terça-feira, 12 de agosto de 2008

Divagações sobre o Outro

Preciso mandar um abraço (estou tímida porque eu não conheço pessoalmente, mas queria mandar mesmo é um beijo estalado na bochecha) para o Francisco de Santo André. Uma coisa assim bem Rádio 98 FM. Mas é que Francisco de Santo André me deu um gás que nenhum dos meus fiéis amigos e amigas de todos os dias conseguiram.

Pois é. O ser humano é ingrato. Eu então... ingrata, egoísta, fria. Escuto esses 'elogios' há tempos. Apesar de achar que meu 'elogio' principal é ser sincera. E por isso assumo que o Francisco de Santo André, que eu nunca vi mais gordo, é quem mais me deixou feliz nos últimos dias. Olha que eu ganhei uma casa na Urca, dois hóspedes fantásticos e algumas notícias boas. Mas nada barrou as palavras acolhedoras do Francisco.

É incrível como alguém com uma vida totalmente diferente da sua, em outra cidade, outro estado, de outra faixa etária (Francisco é mais velho que eu uns bons aninhos), que nunca te viu e, muito provavelmente, nem vai te ver, consegue ações e reações concretas.

Esse é o lado fascinante da internet. A possibilidade de cabeças distintas se comunicarem apenas através de suas idéias e pensamentos. Algo tão poderoso que é capaz de provocar uma identificação em outro totalmente diferente.

Francisco diz que lê o que eu escrevo todos os dias. Bem, a Paula lê o que eu escrevo todos os dias. A Deca lê o que eu escrevo todos os dias. O Edu, a Ana B., a Tai, o Renato. ok. Mas o Francisco!? O que leva o Francisco a me ler todo santo dia? Algo totalmente autêntico que nasceu sozinho, espontâneo.

Francisco não me conhece. Francisco não lê algo e associa ao meu jeito, ao meu modo de falar ou de vestir. Francisco não lê uma frase e lembra de um dia em que eu disse algo parecido. Não. Francisco só me conhece daqui. E por isso, para mim, Francisco é tão importante.

Talvez se um dia eu tiver outras e outros Franciscos eu não tenha o prazer de dar o devido valor a todos eles. Quando o único se transforma em muitos, perde um pouco o foco. Cai no bolo. Certamente, ficarei muito feliz. Quem me dera ter uma legião de leitores por aí. Ficarei satisfeitíssima. Mas Francisco será sempre o Francisco.
Ganhou lugar de honra. Obrigada, Francisco. E, tomara, que você leia todos os dias mesmo. Porque isso foi para você.

Até. Não sei quando conseguirei voltar. Tudo depende da Oi ou da Net. Beijo, Chico (oh a intimidade...) Beijo, povo.

3 comentários:

Paula disse...

poxa, estamos órfãos... vc sumiu!

Anônimo disse...

Leio sim diariamente seus posts, tudo o que eu não quero na minha vida é tornar-me um " velho " de pensamento, achei seu blog por acaso, gostei do que vc escreve, cotidiano atualissímo..pena que seu time deu um "banho" no meu São Paulo. Obrigado pelas suas palavras, no meu modesto blog onde só escrevo algo ligado aos automóveis, tb a frequência é pequena e isto não me desanima, importante é estarmos vivendo intensamente..o resto, bem o resto que se lixe....

Abs a vc
Francisco/Sto.André

Anônimo disse...

Cara Adriana, vou contar uma história e vc vai tentar entender algo sobre as relaçoes humanas: Tenho um amigo italiano que vive em Zurique/Suiça há mais de 50 anos, conhecí esta pessoa por intermédio de radioamadorismo (coisa que acredito que vc nem saiba o que é...kkkk), tivemos um contato via radio lá pelos idos de 1978 (vc ainda não tinha nascido), estavamos em plena ditadura (eles nos vigiavam em todo lugar, na faculdade, nos telefonemas, imagine no radioamador...!!!!!)este contato tornou-se uma rotina, sempre aos domingos em determinada hora, isto se uma coisa chamada "propagação" nos deixasse conversar...encurtando a história, com o fim do radioamadorismo, continuamos a trocar cartas (ele até mandava chocolate pelos Correios, eu mandava caninha p/a caipirinha), depois começamos a utilizar o fax...e agora há 3 anos atrás depois de longas negociações eu o OBRIGUEI a comprar um PC e começamos a trocar emails (mais barato),depois a web cam, (esta semana ele comprou um notebook).......ele acompanhou o crescimento dos meus filhos e eu da filha dele, o nascimento da neta dele..e agora a minha filha quer que ele seja padrinho de casamento dela.......nos comunicamos numa espécie de italiano (sou neto deles) misturado com portunhol (uma linguagem simples para nós dois,entendo bem e falo razoavelmente o italiano), as vezes usamos um pouco de um dialeto da Lombardia.....NUNCA NOS VIMOS PESSOALMENTE, NUNCA ESTIVE EM ZURIQUE, ELE COLOCOU NO TESTAMENTO DELE UM BRINDE PARA MIM QUE MORO NO BRASIL, PARTICIPO DA VIDA DELE ATÉ AJUDANDO A ESCOLHER O AUTOMÓVEL NOVO QUE ELE VAI C0MPRAR E VICE VERSA...TORCEMOS OS DOIS PARA INTER DE MILÃO,e mais um sem numero de coisas que conversamos DIARIAMENTE.. ahhh esquecí de dizer
ELE TEM MAIS MÊDO DE VOAR QUE EU...este é o principal motivo que ainda não veio ao Brasil...., portanto tente entender algo sobre as relações humanas....

Ciao Arrisentirti

Francisco/Sto.André