De novo, começo me redimindo. Desta vez, é para fazer uma errata. Errei. Minha memória, que nunca foi muito minha amiga, me traiu como de costume. Enfim, quero deixar registrado que na disputa a bundadas entre Luana Piovani e uma amiga, Luana perdeu. Saiu da pista derrotada. Pronto. Tô falando que esse negócio de mexer com o nome da Luana Piovani não dá certo... Me perdoa, Lu.
Agora, falarei de outro assunto polêmico que também afetará meus amigos. Mas voi lá:
Estão testando a minha paciência. E o pior é que é um povo que não me conhece. Está conhecendo agora. Ou seja, ainda estão na fase de me achar arrogante, prepotente, blá blá blá. Me meti num troço que estava começado. Começa por aí. Entrar numa coisa que já está errada desde o início não é legal. Mas seguindo a minha tendência de dizer bem mais ‘sim’ do que ‘não’, eu disse sim.
E, agora, estou agüentando as conseqüências e descobrindo as surpresas desagradáveis pelo caminho. Fui contratada para refazer um roteiro. Mas, me encontro atualmente como uma espécie de produtora executiva informal do projeto. Não me pergunte como. Aconteceu. E eu não me orgulho nada disso. Tá aí uma área em que eu nunca vou entrar por livre e espontânea vontade. Fazer produção, só por livre e espontânea pressão. O que é o caso atual.
Pressão não é o problema. Funciono bem sob pressão. Só não gosto de produção. Pra começar, é necessário um instinto puxa-saco que esqueceram de colocar no meu HD. Outro pré-requisito do cargo é ter um ouvido enorme para escutar lamentação o dia inteiro. Tem coisa mais chata do que gente se lamentando? Mas tem que escutar! Você precisa daquele chato! Aí, vem a parte de administrar egos. Ninguém gosta de escutar que mandaram refazer o trabalho. Aí, o produtor mela-cueca precisa ficar confortando, dizendo que não é bem assim, que ele é ótimo, o cliente é que é chato... Um papo interminável que, decididamente, não sai da minha boca.
Sem esquecer a parte do quebra-galho. Nunca é possível terminar tudo no horário contratado, aí o produtor vira pedinte. E eu odeio pedir coisas pros outros. Principalmente, favor. Dever favor é um inferno. E produtor deve mais que marido safado.
Outro problema é que o coitado do produtor é, aí sim como eu, um desacreditado. Tadinho, ele nunca entrega na hora prometida. Sempre falta só mais um pouquinho. E esse pouquinho se transforma em horas a fio. É que trabalhamos com máquinas. E máquinas mentem! Aparece lá a janelinha dizendo que o render vai demorar 5 minutos, depois passa para 10, volta para 5, diminui para 3, cresce para 20! Dá para confiar num troço desse? Não. E aí, o cara sai inventando previsões a torto e a direito. E elas, fatalmente, estarão erradas.
Resumindo, o cara tem que ser puxa-saco, paciente, falso, bom de papo, pedinte e mentiroso. Além de tudo, ganha mal e é o último a sair. Meu Deus! E ainda tem gente que diz que nasceu pra isso? Eu não. Decididamente, não nasci produtora. Estou produtora. E, que fique claro, totalmente contra a minha vontade.
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