sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Desabafo - faz bem.

Como é que alguém a cerca de 20 dias pra parir, pode conseguir pensar, falar, escrever sobre outra coisa? Pra ele é muito fácil. Afinal não é ele que está com uma bola de boliche (daquelas profissionais) entre o peito e as pernas. E a minha comparação não é pelo tamanho e sim pelo peso, que parece chumbo. Não é ele que vê dia-a-dia tarefas outrora (muito chique, outrora!) simples como arrumar a cama, ficarem cada vez mais sofríveis. Se ter cachorro é teste pra ter filho, engravidar é teste pra saber como será a velhice de costas e movimentos entrevados... Não é ele que está carregando 11 quilos a mais pra lá e pra cá e ainda escuta das pessoas que você está ótima. Ótima é o cacete! Quer pra você? Só a minha médica tem opinião contrária: - Não precisava, Adriana. Você podia ter engordado 9. O que também me irrita. A Angélica engordou 11. A Ivete, 300. A Ingrid Guimarães, 12. Minha cunhada magrinha, também 12. E a Carolina Dieckman virou uma elefanta! Duas vezes!

A pequena revolta é porque tenho comentado como estou feliz por vir recebendo comentários de anônimos aqui, mesmo estando meio parada e pouco assídua. Aí, num dia desses, falei que era uma pena eu não estar escrevendo naquele ritmo de 2008...

- Tá dando mole.

Foi a frase que me irritou. Primeiro que eu não pedi uma opinião, apenas compartilhei um fato. E segundo que: como ele ousa? É que vocês não viram o tom do 'tá dando mole'. Sabe aquela capacidade que algumas pessoas têm de dizer mil palavras com muito poucas? É. Uma habilidade incrível de, com a ajuda de tom, sobrancelha e outras expressões faciais, derramar um sem número de críticas e observações que, se o interlocutor também tiver uma outra habilidade, a de sacar isso tudo, fudeu.

E eu tenho. Então, fudeu.

Todo mundo sabe, ou pelo menos quem me conhece - que pretenção a minha... - que eu não sou a favor de briguinhas bobas, de discussões desnecessárias e de surpresa. Tipo, estamos indo pra cama dormir e de repente, não mais que de repente, a casa cai e terminamos em quartos separados. Geralmente, sou eu quem chama atenção para a bobeira que é o assunto discutido, que não vale à pena o gasto de energia e tal... mas, quando essa bobeira pra mim vira caso de vida ou morte, de novo, fudeu.

É raro de acontecer. Mas acontece. E aí, eu me transformo na rainha da cavalaria. Fico na linha de frente e quero mais é guerra. Com sangue.

Bom, depois de despejar tudo o que eu queria, não sei se me fiz entender. Mas fiquei mais leve. E, queridos, no meu atual estado, sentir-se mais leve, ainda que por minutos, é um momento e tanto a ser curtido!

Dou notícias sobre o Antonio Pedro, minha bola de boliche.

Um comentário:

Amanda Hora disse...

20 dias? Caramba, então vc deve voltar a escrever só depois que Antonio Pedro nascer. Aliás, ñ sei se já comentei aqui, Antonio Pedro é um nome composto lindo.
Caso ñ volte a escrever por aqui antes de parir, tenha uma boa hora! haha Frase que minha avó diria, com "parir" e "tenha uma boa hora". Td bem, o que importa é a intenção. :p
Bj!