sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Memórias ‘Póstumas’

Bem, escrevi o texto aí abaixo no dia 24. Mas não quis publicar porque... sei lá. Não queria parecer mal-humorada na noite de natal. Mas eu estava. Bastante. Tanto que o que ficou aqui no dia 24, na verdade, foi escrito dia 25. Ou seja, no dia 24 eu não escrevi nada. Me calei. Aí, agora vim escrever aqui no dia 26 e não saía nada. Ressaca da porra... após vocês lerem que precisei ir a uns cinco eventos diferentes e comer e beber em todos eles, dá para entender. Enfim, fiquei com pena de jogar uma crônica inteirinha fora e resolvi publicar. Algo como “Memórias ‘Póstumas’ de Adriana”. Por isso, segue o meu desabafo de natal. Mas, atenção, um laptop, muitos vestidos, blusas e envelopinhos recheados da vovó depois... não estou mais assim tão brava. Como dizem por aí: no fim, deu tudo certo.


Natal é uma época de confraternização, de celebração da paz. Para quem???? No meu caso e no de muitos que eu conheço, natal é motivo de porrada. E o pior é que depois que passa a porrada do ano ‘x’, eu respiro aliviada porque ainda falta muito tempo até a próxima. Isso faz com que eu bloqueie o negócio de uma tal maneira que sempre me assusto quando estou de novo diante do próximo round.

Aqui estou. Em mais uma tentativa frustrada de juntar o maior número de pessoas possíveis num lugar só para eu não ter que ficar pulando de galho em galho. Olha, quase que eu consegui. Após cinco telefonemas num trabalho árduo de argumentação um a um, fui vencida no último. Uma puta de uma sacanagem. Podia ter desistido no primeiro logo... Mas não. Convenci minha vó, minha mãe, meu pai, minha irmã, meus primos, minha madrinha... e emperrei no meu padrinho. Não teve jeito. Perdi. Joguei o telefone.

E voltei para o início. Cada um com seu cada um. Nada de todo mundo juntinho. E eu que me vire para estar em dois lugares ao mesmo tempo na noite de natal e no dia seguinte em três locais distintos no almoço. Isso porque eu nem contei que um lugar é na Urca e o outro na pqp da barra.

Como eu vou conseguir? Não sei. Como eu vou conseguir fazer isso de bom-humor e sorrindo? Não vou. Estarei estressada, suada, enjoada com comidas diversas e com certeza terei discutido com meu digníssimo algumas vezes por causa de horários de saída, trânsito, horários de permanência, por ter esquecido algum presente no saco errado e etc etc etc.

E eu ainda pulei o meio, hein. Onde eu vou me irritar porque teria que ser cedo na minha mãe, mas ela vai se atrasar. Vou ficar cismada porque vou ver minha vó triste porque eu vou sair antes da meia-noite. Vou encher o saco do meu pai para ele não encher a cara. Da minha irmã, idem. E vou ter que jantar e comer sobremesa nos dois lugares para evitar chateações alheias. Meu estômago que se adapte.

Não poderia ser pior, certo? Pode. Isso tudo aí acontece todo ano na noite e no dia do meu aniversário. É mole? Não, não é.

Mas fiz minha promessa de fim de ano. A única até agora e juro que vou cumprir. Ano que vem, vou viajar no natal e no ano novo. E o resto que se foda!

6 comentários:

Anônimo disse...

Bom, esse problema foi resolvido pra mim, pelo menos neste natal '08; como um mamífero gregário, não sei se vou passar o próximo em vôo solo ano que vem.

Alias, o deste, escolhi onde passar. Tava com saudades disso...

Round 3... fight!

Suellen Analia disse...

Meu Deus!
Eu não aguentaria, sinceramente!

beeeijos!

Sergio Brandão disse...

hahahahahaha...
Apesar de todo o sacrifício, foi muuuito engraçado... Que baita teste de resistência!!! rs E esse negócio dos "envelopinhos recheados" da avó tb já fizeram parte da minha história e de outras pessoas que conheço... Muito bom e inesquecível mesmo! Bjs.

Amanda Hora disse...

Ótima solução para o próximo ano!
Bj!

isabella saes disse...

Confesso que se tivesse que correr maratona nesses dias em que o melhor que se faz é ficar em casa, tb ficaria bem incomodada.... Tá perdoada!!!

Adriana disse...

que venha o próximo!