sábado, 9 de agosto de 2008

Eu ou Ela

Domingo permanece. Mas, agora, vamos a sábado. Um momento rápido: ao ver há pouco o texto de sexta publicado, me toquei que mudei efetivamente no dia 08/08/08! Não falei que 8 era o meu número da sorte!? Agora, segue o que eu escrevi no sábado. Esse foi à mão, recém-digitado do papel. Está fresquinho!

Mais um título comercial. Confesso que adoro fazer isso. Me dá um prazer interno bobo, mas satisfatório. Queria que todo mundo começasse a ler pensando que existe outra na vida dele e que eu dei um ultimato no menino.

Não. Que eu saiba, sou soberana. Se bem que mais de uma pessoa já me disse que essa minha certeza absoluta da fidelidade e lealdade dele pode ser uma pista de que ele tem, sei lá, outra família. Não é muito normal mesmo uma pessoa passar tanta segurança. E olha que eu já dei motivo mais do que de sobra para ele balançar. Mas nada. Continua ali para o que der e vier. A outra família deve sofrer.

Bom, mas o assunto não é ele.

Como é que a gente sabe se é a gente que enxerga alguém de um jeito ou se é a gente que é culpado por enxergar alguém daquele jeito? É ela que é assim? Ou sou eu que a vejo assim? Ou eu que a faço ser assim comigo? Até que ponto o motivo do buraco que existe entre você e alguém é a vida ou você mesmo?

Meio chato meus questionamentos capciosos aí acima. Mas eu tenho pensado muito nisso desde que fui pela primeira vez só com a minha irmã ao Maracanã.

Ela não faz parte do meu convívio social (se bem que, ultimamente, nem tenho tido convívio social...). Bom, ela não faz parte da minha vida extra-familiar. Nunca fez. E, até aqui, eu achava que era pela mesma desculpa que eu carrego desde que somos pequenas e morávamos na mesma casa. A diferença de idade, primeiro. E, depois, a diferença de idade e temperamento com o passar dos anos.

Mas a verdade é que eu nunca fiz muito esforço para tentar mudar isso. Ela era diferente de mim e ponto final. Tínhamos em comum, o mesmo pai. Que, não raro, disputávamos a atenção e eu sempre fiz questão de mostrar que era a preferida, de certa forma. Bom, com o passar do tempo, fui vendo, que isso é uma verdade em que só eu acredito. E, que, muito por medo, de ver que não era bem assim, a mantive numa distância segura.

Aos poucos, fui enxergando a importância dela na vida dele e, o pior, o quanto ela é parecida com ele. Espontânea, se dá bem com todo mundo, engraçada, fala pelos cotovelos, simpática até dizer chega, cheia de amigos. Enfim, não há um ser que não goste dela. Cativante. E um pouco sem limites, digamos assim. Tatiana é uma versão em miniatura de papai.

E eu não queria dar chance a ela. Nenhuma.

Mas algo aconteceu. Uma barreira foi quebrada. Ela entrou. De alguma forma. E, do jeito que é, foi entrando mesmo, sem cerimônia. E eu gostei. Vamos ver no que dá.

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