quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Ainda sobre o Livro do Papai

Após entregar o livro de papai revisado, tive que ler tudo outra vez agora com as correções e mudanças feitas por ele. Coisas de filha... Fiquei meio irritada porque ele não acatou todas as minhas sugestões. Mas não é disso que quero falar.

Lendo de novo, agora com um olhar um pouco mais relaxado e não tão tenso em busca de erres, esses ou qualquer palavra fora do lugar, consegui pescar outras coisas que me divertiram. Infelizmente, a diversão que a história causou em mim não será compartilhada por quase nenhum outro leitor que vier a ter o prazer de ler “Vale o Quanto Pesa”, título um pouco clichê, mas que foi escolhido por mim. Para o tipo de literatura a que ele está se propondo, um romance/aventura meio povão, certos clichês funcionam.

Me peguei rindo feliz da vida com várias sacaneadas que ele dá nos próprios amigos. Uma espécie de homenagem traquinas. Do tipo, colocar o melhor jogador da pelada dele de fim-de-semana como um tremendo perna-de-pau. Escrever tem dessas redenções. Com um papel à frente, somos o dono do mundo. Pelo menos daquele mundo que estamos criando. Tudo é possível ali. Poucas coisas me dão tanto prazer e papai me fez lembrar disso.

Sr. Pedro Luiz também não perdeu a chance de se colocar no próprio livro. O personagem principal, Carlos, já é claramente inspirado e influenciado pelas próprias características, gostos e sonhos de papai, mas não satisfeito, ele colocou lá, meio de passagem, um certo Bené que era o rei da praia. Bené vem de Benevides, um de nossos sobrenomes. Foi como ‘Bené’ que ele ficou conhecido no Leme em sua adolescência e início da fase adulta.

Mais à frente, mais risadas com as safadezas inocentes do meu criador. Lá pelas tantas surge a personagem Stella. Já contei aqui que esse é o nome de mamãe. Pois então, Stella é uma inspetora da PF super culta, inteligente e bem-sucedida que ao bater os olhos em Carlos, pra ela uma mera isca para ajudar a desfazer uma quadrilha internacional, fica caidinha pelo charme do rapaz. Não é pra rir? Ele pintou e bordou como pôde. Se divertiu. E me divertiu também. Só até aí já valeu bem mais para mim do que um prêmio Jabuti. Não que ele pense assim. Está empolgadíssimo com a possibilidade de substituir Sidney Sheldon. Tomara. Será bem mais fácil para mim na hora de publicar os meus....

2 comentários:

Brava'S Idéias disse...

"Com um papel à frente, somos o dono do mundo. Pelo menos daquele mundo que estamos criando."

Perfeito!
;D

Coisa Fina disse...

Muito bom, Dri! Me chama pro lançamento do livro do seu pai.