É que ontem fiquei com preguiça de digitar aqui partes da reportagem da capação do Manequinho. Mas vale, oh:
Os óculos da estátua de Carlos Drummond de Andrade, aparentemente, foram deixados em paz desde o dia 25 de agosto, quando recolocados pela quinta vez. Agora, os vândalos voltaram sua atenção para o Manequinho, símbolo do Botafogo. O mascote amanheceu ontem sem seu órgão sexual: arrancaram o pênis da estátua que fica em frente à sede do clube alvinegro.
Para o psiquiatra e psicoterapeuta Alfredo Castro Neto, o gesto está longe de ser um fetiche com o pênis da estátua. (!)
(...)
O vandalismo não perdoa nem mesmo imagens sagradas. (...) São Judas Tadeu perdeu a cabeça e São João Batista teve o braço direito arrancado.
O Globo, 04 de setembro de 2008
O capado, o sem-cabeça e o maneta... Bem, quero escrever sobre Limite. Na verdade, sobre a minha relação com limite. Mas, agora quando ia começar, me veio à cabeça o filme “Limite”, aquele de um daqueles cineastas das antigas brasileiros. (Vou lá colar que eu esqueci o nome do homem).
Mário Peixoto! Bem, Mário Peixoto não conseguiu terminar seu filme, o tal “Limite”. Onde eu quero chegar? Não sei. Mas vi partes desse filme ou a parte inacabada dele - sei lá -, na faculdade. É um saco. Compreensível o cara não conseguir terminá-lo. E, vem cá, se nem ele foi capaz de ir até o fim do próprio filme, como é que alguém ainda tenta vê-lo? E, pior, chama de obra de arte!? Não há limite para a chatice... Mário Peixoto é uma merda! (A piada está beeem atrasada... mas quis fazer uma referência ao episódio em que um dos Cassetas falou que Glauber Rocha é uma merda. Então, Mário e Glauber estão assim oh. Tudo farinha do mesmo saco...)
Nada a ver, mas fui a Mauá de novo há um tempinho. E lá é cheio de limites. Uma pontezinha de madeira decide se você está no Rio ou em Minas. Simplório, não? Aliás, limites geográficos sempre me intrigaram. Até os 23 anos, morei num prédio em que o correio nunca conseguiu definir se ficava em Botofogo ou na Urca. Eu também nunca soube e assim me sentia em casa. Tipo, na sala era Urca, no quarto era Botafogo.
Para mim, a passagem mais marcante da Bíblia é aquela em que o Rei Salomão, acho, descobre um jeito de saber quem era a verdadeira mãe de uma criança. Ele diz que vai dividi-la ao meio. O fim bonitinho é que a mãe real abre mão do bebê. Sei não... Nem tenho filhos ainda, mas me pareceu muito conformada essa mãe. Eu pulava no pescoço do tal rei e arrancava meu filho de lá.
Demorei um tempo até descobrir que eu não consigo comer um pote inteiro de Nutela. Quer dizer, até consigo. Mas não acabo bem. Ainda assim, de vez em quando, insisto.
E, agora, estou aqui à la Mário Peixoto, sem capacidade de acabar minha obra. Vou deixar inacabada.
Decididamente, não tenho limites. Ainda bem. (Isso foi uma reflexão totalmente pessoal.)
E ah! Fluminense empatou ontem. Estou meio sem estímulo para o cantinho...
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Um comentário:
Esse texto foi depois das 5 garrafas de vinho que vcs beberam né? Tudo a ver....
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