- Às vezes a gente faz umas coisas sem se tocar, né?
- O que exatamente?
- Tipo, estou há dias empurrando fulana para fulano. Fulana nada de querer fulano e eu lá metendo a maior pilha, forçando a barra mesmo, sabe?
- Hã?
- Aí, fulana vira para mim e diz: Adriana, você tem noção de que está me jogando em cima do ex de uma das suas melhores amigas? - Caramba... Não, não tinha pensado por aí.
- Tá vendo? Às vezes, a gente faz umas coisas, né...
- A gente não, Adriana, você.
É verdade. Eu poderia ser mais cuidadosa com os ex-namorados, ex-namoradas, namorados e namoradas por aí. Não ser cuidadosa comigo é uma coisa, com os outros é sacanagem.
Fiquei bem pensativa depois desse diálogo. Tentando entender se o que me faz não me tocar é desconsideração, desapego ou falta de atenção. Pensei e repensei e acho que é falta de atenção mesmo. Sou extremamente desligada. Daquelas que esquece que já contou uma história, que não lembra o segredo incrível que alguém contou semana passada, que não se liga em quem pega quem no trabalho, erra nome, fala o que não deve sem querer na mesa errada.... sabe?
Rezo para ninguém me contar alguma coisa realmente importante. A chance deu esquecer e a pessoa ficar magoada ou deu soltar e a pessoa, de novo, ficar magoada é imensa.
Acho que puxei isso do meu pai. Com a diferença de que ele continua contando as mesmas histórias até hoje, mas todo mundo continua rindo. Eu vim sem a tecla 'engraçada'. Conto de novo e o povo fica mudo até alguém me avisar que eu já contei aquilo.
Bom, fulano está descartado para a fulana. Vamos ver até quando eu vou me lembrar disso...
Boa noite.
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Um comentário:
Oi, voltei!! Espero que o meu "fulano" não seja ex de nenhuma amiga sua. Rsrsrsrss! Beijocas
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