humildade que me é peculiar, cogitei a hipótese de um dia também ficar famosa e aí, isso de certa forma, também ajudou a esconder meus problemas e intimidades.

Um erro. Pelo menos, para mim e para o meu processo criativo. Não posso tentar me dirigir. Sou uma escritora rebelde, nesse aspecto. Não sigo roteiro, em contradição a minha profissão de roteirista.

Aos curiosos, é o seguinte: já disse que o moço me conhece e, mesmo em crise, ele sabe direitinho como me cutucar. Se bem que acho que, para qualquer mulher, ouvir de um homem que você não está dando conta do recado é péssimo, certo? Mulher falar isso é TPM, é cu doce, é a idade. Agora, homem falar isso ou é viadisse mesmo ou a coisa é séria.

No meu caso, ainda bem por mais estranho que possa soar, a coisa é séria. E mexeu. Claro que mexeu. Nunca tinha passado por isso antes. Não de cair na rotina e tal, mas de ser confrontada por isso, pelo sexo oposto. Já falei que a maioria dos meus relacionamentos antes dele foram meio na base da porrada, no sentido figurado, por favor. Eram relações nem um pouco calmas, partindo do princípio que eu já não sou uma pessoa muito calma. Bom, ele é. E com ele, as coisas sempre foram muito mais calmas.

E aí, o que fazer quando ele mesmo enjoa da própria ‘calmisse’?

Bom, temos que apimentar aí o negócio, certo? E, aos curiosos e, na verdade era disso que vem a seguir que eu queria ter falado ontem, resolvi voltar uns aninhos atrás e incorporar uma outra aí que costumava fazer sucesso na praça.

Após um período recluso considerável, saí vestida com todas as más intenções possíveis, dancei a noite inteira, bebi tudo o que havia pela frente, liberei geral e fui parar num motel muito do barato. Cheguei em casa às 9h da manhã de sapato na mão, maquiagem borrada, fechando o olho para o sol e com a cabeça explodindo. Já fiz muita coisa na vida, mas viver uma noite de devassa total com o meu próprio marido, foi a 1ª vez.

domingo, 13 de julho de 2008

Velhinhos

Desde que venho falando aqui da minha queda por velhinhos sem conotação sexual (pelo menos, quando eles já passaram, sei lá, dos 60. Se bem que o meu pai tem 55... Baixemos um pouco, então) tenho sido alertada de que eles também podem ser perigosos.

Bom, ainda bem, nunca fui vítima de um desses velhos babões e tarados. Acho que não faço o tipo deles. Já ouvi milhões de histórias, inclusive, de gente próxima, mas nunca passei pela experiência e isso, talvez, ajude a manter intacto o meu fraco.

Até hoje, choro vendo “Cocoon”. Qualquer um deles.

Acho mesmo a maioria fofa. Amo de paixão a minha avó. E ela nem é tão velhinha. Ainda sobe a trilha do Pão de Açúcar e tudo! (fomos num fim de semana aí e vovó bateu um bolão. Deixou mamãe no chinelo...).

Bom, mas quero contar um episódio com velhinhos (que já aconteceu há um tempinho, mas lembrei hoje de novo sei lá porquê) que me fez ser má. Me senti culpada.

Estava transcrevendo umas entrevistas para um trabalho. E eis que chega a hora de uma velhinha, bem velhinha, falar. Tadinha... É a velhinha mais surda que já vi, ou melhor, ouvi (oh, o trocadilho!). Tudo o que a menina perguntava, ela falava:

- É o quê?

E com um sotaque impagável. Vi e revi o negócio mil vezes. Rindo desesperadamente. Tipo com caixa de bombom. Você come um, se sente culpada. Mas não resiste e vai para o 2º, para o 3º. Assim fui eu vendo e revendo a velhinha surda.

Quando, enfim, consigo me concentrar e passar para o próximo é a vez de um velhinho historiador. Aí, lá pelas tantas, o senhorzinho me sai com a seguinte pérola:

- Foi aqui que os países (?) dos Estados Unidos se reuniram para declarar guerra ao Eixo na 2ª Guerra Municipal!

Aí, não agüentei de novo. Óbvio, que ele se confundiu. Devia estar nervoso. Nem percebeu que falou errado e a moça não teve coragem de corrigir. É das minhas...

Mas não consegui não contar para uma penca de gente a história da 2ª Guerra Municipal. O homem cagou a entrevista. Inutilizou o negócio. Mas compreendo totalmente a entrevistadora. Eu lá, não sei nem o que ia fazer na hora. Ia querer pegá-lo no colo.

Bom, é isso. Fui má com velhinhos por um dia. Mas longe deles. De cara com um, não dá. É impossível me ver judiar de cachorros ou velhinhos. Já crianças.... (tô brincando, hein. Não faço mal nem a uma mosca...)


Cantinho do Fluminense

Oh! Reação, hein. Ganhamos de virada do vice-líder. Já é alguma coisa. Mesmo que a gente não tenha aproveitado mais um pênalti. Decididamente, esse não é o nosso forte. Alô, Renatão! Fora isso, alguém aí já viu um jogo pela internet? Não recomendo. Muito pior que ver pela NET digital. Se aquilo ali é atraso, tem que ver como é na internet....

Data do jogo :: 12.07.2008 :: 18h20
Local :: Maracanã
Campeonato :: Brasileiro
Placar :: 2 x 1 (Flu x Vitória) Não enxerguei muita coisa... não dá para tecer comentários técnicos.

sábado, 12 de julho de 2008

Como Assim?

- Minha vida está um saco.
- Oi?

A primeira frase é minha e a segunda é dele, certo? ERRADO. Olhão arregalado. Não é? Como assim??? Essa frase é minha! E eu não estou nem um pouco preparada para lidar com ela saindo da boca de outra pessoa. Que coisa de mulherzinha. Ei, seja homem!

- Mas é você quem sempre fala que é para a gente falar tudo, não guardar nada.
- Isso só vale para mim. Qual foi a parte que você não entendeu?
- Eu quero falar.

E eu não quero ouvir! O que é isso, minha gente? Vê se pode, eu aturando crise de marido sincero. Engole esse negócio aí. Dá um jeito, se vira. Esse negócio de homem moderno que passa cremes e está mais sensível é só para ir no programa Contemporâneo do GNT. Na minha casa não. Que nem filho gay. Não tenho preconceito nenhum, mas ai do meu filho se vier com essa. Vai fazer balé lá na Suécia.

- A gente não faz nada.
- Querido, você nunca fez nada. Quem não faz mais nada sou eu.
- Está tudo muito parado, não está?
- Talvez você esteja enjoando de me ver todos os dias em casa.
- Queria sair mais com os meus amigos.
- Vá.
- Você vai ficar em casa?
- E eu tenho feito outra coisa?
- Não sei se é isso. Sou eu e você. Está estranho.
- Você está estranho mesmo.
- Você acha?
- Sim.
- Por quê?
- Como por quê? Você disse ‘minha vida está um saco’.
- A gente precisa se divertir mais.
- A gente acabou de viajar. Foi ótimo. E só tinha eu e você.
- Eu sei.
- Então.
- Mas sei lá.
- ...
- Eu disse sei lá.
- Eu ouvi, mas não sei o que dizer. O que você diria para mim?
- Que vai melhorar, que é só uma crise.
- Vai melhorar. É só uma crise.
- Soou falso.
- Não sei fazer isso.
- Tenta.
- Vem cá. (de braços abertos)
(ele foi!)
- Não. Sai.
- O que houve?
- Isso tá ridículo. Você está no meu ombro. Sua cabeça está abaixo da minha. Tá errado. Não estou confortável.
- Você é egoísta.
- Ai, que bom. Foi ótima essa. Estou melhor.
- Quem está em crise sou eu.
- Fiquei também.
- Por quê?
- Você me deixou perdida.
- Vai melhorar. É só uma crise. Vem cá.

Ufa...

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Problema de Patente

Não tenho a menor idéia da diferença entre um capitão e um coronel. Desconfio que o coronel seja mais importante. Só sei que o soldado é a ralé. Mas um tenente, por exemplo, onde fica? Não sei. Aliás, não sei nem se soldado, tenente, capitão e coronel fazem parte da mesma ‘família’.

Nunca soube. E a coisa vai além. Também não sei dizer para que serve a Polícia Militar em contraponto à Polícia Civil. O que uma faz que a outra não faz. Quem multa e quem não multa, essas coisas... Seriam informações úteis. Pelo menos, em filme, já vi gente argumentando que fulano da polícia tal não poderia entrar na casa sei lá de quem. Mesmo com mandado.

Ah! esse eu sei! Mandato é de político. Mandado é de prisão. Mas, provavelmente, só sei porque tive que decorar para alguma prova de português, onde não caiu patentes. Nem no vestibular caiu patentes. E já que sou menina, não precisei servir a ninguém. Pelo menos, a ninguém que use uniforme. Não que eu não fosse gostar, dependendo do caso. Tá aí! Nunca brinquei com um homem uniformizado. Se eu tivesse que escolher, elegeria a aeronáutica. Menos pelo uniforme e mais pelo cara ser piloto. É uma espécie de sonho antigo. Não dar para um piloto, mas ser uma. Já que não vai rolar, uma fantasia sexual com um já dava para ficar feliz.

Me enrolo toda vendo filmes de guerra. Fico mais perdida que cego em tiroteio e o... (caralho! Dessa vez quase que saiu o nome da pessoa. Que saco isso. Falo o nome de todo mundo... Tá ridículo, já.) Bom, ele... fica puto de ter que me explicar.

Nunca tive um militar na família. Ninguém do exército, marinha ou aeronáutica. Acho que militar serve para tudo isso aí, né!? Bom, eu podia muito bem ir ao google e tirar todas essas dúvidas, mas não tem coisas que simplesmente não interessam?! Pois é. Não tenho a menor curiosidade para saber quem é quem nesse caso. Agora me pergunta quem saiu na Caras essa semana? Sei tudo! Cada um com a sua inteligência...

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Senhas

Eu duvido que haja algum ser atualmente que saiba todas as suas senhas. Du-vi-do.

É impossível decorar todas as combinações que vamos fazendo pela vida para ter acesso desde nossas contas bancárias, passando por nossos e-mails até orkuts, blogs e por aí vai. E recomenda-se não escrevê-las. Bom, minha avó escreve todas e tem uma vida bem mais simples que a minha...

Bancos. Eles dificultam cada vez mais o processo. Antes, era ‘apenas’ uma senha de quatro dígitos. Agora, tem um código de letras que você precisa digitar após a senha; tem a senha da internet; a do disque Real; a do cartão de crédito... cada uma é uma. E ai de você se tentar repetir senhas, ele recusa. Datas comemorativas, ele recusa. Ele te conhece muito mais do que você imagina... E só te chama de ‘burra’ até a terceira vez. Depois, resolve te ignorar e ir embora porque tem mais o que fazer.

E dê graças a Deus se for só um ‘ele’. Porque há gente que tem conta em vários bancos. E nem sempre é por opção. Eu, por exemplo, uma época, fiquei com três! Um porque era o banco onde minha madrinha trabalhava e abriu uma conta para mim, quando eu cheirava a leite. Uma conta afetiva. Outro era porque eu tinha que receber o meu pagamento pelo banco ‘x’. Uma conta salário. E o terceiro porque a empresa decidiu trocar de banco para depositar o salário. Mas, a essa altura, eu já estava ‘envolvida’ com o tal banco ‘x’. Enfim, tinha, no mínimo, umas seis senhas só de bancos. Perdi a conta de quantas vezes fiquei sem tirar dinheiro porque esqueci algum código irritante.

Vocês precisam me ver no início do dia, ligando o computador. Digito tudo errado. Confundo e-mail 1, com e-mail 2, com orkut, com blog... minha capacidade de criar novas senhas com partes de outras é incrível.

Agora, as piores senhas e o real motivo da minha inspiração do dia: senhas que você não usa muito. Ou até que havia esquecido que tinha. Essas são malignas.

Entrei num site gringo aí para comprar um aparelho eletrônico. Já havia comprado nele antes há um tempo considerável. Eis que o ‘moço’ me pede meu login (Ah é! Têm os logins espalhados por aí, que também são coisas a serem lembradas) e minha senha. Branco total. Fui tentando minhas combinações mais freqüentes (só um parêntese estranho: uma delas é a data de aniversário de uma antiga paixonite. E ficou. Uso sempre. O menino nem sonha... mas eu acho engraçado toda vez que digito o aniversário dele). Bom, nenhuma delas funcionou. Testei de tudo. Vários logins com várias senhas e nada...

E aí... Terror dos terrores do mundo virtual: eu teria que me cadastrar de novo! Se há uma coisa mais insuportável do que o número absurdo de senhas é o número absurdo de informações que você precisa colocar em um cadastro virtual.

Desisti.

Cantinho um pouquinho mais animado

Afinal, um 3 x 0 é um 3 x 0. E simpatizo com o Somália. E mais ainda com o meu pai cantando sozinho: “Há hahá, Somália vai voltar!”.

Data do jogo :: 09.07.2008 :: 20h30
Local :: Maracanã
Campeonato :: Brasileiro
Placar :: 3 x 0 (Flu x Atlético Paranaense) Que se ferrou. Ficaram colocando piadinha de mau gosto no site deles e tomaram 3. Vão ficar marcados como os primeiros a perder do lanterna. Hahahaha.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Na Seca

Fiquei tão feliz ao parar de receber piadinhas sacaneando o Fluminense e passar a receber piadinhas sacaneando a Lei Seca. Receberam a da Brasília com o adesivo atrás?

Se o Lula pode dirigir Brasília bêbado, por que eu também não posso?

Hahahahaha... Confesso que a galera que sacaneia o Flu é mais criativa. Ainda assim, foi um alívio. Aí, achei meu assunto. Um assunto super na moda, super in, na boca do povo, literalmente.

Bom, o que posso falar dessa lei que está deixando os donos de bares mais pobres, os taxistas mais ricos e ele mais feliz? (Espírito de porco...)

Posso falar que ela está fazendo com que um nicho, até então, visto com preconceito, passe a ser considerado. E eu nem estou falando ainda dos amigos chatos que não bebem, estou falando do Personal Amigo!

Ele surgiu a bem pouco tempo em anúncios de jornais e notinhas, despertando compaixão e pena em nós, seres super descolados e amados. Eram para os solitários, os que não tinham com quem conversar. Pois bem, um personal amigo hoje em dia, com um devido acordo, pode ser um ótimo negócio e sair mais barato que o táxi de todo dia.

Gostaria de indicar um em especial. Chama-se Toni Sá e me foi indicado ontem à tarde. Toni dança, tem carro e avisa: o serviço é de acompanhamento, a amizade é conquistada, e isso é de graça! Oh! Queria deixar claro que, sim, estou me divertindo às custas de Toni, que não faz saídas de cunho sexual, mas acho mesmo muito válido os seus serviços. Não há hora mais oportuna. Vou parar por aqui com Toni e deixar que vocês tirem suas próprias conclusões ao entrarem no link abaixo. Seria demais não ser presa bêbada dirigindo, mas ser processada em casa por difamação. Toni, sou sua amiga. E isso é de graça!

http://www.tonisa.com.br

E, por fim - agora sim -, também é tempo dos malas e anti-sociais irem a forra e jogar na cara o quanto eles são importantes e necessários. O quanto eles são melhores e mais inteligentes ao conseguirem se divertir sem uma gota de álcool. O quanto eles são responsáveis, cidadãos e... chaaaatos! Mas um chato necessário, que nunca foi tão pertinente, é verdade.

Pois é. Eu tenho quase isso em casa. Chato seria exagero porque ele não sai muito para beber comigo mesmo, então, não incomoda. Mas quase não bebe. Ou, segundo ele, eu bebo tão rápido que não dá tempo de ver que ele bebeu. É uma hipótese. Mas que agora não me interessa mais. Prefiro que ele se mantenha sóbrio e puro. Ou que, pelo menos, vá me buscar. Para eu não ter que, sei lá, após 15 anos, ligar para o meu pai fazer o serviço sujo. Isso sim seria o fundo do poço, mais do que beber na Praça São Salvador e arredores.

Ah! Uma outra possibilidade é uma amiga grávida. Uma abstenha forçada costuma ser mais divertida que um abstenho natural. Talvez, valha mais à pena. Bom, foi dada a largada! Escolha o seu e volte para casa feliz! E bêbado!!!!

terça-feira, 8 de julho de 2008

Repeteco

Coloquei o título ‘Repeteco’ porque tenho quase certeza de que já usei ‘Tédio’. Mas é sobre tédio que quero falar. Não sei o que está acontecendo comigo, mas não durmo há noites. Sempre tive insônia eventualmente, mas tá foda. Não consigo mais dormir bem e não sei o que me incomoda.

Tem muito a ver com a história do mundo chato. Não só o mundo, mas a vida está chata. Eu falei que esse negócio de viver ‘em paz’, recatada e reclusa não ia dar certo por muito tempo... Ninguém me ouviu. Ficou todo mundo passando a mão na minha cabeça e falando ‘que bonitinho...’ Bonitinho é o caralho. Esse é o maior dos perigos. E, agora, estou aqui, batendo cabeça para lá e para cá.

Perdi o objetivo principal da minha alegria, o Fluminense. Ele aquietou-se. E me abandonou. Era ele que estava me mantendo ativa. Sem ele, não sobrou nada suficientemente empolgante para me fazer bater na cama e dormir, exausta e feliz.

Aí, fico no computador trabalhando. Não posso reclamar de trabalho. Aliás, posso. Meti tanto na cabeça que eu podia mostrar para todo mundo que eu era boa o bastante para me manter sozinha e sem um emprego fixo, que agora passo o dia todo ocupada com um monte de coisa chata para caceta. Adeus horário flexível, praia no meio da semana e ficar de pernas pro ar em plena, sei lá, quinta-feira. Estou cheia de prazos, telefones tocando, gente mala falando e reuniões insuportáveis. Se há algo na vida que defina tédio, chama-se reunião.

E tenho um problema seriíssimo. Um problema que vem da minha época de menina mimada. Sempre tenho que colocar a culpa em alguém. E esse alguém precisa estar perto para me ouvir reclamar. E esse alguém é... ele.

Porque foi ele quem mais me encheu os ouvidos para dizer que eu estava muito parada, muito devagar, brincando de trabalhar. Foi tudo meio falado na brincadeira e tal, mas conheço bem quem dorme do outro lado da minha cama.

E o pior é que não dá nem pra sair pra beber porque posso ser presa na volta. E ir beber a pé no meu bairro é muito fundo do poço. Beberei em casa.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

A Favorita

Viu? Viram? Estou muito antenada. Na revista de domingo saiu de novo uma matéria sobre o mundo auto-sustentável. E aí, um dos entrevistados faz até xixi num pinico para não gastar água! Não tenho mais nada a dizer...

Agora, vamos falar de novela. (Acabei de ler a Revista da TV. Lembra que sempre leio jornal atrasado...) Enfim, todo mundo diz que não vê e tal, mas sabe, pelo menos, que o nome da novela das 8h, que começa às 9h, é “A Favorita” e que as personagens principais são interpretadas pela Patrícia Pillar e pela Cláudia Raia. Não, elas não são um casal lésbico e acho que o autor – pasmem! - nem gay é. Sinal dos novos tempos encaretados. Autores de novelas agora são hetero. Onde nós vamos parar... Chama-se João Emanuel Carneiro e foi promovido ao horário nobre. É sua estréia na noite.

Bom, só que olha só: o ‘x’ da questão é saber qual das duas mulheres está mentindo. Uma delas assassinou o homem que elas amavam e pai da filha de uma que foi criada pela outra.

Agora, acompanha comigo: o cara coloca a Patrícia Pillar, loirinha de olhos azuis, boazinha, que fez a bóia fria Luana, a médica Cris do seriado que eu esqueci o nome, na vida real já teve até câncer de mama e foi a público falar do problema e é casada com o Ciro Gomes, que, aparentemente, não é tão filho da puta assim. Enfim, coloca essa Patrícia Pillar de um lado e a Cláudia Raia do outro, uma mulher meio machona, grandalhona, atrapalhada - engraçada, ok - , mas sem aquela cara de boazinha... Pera aí, ele acha mesmo que vai conseguir colocar na cabeça de alguém que a Donatela (Cláudia) é a santa e a Flora (Patrícia) é a assassina?!

Fora que a Flora (fora que a Flora... ruim, né?) ficou milênios na cadeia e agora está decidida a provar a sua inocência. Se ela fosse a assassina, ela ia mesmo se comportar dessa maneira e ia sair por aí tentando provar uma inocência falsa? Tá, até dava para esperar isso de uma Cláudia Raia, agora de uma Patrícia Pillar... ela não tem essa malícia, não adianta. É que nem colocar o Willen Dafoe (duende verde do Homem-Aranha) de Flora e um Tom Hanks (não precisa de exemplo) de Donatela.

Sei não... Esse moço pulou a aula de mocinhos e bandidos.

A não ser que ele queira chegar surpreendendo ao horário nobre. Aí, vai ser ridículo igual. Não vai convencer. Vai ficar meio forçado, todo mundo vai perceber que foi só uma jogada para chamar a atenção, o público de vovós e donas-de-casa vão ficar com raiva de ver a Patrícia Pillar de vilã, vão reclamar lá naqueles grupos de discussão e ele terá que trocar de novo a trama e botar a Patrícia Pillar em seu devido lugar. No fim, ele virá a público chorando dizendo que tentou fazer diferente, que queria surpreender e tal, mas não agüenta mais e grita:

- Eu sou gay!

Cantinho tristinho

Data do jogo :: 06.07.2008 :: 18h20
Local :: em Goiás
Campeonato :: Brasileiro
Placar :: 1 x 0 (Goiás x Flu)


Um último PS. – vi o Wagner Moura ontem na Marília Gabriela. Céus! Até o Capitão Nascimento é chato! Está fazendo “Hamlet” no teatro e muito envolvido com o “Ser ou não ser, eis a questão”. Aaaarg....

domingo, 6 de julho de 2008

Cuidado

Estou com insônia e um pouco mal-humorada, mas isso não tem a ver com o depoimento abaixo. Eu acho mesmo tudo isso:

Precisamos tomar muito cuidado para não nos tornarmos todos uns chatos. O mundo está encaretando a olhos vistos. Até eu estou mais careta. E, se o mundo está conseguindo me encaretar, a coisa está mesmo perigosa.

Sabe como eu cheguei a essa conclusão? Quando vi, pela primeira vez, o comercial da Hellmann’s DeLeite. Juro. Havia esquecido da existência da maionese. Por quê? Porque maionese é gordura pura e faz muito mal à saúde. Nos dias naturebas de hoje, ela é vilã. Do nível de uma Odete Hoitmann, ou de uma Nazaré para ficar mais atual.

Maionese estava na minha vida infantil na mesma intensidade que protetor solar não estava. Hoje, não lembro a última vez que comi maionese e passo protetor solar até para ir à padaria. Estão entendendo o poder da lavagem, sei lá se é cerebral, da coisa?

Continuando na maionese, tiveram que inventar uma maionese feita de leite - nas entrelinhas: sem a gordura do mal - para ressuscitarem a guloseima e não irem à falência.

O tema super na moda de empresas auto sustentáveis, atores e atrizes por aí a chamar atenção para o perigo do aquecimento global, o filme do Al Gore... e toda essa tralha de ‘Salve o Planeta’ - que já me pegou, contei aqui – também é mole, mole de transformar um monte de gente em eco chatos. Outro dia, fui na casa de um amigo e levei uma bronca porque joguei um palito de fósforo, depois de usado, fora.

Confesso que ainda não entendi muito bem a mecânica de reutilizar palitos de fósforos. Você espera o momento certo de ter que ascender várias coisas ao mesmo tempo e aí vai passando o foguinho de um pro outro??? Ou sei lá: guarda os usados e aí, quando quiser ascender o gás do banheiro, vai lá na cozinha ascender o palito gasto na chama do fogão e volta devagarzinho até o banheiro para não apagar (?) Enfim...

E, por último, uma polêmica! Adoro criar polêmicas e adoro, mais ainda, fechar com uma.

Li numa revista velha de Domingo, acho, que fumantes do mundo inteiro estão se unindo e criando grupos na internet em defesa ao direito de fumar.

Olha, não gosto de cigarro. Minha mãe fuma que nem uma chaminé e eu vivo brigando com ela. Não acho agradável levar baforadas na cara e, muito menos, beijar alguém com gosto de cigarro na boca. Mas... olha a polêmica! Estou com eles.

Veja bem, estou com eles porque estou meio de saco cheio de haver um modo certinho e ideal de se viver que todos precisam seguir. A cartilha do novo milênio. Não pode comer gordura, tudo dá câncer, tem que separar o lixo, usar papel reciclado, não usar desodorante spray, preferir carro a álcool ou até bicicleta, não jogar pilha em qualquer lugar... e usar o bendito do filtro solar.

Que coisa mala!

sábado, 5 de julho de 2008

Plantão de Notícias

A pedidos, não falarei de futebol. Até eu estou precisando dar uma descansada. Mas, como a minha vida ainda está meio abatida – é inevitável -, falarei da vida alheia.

Notícia quente: Angelina Jolie Dá Entrada Em Hospital Para Dar À Luz Gêmeos

Esses vão nascer na França. Até o fim da idade fértil, Angelina conseguirá ter um filho de cada país. Se bem que ela pode seguir adotando e fechar a volta ao mundo.

O casal Jolie-Pitt já tem quatro filhos. A idéia era engravidar a mamãe para completar o time de basquete. Mas aí vieram gêmeos! Está formado um time de volley. Mais uns três, quatro anos, Brad dá conta de um de futebol.

Há outras teorias. A da minha sócia Camila é muito boa. Para ela, eles têm um contrato firmado com a Benetton. A marca de roupas está há um tempo na geladeira de propósito e planeja um retorno triunfal com toda a família de Angelina e Brad na foto. Será a maior campanha de uma loja de todos os tempos.

Por isso, o casal mais famoso de astros de Hollywood nem precisa mais se preocupar em fazer filmes bons. O cofrinho já está garantido e aumenta mais a cada filho, numa inversão invejável das leis econômicas.

Quem não gostou muito foi a Rachel de “Friends” que foi chutada para escanteio e não tem nem um filhinho até hoje. Se Brad fosse mesmo de bom coração doava um para a moça. Tem filho lá que nem é dele...

Bom, a brincadeira toda aí, na verdade, tem um fundo de inveja e admiração. Acho Angelina sensacional. Aliás, os dois. Daria para qualquer um deles. E ainda são um exemplo de família e de profissionalismo. Estão de parabéns. É o casal de coelhos mais bonito do cinema.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Sabonete

Papai disse que isso acontece, que jogamos bonito, que a festa da torcida correu o mundo, que a cidade estava linda vestida com a camisa tricolor, que eu sou nova ainda e vou ver muita coisa pela frente e etc, etc, etc. No fim, me deu um abraço de pai.

Gostei também dos torcedores que foram lá apoiar o Fluminense. Derrotado, não. Diria, calado. Por enquanto. Vou me reerguer aos poucos que nem o próprio Flu. Aí, hoje só quero lançar um pensamento que veio à minha cabeça agora no banho:

Vê se alguém concorda comigo: Os sabonetes deveriam ter uma espécie de plástico - ou sei lá que material - no miolo para garantir que a gente conseguisse usá-lo até acabar. Ficou difícil de visualizar? É que quando chega num determinado ponto do sabonete é impossível continuar usando sem se irritar. E aí, isso acaba gerando um conflito: você fica com pena de jogar fora antes de acabar, mas vai ficando cada vez mais torturante tomar banho com aquele restinho de sabonete que escorrega toda hora. Até, claro, você chegar no seu limite, e jogar fora assim mesmo.

Mas olha quanto estresse poderia ser evitado?!


(Se ontem amanheceu nublado, hoje o Rio acordou chorando. mas vai passar...)

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Eu não acredito...

Essa era a única frase que a minha irmã conseguia falar na saída estranha e triste de um Maracanã com 80 mil pessoas mudas. As revoltas ou qualquer outro tipo de reação foram vindo bem aos poucos. Inclusive as minhas. Demorei um longo período andando a esmo sem objetivo pela vida.

Sabe quando um filho chega muito decepcionado para você por algum motivo e não há o que fazer, só sentir um aperto no coração do tamanho do mundo? Então, foi mais ou menos o que eu senti. E eu nem tenho filho. Mas foi exatamente assim que eu me senti. Não sei se eu era o filho decepcionado ou a mãe com o aperto no coração. Talvez, os dois. Senti o aperto por mim mesma.

O estado catatônico era tamanho que nem consegui pensar na dor do meu pai ou de qualquer outro. A minha já era suficiente e tomou conta.

Eu ainda não acredito. Não foi isso que eu planejei e eu realmente, nos últimos dias, estava acreditando na vitória. E jogamos bem. Fizemos quase tudo o que precisávamos. Vergonha não foi. Revolta, nem tanta. Teve lá o pênalti não marcado, mas também o impedimento deles que não havia, talvez a gente tenha diminuído o ritmo quando não devia... Mas como é que eu vou me revoltar com o Conca? Perdeu o pênalti, mas para mim foi o melhor jogador da Libertadores. E o Thiago Neves? O cara fez o 2º gol em Quito e mais 3! aqui. Perdeu o pênalti também, mas o goleiro foi meio filho da puta, o juiz também... Washington. Washington me ganha pela simpatia, pelo sorriso. Não consigo crucificar o Washington, mesmo que ele não tenha feito muita coisa e perdido, de novo, um gol de cara para a rede. Gosto do Fernando Henrique e há que se dizer que o nosso goleiro é um campeão. Talvez eu tenha sentido um pouco de raiva do Renato Gaúcho. Mas não dá para falar em culpa e responsabilizar o cara. Bem ou mal perdemos três cobranças de pênalti. Como assim?

Enfim, puta? Não. Triste. Só triste. A gente merecia. Nunca vi a cidade como ontem. Nunca vi o metrô como ontem. Nunca vi uma festa no Maracanã como ontem. Dava graças a Deus por ter nascido exatamente na época em que eu nasci, para estar com a idade que estou para presenciar com a cabeça e o coração que eu tenho hoje tudo aquilo.

E agora? Vou jogar tudo lixo? Acho que não. A noite não terminou como eu queria. A História não foi escrita como eu queria. Mas uma coisa eu preciso dizer:

Muito poucas coisas na vida já me mobilizaram tanto. Diria até que nenhuma. O tamanho da tensão, euforia... o tamanho da pulsação interna do meu corpo ontem foi inédito na História. Na história da minha vida. Não vou tirar a camisa. Ela não merece. Que nem eu não merecia.

E o dia segue nublado no Rio de Janeiro...

quarta-feira, 2 de julho de 2008

EU ACREDITO

Acredito em profecia,
em todos os tricolores que acreditam que está escrito
e em jogadores iluminados.

EU ACREDITO.

terça-feira, 1 de julho de 2008

Coluna Vertebral

Antes, um esclarecimento: me chamaram a atenção e vou me defender.

No segundo papo com o professor de Pilates que transcrevi aqui ontem, quando digo que havia mais uma coisa que eliminou de vez o meu interesse pelo rapaz, e termino falando que o que o fez perder pontos foi não ligar muito para o Fluminense, recebi e-mails me puxando a orelha perguntando assim?

‘- E o fato dele ser casado, também não eliminaria o interesse?’

Levando em consideração que eu também sou casada e que a maior parte do que falo aqui é de onda, não. Não eliminaria o interesse. Aliás - quer saber? -, em qualquer situação o fato dele não ligar para futebol e me perguntar se a final da Libertadores seria nas Laranjeiras é, sim, muito pior do que ele ser casado, ok?

Agora, coluna vertebral. Várias coisas me fizeram escrever sobre a coluna vertebral. Coisas não relacionadas, mas que fizeram parte da minha vida nos últimos dias:

Escrevi sobre o ossinho do fim dela ontem e achei que podia ser um gancho para hoje. Estava precisando de assunto. Sabe como é, né? Cabeça lá no Fluminense...

Bom, na minha viagem a Ibitipoca brinquei daquela brincadeira de achar formato de coisas nas nuvens. Mostrei aqui o peixe, mas não mostrei outra foto que era do formato de uma... coluna vertebral! Olha só:

Juro que lá, ao vivo, estava parecendo mais... Só para não esquecer de falar, pena que não dá para tirar foto de céu estrelado. Caceta! O céu de lá é foda.

Continuando na coluna, chegou aos meus ouvidos, uma overdose de gente com problema na lombar (que acho que nem faz mais parte da coluna vertebral, mas passa vai...). A primeira foi minha cunhada, a irmã dele. Depois, ele mesmo, o próprio. A família é meio estragada... Depois, uma amiga. Todo mundo novo, hein! Média de idade dos três aí dá 35, 37 anos. Logo depois, meu pai. Num solavanco fenomenal no último jogo importante do Flu. Travou tudo. Ainda está se recuperando para dar outro novo jeito amanhã. E, por último, soube do namorado de uma amiga. Porra! Cinco pessoas com a lombar ferrada na mesma semana! Gente esquisita...

E é isso. Como falei ali acima, não estou conseguindo me concentrar em nada. Até.

1 diazinho só...

Dale, dale, dale Nense! Dale, dale, dale Nense. Dale, dale, dale Nense... Seremos campeões.

“Aqueles que não acreditam no título... Por favor, nem vá ao Maracanã”. Bom, estarei lá.