sexta-feira, 25 de julho de 2008

Uma Palhinha de Quem é Meu Pai

Falo do moço aqui o tempo todo e já dei várias pistas de quem ele é. Mas hoje quero deixar um típico relato de quem é Pedro Luiz Benevides e Maia.

Toda quarta janto lá, na casa dele. É dia de jogo, faz com que eu os veja, pelo menos, uma vez por semana, não tem comida na minha casa... Enfim, é um encontro com vantagens para todos os lados. Pois bem, anteontem, estive lá novamente. E, aí, ele comentou que iria ao médico (ainda as dores na lombar...) na minha rua no dia seguinte. Ele começou falando que iria almoçar na minha casa. Depois, disse que só ia me visitar. Em seguida, soltou que não queria atrapalhar e que estava brincando. Mas, dois minutos depois, perguntou de novo se havia algum problema ele ir. Continuou falando que só queria dar uma passadinha para ver a Lua. E isso invadiu a noite adentro. Com papai toda hora tocando no assunto e mudando de idéia.

- Não quero atrapalhar, hein.
- Não tem problema, pai.
- Talvez nem dê tempo. Se ele demorar para me atender como da outra vez, vai ficar apertado.
- Ok, pai. Me avisa.
- Mas aí, eu posso só dar uma entradinha. Vejo a Lua.
- Pode ir, pai.
- Mas eu não quero incomodar.
- Não vai incomodar, pai. Amanhã, aliás, é o melhor dia. É o dia da Rose. É o único que tem comida na hora.
- Ah, então, melhor. Vou sim, então.
- Combinado.
- Devo chegar lá para o meio-dia.
- Tudo bem.
- É muito cedo para você almoçar? Qualquer coisa, faço uma horinha.
- Não, pai. Tudo bem.
- Tem certeza? Você sabe que eu não gosto de atrapalhar.
- Tenho certeza, pai. Sem problemas.
- Olha lá, hein. Não quero me meter na vida de ninguém.
- Pai, você só vai almoçar na minha casa.
- Tá, de qualquer forma, eu te ligo antes. Vai que dá algum problema.
- Ok, pai.

De manhã, claro, toca o meu telefone:

- Oi. Sou eu. Ainda não estou indo, não. Calma. Era só para confirmar seu telefone. (?)
- É esse mesmo, pai.
- Estou aqui e devo ser atendido daqui a pouco. Se atrasar muito, te aviso.
- Não precisa, pai. É só vir quando acabar.
- Não, não. Eu te ligo.
- Ok, pai.

Ainda bem, não atrasou e ele só me ligou de novo para dizer que estava na porta:

- Eu espero. Se quiser trocar de roupa, alguma coisa, não tem problema, eu espero.
- Vou abrir, pai.

E, enfim, almoçamos.

Entenderam de onde vem o meu pavor em incomodar quem quer que seja? Olha, de onde eu vim!?

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