domingo, 18 de maio de 2008

De Queixo Caído

Gente! Esqueci de contar uma coisa aqui que também aconteceu na tal viagem a Tiradentes. (tá rendendo, né...) Mas vale à pena. Pelo menos, para mim. Não posso deixar de registrar. Quando aconteceu, pensei na hora que eu queria escrever. Ameacei pegar folhas de guardanapo e esboçar alguma coisa para não esquecer depois. Mas meu teor alcoólico não deixou que eu enxergasse direito nem as letras que saíam da minha mão.

Bom, foi na primeira noite de viagem. Vínhamos de uma experiência ruim gastronomicamente no almoço. Estávamos famintos e fomos num restaurante indicado por um amigo de um dos casais que estavam com a gente. (Essa coisa de indicação é algo muito perigoso. Tanto para quem indica, quanto para quem recebe a indicação...). Bom, chegamos no local. O lugar era bonitinho, agradável. Tava friozinho. Parecia que não havia erro, sabe?

Mas devíamos ter prestado atenção aos sinais. Eles estão sempre lá. Nós é que não notamos. Ou fingimos que não notamos...

Bom, primeiro sinal: havia uma mesa monstra, com, sei lá, 20 pessoas. Sinal de que teríamos problemas no tempo de atendimento. Tivemos.

Segundo sinal: havia só um garçom que, como previsto, demorou eternidades (juro, 40 minutos!) para trazer a entrada. Ao ponto de um de nós ter tido que levantar e ir buscar o cesto de pão na cozinha!

Terceiro sinal: só havia dois tipos de vinho na casa. Esse nem me incomodou muito. Mas para os rapazes foi algo muito esquisito num restaurante em que os pratos custam uma média de R$ 90,00. Fizeram unidunitê.

Quarto... não era mais sinal, passou a ficar bizarro. E a fome, negra. E já estávamos lá há mais de uma hora. Os meninos já tinham ido buscar o carro no estacionamento porque, se não, ia fechar. O único garçom já havia trazido as taças de vinho. Uma coisa meio mesclada. Cada um tinha uma de um tipo. Podia ser estilo. Mas, acreditem, não era. Os pratos eram de modelos e estampas aleatórias também. E, alguns, lascados. De novo, num lugar em que a comida custava caro. Nosso fondue, pedido há milênios, valia R$ 98,00.

A essa altura, me pergunto, o que diabos ainda estávamos fazendo ali? Era a fome. Tínhamos esperança da comida ser boa. Estávamos cansados. Já era muito tarde. Quase 2h da manhã.

Chegou a comida. O fondue de queijo era uma espécie de água com queijo ralado, nem ficava no pão. Consistência zero! Quando reclamamos, a ‘cozinheira’, dona do estabelecimento veio à mesa dizer que havia feito curso na França. E que, nós, devíamos estar acostumados a comer fondue de muzzarela. Isso tudo quase esfregando a água de queijo ralado na nossa cara. Inacreditável! Não dava para crer no circo todo armado.

Mas agora é que vem o ‘de queixo caído’. Até aí, quase todos nós já tínhamos resmungado, reclamado, dito entre nós que era um absurdo e tal. O outro lá levantou para ir pegar o pão na cozinha... Mas ELE, ele estava quieto, calado, mudo. Não se manifestou nenhum só momento. Na dele. Até aí, eu estava achando normal. Ele é calmo. Sempre mantém o equilíbrio. Nunca se altera. Controla qualquer situação. É o sensato em todos os grupos. Todos os lugares.

Eis que, ele se levanta, engrossa a voz e diz tudo na cara da Dona lá sem noção. Tudo o que queríamos dizer. Acabou com a moça. Com classe, que isso o moço tem. Mas vi reação. Vi um olhar mais quente. Ele levantou! Precisou ser levado para fora pelos outros dois. Me deixou de olho arregalado, completamente desnorteada. Eu, que antes estava quase voando no pescoço da mulher, fiquei pianinho. Falando baixo. De queixo caído...

Meu amor, você foi incrível. Aí, bate um coração!

Nem preciso contar, que o resto da noite no quarto da pousada mineira também foi incrível, né!?

Cantinho do Fluminense

Então, segundo jogo do Brasileiro e as coisas começam a ficar estranhas. De novo, time reserva. E desta vez, tomamos dois. Assim, Renato Gaúcho, a gente fica sem Estadual, sem Libertadores e sem Brasileiro. Estou tensa. Nem vi o jogo. Esqueci, vê se pode...

Data do jogo :: 18.05.2008 :: 16h
Local :: Nem sei, não vi.
Campeonato :: Brasileiro, 2º jogo do Flu.
Placar :: 2 x 0 (Náutico x Fluminense)

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