domingo, 21 de dezembro de 2008

Maturidade Prática

Eu falo muito. Pra caralho. Não mais do que eu gostaria, mas talvez mais do que os outros gostariam. Falo tanto quanto escrevo. É quase uma necessidade. Mentira: é uma necessidade. Diária. Minha letra é péssima devido à tentativa frustrada de acompanhar meu pensamento. Enfim, em mais um desses rompantes de falação e aproveitando a deixa de balanço de fim de ano, decidi filosofar sobre o porquê permaneci com meu marido até hoje. E, atenção, essa filosofada foi com a presença do próprio. Num almoço corriqueiro no Baixo Gávea. Só eu e ele. Não fomos lá para isso, mas o papo surgiu. Eu que puxei, claro. Não me lembro muito bem porquê. Acho que começou comigo falando sobre um desperdício de dinheiro que fizemos há pouco tempo e daí, falamos sobre valores e educação, filhos, casamento, família e futuro. Complexo e profundo. Não durou muito. Sei lá, uns 20 minutos. Mas fiz todo um retrospecto desde que nos conhecemos até o ponto atual em que nos encontramos. Com a ajuda dele, falamos de como eu era imatura no início, do meu processo de amadurecimento no meio e do, enfim, ‘aquietamento’ da minha pessoa de uns tempos para cá. Dentre os motivos para o meu crescimento pessoal, foi destacado a persistência e tolerância dele e o quanto ele foi me convencendo de que uma vida em família bacana e estruturada não era assim uma idéia tão absurda e difícil de conseguir. O crédito é dele, mas a evolução é minha. E foi bom conversar sobre isso. É muito bom poder ser quem você é com quem vive com você. Teria mais um monte de coisas para contar, mas para preservar meu relacionamento, vou deixar assim tudo meio por alto. Mas a conclusão a que cheguei é que, apesar de ter mudado muito de nove anos para cá, eu continuo sendo a mesma pessoa. Confuso? Não. Não, para mim. Não, para ele. Consegui querer ser dona de casa e futura mãe de família, sem ter que abdicar de como eu penso, quem eu sou e como me comportar. Por fim, fechamos o papo cabeça com um toque de humor: ele elogiando meu lado prático e inteligente definiu bem a minha pergunta inicial.

- Por que eu consegui ficar casada até hoje?

- Porque você não é burra, amor.

7 comentários:

Suellen Analia disse...

É bom quando amadurecemos assim, sutilmente.
Quando a gente percebe, já estamos prontas pra fazer isso e aquilo.
E o mais legal é quando isso ocorre sem aquela constante pressão.
A gente acaba se dando conta que isso, um dia, é necessário.


Beijos, Dri!

Ah!E aí, preparada para os 28? hahaha

ps:é 28, né?!

hahaha

beijos!

Amanda Hora disse...

Qualquer tipo de pressão não ajuda nem um pouco. Concordo contigo Suellen.

Ontem eu ouvi uma frase que achei bem engraçada: "Não existe vida após casamento". Eu acho que essa frase só se torna verdadeira quando não há a compreensão de que não é porque a pessoa casou que vai mudar sua personalidade, seu jeito de ser. Casam e acham que por isso será possível ir "moldando" a pessoa ao seu bel-prazer.

Adorei o post, me fez pensar melhor sobre o casamento. rs

Bj!

Adriana disse...

sim, é 28...
e não, não estou preparada...

quanto a amadurecer, nem sempre, mas às vezes é bacana sim.

e que bom, Amanda, q te fiz o casamento de outra forma. Olha, ainda mais hj em dia, tudo é personalizado. cada um faz o seu. escolha o casamento q quiser e divirta-se!

beijocas.

Coisa Fina disse...

Pára de besteira. Nunca teve nada de errado com você, Dri. Imaturidade, bagunça, bebedeiras: tudo isso faz parte! Se ele nasceu evoluído e com 42 anos a gente não tem culpa. Hehehehe!
Você é a maior diversão da vida dele!
E que história é essa de 28?? Eu tô indo pros 24 e você, pelas minhas contas, para os 25.
Beijos!!

isabella saes disse...

ADOREI!

Anônimo disse...

Aí Deca, quer levar ela pra casa? Vamos ver qto tempo dura essa relação super madura!? Realmente nasci evoluido e com uns 35 mas também tinha meus problemas e mudei muito, inclusive para melhor (para ambos). Isso é um bom exemplo de casamento em construção e dando certo, esse processo nunca acaba, é q nem bicicleta, se parar de pedalar para e cai!
ELE

Anônimo disse...

iiiiih subiu nas tamancas!