sábado, 19 de julho de 2008

Desastrada

Antes, respondendo à pergunta recebida por e-mail: ‘No seu dentista tem Playboy?’ Não, mas já falei que o jornaleiro é meu amigo. Aliás, deu ibope esse negócio de dentista. Que coisa, não? Às vezes, faço um esforço sobre-humano para tentar escrever algo que preste e passa em branco. Outras, deixo sair qualquer baboseira e minha caixa de e-mail lota. Me pediram até o telefone da minha dentista! E ah! também me avisaram que o comercial é da Colgate Total 12.

Agora, o tema do dia: Como é possível uma pessoa esbarrar em tudo? Estaria acabada se eu fosse cega. Sem desmerecer os cegos. (ficou esquisita essa frase, né? Mas não vou tentar consertar, senão vai piorar).

Bom, desde pequena. Sou cheia de roxos. Adoro tudo quanto é quina, beirada de cama, de mesa, maçaneta. Tropeço bem mais que uma pessoa normal. Fui estudante da PUC. E não podia usar aqueles saltos Ana Bela. Se as menininhas arrumadinhas e delicadas viravam o pé toda a hora com aquele troço, imagina eu?!

Às vezes, acho que não tenho noção da dimensão do meu corpo. Mais ou menos quando você pega o carro de outra pessoa para dirigir e se sente meio estranha até se adaptar com o tamanho e proporções do carro alheio. Então, estou freqüentemente com a sensação de que estou dirigindo o carro de outra pessoa. E displicente ainda por cima! Porque quando estamos nos adaptando, dirigimos com cuidado, olhamos mais o retrovisor e tal. Eu não. Saio desembestada por aí a bater em tudo. Ainda bem que, pelo menos nesse caso, os ossinhos que sofrem são meus.

Não sei se dói mais no ossinho da bacia, mãos, ombros ou o mindinho do pé. Acho que o mindinho, hein...

Sabia que quando eu tinha uns 15 anos fui proibida pela minha própria mãe de ir para o curso de inglês de bicicleta? É que saía meio atrasada e ainda passava por aquele percurso fatídico de colocar e tirar a bicicleta do elevador para chegar até a portaria. Resultado: roxos. Roxos freqüentes. Aí, minha mãe começou a achar que o negócio estava ficando preto... e proibiu. Juro por Deus. O que aconteceu? Eu tinha que ir a pé e era relativamente longe. Se eu já chegava atrasada de bicicleta... Saí do curso, óbvio.

Quase todas as minhas camisas de políticos, bancos e patrocinadores diversos têm um rasgo na manga. São blusas de ficar em casa, certo? E em casa é o lugar mais perigoso pra mim nesse tema ‘esbarrar em coisas’. Não perdôo nenhuma maçaneta. Aliás, elas é que não me perdoam. Tô passando, elas me seguram.

É isso. beijo de uma desequilibrada.

2 comentários:

Paula disse...

lendo alguns textos de janeiro (de vez em quando volto em alguns meses para reler...) descobri que o nome DELE está escrito por lá...não conto o texto, vai ter que procurar...

Adriana disse...

uau! você lê e relê meus textos!
thanks!!!!!
diz aí, please. pela felicidade do grupo!