segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Esquisitices

Alguma coisa está fora da ordem. Fora da nova ordem mundial! Só eu odeio chuchu??? A porra do chuchu deu ibope pra cacete, a ponto da minha amiga Deca, recém chegada de Ibiza (nada a ver, mas quis dizer), falar que adora chuchu, o legume!? O que será de nós? Há uma legião de apreciadores de chuchu? Fiquei passada...

Agora, uma das minhas esquisitices: falo sozinha... em inglês. Desde nova. Sei lá, com 13, 14 anos. Começou na época em que eu entrei no curso e me acompanha pela vida até hoje.

E o engraçado é que é totalmente sem eu me dar conta. Estou lá no banheiro, tirando pelinhos da sobrancelha, de cara para o espelho, e aí, começo a debater comigo mesma questões atuais que ocupam meus pensamentos. Em inglês. Faço até diálogos. Eu falo e faço também o outro respondendo. Dramatizo. Crio situações de suspense. Faço caras e bocas.

Uma vez, juro, parei no meio e fui até o dicionário checar uma palavra que eu estava na dúvida. Voltei e continuei a cena. Claro que, a essa altura, eu já havia percebido que falava em inglês e continuei de propósito.

O fato é que eu adoro. Deve ser porque soa diferente do que estou acostumada a ouvir. E para quem enjoa de tudo, até um diálogo em outra língua é bem-vindo. Mas é mais que isso. Acho bonito. Mais elegante. Prende mais a atenção.

‘Sweet, I love you’ é imensamente melhor do que ‘Docinho, eu te amo’ (para continuar na questão dos apelidos...). Deu para entender do que eu estou falando?

Músicas. Tirando MPB das antigas e uma ou outra, as letras são muito melhores de cantar em inglês. Em português, fica cafona. Imaginem aquele exercício de cursinho do ‘complete a música’ em português. Vai dizer que não ia dar vergoinha das letras? Ia sim, vai...

E olha que eu nem sou a favor desse estrangeirismo todo que há na Barra, por exemplo. Não. Também é cafonérrimo. São temas totalmente diferentes. Não estou defendendo isso, só estou dizendo que músicas, filmes, séries e alguns diálogos soam melhor em inglês no meu contexto de ‘estar sozinha’.

Não sei se ficou claro não...

Li na coluna do Veríssimo - há bastante tempo, mas me marcou - que o Mário Quintana disse que estilo é uma dificuldade de expressão. Adorei. Adoro o Quintana. Adoro o Veríssimo. E, talvez, eu esteja querendo fazer estilo.

Um comentário:

Coisa Fina disse...

Hahahha! Aposto que vc fala inglês com sotaque e crente que tá abafando!!