quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Velocidade de Cabeças

‘Sua cabeça funciona numa velocidade que eu não consigo acompanhar’. Isso é um elogio? Não consegui descobrir. Até porque foi escrito e não falado ao vivo. Ou seja, não teve tom, nem expressão.

Ou a pessoa é meio mongol, ou estava me achando um pouco demais, ou é simplesmente homem e não agüenta o tranco da cabeça de uma mulher como nós mulheres agüentamos o tranco das cabeças masculinas. Com todos os trocadilhos.

Não sou do time que gosta de discutir a relação. Acho bem chato, apesar de ser necessário de vez em quando. Aí, não tem jeito. Alguém tem que falar. E esse alguém somos nós, muito mais corajosas que vocês. Em qualquer situação. Se Deus nos tivesse dado também a força bruta, o mundo estaria totalmente dominado pelo grupo das meninas.

Mas não é disso que se trata meu pensamento de hoje. Não estava discutindo a relação. Até porque não tenho este tipo de relação com meu interlocutor da ocasião. Estava só jogando conversa fora, colocando assuntos aleatórios na roda. Aí, o sujeito reclama que eu não termino os assuntos em ordem?! Que mala! Deve guardar as cuecas em degradée...

Abre aspas: Querido, eu não termino todos os assuntos porque, por incrível que pareça!, nem todos os meus assuntos são interessantes. E eu tenho senso crítico para perceber que a coisa não vai dar em lugar nenhum e que morreu ali. Fecha aspas.

Tá, aí a pessoa argumenta que então não teria porquê voltar a um assunto mencionado, após já estar há um tempo se falando de outro diferente.

Abre aspas: Meu amor, se por acaso eu voltar a achar meu assunto interessante porque tive uma luz ou fui picada pelo bichinho que junta coisas aparentemente sem sentido, é óbvio que eu voltarei ao assunto. Fecha aspas.

Mas o chato não se convenceu e saiu achando que a minha cabeça funciona mais rápido do que deveria. Ok. Cada um com a sua velocidade de cabeça.

Ps: Enfim, levei os portugueses ao Maracanã. Já que o Fluminense não anda empolgando muito - apesar de ter ganho da última vez com gols do Washington lá no Atlético dele de coração -, decidimos ir ao jogo do Brasil. Uma coisa para turista mesmo. Maracanã, Seleção, distribuição de bandeirinhas, um show palhaçada lá no início, crianças assoprando aquela corneta insuportável, hino nacional, Kaká e Robinho em campo, placar 0 x 0... Enfim, um saco. Nunca tinha ido a jogo da Seleção no Maracanã, que eu me lembre. E arrisco dizer que não devo ir mais. Prefiro o Flu, ainda que bem mal das pernas...

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