Eu falo muito. Pra caralho. Não mais do que eu gostaria, mas talvez mais do que os outros gostariam. Falo tanto quanto escrevo. É quase uma necessidade. Mentira: é uma necessidade. Diária. Minha letra é péssima devido à tentativa frustrada de acompanhar meu pensamento. Enfim, em mais um desses rompantes de falação e aproveitando a deixa de balanço de fim de ano, decidi filosofar sobre o porquê permaneci com meu marido até hoje. E, atenção, essa filosofada foi com a presença do próprio. Num almoço corriqueiro no Baixo Gávea. Só eu e ele. Não fomos lá para isso, mas o papo surgiu. Eu que puxei, claro. Não me lembro muito bem porquê. Acho que começou comigo falando sobre um desperdício de dinheiro que fizemos há pouco tempo e daí, falamos sobre valores e educação, filhos, casamento, família e futuro. Complexo e profundo. Não durou muito. Sei lá, uns 20 minutos. Mas fiz todo um retrospecto desde que nos conhecemos até o ponto atual em que nos encontramos. Com a ajuda dele, falamos de como eu era imatura no início, do meu processo de amadurecimento no meio e do, enfim, ‘aquietamento’ da minha pessoa de uns tempos para cá. Dentre os motivos para o meu crescimento pessoal, foi destacado a persistência e tolerância dele e o quanto ele foi me convencendo de que uma vida em família bacana e estruturada não era assim uma idéia tão absurda e difícil de conseguir. O crédito é dele, mas a evolução é minha. E foi bom conversar sobre isso. É muito bom poder ser quem você é com quem vive com você. Teria mais um monte de coisas para contar, mas para preservar meu relacionamento, vou deixar assim tudo meio por alto. Mas a conclusão a que cheguei é que, apesar de ter mudado muito de nove anos para cá, eu continuo sendo a mesma pessoa. Confuso? Não. Não, para mim. Não, para ele. Consegui querer ser dona de casa e futura mãe de família, sem ter que abdicar de como eu penso, quem eu sou e como me comportar. Por fim, fechamos o papo cabeça com um toque de humor: ele elogiando meu lado prático e inteligente definiu bem a minha pergunta inicial.
- Por que eu consegui ficar casada até hoje?
- Porque você não é burra, amor.
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7 comentários:
É bom quando amadurecemos assim, sutilmente.
Quando a gente percebe, já estamos prontas pra fazer isso e aquilo.
E o mais legal é quando isso ocorre sem aquela constante pressão.
A gente acaba se dando conta que isso, um dia, é necessário.
Beijos, Dri!
Ah!E aí, preparada para os 28? hahaha
ps:é 28, né?!
hahaha
beijos!
Qualquer tipo de pressão não ajuda nem um pouco. Concordo contigo Suellen.
Ontem eu ouvi uma frase que achei bem engraçada: "Não existe vida após casamento". Eu acho que essa frase só se torna verdadeira quando não há a compreensão de que não é porque a pessoa casou que vai mudar sua personalidade, seu jeito de ser. Casam e acham que por isso será possível ir "moldando" a pessoa ao seu bel-prazer.
Adorei o post, me fez pensar melhor sobre o casamento. rs
Bj!
sim, é 28...
e não, não estou preparada...
quanto a amadurecer, nem sempre, mas às vezes é bacana sim.
e que bom, Amanda, q te fiz o casamento de outra forma. Olha, ainda mais hj em dia, tudo é personalizado. cada um faz o seu. escolha o casamento q quiser e divirta-se!
beijocas.
Pára de besteira. Nunca teve nada de errado com você, Dri. Imaturidade, bagunça, bebedeiras: tudo isso faz parte! Se ele nasceu evoluído e com 42 anos a gente não tem culpa. Hehehehe!
Você é a maior diversão da vida dele!
E que história é essa de 28?? Eu tô indo pros 24 e você, pelas minhas contas, para os 25.
Beijos!!
ADOREI!
Aí Deca, quer levar ela pra casa? Vamos ver qto tempo dura essa relação super madura!? Realmente nasci evoluido e com uns 35 mas também tinha meus problemas e mudei muito, inclusive para melhor (para ambos). Isso é um bom exemplo de casamento em construção e dando certo, esse processo nunca acaba, é q nem bicicleta, se parar de pedalar para e cai!
ELE
iiiiih subiu nas tamancas!
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