terça-feira, 30 de setembro de 2008

Golo

Querido Francisco, não. Nada de novos ares no Flu. Eu ando de mal com o time há um tempo, acho que nem saberia se alguma contratação bombástica acontecesse. Aliás, aproveitando o mote das eleições, que estão quase aí, cheguei à conclusão de que lido com o Fluminense da mesma maneira que lido com as eleições. Torço quando papai torce, voto em quem papai vota. Que vergonha, né... com 27 anos na cara. Mas é exatamente assim. Desde os meus 18 anos, vamos caminhando juntos da Rua Lauro Muller até perto da Morada do Sol e chegando lá, ele me dá a cola que preparou para mim. E eu simplesmente repito os números um a um. Quase um coronelismo. A analogia não foi boa? Diz aí, difícil saber quem anda mais desacreditado o Fluminense ou todos os políticos nacionais.

Agora, outra coisa boa. Já tentei fazer mistérios antes para dar ibope e não funcionaram muito. Mas é só ser verdade e vir lá do fundo que o troço desperta um interesse fora do comum. O que me leva a crer mais uma vez que o segredo do sucesso é a sinceridade. O meu, pelo menos. E eu adoro ser assim.

Juro que eu gostaria de publicar aos quatro ventos meus motivos de alegria, mas não é só meu e aí, tem que se respeitar os outros. Esclarecendo mais uma vez, não estou grávida. Como sempre, choveram e-mails, principalmente das minhas amigas meninas, perguntando. Não, gente. Vão ter os filhos de vocês e me deixem em paz. Alice será o oposto da mãe: uma pessoa paciente, serena, calma, sem pressa, sem angustia. Nada de ansiedade. Se bobear, deixa até o Antônio Pedro vir antes. Ela só vai chegar na boa, quando a mãe dela estiver feliz e contente com outras coisas que são mais importantes agora. Ok? Combinado? Vocês estão parecendo a minha mãe.

E, pra fechar, uma coisa engraçadinha: sou casada com um quase português há anos e nunca soube que em Portugal, o povo grita Golo! quando o time põe a bola na rede.

Golo. Gente, não é sonoro. Tenta aí gritar empolgado, como se o Brasil tivesse feito um golaço em plana Copa do Mundo: Gooooooolo! Esse último ‘o’ não encaixa de jeito nenhum. Quebra o ritmo todo. E nem é uma coisa tipo: nós brasileiros não estamos acostumados. Não. Escutei um dos portugas aqui gritando e fica esquisito da mesma maneira. Meio retardado. “Gooooooo – lo”. O ‘lo’ vem meio que depois.

E golo lembra o Golum de “O Sr. dos Anéis”, lembra bolo, lembra tudo, menos ‘gol’. Gol é gol. Não é golo.

Por hoje é só.

5 comentários:

Anônimo disse...

Coincidências acontecem...o CURRAL eleitoral aqui em minha casa é igual ao seu, ontem minha filha (que tem a sua idade) me perguntou: Pai, precisa fazer a cola para domingo ! Cada dia mais chego a conclusão que o mundinho aqui gira em torno de mim...NÃO SEI SE GOSTO DISSO....Eu prefiro o confronto, a briga, hj tudo acabou em termos de politica...Cambiamo argomentto: ASSISTO AOS JOGOS DO CAMPEONATO PORTUGUES HÁ MUITO TEMPO....é hilário demais...
Gravidez está fora de cogitação....meus pensamentos estavam errados...
Vamos aguardar as novidades.

Bjs
Francisco

Adriana disse...

Francisco, quando eu conseguir editar meu livro, vou enviar um convite especial pro lançamento!
torce aí, pra vc vir visitar o Rio.

pai é pai. serve pra tirar a gente de pepino. e claro q vc gosta disso... o meu faz o maior gênero, mas no fundo, adora.

Coisa Fina disse...

Hahahahaa! Muito bom Dri!!!

Paula disse...

Geeeeenteeemmmm, vc e Chico estão suuuuuuuuper amigos! Que fofo!

Anônimo disse...

Irei ao Rio até a pé para o lançamento do seu livro, conte comigo. Suas amigas estão com o maior ciumes de nós dois....kkkkkkk

Meninas por favor, acessem meu blog http://blogdocamaro.blogspot.com

e beijos a vcs todas, não fiquem enciumadas.

Francisco