terça-feira, 15 de julho de 2008

Autoconhecimento

Já disse aqui que simpatizo com a Martha Medeiros, não já? Já. Então, peguei uma passagem de um texto dela de uma coluna da Revista de um domingo aí qualquer e vou desenvolver minhas idéias hoje através disso.

“Quanto mais nos relacionamos com os outros, mais conhecemos a nós mesmos. E é uma boa surpresa descobrir que, afinal, gostamos de quem a gente é”.

Gosto muito, mas muito, mais de mim hoje em dia do que há, sei lá, mais ou menos 5 ou 6 anos atrás. De tudo. Fisicamente, emocionalmente... Mas, principalmente, corajosamente. Não sei se ficou claro. Acho que não. Mas vou explicar.

Nunca fui muito comum, normal. Sempre pensei um pouco diferente. Mas, demorou até eu poder ser eu. Por um milhão de motivos, mas o mais forte deles, sem dúvida, era falta de ‘taco’, de culhão mesmo. E acabava ‘seguindo’ a maioria, ‘agradando’ aos outros.

Claro que com a idade, a maturidade, a independência vai ficando bem mais fácil fazer o que se quer, mas, ainda assim, é preciso coragem. E essa coragem foi vindo naturalmente a mim na medida em que fui me relacionando mais verdadeiramente com outras pessoas. E veio mais ainda depois que eu comecei a escrever todos os dias. Para outras pessoas. O que não deixa de ser um relacionamento.

E, juro, foi mesmo uma ótima surpresa. Adoro escrever. Sempre gostei. Mas ter encontrado uma forma de escrever todo dia está sendo terapêutico. Me faz um bem incrível. E, além de estar me conhecendo mais, estou também gostando mais de mim.

Mas nada disso estaria acontecendo se eu não soubesse que há gente lendo. E é aí que entra o relacionamento. Saber que há cabeças, olhares, vidas, opiniões diferentes do outro lado me ‘escutando’ por curiosidade, por interesse, por livre e espontânea vontade fez com que eu acreditasse muito, mas muito mais, em mim.

Juro por tudo que é mais sagrado (nossa, cafona isso, né?) que eu sou outra depois disso aqui. Outra mais segura, mais confiante, mais corajosa ainda, mais... mulher, pra aproveitar a cafonice já inserida.

Enfim, eu preciso desesperadamente me relacionar com outros, o tempo inteiro. E sinto pena, do fundo do coração, de quem não gosta de pessoas.

Um comentário:

Paula disse...

eeeee...eu sou um dos olhares, cabeças e opiniões diários! A-do-ro! beijo!