- Oi! Que bom encontrar com você. Estava há um tempão pensando nisso.
- Oi.
- Eu me separei também, sabia?
- Ah é?
- É. Não estava dando certo. Muito tempo juntos. O relacionamento se desgastou sozinho, sabe? Não é culpa de ninguém. Não tinha mais paixão. Estávamos vivendo como dois velhos amigos. Meio devagar quase parando.
- Que pena.
- Ah, vai dizer que você não ficou feliz?
- Hã? Não, por que eu ficaria feliz? Separação é sempre uma coisa sofrida.
- Na verdade, estou aliviado. Só tenho pena pelas crianças. Mas também não estava sendo bom para elas.
- Bom, se cuida.
- Ei! Mas e você?
- Eu o quê?
- Separou por quê?
- Como assim?
- Como, como assim? A secretária lá da academia falou que você tinha se mudado. Tinha voltado para a Urca. Aí, me lembrei que você tinha me dito uma vez que seus pais moravam lá. Logo...
- Ah! Por isso que você falou ‘também’ no início... Não. Eu me mudei sim, mas não fui para a casa dos meus pais. E nem me separei.
- Não?
- Não.
- Que merda.
- (?)
- Bom, esquece tudo o que eu falei. A história de aliviado, velhos amigos e tal. Estou tentando voltar para a minha mulher.
(...)
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