Muitos e-mails sobre o meu vizinho. Eu também adorei essa história. Prometo dar notícias de nossos próximos duetos.
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Adoro fazer as pazes. Aquela cena bem de novela mesmo, sabe? Com porrada, ofensas, xingamento. Vale até bater na cara. Um tapinha não dói... Até a parte do joga na parede, onde rola aquele olhar que é uma mistura de raiva e tesão e as partes se atracam loucamente.
Ótimo. Mas e quando você faz as pazes com uma grande amiga? Qual é a graça, gente? Nenhuma. Um tédio só. Tipo:
- Desculpa.
- Não, desculpa eu.
- Ok, vou prestar mais atenção.
- Não, eu que vou.
- Imagina, a culpa foi minha.
- Não, não. Eu que não penso antes de falar.
- E eu falo tudo de cabeça quente.
E blá blá blá...
Não é um saco? Dá sono só de ler a lenga lenga aí em cima. Nessas horas, ser lésbica seria incrivelmente útil. Né, não? Sim, porque - nunca aconteceu, hein – mas se eu brigasse feio com um amigo, acho que dava até para descobrir um sentimento encubado que de repente viria à tona no calor do momento.
Mas não foi o caso. A amiga é menina. E, mais do que menina, é uma menina muito amiga. E uma menina muito amiga não pode entrar no bolo das pazes eróticas pelas duas nomenclaturas: é menina e é muito amiga.
Até nisso mulher é complicada. Porque se fosse um menino muito amigo e acontecesse algo do gênero, seria um pouco estranho assim que a coisa acabasse e tal, mas no dia seguinte a vergoinha passava e seguia-se como se nada tivesse acontecido. Mas dá para imaginar isso de uma menina? Não. A menina ia ficar estranha dias, meses e anos. E as coisas nunca mais seriam as mesmas.
Mas eu te amo assim mesmo menina muita amiga! Como você mesma disse, temos o mais difícil dos casamentos. Convivência fulltime, sexo zero e somos duas mulheres! Isso é que é amor...
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