sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Bebê x Lua

O período continua meio morno. E eu estou meio sem assunto. O máximo que aconteceu comigo hoje foi uma ligeira disputa entre eu e meu respectivo sobre o que é mais difícil de cuidar: de um bebê ou da Lua. (Lua é a minha cachorra. Um Pastor Alemão gigante).

Ele defende o bebê. Eu defendo a Lua.

- A Lua faz cocô pela casa. E você precisa ficar limpando o tempo todo. Um bebê faz cocô na fralda.
- Mas faz mais vezes por dia. E eu não preciso limpar a bunda da Lua. É só catar com jornal e passar um paninho com água sanitária estrategicamente separado e pronto para isso. E além do mais, a Lua não late (minha cachorra simplesmente não late. Só quando vê outro bicho menor que ela na rua). Um bebê chora o tempo todo.
- Como você sabe? Cada bebê é um bebê. Tem uns mais calminhos. E a gente pode até ter um filho mudo.
- Credo! Isola. E, querido, olha bem para mim e vê se eu tenho cara de quem vai ter um desses mais calminhos...
- A Lua dorme no nosso quarto e acorda de madrugada para pedir para sair. O bebê pode ficar no quarto dele.
- E vai chorar de madrugada, várias vezes. E eu não vou só levantar e abrir a porta. Vou ter que levantar, ir até lá e dar “cala peito” no garoto. O peito é meu, não é seu.
- Como você sabe que vai ser um garoto? Vai ser um garoto? Jura? Oba!
- Eu sei lá se vai ser um garoto. Tanto faz, menino ou menina nessa idade berra e caga igual. Depois é que vocês desenvolvem uma habilidade para fazer bem mais merda do que nós mulheres.
- A Lua faz merda o tempo todo.
- Ai... vai voltar para o início? Já disse, é fácil de limpar e ela não fazia isso antes, ela está velha. Está com 11 anos, isso multiplicado por sete dá 77. Nossa! A Lua é uma senhora de 77 anos. Ai, amor... Será que a Lua está morrendo?
- Viu! Um bebê ia estar nascendo, ia faltar um tempão ainda para ele morrer.
- Como você sabe?
- É, a gente pode ter um filho morto.
- Credo! Isola. Cala a boca. Vou te dar um “cala peito”.
- Oba!
- É? Pois é, com a Lua eu posso te dar quantos “cala peitos” eu quiser, quando eu quiser. Com um bebê, babau.... Acabou o “cala peito” para você. Será exclusivo dele.
- Eca. Eu também não ia querer mamar no peito que meu filho está mamando.
- Como assim?
- É meio nojento.
- Você está dizendo que não vai mais querer nada comigo quando o seu filho nascer?
- Não. Só com os seus peitos.
- Ah é!? E a dita cuja? O seu filho vai ter saído dela?
- Urg! É verdade.
- É verdade, o quê?
- Não tinha pensado nisso. Então, só sobrou... hein? hein?
- De merda você não tem nojo, do seu filho você tem?
- Então, como eu estava dizendo, a Lua faz muita merda...

Nenhum comentário: