quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Separados por um Laptop

Bom, prometo que vou parar de falar do meu marido. Até eu já estou de saco cheio. Mas escrevi essa porra ontem e não dava pra publicar porque já tinha um ontem que eu escrevi 1 da manhã. Enfim, vou colocar esse e prometo ficar um tempo sem falar do rapaz. Se não vou perder meus leitores, o marido (que vai enjoar de mim) e a piada! Aí, não dá.

Não gosto muito de rótulos, estereótipos, preconceitos... Mas não há como negar que os homens são de Marte e as mulheres são de Vênus. Mesmo as mulheres que nem eu, que às vezes são meio homem.

É realmente doido e claro como pensamos, sentimos, encaramos as coisas e a vida de maneiras distintas. Atenção! Não vou fazer aqui uma reclamação ou lamentação. É mais uma análise mesmo. E uma reflexão de que se nos conformássemos com isso, o mundo seria mais pacífico e com menos sofrimento.

Eu, por exemplo, ficava toda cabisbaixa quando o assunto era ‘ele não lê o que eu escrevo’. Achava que ele não gostava do que eu fazia, não dava bola para as coisas que me interessavam, era insensível em relação a uma coisa que para mim era super importante. Na minha cabeça de mulher, os motivos iam de falta de interesse, passando por machismo e ciúmes até um descaso descomunal com a minha ‘profissão’ de comunicadora. Passei noites em claro triste e tentando entender a falta de sensibilidade do meu próprio marido.

Eis que o motivo principal dele não ser um dos meus leitores era... PREGUIÇA. Simples assim. O fato de ter que ir até o escritório, ligar o computador e ficar ali sozinho no quartinho ‘só’ lendo o meu blog não era forte o suficiente para tirá-lo do sofá e de frente da TV após mais um longo e estressante (ele é gente grande...) dia de trabalho.

Assim que surgiram dois laptops (vieram com os meninos), o ‘problema’ foi resolvido. O moço sempre foi de fazer tudo ao mesmo tempo, sabe? É impossível ele se concentrar, focar numa coisa só. É daquele estilo que fala ao telefone, conversa com três pessoas na frente dele e lê e assina um documento, tudo junto. Deus que me livre ter essa vida. Mas ele se acostumou assim e em casa não consegue ser diferente. Vê televisão (mudando de canal numa velocidade muito mais rápida do que o meu cérebro acompanha e eu nem sou loura), conversa comigo e com outra pessoa se for o acaso sobre assuntos diferentes e ainda come nos intervalos. Enlouquecedor. Mas é assim que ele funciona. E foi assim que meu blog entrou na roda. Além disso tudo aí acima, agora, ele também fica com o laptop no colo e sai por aí navegando na internet.

Pois é. Agora, acompanha comigo: imagina só se, nós mulheres, soubéssemos ou enxergássemos que nossos problemas, traumas e tristezas poderiam ser resolvidos com a compra de um laptop!?

Um comentário:

Paula disse...

eu gosto dos diálogos de vcs... então... já q vc não vai mais escrever sobre ELE, dá pra me enviar por email quando tiver um engraçado?