quinta-feira, 28 de agosto de 2008

O Rio às 5h da Manhã de Outra Ótica

Caracolis, ELE é mais popular do que eu imaginava. Recebi alguns protestos reclamando sobre o fato deu não falar mais da pessoa. Mas eu quis dizer apenas por um tempo e daquele jeito mela cueca. Os diálogos permanecerão, viu Paulette! E em sua homenagem, segue mais um abaixo fresquinho:


- Onde você estava?
- Na casa da Camila.
- Onde você estava, Adriana?
- Ai caralho... Sério mesmo que você quer discutir, agora? Eu estou exausta.
- Quem me garante que você estava na casa da Camila?
- Eu, querido, eu.
- Mais quem?
- A Camila.
- Mais quem?
- Só. A mãe dela estava lá, mas foi dormir cedo. Não viu até que horas eu fiquei.
- Então, voltamos ao início: onde você estava, Adriana?
- Caceta. NA CASA DA CAMILA! O porteiro. O porteiro me viu saindo. Vai lá falar com a porra do porteiro.
- Posso falar uma coisa?
- Que é caralho?
- Sabe por que eu acho que eu acredito em você?
- Hã? Fala. Por que, criatura?
- Porque nas vezes em que você chegou essa hora e não estava ‘na casa da Camila’, você nunca passou tanto tempo respondendo.
- Como assim?
- Você entra bêbada e dorme calada.
- Olha só, nem sei onde você quer chegar. E eu posso não estar bêbada, mas estou trocando as pernas de cansaço. Então, você acreditando ou não, eu vou mesmo dormir.
- Eu acredito. Enfim, eu acredito.
- Que bom para você. Boa noite.

No dia seguinte já devidamente descansada, fiquei pensando nesse diálogo doido da madrugada. Eu realmente estava na casa da Camila. Trabalhando. E eu realmente não estava bêbada. O que me levou a lembrar de outras coisas estranhas como eu ter dado papo para o moço quando eu cheguei. Coisas como tirar a roupa e colocar a camisola; lavar o rosto antes de dormir; botar comida para os cachorros e... dirigir totalmente sóbria às 5h da manhã. Sabe quando você entra de carro no túnel e não tem ninguém... Já fiz isso antes, mas nunca tinha percebido o túnel assim. O que me leva a afirmar mais uma vez que essa Lei Seca foi ótima para a minha vida e, principalmente, a dos que cruzam o meu caminho.

Mas continuando... não foi só o túnel. As luzes estavam diferentes. As árvores. Nem sabia que tinha tanta árvore no percurso de Ipanema até a Urca. Enfim, a cidade tem outra cara de madrugada e sóbria. Bem, confesso que a madrugada bêbada continua infinitamente mais interessante, mas foi uma experiência.

2 comentários:

Paula disse...

Sabe, estive pensando...tudo isso pode ter sido uma estratégia (muito boa, por sinal) de marketing de vcs dois! esse blog tá cada vez mais interessante...agora estão todos ansiosos para ver aonde a participação DELE vai dar!

Coisa Fina disse...

Ah! Dri, na próxima vez diz que tava na night mesmo que não precisa explicar muito. Rsrsrsrs! Beijos