sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Espaço de Cinema - Os Normais 2

Pra não perder o hábito criado há pouco, vamos à mais uma crítica de filme. Falemos (odeio certas conjugações de verbos...) de "Os Normais 2".

Olha, não lembrava muito bem do 1 até assistir a algumas partes há pouco tempo no GNT, acho. Aí, me voltou tudinho à memória. A história lá dos dois casamentos simultâneos entre Rui e (Marisa Orth) e (Evandro Mesquita) e Vani. O primeiro filme conta como Rui e Vani se conheceram. Bom, dito isto, que não servirá para absolutamente nada, já que o segundo filme não é uma continuação do original, vamos a sequência (que não é sequência então oras...).

Chama "Os Normais 2 - A Noite mais Maluca de Todas". E é bem mais primo da série de TV do que o filme lá de 2003. Talvez por isso sirva pra alguma coisa eu ter mencionado o primogênito. E é bem mais legal! Este segundo, digo. Parece mesmo que estamos diante de novo de Os Normais e sem aquela crítica nada construtiva de que o filme tem cara de episódio de TV. Se o troço é inspirado numa série de televisão, vai ter cara de quê, cacete!? Aí, vêm os chatos falando de linguagem televisiva e cinematográfica e blá, blá, blá. Caguei. Pra mim é: gostei ou não gostei. Já o porquê às vezes é claro, às vezes não. Mas não dou muita atenção a isso.

Sem se prender muito ao 'porquê', mas apenas divagando sobre o que lembro de ter achado legal, o texto é muito bom. Nem sei muito se o roteiro é. A história em si como um todo está até redondinha, mas não é assim uma Brastemp. E nem sempre precisa ser, dependendo de que intuito se tem. Mas texto é texto. Não estranhar coisas, frases, palavras saindo da boca dos personagens é quase um orgasmo. Está tudo natural. Sem doer o ouvido, sem vergoinha alheia, sem uma virada de cabeça duvidosa ou um fechar de lábios esboçando certo constrangimento. Tudo - ou muito quase tudo - o que Rui, Vani, Danielle Winits, Drica Moraes, Cláudia Raia, Daniel Dantas, Alinne Moraes e (devo estar esquecendo alguém) falam é perfeitamente verossímel, muitas vezes genuinamente engraçado e nunca forçado ou exagerado para o mal.

Tá. Dani Suzuki tá estranha. E não dá pra saber se foi o texto que estragou ela ou ela que estragou o texto. (sei que 'estragou ela' está errado, mas me recuso a escrever 'a estragou') Mas tenho grandes suspeitas de que a segunda opção é a mais verídica. Tadinha, se destacou como fraquinha, fraquinha perto do resto do bando que está muitíssimo bem. Mas eu não sou daquelas que acham que uma maçã podre fode o cesto inteiro. Dá pra passar batido pela falta de talento dramático da japinha simpática. É, eu acho ela uma graça. Vou super com a cara da moça. Gosto dela em Tribos. Vi umas chamadas para um programa novo no Multishow que ela tá fazendo, também curti. Mas como atriz de cinema não ficou bom, Dani. Seu lado kick e seu lado boxing saíram forçados, forçados... (referência pra entender após verem o filme).

A história, só pra constar, já que estou chamando isso aqui de crítica, é que Vani, diante de uma vida sexual arrastada devido ao longo tempo de relacionamento, decide abrir a guarda para Rui e mais alguém junto. Uma terceira pessoa. No caso, uma mulher. Aliás, fico puta com esse negócio de, ao se referirem a um ménage à trois, os homens sempre acham que é automático o fato do terceiro elemento ser no feminino. Por quê!? Se bem que, pensando bem, se a idéia é todo mundo se divertir com todo mundo, concordo que não ficaria bacana na vez do homem com homem. Mulher com mulher ainda vai... Até eu acho. Enfim, após essa defesa contra o meu próprio argumento inicial, voltemos (a conjugação de novo...) ao filme:

O karaoquê do começo ficou muito bom! Apesar deu ter me assustado com um nariz enoooorme de Luiz Fernando Guimarães. A qualidade técnica, aqueles lances de luz, fotografia, som etc, ficaram bons o suficiente para não chamarem a minha atenção.

E só para não dizer que amei tudo, tiraria a parte da Preguiça, com letra maiúscula mesmo, tô falando do bicho. Destoou do tal verossímel que elogiei acima. Mas no geral, vale à pena ver de novo!