segunda-feira, 4 de agosto de 2008

A Rolinha

Essa aconteceu de verdade. Essa história que eu vou contar. Não que as outras não tenham acontecido. Mas é que essa vai sair sem nenhum acréscimo, sem nenhuma colaboração de manchete de jornal. Será nua e crua. E bizarra. Pelo menos, para mim, que protagonizei tudo na noite de quinta para sexta.

Bom, dormia mais uma noite sozinha na minha enorme cama de casal (ele simplesmente agora diz que só consegue dormir vendo TV e eu odeio barulho na hora de dormir. Fica ele lá e eu acolá.) quando escuto um barulho que, a princípio, não sabia dizer o que era. Parou. Dormi de novo. Um tempo depois, de novo. Mais barulho. Agora parecia alguém mexendo num saco plástico. Achei estranho e tal. Mas parou de novo, dormi de novo.

Lá pelas tantas, na alta madrugada, abro o olho um pouco sonâmbula. Como se eu tivesse sido tirada do meu sono profundo pelo barulho de algo se debatendo. De repente, um vulto meio marrom em meu lençol amarelo ovo. Sem lembrar muito bem como, quando vi, estava no corredor. Mas lá, já acordada, comecei a achar que eu tinha sonhado. Por causa dos barulhos ouvidos anteriormente, achei que tinha interiorizado a coisa a tal ponto que sonhei que algo marrom se debatia no quarto. Voltei para lá. Silêncio. Tudo na mais perfeita ordem. Deitei e dormi outra vez.

Eis que pela manhã, eu levanto e começo a ver um monte de bolinhas brancas pelo chão. Que porra é essa? Foi o tempo de levantar a cabeça e dar de cara com uma rolinha no alto da cortina que já se preparava para voar e vinha na minha direção.

Tenho pavor de bicho que voa perto de mim. Quanto maior o bicho, maior o pânico. Ao ver aquela barata voadora gigante dando rasantes desajeitados, não tive outra opção senão fugir desesperadamente. Fui parar do lado de fora da minha casa (agora ex-casa!). No meio da vila. Detalhe: de camiseta e calcinha! E é óbvio que havia gente do lado de fora. Claro. Três vizinhos me flagraram. Três!

Cantinho do Fluminense

Esse cantinho está de altos por motivos de incredulidade.

Um comentário:

isabella saes disse...

Caramba, vc não vai acreditar: a única vez que perdi a fala na minha vida - e não queira que isso aconteça com vc, é uma experiência terrível - foi com uma rolinha. Prefiro dizer pombinha, para que não haja má interpretação... Não é muita coincidência?! Depois te conto pessoalmente, que a história é muito grande!! Beijos.