sexta-feira, 7 de agosto de 2009

A Nossa Vida A Gente Inventa

- Que nem você fala no blog da cara dele, que você nunca descobre o que ele achou, sabe?

(...)

Foram alguns momentos pensando, disfarçando e apertando os olhinhos para tentar me lembrar e entender ao que exatamente a amiga que almoçava comigo se referia. Enquanto pensava, fazia movimentos afirmativos com a cabeça por puro reflexo. Isso que dá inventar coisas e fazer isso sem a menor cerimônia! Só que estaria tudo ótimo se eu tivesse uma memória incrível e conseguisse lembrar de todas as minhas mentirinhas em prol de um texto mais interessante. Não é o caso.

Bem, depois de um tempinho maior em que o assunto se estendeu e ganhei mais detalhes do meu próprio texto escrito em algum momento do ano passado, consegui entender sobre o que ela estava falando. E pasmem! não era tão mentira assim... Eu havia só esquecido mesmo.

Mas aí, me peguei pensando nisso que eu faço. Aquela velha história de quem conta um conto, aumenta um ponto. Mas eu faço tudo sozinha mesmo. Eu mesma vivo e exagero depois na hora de publicar. É super natural, tem que ver! Não sofro nadinha, nem uma dorzinha na consciência sequer. Como se eu tivesse certeza de que se eu perguntasse antes pra alguém se ficaria melhor assim ou assado, dava assado na cabeça!

Dizem que jornalistas gostam de manchetes e têm mania de aumentar tudo. Podem até ter, mas minha tendência ao excesso não tem nada a ver com a minha profissão. Só com o meu jeitinho especial de ser que é humilde o bastante pra sacar que euzinha aqui não seria tão interessante nua e crua. Nos dois casos, no nua e no crua, preciso de alguns incrementos. Da meia-luz à posição deitada até uns adendos a mais em cada causo.

Mas, enfim, no fim das contas, o negócio tem mil e uma utilidades. Como quando eu volto pra ler algumas coisas antigas e elas parecem todas inéditas e com alguns toques geniais. Um caso de amor comigo mesma em que vivo me surpreendo com meu objeto de paixão. É só.

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