É meio do grupo da história do chuchu, tá? Falarei sobre o uso do diminutivo em nossa linguagem falada. Só falada. Na escrita até valeria também. Mas escrever e falar são coisas bem diferentes. Falar é ‘cara a cara’, ainda que seja por telefone. Sua voz está ali, denunciando que é mesmo você o dono daquelas palavras ditas naquele momento. Ih... oh a filosofia... Tenho perigado nela, né? É a idade chegando... Ou o fim do ano, época em que repenso o rumo da prosa geral da História da Adriana.
Mas, bem, não me lembro de ter sido muito chamada de Drizinha até meus, sei lá, 25 anos. Sempre fui Dri para a maioria e Adriana mesmo para quem não adere a apelidos ou tem dificuldade de relacionamento. ELE é um que nunca me chamou de Dri. O mais estranho é que já vi várias vezes ele se referindo a mim como Dri, ou conversando com alguém ou escrevendo, mas olho no olho é Adriana. Vai entender... eu falei que cara a cara é diferente... Há também os que me chamam de Adriana porque gostam do nome em si. Meu pai é um. Claro que ele me chama por algumas variações de filha, mas usa bastante o Adriana. Dri, nunca.
Mas o ‘Drizinha’. Bem, o Drizinha veio com o tempo, o que é um pouco esquisito já que eu não diminuí e sim aumentei. Para cima, para os lados e na idade... Seria compreensível se quem me chamasse de Drizinha fosse consideravelmente mais velho ou velha que eu. Não. Minha amiga Deca me chamou de Drizinha outro dia. Minha amiga Lu Gomes sempre chamou. E volta e meia, alguém adere também.
Diminutivo geralmente vem simbolicamente acompanhado de uma espécie de carinho, um cuidado especial com a pessoa. A gente usa muito com neném e criança pequena. O que me leva a crer que o fato das pessoas estarem me chamando pela primeira vez no diminutivo é algo bom.
Indo mais fundo, posso chegar a conclusão de que, enfim, estou esboçando alguns sinais de meiguice. E sem querer! O que é o mais incrível para quem passou a vida a querer ser meiga forçadamente e não conseguia.
Se alguém quiser fazer uma imagem de mim agora, pode pensar na Drizinha de vestido branco, duas presilhas no cabelo, unha feita e um início de sorriso no rosto. Quase em paz. Enfim, meiga.
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