sexta-feira, 28 de março de 2008

Exposições

Há uma coisa que eu costumo gostar menos que teatro: exposições. E com exposições, vou ser sincera, nem tento. Contemporânea, então, hum...

Primeiro de tudo: por que é que sempre cismam com o objeto vaso sanitário e afins? Sempre tem alguma instalação (outro nome que me irrita) que usa o vaso. Freqüentemente, de cabeça para baixo. Alguém precisa avisar a esses ‘artistas’ que isso não é mais original. Se é que foi um dia...

Bom, estava lendo jornal e uma imagem de algo parecido com o tal do vaso me parou e aí, fui ler a notícia: a Tate Gallery, que promove o mais importante prêmio das artes plásticas no Reino Unido, promove uma exposição que homenageia um movimento relacionado ao desconforto com um conflito (profundo, não?): o dadaísmo. O conflito era a 1ª Guerra Mundial. E o desconforto era o que os artistas de diversos países da Europa e dos Estados Unidos enxergaram como um conformismo da sociedade diante da lógica capitalista e dos interesses colonialistas tão fundamentais para a quebra da paz (ai, tô cansada já... muito difícil isso...)

Enfim, adivinha qual é um dos marcos do movimento? Uma peça chamada “Fonte”, uma das obras mais polêmicas e simbólicas do dadaísmo. Nada mais, nada menos que um mictório. E nem de cabeça pra baixo está...

Lendo mais, descubro que a peça é do francês Marcel Duchamp, quem inventou o conceito de arte-pronta, usando objetos simplórios, como um urinol! Vem cá, muito do preguiçoso esse francês, não é não? Que merda é essa de ‘conceito de arte-pronta’? E pior são os otários que caíram nessa historinha.

Não vou nem falar de quem continua pagando para ver a tal arte simplória... Mas não acaba aí. Para a minha surpresa, a obra de 1917, até hoje, desperta acalorados debates sobre seu valor artístico. Tentem imaginar uma penca de intelectuais discutindo a cerca do valor artístico de um mictório! Messie Duchamp deve rolar de rir no caixão.

Veja bem, se o moço não se divertiu muito em vida: o francês tinha prazer em confundir a todos quando convocado a explicar sua filosofia, especialmente por conta de sua mania de usar frases desconexas e neologismos. Irritava críticos e colegas. E gargalhava pra valer...

Para terminar e tacar um balde de água fria nos atuais artistas pós-modernos, um recadinho: Duchamp e mais dois ou três importantes artistas da época torciam o nariz para padrões estéticos. Então, galera, chega de vaso! Vamos parar de seguir padrões, ok!?

Nenhum comentário: