- Tia Dri, eu engoli um caroço de Tangerina. Será que vai nascer uma tangerineira em mim?
- Acho que não.
- Se nascer, ela vai sair pela boca, pelo nariz ou pelos ouvidos?
(pausa)
Resposta pensada: pelo cu.
Assunto delicado. É perigoso falar de crianças. Há sempre o risco eminente ou iminente – assumo, não sei a diferença neste momento – de alguém se magoar. Falar mal do filho dos outros faz qualquer pai ou mãe virar bicho. Por isso, não citarei que pentelho ou pentelha travou o diálogo acima comigo. Mas é um pentelho encravado.
Não tenho com crianças o que tenho com velhinhos, por exemplo. Velhinhos conseguem o que querem de mim. Sinto pena e compaixão imediatas. Mas crianças, nem todas. Crianças remelentas, melequentas, sujas não são bonitinhas aos meus olhos. Minha mãe diz que quando eu tiver o meu, não vou me importar. Tomara.
Mas há muitas crianças mal educadas por aí. E elas têm habilidades incríveis como falar palavras como ‘tangerineira’. Pensa bem. Essa criança não é uma dissimulada? Ela consegue falar tangerineira!? A peste é inteligente e vai arranjar algum jeito de te infernizar a vida.
Essa peste específica não é nem de longe bonitinha. E passou longe do fofa. Tem um olhar ameaçador, sabe?
A essa altura já deve haver um pelotão me censurando. Pensando: ‘como pode, ela falar assim de uma criança?’ Meu Deus!
Por que todas as crianças do mundo têm que ser imaculadas? Por que temos que partir do pré-suposto que eles todos são pequenos anjinhos? Não podem existir diabinhos? Gente que nasce meio podre já? Nem estou falando que a culpa é sempre dos pais. Não estou julgando a educação que ninguém dá a seus rebentos. Só estou defendendo um ponto: nem todas as crianças são dignas de confiança.
Pronto, falei.
5 para o 1º e 12 para o 2º.
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3 comentários:
Também podem existir velhinhos babacas, afinal, a criança babaca vai virar velho um dia. Nem todo velhinho é legal....... abre o olho com eles.
concordo com o post e com o comentario..adoro velhinhos, mas tenho consciencia que eles foram crianças safadas um dia.
Prefiro as crianças pois têm tempo suficiente para transformar diabinhos em anjinhos
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