sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Teste do Sofá com Efeitos Tardios

Lá vem polêmica, hein. Sou chegada e a minha vida anda muito certinha... Por isso, vocês não imaginam a minha alegria de criança em estar aqui prestes a colocar ‘no papel’ um monte de idéias e pensamentos não ortodoxos. Estou tropeçando pelos dedos de tanta vontade de sair escrevendo tudo rápido pra não esquecer o que ronda a minha cabecinha.

As coisas foram se juntando enquanto eu corria. Me atrasei e acabei saindo para minha corrida de fim de tarde ontem exatamente na ‘Hora do Brasil’. Ninguém merece. Aí, desliguei o radinho e corri só com meus pensamentos. Fiquei impressionada com a quantidade deles. Aliás, não paro nunca de me surpreender com quanta coisa convive – nada em paz – dentro da minha caixola. São várias vozes lutando por atenção. E é guerra mesmo, porque não tem nenhuma personalidade apagadinha, sabe? É tudo no mais puro estilo Adriana de ser. Agora chega disso que eu tenho verdadeiro pavor dessas pessoas que falam de si em terceira ou outras pessoas que não seja a primeira do singular.

Por isso, eu, Adriana, danei a pensar que um montão de coisas que fiz lá atrás na vida estão sendo incrivelmente úteis hoje. E o mais bacana é que nenhuma delas foi feita de caso pensado. Dei por dar. Pelo simples ato sexual em si. Sem busca de favores.

Mas tenho que admitir que esses favores, gentilezas, quebra-galhos, simpatias ou o que seja estão caindo como uma luva atualmente.

Já falei aqui que eu não sou nem um pouco contra pistolão ou coisas do gênero. Acho que cada um joga com as suas armas e esse negócio de que o mundo é injusto e blá blá blá é um puta de um assunto chato que só usa quem fica sentado esperando as coisas caírem do céu. Quem levanta é para se virar. E se a pessoa vai virar de costas ou não, o problema é dela.

Aí, vem outros chatos dizerem que mulher se dá melhor porque é mulher e mais blá blá blá. Ah, pára de encher ou então vira viado que dá quase no mesmo ou, se bobear, sai na frente.

O fato é que existem dois caminhos principais e bem mais rápidos para se conseguir certas coisas: puxando o saco – sem nenhuma conotação sexual – ou lambendo o saco – com conotação sexual.

Prefiro a segunda. Aliás, só nasci para fazer a segunda. A primeira nem tentando muito. Minha soberana falta de paciência se impõe de uma forma admirável.

Mas, então, o mais legal da história no meu caso e na minha cabeça é que estou conseguindo um montão de coisas super necessárias nesse momento específico da minha vida por causa de sacos lambidos no passado por livre e espontânea vontade. Não é incrível? Fiquei até com um certo receio de precisar fazer de novo. Mas até agora só o passado me condena. O presente tem me mantido um poço de profissionalismo e inocência.

Por isso, chamei de teste do sofá tardio. Estou colhendo os louros (tem mais morenos. Gosto mais.) só agora. De braços abertos. As pernas estão comportadas.

Nenhum comentário: