domingo, 12 de outubro de 2008

Quando Não Pode

Dizem que o proibido é mais sedutor. Será? Será que é só porque é proibido que chama mais a atenção? Não pode acontecer de você de repente se ver querendo algo que não pode, mas porque combina com você, porque te chamaria atenção ainda que permitido, você quer? Pode, claro que pode.

E aí? E aí, nada. A verdade é que não pode. Tipo criança quando pega algo do chão e a gente diz: não pode. Disse ‘não pode’ hoje para o meu afilhado algumas vezes. Passei o dia todo com ele. Dia das crianças. E falei tanto ‘não pode’ que fiquei me imaginado no lugar dele. Eu para ele sou a vida para mim. Eu a falar não pode para ele. A vida a falar não pode para mim.

Sou tão criança quanto ele querendo coisas que estão ali na minha frente e que me parecem tão interessantes quanto pedrinhas brilhantes na terra. Mas aí, alguém do parquinho disse que as pedrinhas dão coceira. Machucam. Não pode. E passei a tarde a tirar pedrinhas brilhantes da mão ávida e afoita de uma criança.

No fundo, no fundo, a gente nunca perde o ímpeto infantil de abaixar e colocar a mão nas pedrinhas proibidas. A diferença é que quando criança, um adulto tira da sua mão. Quando adulto, geralmente você mesmo solta as pedrinhas antes de colocá-las na boca.

É só, que a tarde infantil me deu uma canseira danada e eu estou filosofando sem muito saco de filosofar. Feliz Dia das Crianças. Para todos.

3 comentários:

Francisco J.Pellegrino disse...

Gostei demais dest post....parabéns menina.

Francisco

Adriana disse...

brigada, Francisco!
vc é um dos motivos deu continuar tendo pique pra escrever todo dia...
mas já passou bem da metade. acho q consigo ir bem até o fim. continua na torcida da galera amiga!
beijos.

isabella saes disse...

Que lindo, Dri! Desejo muitas pedrinhas brilhantes em sua vida! Beijos.